Retinopatia Diabética é Uma Das Principais Causas De Cegueira - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira

Revista Algomais

No dia 26 de junho é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, uma data voltada à conscientização sobre a prevenção e os impactos da doença que já atinge mais de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Entre os vários órgãos afetados pelo diabetes, muitos apresentam sinais de alerta sentidos pelos pacientes ao longo do tempo. Mas com os olhos, o processo costuma ser diferente, o dano pode se instalar de forma silenciosa e só dar sinais quando a visão já está seriamente comprometida. É o caso da retinopatia diabética e do edema macular diabético, que estão entre as principais causas de cegueira em adultos.

“A hiperglicemia produz várias alterações no organismo e, entre elas, está a disfunção dos vasos da retina. A retinopatia diabética é considerada uma doença silenciosa, pois, nos estágios iniciais, os pacientes não costumam apresentar nenhum sintoma e procuram um oftalmologista apenas quando a doença já está comprometendo a visão central, em um estágio bem mais avançado. O edema macular diabético é uma consequência da retinopatia e ocorre quando a retinopatia atinge a região da mácula, causando vazamento de fluidos e inchaço”, enfatiza Paulo Saunders, médico oftalmologista especialista em retina e sócio-diretor da Oftalmax.

Entre os sintomas mais comuns das fases moderadas e avançadas da doença estão a visão embaçada, manchas na visão, distorção e perda da visão periférica e central. Geralmente, a patologia atinge os dois olhos, podendo levar à cegueira irreversível, mas o avanço e a progressão da retinopatia diabética podem ser evitados a partir do controle da diabetes e com a realização de exames oftalmológicos regulares.

Envelhecimento da população e aumento dos casos de diabetes acende um alerta para a retinopatia diabética e o edema macular diabético

Com o envelhecimento da população e o aumento dos casos de diabetes, as doenças da retina se tornaram uma preocupação crescente no Brasil. Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV CPDOC), em parceria com a Retina Brasil e apoio da Roche Farma Brasil, revelou dados alarmantes: mais de 1,4 milhão de brasileiros já são afetados por condições graves, e entre elas está o Edema Macular Diabético (EMD). A projeção é que esse número alcance 1,7 milhão nos próximos cinco anos.

Entre as informações mais preocupantes, o estudo apontou que 29% dos pacientes abandonam o tratamento, aumentando o risco de perda irreversível da visão. Além disso, 45% dos entrevistados relataram ter sofrido perda severa da visão, o que reforça a necessidade de diagnóstico precoce e adesão rigorosa ao tratamento.

O oftalmologista Paulo Saunders, destaca a urgência em ampliar o acesso à informação e aos cuidados oftalmológicos. “Esses números mostram que precisamos falar mais sobre a saúde da retina e alertar a população sobre a importância da prevenção e do acompanhamento regular”, afirma.

Como tratar a retinopatia e o edema macular diabético?
Existem diversas formas de tratar a doença que variam de acordo com o estágio da doença. Na maioria dos casos é indicado o controle rigoroso da diabetes por meio de dieta, uso de pílulas hipoglicemiantes e insulina. Para os casos moderados e graves, o tratamento  é feito com lasers, injeções intraoculares de medicamentos e cirurgia vitreorretiniana para tratar as formas mais avançadas da doença, quando pode ocorrer hemorragia vítrea ou descolamento da retina.

“É essencial que todo paciente diabético faça acompanhamento regular com um retinólogo, especialista em doenças da retina. Detectar precocemente as complicações oculares e iniciar o tratamento adequado pode fazer toda a diferença para preservar a visão”, ressalta o médico oftalmologista Paulo Saunders, especialista em doenças da retina.

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