*Por Yuri Euzébio
Interligar o turismo do Recife com o interior do Estado. Essa é a ideia e principal proposta do Secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco e diretor presidente da Empetur, Rodrigo Novaes, em sua gestão, apresentada aos executivos presentes na palestra O Turismo em Pernambuco: Perspectivas de Crescimento, promovida pelo Gere (Grupo de Executivos do Recife). “Trabalhamos com a missão de poder integrar os destinos, interiorizando, a atividade turística. O objetivo é integrar esse desenvolvimento e transformar Pernambuco num destino único”, afirmou o secretário. “Queremos que as pessoas que venham conhecer nossas praias tenham curiosidade de visitar o Sertão, a Zona da Mata, o Agreste. Esse é o grande trunfo, esse é o norte que vamos perseguir” pontuou em seguida.
O projeto do secretário passa por descortinar pontos turísticos ainda não descobertos ou devidamente valorizados pela população, como o Castelo do Reino Encantado, em São José do Belmonte, o Teleférico de Bonito ou a praia de Coroa do Avião em Igarassu, potencializando espaços que já fazem parte da realidade pernambucana. Novaes destacou também a aviação, como mola propulsora para o desenvolvimento turístico da região. Grande protagonista do estímulo ao turismo no Estado, o Aeroporto dos Guararapes, segundo o secretário, é o mais movimentado do Nordeste, ultrapassando o de Salvador no fim do ano passado em volume de passageiros.
Essa realidade veio como consequência da abertura de voos internacionais no Recife nos últimos anos. O momento aéreo em Pernambuco foi colocado como propenso para uma mudança de patamar do Estado na perspectiva de ser destaque não só no turismo de negócios, mas também no turismo de lazer. “Recife hoje tem um desafio muito grande: 87% do turismo da cidade é voltado para a área de negócios. Mas também temos o turismo de lazer que vem garantindo à rede hoteleira uma ocupação importante, fazendo com que nossa economia esteja sempre aquecida”, destacou. O secretário enxerga na atividade turística, um caminho para atenuar a forte crise econômica que assombra o País já há algum tempo. “Quando há períodos de crise, indicadores mostram que o turismo permite um desenvolvimento da atividade econômica com menor investimento. Então, se tivermos uma política consciente, responsável e dedicada para o setor, vamos conseguir transformar o turismo em um reboque da atividade econômica, tanto no Estado quanto no País” argumentou Rodrigo Novaes.
O secretário lamenta a falta de investimento ou de uma política de fomento à atividade turística no Brasil, garantindo que irá se esforçar para ampliar a realidade do turismo em Pernambuco. “Nós somos hoje o décimo primeiro destino turístico do país, embora bem atrás dos principais lugares. Recebemos somente seis milhões de turistas estrangeiros por ano. Para se ter uma ideia, Paris recebe 87 milhões. Temos aqui portanto, um sexto do que Paris recebe, mesmo tendo o espaço e as belezas naturais”, refletiu Novaes.
Num momento de recessão econômica, o secretário aposta no turismo como atividade geradora de renda e busca alternativas para ampliar e desenvolver a atividade em todos os polos do Estado. “Nenhum Estado tem a cultura, o povo receptivo, as praias que nós temos. E não há justificativa para não termos um destino integrado que possa ter importância como atividade econômica geradora de emprego e renda. Esse é o desafio que temos para o turismo de Pernambuco”, concluiu.