Animal peçonhento pode ser encontrado em locais úmidos e traz risco de acidentes

A população de Pernambuco deve redobrar a atenção em setembro, mês que marca o período de reprodução dos escorpiões, o que aumenta a incidência de acidentes com esses animais. A espécie mais comum no estado é o Tityus Stigmurus, conhecido como Escorpião Amarelo do Nordeste, que pode chegar a medir até 7 centímetros e se alimenta de insetos e outros pequenos animais.

Dados do Boletim Epidemiológico de 2022, divulgado pelo Ministério da Saúde, apontam que Pernambuco registrou 15.416 casos de acidentes com escorpiões, enquanto em todo o Brasil foram notificadas 183.738 ocorrências.

A professora de Medicina Veterinária Erica Carla, do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), alerta para os locais onde o animal costuma se esconder. “Eles podem ser encontrados em jardins, quintais, ralos e pias, além de dentro de sapatos e atrás de móveis. Para prevenir, é importante evitar acúmulo de entulho e lixo, manter ralos fechados e usar telas para impedir a entrada de insetos que atraem os escorpiões.”

Em caso de picadas, a professora destaca a necessidade de atendimento médico imediato, especialmente para crianças, que são mais vulneráveis aos efeitos da toxina. “A pessoa deve ser levada a um hospital que tenha soro antiescorpiônico, como o Hospital da Restauração em Pernambuco,” orienta Erica.