Setor de serviços tem alta de 1,6% em PE, mas não recupera perdas da pandemia - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Setor de serviços tem alta de 1,6% em PE, mas não recupera perdas da pandemia

Rafael Dantas

O setor de serviços em Pernambuco começou 2021 em alta. O avanço do segmento foi de 1,6% em janeiro frente a dezembro de 2020 e esse resultado está acima da média nacional (0,6%). No entanto, o estado ainda está 4,5 pontos percentuais atrás do índice de fevereiro de 2020, mês anterior à imposição de medidas de distanciamento social por conta da disseminação do novo coronavírus. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada  pelo IBGE.

Mesmo com o desempenho positivo em janeiro de 2021, a PMS mostra que o volume de serviços em PE teve uma retração significativa, de 10,3%, na comparação com o mesmo mês de 2020. No Brasil, o mesmo indicador teve queda menos brusca, de 4,7%. A variação acumulada nos últimos 12 meses em Pernambuco também foi negativa, com redução de 13,7%, enquanto que, no Brasil, a diminuição foi de 8,3%.

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Todas as cinco atividades de serviços pesquisadas pela PMS tiveram queda na comparação entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. O segmento com o pior desempenho foi a de Serviços prestados às famílias. Em janeiro de 2021, a queda foi de 25,4% frente a janeiro de 2020. Essa atividade, que inclui 23 tipos de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza, espetáculos de artes cênicas e atividades esportivas em geral, apresenta sucessivos índices negativos desde março de 2019, mas a pandemia ocasionou quedas ainda mais significativas ao longo de 2020. O setor também têm os índices mais desfavoráveis na variação acumulada dos últimos doze meses (-45,3%).

Já os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram a segunda retração mais acentuada, de 10,7%, seguido pelos serviços de informação e comunicação, cuja queda foi de 8,2%. A categoria de Serviços profissionais, administrativos e complementares, que incluem, por exemplo, seleção de mão de obra, atividades jurídicas e alugueis não imobiliários, como locação de veículos, está em quarto lugar, com recuo de 2,1%. A menor diminuição, de 1,2%, ficou por conta da categoria Outros serviços, como compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos.

Atividade turística em Pernambuco tem pequeno aumento em janeiro

No primeiro verão com a pandemia, tanto Pernambuco quanto o Brasil tiveram um aumento tímido nas atividades turísticas em janeiro. Enquanto o estado registrou índice de 0,6%, o país também apresentou resultado semelhante, de 0,7%. O estado ficou em nono lugar entre as 12 localidades nas quais a PMS pesquisa esse tipo de atividade, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que tiveram desempenho negativo.

Assim como acontece com os demais segmentos de serviços, o turismo pernambucano ainda não repôs as perdas sofridas pelo setor desde março de 2020. Pernambuco ainda precisa avançar 27,4% para recuperar os índices pré-pandemia. Além disso, quando se compara o desempenho de Pernambuco entre janeiro de 2021 e o mesmo mês do ano passado, a queda é de 23,6%. Já os índices do Brasil registram uma redução ainda mais intensa, de 29,1%. A variação acumulada dos últimos 12 meses apresenta uma retração ainda mais significativa em ambos os casos, de 41,6% na média pernambucana e de 39,5% na média nacional.

No Brasil, índice de atividades turísticas precisa avançar 42,9% para retornar ao patamar pré-pandemia
Em janeiro de 2021, o índice de atividades turísticas teve expansão de 0,7% frente à estabilidade de dezembro de 2020. Vale destacar que o segmento de turismo, após avançar 122,8% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, ainda necessita crescer 42,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado. As medidas contra a COVID-19 (como o estímulo ao isolamento social) atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades turísticas, principalmente transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.

A maior parte (9) das 12 unidades da federação pesquisadas acompanhou este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (0,7%), com destaques para Rio de Janeiro (4,4%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Distrito Federal (10,4%). As retrações mais relevantes vieram de São Paulo (-1,7%), Goiás (-7,4%) e Minas Gerais (-3,1%).
Frente a janeiro de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 29,1%, décima primeira taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; transporte aéreo; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; agências de viagens; serviços de bufê; e locação de automóveis.

Todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram recuo nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-37,7%), seguido por Rio de Janeiro (-27,5%), Minas Gerais (-32,8%), Paraná (-28,7%) e Rio Grande do Sul (-29,7%).

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