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70 anos

Intensa programação cultural nos 70 anos da Fundaj

Uma semana com intensa programação cultural foi preparada para comemorar os 70 anos da  A Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), juntamente com 40 anos do Museu do Homem do Nordeste (Muhne). Na programação estão atividades como a exibição do filme Veneza Americana, com raros registros do Recife na década de 1920; uma visita do bisneto de Joaquim Nabuco, Pedro Nabuco, que repassará para a instituição o restante do acervo do abolicionista, além de mostras, exposições e solenidades. Hohe, o Cinema do Museu, no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, exibe Veneza Americana, na Sessão Cinemateca, a partir das 16h. Assinado pelos italianos Ugo Falangola e Jota Cambieri o filme é um dos raros registros do antigo Recife, mostrando as modernizações feitas durante o governo Sérgio Loreto (1922-1926), tendo o próprio governador em algumas cenas. O filme terá audiodescrição e música ao vivo com Alex Mono, cantor, compositor e produtor cultural especialista em fazer acompanhamentos musicais ao vivo.     No mesmo dia, o Muhne inaugura na Sala Mauro Mota, no mesmo campus, às 17h30, a exposição Um real, um real, um real expressão utilizada por trabalhadores informais. A proposta é exibir objetos antigos e atuais ligados à atividade ambulante e fotografias das décadas de 1960, 1970 e dos dias atuais, simbolizando a importância da economia informal para o Nordeste. “A Fundaj tem muito a contribuir para a sociedade. É necessário que a gente entregue um ano de comemoração para mostrar o que o Muhne e o Cinema têm, o que a Editora Massangana, os funcionários e pesquisadores oferecem”, afirma a presidente da Fundaj Ivete Lacerda. ACERVO NABUCO As marcas Fundaj 70 anos e Museu do Homem do Nordeste 40 anos serão lançadas na terça-feira (24) em solenidade, a partir das 9h, na Sala Gilberto Freyre, campus Casa Forte, com a presença do bisneto de Joaquim Nabuco, Pedro Nabuco. Representando a família, ele repassará o restante do acervo do bisavô, composto de fotografias, cartões-postais, manuscritos originais, documentos e diários de Nabuco. Em mãos, trará um diário escrito em 1888, ano da abolição da escravatura. A aquisição desses documentos completará o acervo que está desde 1974 em posse da Fundaj. A historiadora do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), Rita de Cássia Barbosa, explica que o acervo reunido cria melhores condições para avaliar como se construiu a figura do abolicionista. “Vamos ter documentos da completa atuação não só da família Nabuco e sua ancestralidade política, como da memória pessoal de Joaquim Nabuco, tudo reunido no mesmo lugar.” Pedro Nabuco está feliz em retornar a instituição que leva o nome da sua família. Segundo ele, doar o acervo é como “jogar uma garrafa ao mar”, dando a oportunidade dele ser estudado e preservado como deve. “Sou muito amigo da Fundação e do Recife. Vim algumas vezes e é sempre uma alegria retornar.” RECONHECIMENTO Ainda na terça-feira (24), a Sala do Conselho Deliberativo, no campus Gilberto Freyre, recebe a entrega de diploma de pesquisador emérito aos fundajianos Hélio Moura e Clóvis Cavalcanti. O título é concedido a pesquisadores de formação completa com valiosa contribuição acadêmica e técnica em suas áreas de atuação. Além disso, será entregue outorga aos servidores mais antigos da casa ainda na ativa, Isaura de Albuquerque Cesar, da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), e Manoel Soares de Sousa, do departamento de Recursos Humanos. À tarde ocorre a Mostra Exposição, na Sala de Leitura. NO DERBY Neste mesmo dia (24), às 15h, no campus Ulysses Pernambucano, no Derby, será aberta pelo Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra) e pela Biblioteca Central Blanche Knopf a mostra de publicações sobre a Fundaj e seu acervo ao longo dos 70 anos. “Procuramos publicações raras, que foram importantes para a instituição. Também vamos expor catálogos de exposições realizadas nas datas de aniversários da Fundação até os dias atuais”, esclarece Betty Lacerda, coordenadora do Cehibra. A Coordenação de Artes da Fundaj (COART) vai exibir trabalhos pertencentes à coleção de videoarte da Casa, formada por mais de 150 títulos nacionais e internacionais. Os vídeos serão exibidos em monitores colocados em alguns pontos no campus Ulysses Pernambucano. “Desde 2000 temos desenvolvido uma série de ações voltadas à promoção, reflexão e criação no âmbito da produção de vídeos e filmes de artistas. Esse compromisso teve início com a aquisição de um conjunto de mais de cem trabalhos dos pioneiros da videoarte em partes diversas do mundo. Tal coleção tem sido enriquecida ao longo dos anos com a aquisição de muitos outros trabalhos, sejam eles de artistas brasileiros que iniciaram essa prática no país ou de autoria dos mais jovens que continuam a expandir os limites da produção audiovisual.”, detalha Moacir dos Anjos, pesquisador e curador da Fundaj. OUTRAS AÇÕES A preocupação com o meio ambiente também faz parte da programação comemorativa dos 70 anos da Fundaj. Resultado de uma extensa pesquisa conduzida de 2013 a 2017 pela Fundaj e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o “Atlas Das Caatingas” será lançado em 31 de julho, durante o Seminário Embrapa Semiárido, em Petrolina. O livro contém vários mapas, imagens de satélite, fotografias e levantamentos florísticos das áreas de conservação pesquisadas na Caatinga. Inédita no Brasil, a publicação bilíngue (português-inglês) é aguardada com entusiasmo pela comunidade científica que se dedica ao estudo do bioma e certamente irá preencher uma significativa lacuna no conhecimento desse tema. A Editora Massangana lança no segundo semestre da Gincana Literária, jogos pedagógicos com participação de alunos do ensino médio de escolas públicas de quatro municípios de diferentes regiões do Estado. O mês de agosto presencia lançamentos de livros como “Os Afro-Brasileiros” e Anais do III Congresso Afro-Brasileiro realizado pela Fundaj. “É um importante registro das discussões em 1982 com nacionais e estrangeiros no campo dos estudos sobre o negro no Brasil”, explica Tonico Magalhães, coordenador geral da Editora Massangana. Chegando outubro, será lançado o livro “Ecos de Clarice”, da escritora Márcia Basto, e em Novembro, a obra baseada nas andanças de Bruno Albertim por terras nordestinas, “Nordeste, Identidade Comestível”, será lançada por iniciativa

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Lucilo Maranhão comemora 70 anos

Fundada em 1947, a Lucilo Maranhão Diagnósticos celebra 70 anos de atividades com novos planos. A clínica iniciou suas atividades em radiologia geral através do seu fundador, o médico radiologista Lucilo Maranhão. No começo oferecia exames de radiologia geral. Com o passar do tempo, seus dois filhos se formaram em medicina e decidiram se especializar na radiologia.  Norma Maranhão se dedicou a radiologia mamária, enquanto Ricardo se especializou em ultrassonografia. A Lucilo Maranhão Diagnósticos foi a pioneira na América Latina a receber o mamógrafo digital, que permite,  entre outros benefícios, a melhor avaliação de lesões mamárias, possibilitando o diagnóstico mais precoce do câncer de mama. Norma Maranhão também foi uma das primeiras profissionais do Brasil a realizar biópsia percutânea de fragmentos da mama guiados pela estereotaxia de lesões mamárias não palpáveis. Ricardo Maranhão, por sua vez, foi um dos primeiros profissionais de Pernambuco a utilizar o equipamento de ultrassonografia com Doppler Colorido, tecnologia inovadora que foi adquirida pela Lucilo Maranhão no início da década de 1990. Assim como os filhos, os netos de Lucilo também seguiram os passos do avô. Marcos Miranda Filho, Beatriz Maranhão, Ricardo Maranhão Filho e Lucilo Maranhão Neto estudaram medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de Pernambuco (UPE), e enveredaram na radiologia, completando a abrangência diagnóstica com novas técnicas de exames. Atualmente, Marcos Miranda Filho e Ricardo Maranhão Filho atuam nos exames de raios-x, tomografia computadorizada, densitometria óssea e ultrassonografia. Beatriz Maranhão especializou-se na área da mama, realizando mamografia, ultrassonografia, punção/biópsia e ressonância magnética mamária; e, por fim, o Lucilo Maranhão Neto nas áreas de tomografia computadorizada, ultrassonografia, procedimentos guiados por USG (tireóide e mama) e ressonância magnética. A inserção familiar da terceira geração teve início em 2010, integrando o corpo clínico e participando ativamente da diretoria da unidade. Dentro do organograma de uma empresa familiar, cada um dos novos sócios da terceira geração atua, junto a Norma Maranhão e Ricardo Maranhão, na coordenação de alguns setores. Nesse ano houve também o reposicionamento da marca, aprimoramento e investimento em qualificação pessoal, o que multiplicou por oito a quantidade de serviços prestados, aumentando, assim, o número de pessoas atendidas diariamente. Hoje, a Lucilo Maranhão realiza cerca de 800 exames por dia e conta com um quadro de mais de 20 médicos prestadores, mais os 6 sócios da diretoria, que também atuam diretamente no atendimento aos pacientes. Além dos procedimentos realizados pela própria clínica, há também os serviços executados por empresas parceiras, que são reconhecidas por excelência nas suas áreas.

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UFPE: 70 anos de grandes desafios

O pedagogo Paulo Freire, o dramaturgo Ariano Suassuna, a pesquisadora Naíde Teodósio, o químico Ricardo Ferreira, o escritor Manuel Correia de Andrade e o cineasta Kleber Mendonça Filho. O que esses nomes têm em comum além do excepcional destaque que ganharam no País e no mundo por meio de suas obras? A resposta é: todos eles integraram, como alunos ou professores, a comunidade que construiu e constrói a memória da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nos seus 70 anos de história. O corpo acadêmico deverá respirar, nos próximos 12 meses, ares de festa na instituição, que completou sete décadas no último dia 11 de agosto. A Faculdade de Direito do Recife (FDR), a mais antiga do Brasil, também celebrou seu 189º aniversário na mesma ocasião. Além disso, a data ainda marcou os 10 anos de interiorização da universidade, com a implantação dos campi em Caruaru, no Agreste do Estado, e em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. A ideia é comemorar promovendo debates, espetáculos, exposições e intervenções culturais abertos ao público. Sob a alcunha de “Tempos Transversos”, o ano festivo será dividido em três fases: passado, presente e futuro, com atividades voltadas para o resgate da história, a avaliação dos atuais resultados e o reforço dos próximos projetos. “O tema é uma criação do professor Lourival Holanda, que aborda a transversalidade do conhecimento, colocando as novas gerações em contato direto com as gerações que as antecederam”, explicou o presidente da Comissão dos 70 anos, Sílvio Romero Marques. De acordo com ele, as comemorações só se encerrarão no dia 11 de agosto de 2017. “O ciclo de festividades será concluído com a publicação de livros, revistas e artigos sobre as sete décadas da entidade”, detalhou. Segundo o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, o objetivo é conectar, cada vez mais, saberes acadêmicos e sociais. “Neste marco, é essencial que a comunidade e seus familiares e amigos desenvolvam o sentimento de pertencimento e de orgulho para com a universidade. Essa é a condição básica e indispensável para que ela se projete para o futuro como uma instituição aberta ao diálogo, à diversidade, ao respeito às diferenças e que tenha como missão a formação qualificada de seus estudantes para o País”, ressaltou. Considerada a melhor instituição de ensino superior do Norte e Nordeste pela pesquisa britânica QS University Ranking 2016, a UFPE tem se destacado nas últimas avaliações do segmento. Segundo o Ranking Universitário Folha, ela é a 10ª melhor universidade do País e o Times Higher Education a apontou como a 21ª melhor da América Latina. Apesar dos resultados positivos, a instituição ainda tem muitos desafios à frente. O reitor diz que a meta é alcançar o sétimo lugar nos rankings brasileiros. “A boa posição da UFPE nas avaliações é resultado da qualidade de seus estudantes, docentes e técnicos, além das pesquisas de ponta que realiza em ambientes de cooperação internacional com as melhores universidades do mundo. Num contexto de grandes assimetrias regionais, é uma posição a comemorar, mas estamos trabalhando duro para estarmos entre as sete primeiras do País”, planeja o reitor. “Para tal, precisamos nos fortalecer junto às empresas e aos nossos egressos. E uma boa política de comunicação é essencial, por isso criamos a nova Pró­Reitoria de Comunicação, Informação e Tecnologia da Informação (Procit), para divulgar, junto com a assessoria de comunicação, os resultados das pesquisas e seus impactos para a melhoria da vida das pessoas”, revelou Anísio Brasileiro. Para o professor do Núcleo de Teoria e História da Educação Edilson Fernandes, a maior dificuldade enfrentada é a diminuição dos recursos públicos voltados ao setor. “A questão é um debate nacional. Há preocupação com o financiamento de vários projetos importantes, como o programa de intercâmbio estudantil Ciências Sem Fronteiras”, disse Fernandes, que também apontou problemas nas áreas de segurança e acessibilidade. “Embora seja um local de produção do conhecimento, em que temos professores e especialistas em diversas áreas, a UFPE passa por dificuldades de planejamento, com destaque para a segurança dos campi. Em Caruaru e em Vitória de Santo Antão, o agravante é a acessibilidade das pessoas”, ressaltou o professor. No entanto, segundo ele, a universidade se destaca nacionalmente devido ao alto nível dos profissionais que atuam na instituição. “São nossos professores, pesquisadores, técnicos e alunos que fazem da UFPE o que ela é hoje”. No Plano Estratégico Institucional da universidade, elaborado no primeiro ano desta gestão, questões como sustentabilidade e acessibilidade são listadas como obstáculos a serem superados até 2027, ano do bicentenário da FDR. Apesar dos problemas em programas como o Ciências Sem Fronteiras (não serão concedidas novas bolsas de intercâmbio para estudantes de graduação), a reitoria, segundo Anísio Brasileiro, se compromete com o fortalecimento da internacionalização da universidade, e também das cooperações com empresas públicas e privadas e das pesquisas em áreas estratégicas para o País. “Articular novos projetos e parcerias com governos e empresas dentro de uma visão empreendedora, capaz de captar recursos para pesquisas junto a entidades nacionais e internacionais, e participar de forma competitiva em editais públicos serão nossas prioridades. Para isso, é necessário manter o padrão de excelência dos nossos cursos de graduação e pós­-graduação, favorecendo a presença de gestores nas principais agendas internacionais, com intenso programa de mobilidade estudantil para importantes universidades do exterior”, explicou Anísio Brasileiro. O reitor também garantiu a modernização do modelo de governança institucional, com a conclusão do Estatuto da UFPE ainda este ano, além da oferta de serviços universitários de qualidade à comunidade, a exemplo da recuperação do Centro de Convenções (Cecon) e da Concha Acústica. "Esperamos concluir as obras na Concha em 2017. Já a recuperação completa do Cecon deverá ser entregue em 2019, e será realizada em três etapas. Na primeira, com prazo avaliado em um ano, esperamos concluir as obras do hall, do cinema e das salas para serviços. Em paralelo, iniciamos a segunda etapa, relativa à equipagem dos auditórios. A terceira fase é a recuperação do teatro", especificou. A UFPE descende da Universidade do Recife, criada em 1946, a partir

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