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Agosto Dourado: dicas de amamentação de graça em Olinda neste sábado (17)

Toda gestação é acompanhada de grande expectativa em relação ao parto. E o que vem depois? Muitas mulheres acabam tendo dificuldades com a amamentação justamente por não terem se preparado previamente da maneira mais adequada. É para evitar esses sustos e promover mais conhecimento que as doulas Diana Cardona e Luiza Falcão promovem a roda de conversa “Amamentação: desafios e benefícios”. O evento é gratuito e acontece neste sábado (17), a partir das 10h, no Espaço Adupé, que fica na rua de São Francisco, nº 26, no bairro do Carmo, em Olinda. A roda acontece em pleno Agosto Dourado, mês dedicado exclusivamente à amamentação. A data foi criada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Pediatria e amplia a chamada Semana da Amamentação (1 a 7 de agosto). A cor dourada remete ao nível ouro de excelente qualidade do alimento, o leite materno. Entre os temas a serem abordados estão como se preparar para a amamentação, o que é possível fazer para aumentar ou diminuir a produção de leite, como evitar e lidar com fissuras e inflamações. Além de debater mitos como uso de bucha, bico de silicone, pomada e se existe “leite fraco”. . Nem todo bebê nasce sabendo mamar, nem toda mulher nasce sabendo oferecer o peito da forma mais indicada para minimizar desconfortos e machucados. O encontro ainda traz dicas sobre banco de leite, ordenha das mamas, estoque e a volta ao trabalho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente com as doulas Luiza Falcão (99145-4014 / @luizafalcaodoula) Diana Cardona (99585-4088 / @dianacardonaguillen). O QUE SÃO DOULAS? As doulas são profissionais preparadas para dar apoio emocional e físico, além de oferecer informações de qualidade durante todo o período da gravidez, nascimento e pós-parto. Durante o trabalho de parto, esse suporte é dado através de apoio psicológico e técnicas para alívio da dor não-farmacológicas (sem uso de remédios), auxiliando a família a viver experiências positivas no nascimento de seus filhos. Elas podem ajudar também a família a superar a experiência quando as expectativas não corresponderam à realidade ou quando houve uma perda gestacional.

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Agosto dourado alerta sobre a importância da amamentação

O aleitamento materno é extremamente importante para o bom desenvolvimento biológico e imunológico da criança. E foi pensando na conscientização das pessoas para este ato de amor e cuidado, que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou a campanha “agosto dourado”, com um mês inteiro dedicado à amamentação. O mês foi escolhido com base na semana do aleitamento materno, que acontece do dia um a sete deste mês. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida do bebê, pois o leite da mulher é essencial para o bebê ter uma boa saúde. Além disso, aumenta os laços afetivos entre mãe e filho, contribuindo positivamente no desenvolvimento emocional e social do filho. O ato de amamentar faz bem também para a mãe. “Para o bebê, o leite diminui o risco de doenças diarreicas, respiratórias e alergias. Há menor chance do indivíduo desenvolver obesidade, hipertensão e diabetes, promovendo um melhor desenvolvimento cognitivo e proteção imunológica, além de aumentar o vínculo mãe-bebê. Já para a mãe, há menor risco de câncer de mama, evita nova gravidez, favorece ao retorno ao peso precocemente e involução uterina, dentre inúmeros outros benefícios para os dois”, explica a coordenadora e professora da pós-graduação em aleitamento materno e banco de leite humano Faculdade IDE, Mariana Gonçalves. “Os impactos deste ato são inúmeros, desde o vínculo familiar, o contato pele a pele, troca de olhares, colo, afeto e segurança. A amamentação não é somente nutrição, vai muito além disso. Crianças amamentadas têm muito mais chances de serem adultos saudáveis”, explica a professora da Faculdade IDE. Com o passar dos meses, algumas mães começam a se preocupar com a hidratação das crianças e ficam em dúvida se podem passar a dar água aos seus filhos entre uma mamada e outra. Segundo a docente, isso não é necessário, pois o leite humano é produzido de acordo com a necessidade do bebê. “Mesmo em locais muito quentes, com temperaturas altas e elevada sudorese (suor) não se faz necessário hidratar com água ou outro líquido, pois o leite materno tem a quantidade ideal para o bebê. Porém, a mãe precisa consumir bastante líquido, manter-se bem hidratada”, orienta Mariana. Há uma compreensão de que algumas mulheres têm pouco leite, mas esses casos são raros e geralmente por algo associado. “De modo geral, as mães possuem leite, sim. O leite materno nunca é fraco, ele é completo para o bebê. A quantidade de leite é muito variável pois envolve inúmeros fatores: hidratação da mãe, descanso e repouso, tranquilidade, anatomia da mãe e do bebê, sucção, estresse, intervalos da mamada, dentre outros”, esclarece Mariana. Muitas mulheres optam por complementar a alimentação de seus filhos com fórmulas, pois vezes acham que o filho não está alimentado o suficiente. Mas a recomendação é que isto só seja feito se não tiver mais jeito. “A fórmula é a última opção de suplementação. Existem várias estratégias e intervenções a serem implementadas antes de introduzir a fórmula. E geralmente elas funcionam, por isso buscar ajuda com equipe especializada faz toda a diferença”, alerta a professora da pós-graduação em aleitamento materno e banco de leite humano Mariana Gonçalves, da Faculdade IDE. Complementar com outros alimentos, mesmo que sejam naturais, também não é recomendado. “A introdução alimentar só deve ser iniciada por volta dos seis meses de vida da criança, no momento que ela esteja preparada para sentar e receber o alimento. Essa alimentação é iniciada lentamente, no início a criança vai conhecer os alimentos, as diferentes texturas, sabores, por isso durante muito tempo o leite materno continua sendo o principal alimento”, instrui. PREPARAÇÃO NA GRAVIDEZ Ainda na gravidez, surgem muitas dúvidas com relação a preparação dos seios para quando chegar a hora de amamentar. Então, algumas mães buscam auxílio de produtos ou terapias que prometem preparar melhor as mamas para isso. “Não recomendamos nenhum tipo de intervenção na gravidez. A única preparação ainda na gravidez é adquirir informações de qualidade: leia, estude, pesquise sobre amamentação e puerpério. Não existe seio adequado, o corpo humano é muito bem feito, o Criador o fez da melhor maneira”, orienta a profissional de enfermagem da Faculdade IDE, Mariana Gonçalves. Para as mamães de primeira viagem, a professora da pós-graduação de enfermagem em neonatologia e pediatria intensiva da Faculdade IDE Nayale Lucinda orienta buscar sempre informações em locais confiáveis e que partilhem informações baseadas em evidências científicas. “Procure relatos de mães, rodas de apoio, onde são compartilhadas histórias de outras mães que podem estar ajudando. Porque não existe um manual ou nada pronto, cada mulher vai desenvolvendo o seu jeito de cuidar e amamentar o seu filho. Além disso, orientações de profissionais capacitados e equipe profissional de bancos de leite humano podem ajudar muito”, comenta. COMO DAR DE MAMAR? Não existem técnicas para a criança mamar melhor, mas orientação profissional pode ajudar. “O desconhecido causa medo e insegurança, logo, quanto mais orientada a mulher estiver, mais segurança e tranquilidade ela vai ter. Lembrar que o bebê não nasce sabendo mamar, e nem a mãe a amamentar, eles vão aprender juntos. Mesmo não sendo o primeiro filho, cada gestação é diferente da outra, cada bebê tem suas individualidades. Lógico, se alguém qualificado puder ensinar essa mãe, as chances de o bebê mamar melhor aumentam”, elucida Mariana sobre a importância de buscar apoio profissional. A professora Nayale Lucinda conta ainda que não é preciso se preocupar com o tempo em que o bebê passa entre uma mamada e outra. A orientação que a enfermeira traz é do Ministério da Saúde e da OMS, que é a livre demanda, então não existe isso de horário de aleitamento não. “Bebê acordou e está com vontade de mamar, vai mamar. Depende muito de criança para criança e com o tempo a mãe vai percebendo que nem todo choro é fome, muitas vezes é necessidade de colo”, ressalta. MULHERES QUE NÃO AMAMENTAM Existem casos em que mulheres deixam de amamentar por uma decisão delas, sendo muito importante compreender,

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Amamentação pode evitar 823 mil mortes infantis por ano

Realizado a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro estudo que mapeou os padrões globais do aleitamento materno e os relacionou com a preservação da saúde de crianças e mães é o segundo colocado da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi. O trabalho, indicado pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) demonstra ainda o caráter cumulativo dos benefícios trazidos pela amamentação, como a proteção contra a mortalidade infantil, redução das hospitalizações por doenças infeccionas na infância e a má-oclusão dentária, bem como aumenta a inteligência, e reduz a ocorrência de sobrepeso e diabetes De autoria do médico epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a pesquisa avaliou dados vindos de 153 países, de 1995 a 2014, concluindo que o leite materno, em nível quase universal, poderia prevenir 823 mil mortes de crianças menores de cinco anos, por ano. Assim como, no mesmo período, evitaria 20 mil falecimentos por câncer de mama. Segundo Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, estudos dessa magnitude reforçam a necessidade de que a produção científica brasileira seja incentivada e reconhecida. “Para nós, receber trabalhos com esse alcance demonstra que estamos no caminho certo, reconhecendo a contribuição desses especialistas na garantia de um futuro melhor às próximas gerações”, destaca. A presidente da entidade também ressalta que um dos aspectos importantes desse trabalho é a constatação de que, nos países de baixa e média renda, apenas 37% das crianças são exclusivamente amamentadas. O trabalho tem, ainda, o mérito de apontar países e regiões nos quais devem ser reforçadas as campanhas de aleitamento. A série da The Lancet, publicação que veiculou o estudo de Victora, aponta que se as taxas de amamentação dos Estados Unidos, China e Brasil aumentassem para 90%, e se esses mesmos índices subissem para 45% no Reino Unido, haveria uma diminuição de custos com tratamentos para doenças comuns na infância de aproximadamente US$ 2,45 bilhões nos Estados Unidos, US$29,5 milhões no Reino Unido, US$223,6 milhões na China e US$6 milhões no Brasil. Nesta edição, com atualização do valor pago, o prêmio total distribuído será de R$ 250 mil, divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação

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"É importante resgatar a ideia do parto como processo fisiológico"

Brena Melo, obstetra do Imip e professora da Faculdade Pernambucana de Saúde explica nesta entrevista que as recomendações da Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal Recente Diretriz do Ministério da Saúde são baseadas em evidências científicas. Confira. ALGOMAIS - Qual sua opinião sobre a Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal Recente Diretriz do Ministério da Saúde? BRENA MELO - A Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, lançada pelo Ministério da Saúde do Brasil, no início de 2017, foi elaborada por especialistas em diversas área da saúde ligada à saúde materno-infantil e apresenta recomendações solidamente embasadas nas evidências científicas mais recentes. A tendência observada pela diretriz, de resgate do protagonismo da mulher no seu próprio parto, pode ser atribuída à necessidade de se discutir o tema “do nascer” de forma ampla com a sociedade. Um grande estudo publicado em 2012, "O Nascer no Brasil", verificou que mais da metade dos brasileiros nascem através de um procedimento cirúrgico, a cesariana. Em estratificações por maternidades públicas ou privadas, essa taxa de cesariana pode chegar a mais de 95% dos nascimentos, em algumas instituições privadas. Esse dado precisa ser reconhecido como alarmante. Todo procedimento cirúrgico tem seus riscos e a sociedade tem se distanciado da cultura do fisiológico, o que leva a uma cascata de intervenções, muitas vezes, desnecessárias. Então, primeiramente, é preciso levantar a discussão quanto à maneira de se nascer, tanto no âmbito individual, quanto no familiar e enquanto sociedade. Depois, é necessário refletir quanto aos elementos do sistema de saúde que potencialmente contribuem para essa realidade de elevada taxa de procedimentos cirúrgicos, tanto do ponto de vista do modelo vigente de assistência obstétrica, quanto da formação do profissional de saúde e das condições de trabalho existentes. A Diretriz foi então lançada como forma de informação para todos, sob cada uma dessas diferentes perspectivas. Como ponto de partida desse processo de informação e educação, é importante resgatar a ideia de parto como um processo fisiológico. A sociedade está tão distanciada da naturalidade desse processo, que até mesmo o verbo “parir” ainda causa certo estranhamento para alguns quando utilizado para descrever o evento fisiológico feminino, por fazerem associações distorcidas. Se partirmos da premissa do parto como evento fisiológico e de que a maior parte das mulheres da nossa população é saudável ou não tem uma condição ameaçadora de vida, não há por que imaginar que ela não irá conseguir parir e nem há por que deixar de provê-la de condições favoráveis para vivenciar esse momento tão bonito e fisiológico. Quanto a propiciar condições favoráveis ao parto fisiológico, nosso sistema de saúde apresenta alguns entraves. Por exemplo, o atual modelo brasileiro de assistência ao parto é hospitalocêntrico e centrado majoritariamente no médico como o profissional de saúde responsável por essa assistência. Como é a realidade nos países desenvolvidos? Lá o médico é o responsável pela assistência das pacientes com complicações, a menor parte da população. Dessa forma, a conta fecha – há médicos suficiente para quem precisa. Nesses locais, quem presta assistência à maioria dos partos são midwives, profissionais de saúde muito bem treinados para prestar assistência a partos sem maiores intercorrências. Além disso, na Holanda, por exemplo, cerca de 40% dos partos acontecem na própria casa da mulher, assistida por midwives. O hospital e o médico ficam de sobreaviso para caso de necessidade de transferência para o hospital. Na Inglaterra, após ensaios clínicos randomizados, o NHS (National Health Service), o SUS inglês, recomendou que, para mulheres com parto normal anterior sem intercorrência, seja oferecida a possibilidade de parir em casa. Em países nórdicos, como a Dinamarca, por exemplo, com modelo de assistência ao parto também multiprofissional, a taxa de cesariana fica abaixo dos 15% recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Há muito o que se discutir quanto ao modelo ideal para a nossa realidade, mas o primeiro passo é conscientizar-se da necessidade dessa discussão. As distorções observadas no modelo vigente de assistência ao parto no Brasil interferem tanto na formação do médico, quanto nas condições de trabalho de profissionais já experientes envolvidos nessa assistência. Um bom profissional de saúde deve, ao longo de sua formação, buscar sempre o equilíbrio no aprendizado e aperfeiçoamento dos três elementos básicos para sua competência: conhecimento, habilidades motoras e atitudes. A medicina demanda aprendizagem complexa, que é o uso constante do equilíbrio entre esses elementos. Logo, além da necessidade constante de atualização do seu conhecimento, ele precisa praticar suas habilidades manuais e manter a capacidade de reflexão, com respeito pelo paciente e empatia. Em uma maternidade superlotada, como é a realidade brasileira, até mesmo nas maternidades privadas, pode haver comprometimento desse equilíbrio. A retroalimentação desses fatores e combinação de todos esses elementos termina por não propiciar à parturiente um ambiente favorável à evolução fisiológica do trabalho de parto. É preciso, então, um esforço constante por parte de todos para tentar minimizar essa influência negativa no processo do nascer. O profissional de saúde passa, então, a ter um papel fundamental nesse processo de autoeducação e educação da sociedade para modificação do panorama atual. A Diretriz lançada pelo Ministério é um instrumento importante nesse sentido. ALGOMAIS -  A diretriz recomenda o fim do jejum obrigatório durante o trabalho de parto. Por que a parturiente antes precisava ficar em jejum e agora não? Quais os benefícios dessa recomendação? O parto é um processo fisiológico intenso, leva algumas horas para acontecer e demanda muita energia da parturiente. Nada mais natural, então, do que oferecer à parturiente alimentos durante o trabalho de parto: ela precisa de líquidos e calorias. Uma comparação comum é entre um trabalho de parto e uma corrida longa. Nessas corridas são ofertados líquidos e calorias aos participantes. A lógica é semelhante. Em situações de alta demanda do organismo, nada mais natural do que confortar a paciente em suas necessidades fisiológicas. Entram aí também a recomendação de deixar a paciente deambular, ficar em sua posição de livre escolha, com direito à mobilização e apoio das pessoas que ela escolher durante o parto. Considero a referência ao “jejum

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Metade dos recém-nascidos não é amamentada na primeira hora de vida, diz Unicef

Aproximadamente 77 milhões de recém-nascidos não são amamentados na primeira hora de vida, deixando de receber nutrientes e anticorpos e sendo privados do contato corporal com suas mães, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Este primeiro contato corpo a corpo é essencial para protegê-los de doenças e para contribuir com o sucesso da amamentação. France Bégin, assessora sênior de Nutrição do Unicef, afirma que se todos os bebês fossem alimentados apenas com leite materno desde o momento do seu nascimento até os seis meses de idade, mais de 800 mil vidas seriam salvas a cada ano. Quanto mais se atrasa o início da amamentação, maior é o risco de morte no primeiro mês de vida. Atrasar o aleitamento materno entre duas e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-la por 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação comece ainda na primeira meia hora após o parto. No entanto, apenas metade de todos os recém-nascidos no mundo colhe os benefícios da amamentação imediata. De acordo com o manual de aleitamento materno do Comitê Português para o Unicef, o leite materno previne infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias, além de ter efeito protetor sobre as alergias. No que diz respeito às vantagens para a mãe, amamentar ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal e reduz as probabilidades de câncer de mama. A recomendação da OMS é de que o aleitamento materno seja exclusivo até o sexto mês e se estenda até os 2 anos ou mais, aí já com a introdução de outros alimentos, como frutas, legumes, verduras e carnes. De acordo com o Unicef, apesar dos esforços, os avanços na amamentação na primeira hora de vida têm sido lentos. Na África Subsaariana, por exemplo, onde as taxas de mortalidade de menores de cinco anos são as mais altas do mundo, o aleitamento materno precoce cresceu apenas 10 pontos percentuais desde o ano 2000. Na Ásia Meridional, onde as taxas de iniciação precoce de aleitamento materno triplicaram, passando de 16% em 2000 para 45% em 2015, o aumento está longe de ser suficiente: 21 milhões de recém-nascidos ainda têm de esperar tempo demais para serem amamentados. A análise do Unicef mostra que as mulheres não estão recebendo a ajuda de que necessitam para iniciar o aleitamento materno imediatamente após o nascimento, mesmo quando um médico, enfermeiro ou parteira assiste o parto. No Oriente Médio, no Norte da África e na Ásia Meridional, por exemplo, as mulheres que têm filho com o auxílio de uma parteira qualificada estão menos propensas a iniciar o aleitamento materno na primeira hora após o parto se comparadas àquelas que dão à luz com o apoio de parteiras não qualificadas ou familiares. Outro motivo que dificulta a amamentação precoce é o hábito de alimentar os bebês com outros líquidos ou alimentos. Em muitos países, é costume alimentar o bebê com fórmula infantil, leite de vaca ou água com açúcar nos três primeiros dias de vida. Quase metade de todos os recém-nascidos é alimentada com esses líquidos. Quando os bebês recebem alternativas menos nutritivas do que o leite materno, eles mamam com menos frequência, fazendo com que seja mais difícil para as mães o início e a continuidade do aleitamento. No mundo todo, apenas 43% dos bebês com menos de seis meses de idade são amamentados exclusivamente. Bebês que não são amamentados têm 14 vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que são alimentados apenas com leite materno, de acordo com o Unicef. No entanto, qualquer quantidade de leite materno reduz o risco de morte. Bebês que não recebem nenhum leite materno têm sete vezes mais chance de morrer de infecções do que aqueles que receberam pelo menos alguma quantidade de leite materno nos seis primeiros meses de vida. Semana Mundial da Amamentação A Semana Mundial da Amamentação é comemorada este ano entre 1º e 7 de agosto. A data é celebrada desde 1992 por iniciativa da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba, a sigla em inglês), órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Com o tema “Amamentação: uma chave para o desenvolvimento sustentável” e com o slogan “Amamentação: faz bem para o seu filho, para você e para o planeta”, a cerimônia oficial alusiva à semana será realizada amanhã (6), às 11h, na Casa Brasil das Olimpíadas, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Da Agência Brasil

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