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Museu da cidade do Recife recebe exposição Cinco Pontas

Com objetivo de celebrar a candidatura do Forte das Cinco Pontas ao posto de patrimônio da Unesco e mostrar aos recifenses e turistas a importância do local para a preservação da história nacional, o Museu da Cidade do Recife, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, lança no dia do aniversário da capital pernambucana, 12 de março, a exposição “Cinco Pontas”. O acervo conta com pinturas e documentos ainda inéditos para o púbico, que contam a história da construção e os diversos usos que já teve. Em quase 400 anos de existência, o Forte das Cinco foi base para navegadores, depósito, prisão e quartel militar. Desde 1982, é o Museu da Cidade do Recife e, em breve, pode se tornar patrimônio cultural mundial da humanidade. “A intenção da exposição é mostrar para o recifense a importância desse edifício como patrimônio histórico, simbólico e físico da cidade”, explicou Betânia Correa de Araújo, diretora do museu. A programação terá um ano de duração. O acervo exposto passeará por várias épocas, contando o papel da edificação em diversos momentos históricos da capital pernambucana. Na primeira etapa, monstros marinhos, encontrados nas cartografias e azulejos do século XVI, evocam os medos dos homens do mar no período das navegações. Gravuras do período holandês, quando a Europa pouco sabia sobre as terras de cá, mostram como os estrangeiros enxergavam o Recife. Duas belíssimas telas de Baltazar da Câmara e Murillo La Greca também compõem o acervo, bem como desenhos de Frans Post, mapas históricos, fotografias, textos, achados arqueológicos feitos no interior do prédio (balas, cachimbos, conchas) e objetos de demolição da Igreja dos Martírios. A exposição conta ainda com animações, imagens atuais do Forte das Cinco Pontas feitas por um drone, explorando uma perspectiva pouco usual da arquitetura do edifício, e vídeo-aulas, gravadas com o arqueólogo Ulisses Pernambucano, o professor e arquiteto Pedro Valadares e o arquiteto e urbanista José Mota Meneses. Educação patrimonial - No dia 12 de março, quando tem início a exposição, o Iphan, em parceria com a Embaixada da Holanda no Brasil e a Associação de Amigos do Museu da Cidade do Recife (Amuc), firmam um convênio de colaboração para realização do Projeto de Educação e Patrimônio Compartilhado. A iniciativa vai oferecer a professores selecionados da rede pública de ensino uma formação de 40 horas sobre os três fortes pernambucanos que compõem o Conjunto de Fortificações do Brasil, integrante da Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial da Unesco. O documento reúne bens culturais e sítios naturais que refletem a diversidade do território nacional e que contribuem para a compreensão do processo civilizatório da humanidade. O projeto prevê a participação de 180 alunos (60 para cada fortificação) que, em parceria com seus professores, constituirão um inventário dos bens culturais de cada lugar, utilizando literatura, fotografia, artes visuais e cinema. A previsão é que, em novembro de 2018, os resultados sejam apresentados em uma exposição itinerante e em uma publicação que poderá circular pelo Brasil e pela Holanda. Conjunto de Fortificações do Brasil - O Forte das Cinco Pontas, junto com o do Brum e o Orange, são candidatos a patrimônio cultural mundial da humanidade. Os três fortes localizados em Pernambuco integram o conjunto de 19 fortificações brasileiras que pleiteiam o título, dado pela Unesco. Além de Pernambuco, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina estão nesse roteiro. Serviço Exposição Cinco Pontas Visitação: De12 de março de 2018 a 12 de março de 2019 Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h Local: Forte das Cinco Pontas, Bairro de São José Entrada gratuita Informações: (81) 3355-9558 e 3355-9540 (visita com os educadores do museu devem ser agendadas por telefone)

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Homenagens e exposição marcam os 193 anos da morte de Frei Caneca

Um dia para reverenciar o espírito revolucionário pernambucano e a luta por uma sociedade mais justa e livre, o 13 de janeiro marca a execução de Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca, religioso e líder revolucionário pernambucano. O prefeito em exercício do Recife, Luciano Siqueira, participou, na manhã deste sábado (13), das homenagens pela passagem dos 193 anos do fato histórico, na Praça das Cinco Pontas, local da arcabuzamento - execução por arma de fogo – de Frei Caneca. “Frei Caneca é uma figura de destaque na formação da nacionalidade brasileira. Na Confederação do Equador, o projeto de Constituição, que é de autoria dele, é uma peça avançadíssima até nos dias de hoje e mostra o caráter precursor de Frei Caneca numa visão de nação que nós ainda tentamos construir. E a Prefeitura do Recife anualmente presta essa homenagem, com a intenção de assinalar esse exemplo de herói do povo brasileiro, para que possamos inspirar os atuais lutadores do povo no ideal de um Brasil socialmente justo, democrático e verdadeiramente soberano”, afirmou Luciano Siqueira. O ato cívico aconteceu na Praça das Cinco Pontas, em frente ao Forte das Cinco Pontas, local da execução de Frei Caneca, em 1825, e incluiu hasteamento de bandeiras, leitura do pregão e da sentença proferida na época, a condução de uma coroa de flores até o busto do mártir instalado no local e o toque dos sinos da Matriz de São José. Participaram, além do prefeito em exercício, a diretora do Museu da Cidade do Recife, Maria de Betânia Corrêa, a Grande Loja Maçônica de Pernambuco, o Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano e duas descendentes de Frei Caneca: Marlene Caneca Sobreira e Lúcia Caneca Sobreira. Frei Caneca esteve envolvido na Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador, em 1824, quando foi preso e condenado à morte pelo governo central. No momento de sua execução, que deveria ser por enforcamento, três carrascos se recusaram a cumprir a sentença e foi ordenada a execução a tiros. A programação das homenagens segue com a exposição de peças históricas restauradas pelo IAHGP e a palestra “Frei Caneca, Líder e Mártir da Confederação do Equador” realizada pelo historiador e presidente da entidade, George Cabral, no auditório do museu. Os objetos restaurados, que estarão em exposição no museu até o dia 6 de março, são peças contemporâneas à Revolução Pernambucana de 1817 ou relacionadas ao movimento. A restauração, realizada com o apoio do Governo do Estado, fez parte das ações envolvendo o bicentenário do movimento, considerado o primeiro grande levante político do Brasil. Entre as peças que fazem parte da exposição, estão o retrato de Frei Caneca, Domingos José Martins e José Luís de Mendonça. Os dois primeiros integraram o Governo Provisório da República de Pernambuco. Também foram restauradas duas raras gravuras em papel representando o casal D. Pedro I e D. Leopoldina, produzidas por ocasião do seu casamento (cujas festividades no Rio de Janeiro foram adiadas por conta da Revolução Pernambucana). Os dois se tornariam, em 1822, os primeiros monarcas do Império do Brasil.     --

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