Arquivos contratação - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

contratação

Contratação de empresas para limpar o nome quase triplica em um ano

De olho nos cerca de 62 milhões de inadimplentes no país, muitas empresas prometem limpar o nome de consumidores ávidos para recuperar crédito no mercado e retirar seus CPFs das listas de negativados. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra aumento do número de inadimplentes que afirmam já ter procurado empresas na tentativa de limpar o nome: a quantidade de pessoas que afirmaram já ter contratado essas empresas aumentou 16 pontos percentuais este ano (25%) em comparação com 2017 (9%). Cerca de 14% dos entrevistados afirmaram ter contratado o serviço e tiveram a situação resolvida – um aumento de 10 p.p. em relação ao ano passado (4%); e 11% não tiveram o nome limpo ― um aumento de 5 p.p. dos casos sem solução, na comparação com 2017 (6%). Dentre os que contrataram e não tiveram seu nome limpo, 39% receberam parte do dinheiro de volta, 31% receberam todo o dinheiro e 30% não foram restituídos em nada. Os principais motivos para contratar a empresa foram para garantir que o nome fosse realmente limpo (24%), receber ajuda nas negociações (19%) e evitar constrangimentos com os credores (19%). O valor pago para limpar o nome foi, em média, de R$ 375,21, sendo que 45% pagaram um valor antecipado fixo e 37% um valor antecipado com percentual sobre o valor da dívida. A maior parte dos entrevistados (53%) considera que valeu a pena pagar pelo serviço, pois conseguiram limpar o nome. Outros 31%, no entanto, acharam não valeu a pena, porque ficou muito mais caro do que se tivessem resolvido sozinho direto com a empresa credora. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a contratação de empresa para limpar o nome nem sempre é a opção mais vantajosa. “O devedor pode negociar bons acordos diretamente com os credores, conseguindo melhores condições para liquidar a dívida e colocar as contas em ordem, sem precisar pagar nada pela intermediação”, comenta. 57% acreditam que conseguiriam ter quitado a dívida sem precisar contratar o serviço Oito em cada dez consumidores (78%) ficaram satisfeitos com o serviço de negociação da dívida. Segundo os contratantes, a expectativa foi atendida para 44% dos entrevistados e superada em 34% dos casos. Para 22%, as empresas não conseguiram um bom acordo. Antes de ir atrás de empresas para limpar nome, muitos inadimplentes tentaram resolver o problema diretamente com o credor. Mais da metade dos entrevistados (65%) afirmou ter tentado negociar a dívida com os credores antes de contratar uma empresa. Em contrapartida, 21% não tentaram um acordo antes de investir no serviço. Do total de entrevistados que utilizaram o serviço, 57% acreditam que conseguiriam ter quitado a dívida sem precisar contratar o serviço. De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, contratar uma empresa para limpar o nome deve ser a última opção. “Se o consumidor tem dinheiro disponível para contratar esse tipo de empresa, recomenda-se que, em vez disso, negocie diretamente com o credor e ofereça uma entrada à vista para tentar um desconto no valor da dívida ou redução do número de parcelas. Frequentemente, um intermediário faz pouca diferença e ainda cria uma nova despesa para quem já está endividado”, afirma. 50% disseram que as empresas prometeram limpar o nome, mesmo sem que a dívida fosse paga Parte significativa dos entrevistados teve medo de cair em golpes no momento da contratação: do total, 61% ficaram com receio de serem enganados pelas empresas. Outro destaque é a quantidade de entrevistados que afirma ter recebido a promessa de ter o nome limpo sem precisar pagar a dívida: 50% disseram que as empresas prometeram limpar o nome, mesmo sem o pagamento da pendência. “O consumidor deve ficar atento a golpes e fraudes. Muitas empresas se apresentam como facilitadores e prometem operar verdadeiros milagres, garantindo descontos de mais de 80% no valor da dívida ou eliminar o CPF do consumidor dos cadastros de negativados sem que a pessoa sequer pague a dívida”, alerta Vignoli. “É importante ter cautela quando são oferecidos descontos, prazos e condições de pagamento fora da realidade do mercado. Não existe fórmula mágica da mesma forma como não dá para limpar o nome sem pagar a dívida.” 43% dos contratantes conheceram as empresas na internet Diferentemente do ano passado, quando a indicação de amigos e parentes teve uma influência significativa na decisão de contratar uma empresa para limpar o nome, os devedores este ano foram, em sua grande maioria, atraídos por anúncios na internet. Cerca de 43% dos consumidores encontraram as empresas de forma online, enquanto 15% receberam a indicação de conhecidos ― apresentando queda de 17 p.p. em comparação ao ano passado (31%).

Contratação de empresas para limpar o nome quase triplica em um ano Read More »

Secretaria do Governo abre seleção para contratação de 172 profissionais com salários de até R$ 3,8 mil

    A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) abriu inscrições para seleção simplificada visando a contratação temporária de 172 profissionais, sendo 35 de nível superior, oito de nível técnico e 129 de nível médio, para atuação nos Serviços de Acolhimentos Institucionais do Governo do Estado. Os salários variam entre R$ 1 mil e R$ 3,8 mil. As vagas são para atuação no Recife e Região Metropolitana, além do município de Garanhuns, no Agreste do Estado. As inscrições seguem até o dia 20 de outubro e custam R$ 40,00 (nível médio e técnico) e R$ 60,00 (nível superior). A seleção será feita em uma única etapa, por meio da análise da experiência profissional e dos títulos dos interessados. Os contratos serão temporários, com duração de 12 meses, prorrogáveis por igual período até o máximo de seis anos. Há vagas nas áreas de advocacia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, pedagogia, psicologia, terapia ocupacional e gestão social, além de técnicos de enfermagem e educador social. Para participar da seleção, é preciso preencher um formulário e enviar documentos, de forma eletrônica, através do site do Instituto Darwin. O resultado final deve ser divulgado no dia 21 de novembro. (Governo do Estado de Pernambuco)

Secretaria do Governo abre seleção para contratação de 172 profissionais com salários de até R$ 3,8 mil Read More »

Pequenas empresas contrataram 60% mais que grandes em 2016

As micro e pequenas empresas admitiram 9 milhões de trabalhadores em 2016, 60% mais que os 5,7 milhões contratados pelas grandes e médias empresas no período. A informação é do levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número maior de contratações das micro e pequenas empresas verificou-se em todas as faixas etárias. O maior número de contratações por parte dos pequenos empresários, no entanto, ocorreu na faixa etária de 25 a 39 anos, em que as micro e pequenas empresas empregaram 4,3 milhões de trabalhadores, 59,2% mais que os 2,7 milhões das médias e grandes empresas. A segunda faixa etária com mais contratações pelos pequenos negócios foi abaixo dos 24 anos. Nesse caso, as micro e pequenas empresas empregaram 2,8 milhões de trabalhadores em 2016, 55,5% a mais que o 1,8 milhão contratado pelas médias e grandes no mesmo período. A análise mostrou ainda que tanto as empresas pequenas quanto as grandes dão preferência à contratação de trabalhadores mais jovens. A maioria dos contratados nos dois tipos de empresa têm entre 25 e 39 anos. Nas micro e pequenas empresas pessoas dessa faixa etária representaram 47,5% dos contratados no ano passado. Nas médias e grandes empresas, corresponderam a 47,4%. Os trabalhadores acima de 65 anos representaram um percentual muito pequeno dos contratados em 2016: 0,3% nas micro e pequenas empresas e 0,2% nas médias e grandes. Quando compara-se a quantidade de contratados em números absolutos, no entanto, os pequenos negócios saem à frente. Enquanto médios e grandes empresários contrataram 11.120 pessoas nessa faixa etária em 2016, os pequenos empreendedores contrataram 24.454, o equivalente a 120% a mais. Automação O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, avalia que características específicas das micro e pequenas empresas contribuíram para que elas garantissem mais contratações que as médias e grandes em meio à crise econômica. “O desemprego na grande empresa não é só conjuntural, é estrutural. As grandes empresas estão eliminando postos de trabalho, usando mais automação. A pequena empresa não tem tanta tecnologia, além de ter grande presença no setor de serviços [intensivo em mão-de-obra]”, afirma. O economista Gilberto Braga, professor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec, no entanto, analisa que a própria crise econômica contribui para a criação de empregos em micro e pequenas empresas, ao empurrar profissionais desempregados para o trabalho por conta própria. “O ambiente de crise empurra muitos profissionais de empregos tradicionais para se tornarem empreendedores. Essas pessoas, que perderam empregos formais, acabam abrindo a própria pequena empresa e, consequentemente, contratando outras pessoas. É um fenômeno comum”, destaca. Jovens e idosos Para Afif Domingos, a pesquisa mostra que pequenas as empresas são “porta de entrada e saída” para o mercado de trabalho, por contratarem pessoas no início e fim da carreira. Segundo o presidente do Sebrae, a contratação dos mais jovens deve-se à possibilidade de treinamento da mão-de-obra. “Uma empresa grande quer alguém que ela não tenha que treinar. Ela quer o mais qualificado. Na pequena empresa o funcionário vira auxiliar de caixa, depois gerente, vai fazendo a carreirinha dele”, comenta. O presidente do Sebrae ainda atribui a contratação de maior número idosos a um ambiente “mais humano” nas micro e pequenas empresas. “A pequena empresa é uma macrofamília. O ambiente é muito pessoal. Há um relacionamento mais humano. Muitas vezes o funcionário da pequena empresa vai ao médico frequentado pelos donos”, exemplifica. O economista Gilberto Braga ressalta que o profissional jovem custa mais barato para a pequena empresa, que dispõe de um caixa mais modesto. Além disso, o treinamento é mais viável. “Pelo fato de você ter na pequena empresa, normalmente, um dono que participa da gestão, o aprendizado se dá de forma muito mais rápida que na grande onde você precisa de um treinamento formal”, afirma. No caso dos idosos, o professor do Ibmec ressalta que há vantagens na contratação de funcionários mais velhos. “Dependendo do idoso, ele tem experiência. O empresário não tem custo de transporte, pois há gratuidade. Além disso, o idoso tem preferência no atendimento bancário e em todas as repartições públicas. Antes, se tinha o office boy. Hoje, temos o office old”, diz. Setores O levantamento do Sebrae apontou que o setor de serviços foi destaque nas contratações das micro e pequenas empresas em 2016, com admissão de 3,2 milhões de trabalhadores. O segundo setor com maior número de contratações foi o comércio, com 2,8 milhões. O empresário Felipe Evangelista, dono de uma hamburgueria em Brasília, conseguiu abrir vagas no setor de comércio este ano, apesar da já longa crise econômica. Nos meses de janeiro e fevereiro, ele contratou dois funcionários. Para Felipe, “o mercado sempre oscila” mas é preciso resistir. “Não pode se deixar levar pelo momento difícil. A crise pode revelar novas possibilidades Com a escassez de emprego, existem muitos profissionais bons desempregados. Tem que saber buscar”. (Agência Brasil)

Pequenas empresas contrataram 60% mais que grandes em 2016 Read More »