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As delícias portuguesas do Moinho de Tâmega, no Recife

Os amantes dos doces portugueses não precisam mais esperar a Fenearte ou viajar para a terrinha. O motivo é simples e bem saboroso: há pouco menos de oito meses, foi inaugurada a confeitaria Moinho do Tâmega, que está fazendo sucesso pelas bandas da Zona Norte do Recife. Localizado em um belo casarão no coração do Poço da Panela, o aconchegante estabelecimento é um ótimo espaço para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a culinária lusitana. A porta de entrada para o cardápio da doceria não poderia ser diferente. Ou menos portuguesa. Feitos de maneira artesanal, o folhado de doce de ovos (R$ 10,90) é uma das especialidades da casa e a primeira opção daqueles que ali frequentam. Logo em seguida está o pastel de nata (R$ 10), o bolo de nozes à moda do Tâmega (R$ 13,90) e o toucinho do céu (R$ 13). “Sem dúvida, são os que mais saem”, revelou o proprietário Manuel Costa, português que mora no Brasil há 37 anos. Conhecido ao norte de Portugal como barriga de freira, o papo de anjo (R$ 8,90) também se mostra uma ótima pedida para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre a tradição culinária de Amarante, cidade onde nasceu Manuel. A casa também oferece outros doces já conhecidos do paladar dos pernambucanos. “Servimos brownie, bolo de brigadeiro, bem-casado e maracujá, mas não são tão consumidos quanto as nossas especialidades”, compara Manuel. Mais conhecido pela produção de doces, o Moinho de Tâmega também oferece opções de salgados e por um preço em conta. “São feitos na hora. Preferimos demorar um pouco mais que o normal e servir um produto novo e de qualidade”, justifica Manuel. Quinze minutos é o tempo aproximado de espera. O queijo do reino é presença garantida em quiches, empadas e coxinhas. No entanto, segundo o proprietário, é uma outra combinação que anda fazendo o maior sucesso: “Temos clientes que passam horas tomando cervejas e vinhos portugueses e comendo sanduíches. O de pernil, por exemplo, acompanha muito bem uma Super Bock (marca de cerveja portuguesa)”. Os salgados, no momento, são servidos apenas de quinta-feira a domingo. . O ambiente aconchegante é uma estratégia para que o cliente sinta-se à vontade. “A ideia é que a pessoa vivencie um ambiente familiar e que se sinta em casa”, comentou Manuel. A decoração com peças que fazem referência a Portugal é uma forma que o proprietário encontrou de tornar o estabelecimento um pouco mais lusitano. “Apostamos em uma decoração portuguesa, onde deixamos expostas várias louças importadas e de bastante tradição”. Há 17 anos, o português é casado com Teresa Costa, que também é proprietária. Juntos, eles são os responsáveis por tudo o que é produzido no local. O segredo do sucesso que os quitutes fazem entre a clientela, segundo Manuel, é seguir religiosamente tudo o que está determinado em cada uma das receitas. “Eu faço tudo exatamente como está estabelecido. É seguir o passo a passo corretamente”, revelou. Passo a passo este ensinado pela tia Emília Barbosa, que há 20 anos tem uma confeitaria em Amarante. “Precisei viajar para Portugal para entender melhor sobre modelo de negócio, processo de produção e as individualidades de cada uma das receitas”. O nome da doceria, por sinal, baseia-se na história dos seus antepassados. “Eu quis ser enfático na homenagem à minha região”, revelou o português. Tudo teve início no moinho que seu avô José Barbosa construiu, onde havia uma pequena fábrica de farinha de trigo. Manuel explica que homenageou esta história introduzindo a palavra moinho na marca da doceria. Já Tâmega é o nome do rio que corta a cidade de Amarante . Segundo Manuel, a ideia inicial fugia um pouco da doceria, mas acabou seguindo o conselho dado por sua mãe Liseta e sua esposa Teresa. “Eu queria montar um bar com petiscos portugueses, mas elas me atentaram para a oportunidade”. Mas Manuel não desistiu do antigo sonho. “Estamos nos organizando para abrir um bar no primeiro andar. Vamos trazer para o público muitos petiscos típicos que contemplam o bacalhau e o porco”, planeja, revelando que muitos clientes já demonstram o interesse. Só resta aguardar. Serviço Moinho do Tâmega: Av. 17 de Agosto, 1465, loja 6, entrada pela Rua Real do Poço. Tel. 3266-9278. *Por: Marcelo Bandeira

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28% dos jovens consomem doce em excesso

Estudo divulgado hoje (7) pelo Ministério da Saúde indica que um em cada cinco brasileiros consome doce em excesso - cinco vezes ou mais na semana. O índice é ainda maior entre os jovens: 28,5% da população entre 18 e 24 anos têm alimentação com muito açúcar. Nessa mesma faixa etária, 30% também costuma beber refrigerantes diariamente. O diabetes, segundo o levantamento, atinge atualmente 7,4% da população adulta do país, contra 5,5% registrado em 2006. Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015) e foram divulgados em razão do Dia Mundial da Saúde, lembrado hoje. O estudo monitora fatores de risco para doenças crônicas, atualmente responsáveis por 72% das mortes no país. Foram entrevistados por telefone 54 mil adultos que vivem nas capitais brasileiras. De acordo com a pesquisa, o diabetes é mais frequente entre as mulheres (7,8%) que entre os homens (6,9%) e se torna mais comum com o avanço da idade. Entre as cidades, o Rio de Janeiro apresentou o maior índice (8,8%), seguido por Porto Alegre (8,7%) e Campo Grande (7,9%). Palmas, por sua vez, apresentou o menor índice (3,9%), seguida por São Luiz (4,4%), Boa Vista e Macapá (ambas com 4,6%). Os números mostram também que, apesar do avanço do diabetes no país, as internações provocadas por complicações da doença diminuíram 11,5% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registradas 67,1 internações para cada grupo de 100 mil habitantes contra um índice de 75,9 em 2010. No ano passado, foram contabilizadas 137,4 mil internações por agravos do diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS), a um custo de R$ 92 milhões. A mortalidade prematura (pessoas com menos de 70 anos) por diabetes, segundo o levantamento, também caiu entre 2000 e 2013. Ainda assim, o número de pessoas que morrem por causa da doença no Brasil permanece alto e fechou o ano de 2013 em 58.017 óbitos. (Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil)

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