Arquivos Economia - Página 34 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

economia

Para complementar renda, 64% dos brasileiros recorreram a bicos no primeiro semestre, apontam SPC Brasil e CNDL

Embora o país tenha superado, ao menos tecnicamente, a recessão econômica, as consequências da crise ainda se mostram presentes em diversos aspectos do dia a dia da população. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que passou de 57% para 64% o percentual de consumidores que recorreram a alguma forma de trabalho extra ou bicos para complementar a renda no primeiro semestre deste ano. Nas classes C, D e E, a proporção salta para 70% dos entrevistados. Segundo o levantamento, em cada dez consumidores, cinco (51%) acreditam que as condições gerais da economia pioraram ao longo deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado – o que configura um aumento de 12 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2017. Quando avaliam a própria condição financeira, 44% garantem que também houve piora em relação ao último ano, um aumento de oito pontos percentuais. Outros 34% falam em condições financeiras iguais, ao passo que apenas 19% pensam que a situação está melhor que antes. “A recuperação da economia ainda é bastante lenta e surte pouco efeito prático na realidade dos brasileiros. O momento mais crítico da crise ficou para trás, mas isso não significa que a vida das pessoas tenha melhorado substancialmente. A renda das famílias segue achatada e o consumo melhora a passos lentos porque o desemprego segue alto e a confiança abalada”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. No primeiro semestre, 83% dos consumidores fizeram cortes para driblar crise; 77% não sentem efeitos da melhora da economia Para muitos brasileiros, o primeiro semestre deste ano foi um período marcado por dificuldades que exigiram sacrifício e capacidade de adaptar a vida financeira. Reflexo do cenário ainda complicado para as finanças, 83% dos brasileiros tiveram de fazer cortes no orçamento para driblar as consequências da crise ao longo de 2018. Entre os que contingenciaram gastos, 61% cortaram ou reduziram refeições fora de casa – comportamento que apareceu com mais frequência entre os brasileiros de mais alta renda, com 74% de citações. Outros cortes comuns no período foram os de roupas, calçados e acessórios (57%), itens que não são de primeira necessidade em supermercados, como carnes nobres, congelados, iogurtes e bebidas (55%) e gastos de lazer, como cinema e teatro (53%). Há ainda, 30% de entrevistados que para conseguir algum dinheiro tiveram de vender algum bem. De modo geral, 77% dos brasileiros declaram que ainda não sentem os efeitos da melhora da economia no seu cotidiano, seja nos preços dos bens e serviços, juros, emprego ou consumo. Segundo apurou a pesquisa, entre esses entrevistados 77% consideram que os preços continuam aumentando, ao mesmo tempo em que 56% pensam que as taxas de juros estão muito elevadas e 54% argumentam que o mercado de trabalho segue sem contratar. Além disso, 57% das pessoas ouvidas disseram que ficaram desempregados ou tiveram algum membro da família que perdeu o emprego nos últimos meses. Em sentido oposto, 23% dos entrevistados relataram já sentir no próprio bolso os efeitos de melhora na economia. Nesse caso, 47% justificam sua posição dizendo que as pessoas voltaram a consumir, enquanto 36% consideram que a criação de novas vagas está aumentando. “O Brasil passou por uma das recessões mais longas de sua história, com 11 trimestres consecutivos de retração no produto interno bruto. Hoje, mesmo com a inflação controlada, fica a impressão de que a economia do país está emperrada e isso só vai mudar quando o ritmo de crescimento se tornar mais vigoroso e a confiança for recuperada” explica a economista Marcela Kawauti. 69% acham que não vão conseguir concretizar algum plano traçado para 2018; para 51%, eleições presidenciais vão influenciar comportamento da economia A crise econômica fez com que apenas 17% dos entrevistados conseguissem realizar algum sonho de consumo no primeiro semestre deste ano. E as perspectivas para o futuro não são boas. Sete (69%) em cada dez brasileiros acreditam que será difícil concretizar projetos planejados para o ano de 2018, sendo a formação de uma reserva financeira (51%), realizar uma grande viagem (33%), comprar um carro (33%) e reformar a casa (32%) os mais afetados. Na opinião dessas pessoas, os principais empecilhos para realizar os projetos são a falta de dinheiro (61%) e o preço elevado dos bens e serviços (56%). Outro dado é que mais da metade (53%) dos consumidores admitiu ter ficado várias vezes ao longo deste ano com as contas no vermelho e 37% tiveram de recorrer a empréstimo em bancos ou até mesmo com familiares para organizar o orçamento. Para colocar a vida financeira nos eixos, 28% dos brasileiros desejam aumentar a renda no segundo semestre fazendo algum trabalho extra ou bico. Outras estratégias que os consumidores idealizam praticar no dia a dia para economizar são organizar as contas de casa (26%), realizar mais pagamentos à vista (25%) e cortar gastos com lazer (21%). Desse modo, 42% dos entrevistados têm a expectativa de que a vida financeira será melhor no segundo semestre do que no primeiro. Outros 29% consideram que será igual, ao passo que 12% aguardam uma piora. Questionados sobre o cenário futuro da economia, a pesquisa aponta opiniões divididas: 39% acham que a situação será melhor no segundo semestre, enquanto 29% acham que a situação continuará a mesma. Os que aguardam piora nas condições somam 15% da amostra. Considerado um dos principais acontecimentos deste ano, 51% dos consumidores acreditam que as eleições presidenciais vão interferir de algum modo no andamento da economia. Outros 27% pensam que não, enquanto 23% não sabem dizer. Metodologia A pesquisa ouviu 886 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. A margem de erro é de no máximo 3,3 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

Para complementar renda, 64% dos brasileiros recorreram a bicos no primeiro semestre, apontam SPC Brasil e CNDL Read More »

Pense! Pernambuco debate educação e futuro em evento gratuito

Na próxima quarta-feira (25), o Pense! Pernambuco - série de seminários realizada pelo Porto Digital e AD Diper - chega à sua quinta edição. Com o tema Uma educação para o futuro do Brasil, o encontro terá como palestrantes o economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor da Cátedra Instituto Ayrton Senna no Insper, Ricardo Paes de Barros, e Raul Henry, vice-governador do Estado e mestre em gestão pública. As inscrições estão abertas e o evento, gratuito, será realizado no Apolo 235. Com debates voltados para empresários, gestores públicos e privados, formuladores de política, professores, pesquisadores, estudantes e demais interessados no assunto, o evento contará com a participação de Ricardo Paes de Barros, considerado uma autoridade mundial em questões relacionadas a educação, pobreza, desigualdade, mercado de trabalho e política social. Realizado em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e o Governo do Estado, o Pense! Pernambuco tem como objetivo debater os caminhos e perspectivas de longo prazo para Pernambuco e o País.   Seminários anteriores O primeiro seminário teve como tema o futuro do Brasil e recebeu o secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loterias do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida; e a ex-diretora do BNDES Elena Landau. Já o segundo ampliou o assunto com o ex-presidente do BNDES e professor da Unicamp, Luciano Coutinho. No terceiro encontro, o presidente do Conselho de Administração do Porto Digital, Silvio Meira, e o futurista norte-americano John A. Sweeney debateram os mecanismos de transformação global em curso e suas implicações para a estratégia de negócios criativos e inovadores. No último seminário, realizado em junho, o Pense! Pernambuco recebeu o especialista colombiano e ex-secretário da Cultura e de Desenvolvimento Social da Cidade de Medellín (Colômbia), Jorge Melguizo, para debater sobre desenvolvimento urbano, cidadania e convivência.   Serviço Pense! Pernambuco Quando: dia 25 de julho, das 15h às 18h Onde: Auditório do Apolo 235 - localizado na Rua do Apolo, 235, Bairro do Recife Inscrições: http://bit.ly/PensePE5 Evento gratuito

Pense! Pernambuco debate educação e futuro em evento gratuito Read More »

88% das pessoas que se planejam para se aposentar abrem mão de gastos do cotidiano

Manter o padrão de vida durante a aposentadoria é o desejo de muito brasileiros, principalmente entre os que se preparam para essa fase. Mas para isso, algumas vezes é necessário abrir mão de gastos supérfluos ou abrir mão de algum sonho de consumo. É o que revela pesquisa realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento aponta que 88% dos entrevistados que se preparam ativamente para a aposentadoria afirmam fazer adaptações no orçamento para garantir que a reserva seja suficiente. As principais medidas adotadas incluem redução de saídas a bares e restaurantes (49%), compra de itens supérfluos em supermercados (46%) e gastos com viagens (40%). Outro dado que chama a atenção é o fato de 21% reduzirem gastos com plano de saúde, sobretudo nas classes C,D e E (24%). A pesquisa também aponta que 13%, por sua vez, esperam enfrentar algum tipo de aperto financeiro nesta fase — principalmente na faixa dos 55 anos (22%). Nove em cada dez mostram-se dispostos a aumentar o tamanho da sua atual poupança, sendo que 67% destacam não ter condições de guardar um montante maior nessa fase e apenas 22% conseguem separar no momento uma parte maior do orçamento para o futuro. Já 12% dizem não estar em seus planos ampliar as reservas – seja por faltar recursos financeiros (9%) ou não ser prioridade (2%). “Os que vêm se planejando para a aposentadoria não querem perder o estilo de vida conquistado durante o período produtivo. A maioria espera manter os hábitos de consumo e até realizar coisas que antes eram quase impossíveis por falta de tempo. Para isso, procuram ter uma disciplina financeira que permita continuar com o mesmo poder de compra lá na frente. Além, é claro, de aproveitar o tempo livre com atividades de lazer e, até mesmo, viagens para conhecer lugares novos”, comenta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. 38% dos que contribuem com a previdência social admitem que valor da aposentadoria não será suficiente para sustento Considerando as reservas financeiras que dispõem, 74% dos que se preparam para a aposentadoria acreditam que manterão um estilo de vida confortável após deixarem o mercado de trabalho. Entre aqueles que mencionam contribuir com a previdência social (INSS), 45% acham que o valor da aposentadoria será suficiente para seu sustento – sendo que 24% imaginam manter o padrão de vida atual e 22% um padrão de vida menor. No entanto, 38% reconhecem que o valor não será suficiente para seu sustento — percentual que chega a 54% na classe A/B. Segundo ainda revela a pesquisa, 43% acreditam que não conseguiriam pagar as contas no caso de ficarem incapacitados de trabalhar e tivessem de se aposentar mais cedo (especialmente as classes C, D e E). Outros 57% acham que teriam condições de se manter, principalmente por dispor de uma reserva financeira (36%), enquanto 15% estariam tranquilos com o valor pago pelo INSS e 13% por ter seguro de vida com cobertura de invalidez. Para quem possui o hábito de guardar parte do orçamento de olho em uma aposentadoria tranquila, as aplicações financeiras têm se mostrado uma opção interessante. Desse universo, 75% acompanham suas reservas com frequência, sendo que 32% consideram a prática uma forma de manter a disciplina na hora de guardar dinheiro. Outros 22% relatam que esse controle é necessário para buscar investimentos com retornos mais rentáveis. Por outro lado, o levantamento constatou um dado preocupante: 25% relatam que não acompanham seus investimentos — seja para evitar gastar o dinheiro com outras coisas (11%) ou por não achar necessário (10%). 40% encontram dificuldades em definir a melhor forma de guardar dinheiro para aposentadoria; 59% não calculam quanto devem poupar para manter padrão de vida no futuro Seis em cada dez (59%) entrevistados que se preparam de forma ativa para a aposentadoria afirmam ter sido fácil escolher a forma adequada de guardar dinheiro , sendo que 39% mencionam possuir conhecimento necessário e 20% citam que tiveram ajuda de um especialista. Por outro lado, 40% consideram a decisão difícil, sobretudo pelas inúmeras opções disponíveis no mercado (21%) e pela falta de conhecimento das possibilidades de poupar (20%). Quando questionados sobre a maneira de mensurar o valor a ser guardado para manter o padrão de vida no futuro, 41% afirmam ter calculado a quantia necessária, enquanto 59% não fizeram essa conta — percentual que sobre para 62% nas classes C, D e E. Considerando apenas os que realizaram algum tipo de cálculo, 42% fizeram um levantamento do padrão de vida desejado com a ajuda de simuladores na internet ou aplicativos. Ao passo que 42% calcularam manualmente. Levando em conta os que não fizeram algum tipo de cálculo, 47% guardam como podem, sem saber ao certo se a quantia será suficiente. Outros 26% acreditam que o valor é suficiente, mesmo sem ter feito cálculo algum; e 25% afirmam pagar somente a previdência social (INSS) para garantir o mínimo de sustento. “O ideal é que a pessoa complemente a contribuição feita ao INSS com outro tipo de reserva financeira, desde o início da vida profissional – assim consegue diluir a quantia ao longo do tempo. Esta é a melhor maneira de ter um valor suficiente para se manter durante a aposentadoria. Quanto mais alto for o padrão de vida desejado, maior deve ser o valor mensal a ser poupado”, orienta o educador financeiro do SPC Brasil e do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli. Metodologia Foram entrevistados 3.818 casos em um primeiro levantamento para identificar quem não é aposentado e possui algum tipo de preparo para a aposentadoria. Em seguida, continuaram a responder o questionário apenas 804 entrevistados que faziam algum tipo de preparo para a aposentadoria. A margem de erro é de no máximo 1,59 pontos percentuais e 3,46 p.p. para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

88% das pessoas que se planejam para se aposentar abrem mão de gastos do cotidiano Read More »

Agricultores conseguem reduzir em até 90% aplicação de agrotóxicos na produção de hortaliças

Pequenos produtores baianos têm conseguido diminuir em até 90% a aplicação de defensivos agrícolas no cultivo de repolho. O resultado é alcançado graças ao projeto de pesquisa desenvolvido pelo Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e a empresa Fênixnet. O projeto também está sendo desenvolvido junto a agricultores de Pernambuco e de Mogi das Cruzes, principal região fornecedora de hortaliças para a Capital paulista. De acordo com o pesquisador do IB, Fernando Javier Sanhueza Salas, a diminuição na aplicação de defensivos agrícolas se deve à transferência de tecnologia de manejo fitossanitário aos produtores, introduzindo princípios de Manejo Integrado de Pragas, e ao uso das chamadas coberturas flutuantes de Agrotêxtil. “O Agrotêxtil é um tecido derivado do polipropileno, que pode ser reciclado. É uma tecnologia muito utilizada na produção de hortaliças na Europa, com destaque para a Espanha, e na produção de melão para exportação em Mossoró, no Rio Grande do Norte”, explica. A vantagem, segundo o pesquisador, é que o tecido impede a entrada de insetos que atacam o cultivo, principalmente de hortaliças e hortifrutis, funcionando como uma barreira física. “Em muitos casos, os produtores precisam fazer apenas uma aplicação de defensivo, antes de utilizar a cobertura e, de acordo com a cultura, fazer mais uma, quando estiver na metade do ciclo da planta e for necessária a polinização”, afirma Salas. Em Mogi das Cruzes, produtores de tomate conseguiram diminuir em 70% a aplicação de defensivos. Em Irecê, na Bahia, agricultores conseguiram diminuir de seis para uma aplicação de defensivo no cultivo de hortaliças. Em repolho, a redução do uso de controle químico foi de 90%. “Além do impacto econômico, há também contribuições para o meio ambiente e para a segurança e saúde do trabalhador rural, que não fica exposto ao produto químico”, explica o pesquisador do IB. O projeto de pesquisa se iniciou em 2015 com três produtores de tomate de Mogi das Cruzes. A ideia era realizar o controle fitossanitário da mosca-branca, que atacava os tomateiros, para melhorar a produção e reduzir os impactos ambientais do uso de agroquímico na região, que é próxima à cabeceira do rio Tietê. “O projeto deu muito certo e em 2017 estendemos para outras culturas e regiões. Hoje, orientamos produtores de diversas hortaliças, tomate e especiarias. Queremos ver os resultados da tecnologia em diversas culturas e em condições de ambiente distintas”, afirma Salas. Implantação de Agrotêxtil Dados obtidos em Irecê, na Bahia, pela Fênixnet, comparam o investimento inicial nas propriedades que produzem tomate rasteiro. Em sistema convencional, ao ar livre, o valor da implantação gira em torno de R$ 15 mil. Com a implantação do sistema Agrotêxtil, as propriedades têm um investimento aproximado de R$ 12 mil por hectare. “Se o produtor for cuidadoso, pode reutilizar a tela no próximo ciclo da cultura, porém com a vantagem de possuir toda a estrutura inicial, reduzindo ainda mais os valores do sistema a, aproximadamente, um terço. Além disso, há vantagens agronômicas, economia de mão de obra, produtos químicos e maquinário para aplicação do defensivo”, pondera o pesquisador. 27 agricultores participam do projeto de pesquisa 90% é a redução do uso de defensivos agrícolas em repolho 70% é a diminuição do uso de agroquímicos em tomate Implantação do sistema de Agrotêxtil é R$ 3 mil mais barato do que sistemas convencionais, baixando para 1/3, de acordo com a condução do cultivo

Agricultores conseguem reduzir em até 90% aplicação de agrotóxicos na produção de hortaliças Read More »

Índice FIRJAN analisa desenvolvimento dos municípios de Pernambuco

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) aponta que 24,9% das cidades pernambucanas têm desenvolvimento socioeconômico regular. Apesar do resultado, os outros 75,1% (139 municípios) têm desenvolvimento moderado, o melhor resultado do estado desde o início da série histórica do estudo. A nova edição do IFDM analisa dados oficiais de 2016, os últimos disponíveis. O levantamento monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). São acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental, e atenção básica em saúde. A crise econômica, que teve início em 2014 e causou forte recessão no país, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse três anos. Na análise da área de Emprego e Renda, o IFDM destaca que, entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho formais no país. Nesta vertente, o cenário pernambucano acompanhou o resultado nacional: 104 cidades (56,2%) do estado registraram baixo desenvolvimento; 71 (38,4%), regular; e apenas 10 (5,4%) tiveram desempenho moderado. Apesar disso, na comparação com 2015, cerca de dois em cada três (62,2%) municípios pernambucanos avançaram no índice, sustentados pelo aumento da renda. Saúde foi o indicador com a maior concentração de cidades com alto desenvolvimento, com 122 nessa categoria (65,9%), 59 (31,9%) em moderado e quatro (2,2%) em regular. Na comparação com 2015, 146 (78,9%) avançaram nessa área, influenciados pela redução do percentual de internações sensíveis à atenção básica (ISAB) e pelo aumento da cobertura pré-natal. Já em Educação, a maioria das cidades registrou desenvolvimento moderado: 156, ou seja, 84,3% do total. Apesar disso, na comparação com o ano anterior, 104 municípios do estado apresentaram queda no indicador, impulsionados, por exemplo, pela redução da média de horas-aula e da taxa de atendimento à Educação Infantil. Os dez primeiros colocados de Pernambuco são: Caruaru (0,7882 ponto), Fernando de Noronha (0,7680), Petrolina (0,7617), Goiana (0,7579), Recife (0,7555), Rio Formoso (0,7451), Camutanga (0,7444), Brejinho (0,7433), Nazaré da Mata (0,7290) e Olinda (0,7267). Vale destacar o avanço de 12,5% do município de Brejinho, na comparação com 2015, o maior progresso entre os mais bem colocados do estado. Por outro lado, Goiana apresentou a maior queda do grupo (-6%) e perdeu o grau de alto desenvolvimento registrado no ano anterior, influenciado pelo resultado em Emprego e Renda. Já os piores resultados do estado são: Buíque (0,5511 ponto), Santa Maria da Boa Vista (0,5474), Jaqueira (0,5470), São Benedito do Sul (0,5459), Amaraji (0,5441), Sertânia (0,5291), Ibimirim (0,5186), Inajá (0,5064), Orocó (0,5061) e Afrânio (0,5044), em último lugar. Na comparação com 2015, Amaraji (-11,7%) e Jaqueira (-9,7%) tiveram os maiores retrocessos, em função da piora nos indicadores de Emprego e Renda e Educação. Em contraponto, Santa Maria da Boa Vista (+11,3%) foi a que mais avançou, impulsionado pela melhora em Emprego e Renda. Mercado de trabalho encolheu em quase 60% das cidades brasileiras Em relação à totalidade das cidades brasileiras, o estudo mostra que, na comparação com 2015, Educação e Saúde tiveram o menor avanço da última década. Nesta edição, o IFDM Brasil atingiu 0,6678 ponto – abaixo do nível observado em 2013. No resultado geral, que inclui a média das notas dos três indicadores (Emprego e Renda, Saúde e Educação) só 431 municípios (7,9%) tiveram alto desenvolvimento. Em Emprego e Renda, o IFDM destaca que, em 2016, quase 60% das cidades fecharam postos de trabalho. Com isso, o indicador do estudo registrou 0,4664 ponto, com pequena recuperação com relação a 2015 (0,4336). O movimento é explicado pelo aumento no rendimento real do trabalhador formal, em parte por conta da política de reajuste do salário mínimo. Só cinco cidades alcançaram alto desenvolvimento nesse indicador: São Bento do Norte (RN), Capanema (PR), Telêmaco Borba (PR), Selvíria (MS) e Cristalina (GO). Foi o pior resultado da série histórica. O estudo destaca que a crise foi tão severa que mesmo que o IFDM Emprego e Renda cresça nos próximos anos com variação média de 1,5%, o país só alcançará o nível de 2013 em 2027. A recessão custou mais de uma década de desenvolvimento para o mercado de trabalho formal dos municípios. O estudo revela que o país mantém enormes disparidades regionais: o Sul é a região mais desenvolvida, tendo 98,8% de cidades com desenvolvimento alto ou moderado. O Sudeste e o Centro-Oeste têm perfil semelhante. Já Norte e Nordeste têm, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos municípios com desenvolvimento regular ou baixo. Florianópolis, com 0,8584, ocupa o primeiro lugar entre as capitais. No último lugar do ranking, com 0,3214, está Ipixuna, no Amazonas. Desafios em Saúde e Educação continuam grandes Nesta edição o IFDM Saúde teve o menor avanço da última década (1,6%). Entre as variáveis que compõem esse indicador, a que mais precisa se desenvolver é a de percentual de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o recomendado pelo Ministério da Saúde. Em 2016, um terço (32,2%) delas não tiveram a quantidade mínima de consultas. A perspectiva não é positiva: caso a cobertura evolua na taxa média dos últimos três anos a universalização só será atingida em 2029. O IFDM Educação também progrediu lentamente: foi o menor avanço da última década (0,6%): os indicadores que compõem esse quesito continuam longe das metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A meta de universalizar a educação infantil na pré-escola, por exemplo, que deveria ter sido atingida em 2016, só deve ser alcançada em 2035 caso a taxa de crescimento permaneça em 1,2%. Para o Sistema FIRJAN, políticas macroeconômicas para o equilíbrio fiscal e gestão eficiente dos recursos públicos são essenciais para que as cidades se recuperem e atinjam nível

Índice FIRJAN analisa desenvolvimento dos municípios de Pernambuco Read More »

Incerteza da Economia tem maior nível desde janeiro de 2017, diz FGV

O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 10,1 pontos de maio para junho deste ano, atingindo 125,1 pontos em uma escala de zero a 200. Esse é o maior nível desde janeiro de 2017 (125,4 pontos). Com o resultado, o indicador manteve-se na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo quarto mês consecutivo. De acordo com a FGV, a greve dos caminhoneiros gerou pressão inflacionária, aumento da volatilidade no mercado de ações, queda do então presidente da Petrobras, Pedro Parente, e “colocou em cheque a recuperação da economia”. A alta foi percebida em seus três componentes, com destaque para a expectativa, calculado a partir das previsões dos analistas econômicos para taxa de câmbio e inflação oficial, que subiu 21,5 pontos. O componente de mercado, baseado na volatilidade do mercado acionário, cresceu 10,3 pontos. Já o componente mídia, medido com base na frequência de notícias com menção à incerteza que saem na imprensa, subiu 4 pontos. (Agência Brasil)

Incerteza da Economia tem maior nível desde janeiro de 2017, diz FGV Read More »

ADIT Share 2018 discutirá timeshare e multipropriedade no Brasil

Mais importante evento sobre timeshare e multipropriedade do Brasil, o ADIT Share, promovido pela ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, realizará sua sexta edição de 18 a 19 de junho no Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas, em Pernambuco. Em um cenário no qual o Projeto de Lei de Multipropriedade já foi aprovado no Senado e encaminhado para a Câmara, a programação contará com diversos painéis com participação de especialistas referência no mercado que abordarão as tendências para a propriedade compartilhada, entre outros assuntos. O turismo compartilhado, ou a multipropriedade, se destina ao público interessado em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinho com os custos pós-compra: manutenção, segurança, impostos. Estes imóveis – casas ou apartamentos em condomínios ou resorts, com acesso a praia ou parque aquático – possuem alguns serviços de hotelaria e a unidade autônoma é fracionada entre os donos. Durante o seminário, a ADIT Brasil apresentará, no dia 18/6, um estudo inédito sobre o mercado de timeshare e sua representatividade no setor. A pesquisa, realizada pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, disponibilizará números precisos para mensurar o tamanho desta indústria país. O evento reúne um público altamente qualificado de executivos e profissionais de redes hoteleiras, hotéis e resorts independentes, investidores, consultorias, construtoras, incorporadoras, loteadoras, fundos de investimentos e private equity, escritórios jurídicos, instituições financeiras e imobiliárias. A programação completa está disponível pelo no link. Nesta edição, também será feito o lançamento do ADIT Tech, um espaço sobre novas tecnologias e aplicativos voltados ao mercado de timeshare, onde serão apresentadas soluções inovadoras que possam ser utilizadas nos empreendimentos interessados em utilizar a tecnologia a seu favor. Outro lançamento será o Vitrine ADIT, que possibilitará a apresentação de cases com duração de 15 minutos cada, contemplando algum dos seguintes temas: relacionamento in house com clientes; uso de tecnologia para a captação de dados e relacionamento com clientes: big data e IoT; salas off site; captação e salas em shopping centers; inovações em critérios de qualificação; entre outros. Este formato possibilita a apresentação de ferramentas e ideias práticas e aplicáveis voltadas não somente à gestão, mas também à operação dos empreendimentos de timeshare. O ADIT Share reúne anualmente os principais players do setor para apresentar temas atuais, debater e ampliar experiências, além de proporcionar aos participantes novas oportunidades de network e negócios. Serviço ADIT Share 2018 Data: 18 e 19 de junho de 2018 Local: Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas Rodovia PE 09 S/N, Gleba 6 BA, Porto de Galinhas – Ipojuca – PE Mais informações: www.adit.com.br/aditshare/ ou (82) 3327-3465

ADIT Share 2018 discutirá timeshare e multipropriedade no Brasil Read More »

Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia

Os dez dias de greve dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou ontem (12) o Ministério da Fazenda. Por causa da paralisação, a previsão oficial de 2,5% de crescimento do PIB para este ano poderá ser revista para baixo. O número só será divulgado no fim de julho, e o ministro não informou mais detalhes. Na última edição do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central, os analistas de mercado estimavam que a economia crescerá apenas 1,94% em 2018. Essa foi a sexta semana consecutiva de queda nas projeções. Há um mês, a projeção estava em 2,51%. O ministro não informou o impacto que a greve dos caminhoneiros terá sobre a inflação, por causa da escassez de alimentos e da alta temporária do preço dos combustíveis provocadas pela paralisação. Segundo o boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,65% para 3,82% em 2018. As projeções do Ministério da Fazenda para a inflação também só serão divulgadas no fim de julho. (Agência Brasil)

Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia Read More »

Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes

Estreamos hoje a coluna Economia e Negócios, que será publicada quinzenalmente no site e redes sociais da Revista Algomais. O economista Ecio Costa, sócio da CEDES, fala hoje sobre a fuga de capitais que está acontecendo nos Países emergentes e comenta sobre a repercussão disso no Brasil.

Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes Read More »

Loja Irmãos Haluli supera a crise e a invasão chinesa no comércio do Recife

“Se não tiver nos Irmãos Haluli, não tem em lugar nenhum”. Esse slogan informal de uma das lojas mais tradicionais da Rua Santa Rita está na boca dos comerciantes e consumidores do Bairro de São José. A diversidade de produtos da empresa, que conta com 28 mil itens distintos, foi uma das forças que contribuiu para que superasse as crises econômicas nos seus 56 anos de funcionamento. Seus proprietários resistiram também à chegada dos chineses na cidade e à concorrência com o e-commerce. Pai dos atuais dirigentes da loja, David Haluli, de origem libanesa e hoje com 87 anos, montou o comércio a poucos metros da antiga rodoviária do Recife com foco nas vendas para o atacado. O sócio-diretor, Paulus Haluli, afirma que na época muitos comerciantes do interior do Estado vinham até o Recife fazer as compras para seus negócios. Porém, com a transferência do Terminal Integrado de Passageiros (TIP) para o Curado e a instalação de centros de distribuição no interior, houve um esvaziamento desse público inicial. A loja mudou e passou a focar no varejo. Paulus afirma ter sido uma mudança difícil, mas que deu certo. Enquanto muitas lojas atacadistas do bairro fecharam as portas, os Irmãos Haluli cresceram. Dos 12 funcionários dos anos 80, hoje 65 pessoas trabalham atendendo os mais de mil consumidores diários. “Passar do atacado para o varejo não é fácil. Por isso várias empresas não existem mais. O tíquete médio hoje é de três a quatro vezes menor que na década de 80. Isso nos levou à necessidade de ter um maior volume de atendimento de pessoas, que nos exige ter muita mão de obra em atividade”. Com o tempo, para atender a diversa clientela da região, a empresa acabou se especializando em oferecer produtos diferentes e difíceis de serem encontrados no mercado. Enquanto para boa parte dos lojistas do comércio popular do Centro do Recife – conhecido como "Vuco-vuco" – a recente crise econômica foi desastrosa, para a Irmãos Haluli constituiu-se numa oportunidade. Muitos dos consumidores da loja buscam itens que os ajudem a gerar um complemento de renda, como artesanato e produtos para confeitaria ou essências e frascos para fazer perfumes. Na falta de emprego, o que era um extra pode até se tornar a fonte principal de remuneração. Para estimular ainda mais esse perfil de público, a loja passou a oferecer, há 10 anos, cursos gratuitos – alguns a preços populares – para as pessoas interessadas nessa linha de geração de renda. O calendário das capacitações é praticamente ininterrupto e com casa cheia. A média de alunos por ano da Haluli Cursos é de 3,8 mil pessoas. A sala precisou inclusive ser reformada recentemente. Seus clientes também podem se capacitar pelas oficinas online produzidas e transmitidas na web pelos Irmãos Haluli. A chegada em massa dos comerciantes chineses também não abalou as vendas da empresa familiar. O que é uma rara exceção. Donos de uma parcela significativa do comércio de rua, a atuação dos orientais, com preços muito abaixo dos praticados então na cidade, provocou o fechamento de muitas lojas do Centro. Além de não atrapalhar, a vinda dos novos lojistas ajudou a empresa da família de origem libanesa. Sem a variedade de produtos dos Irmãos Haluli, os chineses nunca foram de fato concorrentes. Mas a presença asiática acabou atraindo um movimento maior de pessoas ao comércio local, fenômeno que Paulus considerou positivo. “Apesar da região não ter uma condição boa de limpeza, calçamento, segurança e estacionamento, temos um fluxo de pessoas comprando nos bairros de São José e Santo Antônio, que seguiu forte nos últimos anos mesmo com a crise. O varejo dos chineses reforçou a imagem que aqui se encontram produtos de baixo custo. Temos uma Rua 25 de Março aqui no Recife. Recebemos muita gente inclusive de outros Estados”. As vendas digitais são outro fenômeno recente com impacto na atividade. A empresa, porém, embarcou no universo online ainda de forma tímida. Hoje, mil itens estão cadastrados para comercialização na internet. O e-commerce representa no momento apenas 1% do faturamento da loja, mas está crescendo. “Tem sido uma experiência muito boa para entendermos como funciona. É muito complexo para quem está vendendo. É preciso uma retaguarda de apoio muito grande para a loja virtual funcionar bem”. Atualmente, quatro pessoas trabalham exclusivamente para as vendas não presenciais. Muitos consumidores, inclusive, fazem seus pedidos e tiram suas dúvidas diretamente pelas mídias sociais. Uma mudança na experiência de compra que já fez a tradicional loja dedicar um funcionário para essa atividade. “Isso era inimaginável há 10 anos. É uma nova dinâmica. Hoje os clientes praticamente não ligam mais pelo telefone. A comunicação é, em sua maioria, pelas redes sociais”, conta. Crescer no virtual é um dos desafios da loja para os próximos anos. Para o futuro, a empresa projeta também fazer uma reforma para modernizar toda a loja física. “Além disso, integrar o site com a loja física é o nosso grande desafio”, planeja Paulus. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

Loja Irmãos Haluli supera a crise e a invasão chinesa no comércio do Recife Read More »