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Mitos e verdades sobre o aleitamento materno

No dia 1º de Agosto celebra-se o “Dia Mundial da Amamentação”, data que tem como objetivo promover o exercício do aleitamento materno e estimular a criação de bancos de leite em todo o país, os quais contribuem no combate da desnutrição infantil. Além do leite materno ser o alimento mais completo para o desenvolvimento do bebê, a amamentação contribui para criar um laço entre mãe e filho. “O aleitamento está relacionado ao desenvolvimento emocional do bebê, pois promove uma forte ligação com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar, mais tarde, o seu relacionamento interpessoal e, ainda, contribui para o desenvolvimento psicomotor do bebê”, destacam Luciana Santos e Natalia Modica, enfermeiras da Criogênesis. Em meio a tantas informações, é comum que as mamães tenham diversas dúvidas. Para auxiliá-las, as enfermeiras respondem algumas das questões mais recorrentes sobre o tema. 1. Algumas mulheres têm leite fraco MITO. No início da amamentação o primeiro leite, chamado de colostro, é aquoso, o que pode dar a impressão de que o leite é fraco. Entretanto isso não é verdade, uma vez que a substância é rica em anticorpos essenciais para garantir a saúde da criança. 2. Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama VERDADE. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco da mulher desenvolver o câncer de mama. Mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido a substituição de tecido glandular por gordura nas mamas. 3. Passar produtos nos seios previne rachaduras MITO. Não use sabonetes, álcool, pomadas ou perfume. A limpeza deve ser feita apenas com água. A pomada a base de lanolina, deve ser utilizada sempre na aréola e mamilo, pois é utilizada para tratamento das feridas. Em volta da mama pode utilizar o creme de estrias normal já utilizado na barriga. 4. Existe uma posição ideal para amamentar VERDADE. O fundamental é que ambos estejam confortáveis e relaxados, mas é importante observar o alinhamento entre o corpo e a cabeça da criança, abdômen do bebê encostado ao abdômen materno e queixo tocando a mama. A criança deve estar apoiada pelo braço da mãe, que envolve a cabeça, o pescoço e a parte superior do seu tronco. A boca precisa estar bem aberta com o lábio inferior para fora recobrindo quase toda a aréola (como uma “boca de peixe”) enquanto a porção superior da aréola pode ser visualizada. 5. Apenas a pega incorreta pode desencadear fissura nos mamilos MITO. Outros fatores como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, produtos para cabelo, desodorante ou perfume, podem influenciar no ressecamento dos seios. O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também pode causar o aparecimento de rachaduras, pois certos equipamentos, quando utilizados de forma mais brusca, podem ferir o tecido mamário e romper os capilares. Por isso, recomenda-se colocar o dedo mínimo no canto da boca do bebê para ele soltar o vácuo que está fazendo na mama, antes de retirá-lo. 6. Quem tem prótese de silicone não pode amamentar MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias. Vale ressaltar que existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas e a maioria delas não oferece nenhum risco. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transareolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios. 7. Amamentar deixa os seios flácidos MITO. É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento. 8. Durante o aleitamento o consumo de chocolate deve ser controlado VERDADE. A mãe pode comer chocolate, mas sem exageros. Quantidades superiores a 400 gramas de chocolate por dia causa irritabilidade ou aumento da peristalse do intestino do bebê – causando cólica e dor de barriga. 9. O bebê deve mamar a cada duas ou três horas MITO. A criança em aleitamento materno exclusivo deve mamar em livre demanda, ou seja, na hora que quiser. Porém, após 3 horas de jejum, aumenta o risco de hipoglicemia, devendo-se oferecer a mama ao recém-nascido para minimizar o risco. 10. A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses VERDADE. As recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra doenças respiratórias, diarreias, doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose. Após esse período, inicia-se a inclusão de alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra, que ocorre até os dois anos de idade. Recomenda-se que não fique mais de 4h de jejum.

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Gestante pode e deve fazer atividade física

A atividade física durante a gestação controla o ganho de peso, reduz as dores lombares, previne contra algumas doenças, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, facilita o trabalho de parto e melhora o sistema cardiovascular beneficiando mamãe e bebê. “Porém, é fundamental conversar com o médico antes de iniciar qualquer exercício. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer, pois, em alguns casos, há restrições como a gravidez de gêmeos e contraindicações quando há o risco de parto prematuro, por exemplo”, alerta a Dra. Karina Hatano, médica de exercício e do esporte e especialista em gestante. Os treinos devem ser relaxantes e bem orientados, além de respeitar as limitações da mulher. Os intensos precisam ser evitados porque podem prejudicar o desenvolvimento fetal. Após o nascimento do bebê também é importante dosar a intensidade para não afetar a produção do leite materno. Para melhorar a circulação sanguínea e diminuir os inchaços, as melhores atividades são as aeróbicas principalmente caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Associando-as, sempre que possível, à musculação e ao alongamento. “Com o passar dos meses o centro da gravidade se altera e consequentemente a postura. Essa mudança provoca dores nas costas. O alongamento e os exercícios de fortalecimento muscular, ajudam a relaxar e prevenir incômodos próprios da alteração anatômica na gestação, principalmente nas costas e nas pernas. Evitam ainda a incontinência urinária e diástase na barriga, quando a parede dos músculos do abdômen se divide ao meio, na vertical, partindo o umbigo”, explica Karina. A médica alerta, porém, para ficar longe dos exercícios com forte contração no abdômen, como os abdominais hipopressivos pois aumentam a chance de hérnia umbilical. Na pós-gestação a atividade física também é fundamental. “Nos seis meses após o parto, os hormônios da gestação que ainda estão no organismo da mamãe aceleram a perda de peso e propiciam maior definição da silhueta. A volta à forma de quem pratica atividades nesse período é muito mais rápida se compararmos com quem espera mais tempo para recomeçar a se exercitar”, comenta a especialista. Para a prática de exercícios é importante ainda tomar certos cuidados como estar sempre bem hidratada, usar roupas adequadas, evitar esportes com traumas na barriga e se alimentar antes das atividades Sinais de alerta durante a atividade física na gravidez No caso de apresentar pelo menos um destes itens, deve parar imediatamente e consultar o médico para saber se pode ou não continuar a fazer a atividade física. · Visão turva ou embaçada; · Enjoo; · Falta de ar; · Palpitações; · Tontura; · Dor abdominal; · Desmaio; · Dor no peito; · Sangramento vaginal; · Contrações uterinas; · Perda de líquido amniótico; · Dor de cabeça; · Dor no peito; · Dor na panturrilha e inchaço; · Queda do movimento fetal; · Fraqueza muscular. Situações em que não se deve fazer atividade física na gravidez · Doença cardíaca, pulmonar ou ortopédica; · Gravidez de gêmeos, com risco de prematuridade; · Placenta prévia depois das 26 semanas de gestação; · Pré-eclâmpsia; · Sangramento uterino ou vaginal; · Diminuição dos movimentos do feto; · Retardo no crescimento intrauterino; · Hipertensão e hipotireoidismo mal controlados.

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Parto espontâneo é importante para saúde da mãe e do bebê

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chama a atenção para a importância do trabalho de parto espontâneo para a saúde da mãe e do bebê. A campanha Quem Espera, Espera visa a sensibilizar mulheres e suas famílias sobre o direito das crianças de nascer na hora certa e alerta que bebês nascidos antes do trabalho de parto espontâneo estão mais sujeitos a problemas de saúde. De acordo com a análise divulgada pela organização, cada semana a mais de gestação aumenta as chances de o bebê nascer saudável, mesmo quando não há mais risco de prematuridade. As últimas semanas de gestação permitem mais ganho de peso e maturidade cerebral e pulmonar. O grande número de nascimentos entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação está associado ao elevado número de cesarianas eletivas, sem fatores de risco que justifiquem a cirurgia, realizadas antes do trabalho de parto espontâneo. Metade dos partos realizados no setor privado ocorrem nessa idade gestacional. “O trabalho de parto espontâneo é a única maneira 100% segura de saber que o bebê está pronto para nascer. Esse processo traz uma série de benefícios para a mãe e o bebê. Privá-los do trabalho de parto, por meio de cesarianas eletivas, pode gerar consequências negativas para a saúde de ambos”, diz, em nota, o representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl. O elevado número de cesarianas coloca o Brasil em segundo lugar no mundo em percentual deste tipo de parto. Segundo o Unicef, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção de partos por cesariana, no Brasi, o percentual chega a 57%. As cesarianas representam 40% dos partos realizados na rede pública de saúde e 84% dos partos na rede particular. Entre os estados com maior proporção de cesarianas estão: Goiás (67%), Espírito Santo (67%), Rondônia (66%), Paraná (63%) e Rio Grande do Sul (63%). A análise do Unicef aponta os benefícios do trabalho de parto espontâneo para a mulher e o bebê. No momento do parto, são liberadas substâncias que ajudam no amadurecimento final do organismo da criança, como o hormônio corticoide, que age no pulmão. Para a mulher, o trabalho de parto ajuda também a liberar hormônios importantes, que vão prepará-la para a amamentação. Para o Unicef, o direito ao trabalho de parto espontâneo é um dos desafios atuais do Brasil. “Os direitos de cada criança começam – e devem ser garantidos – antes mesmo do nascimento. Para tanto, é fundamental que as mulheres tenham acesso ao pré-natal de qualidade e recebam todas as orientações para que seus filhos possam nascer no momento certo, de forma humanizada”, diz o fundo. Na plataforma da campanha - www.quemesperaespera.org.br – estão disponíveis informações sobre a importância de esperar pelo trabalho de parto, tipos de parto, mitos, estatísticas e histórias de mulheres as experiências no parto de seus filhos. A iniciativa faz parte da campanha global do Unicef #EarlyMomentsMatter, que tem foco na primeira infância. (Agência Brasil)

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O desafio de ser mãe e profissional

Um número cada vez menor de mulheres tem o luxo ou pretensão de serem classificadas como belas, recatadas e do lar na sociedade brasileira. O meme que se espalhou pelas redes sociais no último mês entra em confronto com o contexto social em que 37,3% das mulheres são as principais responsáveis pelo sustento da casa, de acordo com o IBGE. Muitas delas dividem a trajetória de crescimento profissional com a maternidade. Pesquisa do Instituto Sophia Mind indica que 91% delas acredita que é factível sim ser uma ótima profissional e mãe ao mesmo tempo. Na prática, com todo um malabarismo de atividades e gestão dos horários, elas têm mostrado que realmente é possível. Porém pagam um preço alto com a sobrecarga de tarefas e a falta de estruturas de creche. O suporte vez da famílias, em geral das avós. Segundo a consultora da ÁgilisRH, Eline Nascimento, existe uma percepção de que hoje há uma maior divisão nas atividades domésticas entre homens e mulheres. Mas quando se trata das responsabilidades com os filhos, o peso sobre a mãe ainda é grande. “Essa divisão entre o papel de mãe e trabalhadora gera um processo de angústia. Mas a vida profissional é parte da vida da mulher e ela tem que se desculpabilizar”, diz. Para gerenciar com qualidade a carreira e ter o tempo necessário para o cuidado dos filhos, Eline destaca a relevância de mobilizar uma rede de apoio familiar, negociar bem com o parceiro a divisão das atividades e, quando possível, na própria empresa por alternativas como horários mais flexíveis e a possibilidade de realizar parte da carga horária em casa. A boa gestão do tempo é uma das características das mulheres que conseguem crescer profissionalmente sem abrir mão de estar presentes no crescimento dos filhos. A médica Carla Núbia Nunes Borges, 45 anos, já viveu a experiência de amamentar os filhos nos intervalos dos plantões. “Eles me acompanharam muito nos hospitais, principalmente nos finais de semana. Desde pequenos sempre combinamos muito os horários. Eles sofreram muito com essa rotina, mas sempre foram parceiros nessa minha caminhada”, conta a médica. Nessa trajetória, além do trabalho nos hospitais, Carla ainda passou pelo divórcio quando os filhos Lucas, Lara e Luiz tinham respectivamente 10, 8 e 7 anos. Se as responsabilidades aumentaram, ela seguiu crescendo profissionalmente e fez duas especializações e um mestrado em ciência da saúde em paralelo aos empregos. “Foi bem difícil, mas fiz uma escolha. Sofri muito, pois me achava ausente. Mas investi em tempo de qualidade. A vida ficou dividida apenas entre eles e o trabalho. As festas e saída com amigas ficaram em segundo plano, mas não me arrependo”. Mesmo com o tempo restrito, ela se esforçou para fazer ao menos duas refeições por dia com a família, além de aproveitar os finais de semana com os filhos. Férias, aniversários e Dia das Crianças eram motivo de festa. Duas bases de apoio nessa jornada foram a sua mãe e o colégio. Outra profissional da área de saúde que divide trabalho, estudos e a maternidade é Gabriela Félix de Souza, 32. Hoje ela está em transição. É fisioterapeuta, faz faculdade de medicina e tem uma filha de 11 meses, Laura. A chegada da bebê foi planejada. A angústia veio quando voltou à rotina de trabalho e estudante. “Retornar às atividades foi o momento mais complicado de transição. Voltei às aulas quando Laura tinha dois meses. Não sabia se iria dar certo, a criança depende muito da mãe. No começo para sair de casa era bem difícil. Mas sempre deixei com alguma das avós”, conta. Com a volta ao trabalho em paralelo aos estudos, ela só fica com a bebê no começo da manhã e no período da noite. “Reduzi minha carga horária profissional, saí de um hospital, mas mesmo assim me cobro muito pelo fato de estar ausente. A cobrança é muito maior minha que de outras pessoas”. A rotina da pequena hoje é no hotelzinho das 7h às 18h. A mãe, além do emprego e do tempo na faculdade ainda se desdobra para manter os estudos em dia. Muitas vezes usando as madrugadas. As preocupações com os cuidados com os bebês nos seus primeiros meses, quando associados ao acúmulo das funções profissionais e de casa levam muitas mulheres a tensões emocionais mais intensas. “As mulheres entraram no mercado de trabalho, mas os homens não entraram em casa, no cuidado com os filhos, na mesma intensidade. Recebo nos consultórios muitas mulheres com depressão pós-parto ou vivendo muitos conflitos na volta ao trabalho. Elas têm uma sensação subjetiva de responsabilidade do cuidado com o filho que o homem não tem”, afirma o médico Amaury Cantilino, que é professor adjunto departamento de psiquiatria da UFPE e membro da Comissão de Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria. Além dessa preocupação com os filhos, o médico relata que a competitividade no mercado profissional, pouco flexível às mães, também angustia as mulheres. “O receio de ter seu espaço preenchido pelo profissional que a substituiu na gestação é muito presente. Nessa volta ao trabalho, com frequência há uma sensação de ameaça no emprego. A necessidade de se ausentar no adoecimento dos filhos, por exemplo, cria nas mães uma impressão de vulnerabilidade da sua empregabilidade”, explica Amaury. Esse dilema dos possíveis prejuízos na competitividade profissional feminina se aqueceu neste ano com declarações do polêmico parlamentar Jair Bolsonaro que defendeu que as mulheres recebessem menos por engravidar. Apesar da chuva de críticas recebidas pelo deputado federal, sua opinião segue sendo uma realidade no mercado de trabalho no Brasil, em que as mulheres ainda ganham 30% a menos que os homens, de acordo com pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Esse preconceito com as mulheres tem retardado as gestações e levado também à recusa da maternidade. Resultado disso é que no Censo 2010, 20% das famílias não tinham filhos. No Censo 2000 eram 14% das famílias nessa situação. MÃE E PARLAMENTAR. A deputada estadual Priscila Krause dividiu os últimos anos da sua vida parlamentar

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