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Mitos e verdades: Existe prótese de mama definitiva?

Muitas pessoas já devem ter ouvido falar sobre prótese de mama definitiva que, uma vez colocada não precisam nunca ser trocadas, independente de qualquer situação. Alguns pacientes buscam esse tipo de informação que, muitas vezes são confirmadas erroneamente por alguns profissionais. Seguem alguns tópicos para esclarecer, de uma vez por todas, as dúvidas referentes esse assunto, segundo a Dra Marcela Benetti Scarpa, cirurgiã plástica: A prótese de silicone sofre desgaste com o passar do tempo, tanto pela ação do atrito no organismo, a compressão natural, bem como desgaste do material, o que faz com que ela perca sua resistência gradativamente. Além do desgaste da prótese, há a própria reação do organismo ao material externo, resultando na cápsula ao redor do implante, que pode causar a temida contratura capsular e o rippling. Essa resposta do corpo é individual, podendo ocorrer precocemente ou nunca aparecer como queixa. São necessários exames de rotina para o acompanhamento da integridade da prótese, com um início estimado em 10 anos da colocação do implante. Esses exames são, a ultrassonografia de mamas, desde que realizado por um profissional experiente, e a Ressonância Nuclear Magnética, que é o melhor exame para essa avaliação. A troca do implante pode ser programada, através de um acompanhamento que, como dito acima, inicia-se com uma média de 10 anos (se a paciente não apresenta nenhuma queixa) e pode ser realizada anualmente se estes exames estiverem normais. Isso evita que a troca seja realizada com maior urgência (e menor programação da paciente) como nos casos de rotura da prótese. As próteses atuais são de qualidade melhor do que as mais antigas (como aquelas colocadas nos anos 80 ou 90). Estas eram mais lisas e possuíam silicone mais líquido. As utilizadas atualmente tem a superfície texturizada, silicone mais gelatinoso e envoltório mais grosso e resistente, mantendo porém aspecto suave e natural ao toque. É bom sempre lembrar de consultar sempre um Cirurgião Plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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Medicamento para tratamento de Câncer de Mama será incorporado no SUS

O pertuzumabe, fundamental para o tratamento do câncer de mama metastático HER2+, subtipo mais agressivo da doença, teve hoje a incorporação ao SUS anunciada pelo Ministério da Saúde, através da publicação da Portaria 57/2017 no DOU. O medicamento foi desenvolvido especificamente para tratar a doença em sua fase mais avançada; combinado ao trastuzumabe, que também teve a inclusão no sistema público de saúde anunciada há alguns meses, potencializa os efeitos positivos do tratamento e amplia os benefícios às pacientes. Segundo o estudo “Estimativa de Mortes Prematuras por Falta de Acesso à Terapia AntiHER2 para Câncer de Mama Avançado no Sistema Público de Saúde Brasileiro”, das cerca de duas mil mulheres que foram diagnosticas com câncer de mama metastático HER2 positivo no Brasil em 2016, somente 808 estariam vivas em 2018 caso recebessem apenas quimioterapia (padrão de tratamento disponível no SUS até então). Esse número poderia chegar a 1.576 mulheres vivas caso recebessem o padrão ouro, que consiste na quimioterapia somada ao trastuzumabe e ao pertuzumabe. Ou seja, 768 mortes prematuras poderiam ser evitadas no Brasil naquele ano. De acordo com o estudo CLEOPATRA (2013), a combinação de medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe aliada à quimioterapia padrão tem o potencial de promover muito mais tempo de vida às pacientes. Em média a combinação, padrão ideal de tratamento, permite cerca de 56,5 meses de sobrevida às pacientes. Se for ministrada apenas a quimioterapia (cenário atual do SUS), é possível proporcionar cerca de 20 meses e a quimioterapia associada apenas ao trastuzumabe, cerca de 37 meses. A partir de agora, conforme determina o artigo 25 do Decreto 7.646/2011, as áreas técnicas do Ministério da Saúde terão prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta ao SUS, ou seja, o tratamento deverá estar disponível na rede pública de saúde até junho de 2018. “É com muito orgulho que aclamamos a incorporação de mais uma medicação que pode mudar a sobrevida de milhares de mulheres com câncer de mama metastático. Essa é uma conquista de muita mobilização de pacientes e é o resultado de uma conversa aberta e positiva do Governo Federal através do Ministério da Saúde e suas agências com a indústria, as instituições do terceiro setor e a população. Precisamos garantir como sociedade civil, com o apoio da sociedade médica, que drogas alvo, de alto custo, sejam usadas nos casos adequados. Ainda sim, a luta continua no câncer de mama pelo diagnostico rápido e tratamentos baseados em evidência científica”, comemora a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi.

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