Arquivos mosquito - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

mosquito

Projeto para reduzir a proliferação do mosquito causador das doenças Zika, Dengue e a Chikungunya entra em ação

Engajar a população de Recife na luta contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti é o principal objetivo do projeto Aetrapp, desenvolvido pelo WWF-Brasil, que chegou à capital nordestina neste mês, ainda em fase piloto. O aplicativo promove o monitoramento cidadão de focos do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika, e que está sendo testada em parceria com o INCITI e a Prefeitura do Recife. Premiado pelo Desafio de Impacto Social Google 2016, o Aetrapp promove o protagonismo do comunitário no monitoramento da proliferação do mosquito Aedes. Em 2016, foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue no Brasil, mas apenas cerca de 30% dos municípios brasileiros fizeram o monitoramento das populações de mosquitos Aedes. O projeto está em fase experimental de campo, em que se pretende engajar moradores de três bairros: Graças, Morro da Conceição e Bairro do Recife. Inicialmente, foram priorizadas visitas às escolas locais para envolver os mais jovens no tema e, consequentemente, chegar até a casa dos pais, amigos e vizinhos. A previsão é que esse trabalho inicial levante 200 cidadãos engajados com o projeto. De acordo com o coordenador de Ciência e Tecnologia do projeto, Oda Scatolini, Recife é a segunda cidade que recebe o Aetrapp. A primeira foi Rio Branco (AC), que proporcionou inúmeros aprendizados e melhorias no aplicativo. "Após dois anos e meio de muito trabalho, e muita gente envolvida no desenvolvimento, o saldo tem sido muito positivo. Conseguimos desenvolver um produto maduro e que pode trazer resultados significativos para a população local. É um procedimento inédito. Nunca houve nenhuma ferramenta que possibilitasse o engajamento da comunidade no monitoramento do Aedes como o Aetrapp faz", explica Oda. Como parte das atividades do projeto, uma equipe de facilitadores do projeto tem ministrado oficinas que abordam a construção da armadilha para atrair o mosquito, apresentam o aplicativo e informações importantes para garantir a eficácia do monitoramento dos ovos. A construção da armadilha é de simples execução e tem utilizado garrafas pets adquiridas na Cooperativa de Catadores Profissionais do Recife (PRORECIFE). Até o momento, as oficinas passaram pelas escolas Fazer Crescer, Padre João Barbalho, Colégio Vera Cruz, Escola de Referência João Vidal, Centro de Apoio Divino Amor, e pela ONG Casarão das Artes e pelo Centro de Reabilitação e Valorização da Criança. Agentes de saúde também passaram pelo treinamento com o AeTrapp. A próxima etapa, após o piloto, envolve a avaliação dos resultados com os parceiros, realização de ajustes, se necessário, e a definição de estratégias de disseminação. Como funciona Com o projeto, o cidadão é incentivado a construir e manter em sua casa uma armadilha adaptada para o mosquito depositar seus ovos, chamada de aetrampa. As armadilhas são uma adaptação das chamadas ovitrampas, uma tecnologia já consolidada mas restrita a agentes de saúde. São iscas simples, de baixo custo, que consistem em vasos feitos a partir de garrafas PET de 2L, preenchidos com água, onde uma paleta de papel é parcialmente mergulhada, servindo de depósito de ovos pelas fêmeas de mosquitos Aedes. A ferramenta possibilita a comparação da presença dos mosquitos em diferentes localidades e a dinâmica populacional nos locais onde for instalada. Os resultados da análise podem ser usados no planejamento de operações da vigilância e do controle do vetor. Veja no link como funciona. Pelo aplicativo, o cidadão poderá tirar fotos semanais das paletas, que são automaticamente enviadas para um servidor onde a contagem automática dos ovos é feita por um algoritmo desenvolvido pelo time de desenvolvedores do projeto. O número de ovos em cada amostra, assim como datas, horários e coordenadas geográficas do local são disponibilizados num mapa aberto para qualquer pessoa ter acesso. Assim, as comunidades e agentes públicos poderão visualizar os focos de vetores, fazer comparativos de quantidades de mosquitos em diferentes localidades e analisar séries históricas. Com isso, será possível elaborar estratégias precisas e urgentes para o combate, priorizando as áreas mais críticas. Assista o vídeo de como isso é feito. Convocatória Os moradores das Graças, Morro da Conceição, Bairro do Recife e arredores podem ajudar nessa fase de testes do Aetrapp. O WWF-Brasil, responsável pelo projeto, convoca recifenses dos bairros citados a contribuir com o controle do Aedes. Quem tiver interesse em participar da fase experimental do projeto é só entrar em contato pelo e-mail aetrapp.comunicacao@gmail.com até a próxima quarta-feira (9). Conheça mais sobre o aplicativo e seu funcionamento acessando:bit.ly/aetrapp.  

Projeto para reduzir a proliferação do mosquito causador das doenças Zika, Dengue e a Chikungunya entra em ação Read More »

Recife vai receber projeto pioneiro no controle do Aedes Aegypti

A cidade do Recife se destaca como a primeira no mundo a implantar um projeto inovador no controle do Aedes aegypti, que funciona por meio da disseminação de mosquitos estéreis no ambiente. Na tarde da última quinta-feira (13), o prefeito Geraldo Julio lançou a iniciativa que será realizada em parceria com a Biofábrica Moscamed, a Agência Internacional de Energia Atômica e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e que pretende levar à baixa reprodução do inseto, resultando na diminuição da população do mosquito transmissor de arboviroses (dengue, zika e chikungunya). O ato contou com a presença do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Aldo Malavasi, e do diretor presidente da Moscamed, Jair Virgínio, que assinaram termo de cooperação com a Prefeitura do Recife, viabilizado com recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), do Ministério da Saúde, no valor de R$ 3,1 milhões. "O Recife é a primeira cidade do mundo a fazer o teste com esse projeto. Uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica, com a Agencia Brasileira de Inteligência (ABIN), e com o Instituto Moscamed, pra que a gente possa fazer um combate diferente ao mosquito, evitando o nascimento de novos mosquitos. Uma experiência em escala global que terá seus resultados medidos e depois de avaliados poderemos ampliar e levar pra outras cidades do Brasil e do mundo inteiro", declarou o prefeito Geraldo Julio. A experiência pioneira consiste em tornar o mosquito macho estéril em laboratório, por meio da esterilização por radiação ionizante e transgenia, e soltá-lo no meio ambiente. "Com isso, a capacidade de fecundidade e fertilidade é comprometida, levando à baixa reprodução do Aedes aegypti e resultando na diminuição da população desses insetos. É importante destacar que as arbovíroses são transmitidas apenas pelas fêmeas da espécie, então a disseminação dos mosquitos inférteis não resultará em aumento de transmissores", destacou o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia. A princípio, três localidades do Recife receberão estratégias da técnica para avaliação da eficiência do inseto estéril no controle da reprodução do mosquito. Os locais serão definidos, entre outros fatores, de acordo com o número de notificações de casos das arbovíroses (dengue, zika e chikungunya) e com aspectos populacionais e geográficos. O conjunto das ações desenvolvidas visa à supressão populacional do Aedes aegypti na capital. A medida está contemplada dentro da linha de atuação do Plano de Enfrentamento às Arboviroses - dengue, zika e chikungunia - do Recife, na estratégia de implantação de inovações tecnológicas. De acordo com o diretor presidente da Moscamed, Jair Virgínio, o estudo já vinha sendo feito e agora é o momento de testar essa alternativa para o controle da natalidade dos insetos, em larga escala e em uma grande cidade como o Recife. "Estamos cuidando de tudo em laboratório e agora vamos aplicar isso em uma experiência de campo propriamente dita. Desenvolvido este trabalho, montada a infraestrutura, recursos garantidos e parcerias estabelecidas, é hora então de nos lançarmos e fazermos este projeto piloto", explicou o diretor, que também afirmou que dentro da metodologia a ser desenvolvida, será realizado também o monitoramento populacional de mosquitos Aedes aegypti adultos e em estágios imaturos, com protocolos de controle de qualidade para a criação em massa dessas linhagens, além da promoção da formação de “multiplicadores” para a realização de ações de educação sanitária e esclarecimento público, em reuniões com as comunidades alvo do projeto. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Aldo Malavasi, falou da expectativa positiva para o projeto: "A tecnologia pode ser aplicada em diferentes ambientes e em diferentes cidades. O objetivo desta tecnologia é baixar a população do vetor, o mosquito, no caso, e baixando esta população, estamos diminuindo a chance de transmissão de qualquer arbovírose. Estamos muito felizes em vir para o Recife, que é uma cidade bastante moderna e que aceita novas tecnologias e inovação e estamos apoiando porque sabemos que teremos um retorno bastante efetivo. A Secretaria de Saúde do Recife é bastante eficiente, e vamos trabalhar junto com a Moscamed, que funciona sob nossa orientação, então tudo indica que teremos muito sucesso e poderemos replicar essa experiência em outros lugares", avaliou.

Recife vai receber projeto pioneiro no controle do Aedes Aegypti Read More »