Arquivos startups - Página 2 de 2 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

startups

CESAR e SEBRAE lançam Plataforma Integrada de Geração de Startups

Criar uma startup no Brasil não é trabalho fácil. Segundo a Fundação Dom Cabral, as empresas nascentes no nosso país têm entre suas causas de mortalidade quatro pontos específicos: falta de demanda do mercado, dificuldade em montar um bom time, escassez de capital e ausência de estratégia de negócios. Tendo isso em mente o CESAR, em parceria com o SEBRAE, lançou a Plataforma Integrada de Geração de Startups (PIGS). A iniciativa, que nesta rodada inicial será focada na construção civil, funcionará em etapas. A primeira é o levantamento das oportunidades de inovação da área em conjunto com empresas do setor. Ela será seguida de observações presenciais junto a algumas construtoras, o que fornecerá subsídios para a estruturação de briefings de inovação que serão utilizados na próxima fase - a de exploração. A esta altura serão realizados hackathons, summer jobs e desafios para desenvolver ainda mais as ideias, que serão pré-aceleradas no CESAR.Labs. Ao fim de todo este processo, cinco startups serão criadas e aceleradas com investimento do CESAR, SEBRAE e investidores privados. Nesta etapa final do programa, as startups contarão com acompanhamento estruturado, em mentorias, capital, consultorias especializadas e conexões. “Os times terão um período de até nove meses para chegar a um MVP (Produto Mínimo Viável) que gere demanda por parte dos clientes potenciais, cujas oportunidades de inovação foram identificadas e exploradas nas fases anteriores da plataforma”, explica Filipe Pessoa, Executivo Chefe de Empreendedorismo do CESAR. O programa também vai qualificar 80 potenciais empresários em métodos e processos de identificação e exploração de oportunidades de inovação, bem como em prototipação e validação de MVPs, além da criação de um documento metodológico contemplando as etapas de realização do projeto contendo exemplos ilustrativos da aplicação da metodologia.

CESAR e SEBRAE lançam Plataforma Integrada de Geração de Startups Read More »

Startups: atalho para inovação

Pernambuco tornou-se um solo fértil para o surgimento de startups. É o Estado que possui a maior concentração dessas empresas embrionárias no Nordeste, de acordo com a Associação Brasileira de Startups. Somente no Recife são mais de 300 em diferentes estágios de maturação. Um ecossistema onde já surgiram exemplos disruptivos como a In Loco Media (que faturou R$ 50 milhões em 2016) e que desperta interesse dos setores produtivos tradicionais em busca de soluções inovadoras. “As startups vão modernizar as empresas tradicionais. A expectativa é que elas encontrem novos modelos produtivos ou mesmo novos produtos, resolvendo problemas das organizações e da sociedade”, afirma Sérgio Cavalcante, CEO do C.E.S.A.R.. Ele revela que as corporações dos segmentos historicamente em atividade no Estado já estão de olho nos jovens empreendedores. “Os empresários estão atentos para as mudanças e inovações. Não querem perder o bonde, como aconteceu com várias empresas como a Blockbuster, que morreu com o surgimento da Netflix”. Todo esse vigor de inovação conta com incentivos das 15 incubadoras em operação no Estado, cada uma abrigando em média oito startups, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia estadual. No Recife, inclusive, surgiu uma comunidade dessas empresas para apoiar práticas colaborativas e de empreendedorismo para todo esse ecossistema, a Manguez.al. Dessa iniciativa nasceu informalmente um grupo composto somente por startups da área de saúde (o Mangue Health) que têm projetos com alto potencial, como a Neurobots. Fundada em 2016 e instalada no Parktel, a empresa desenvolve um exoesqueleto controlado pelo cérebro e usado na reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Os dois sócios, Vitor Hazin e Júlio Dantas, estão ainda terminando a graduação em engenharia biomédica. “A intenção é reabilitar de forma mais efetiva o movimento perdido do paciente, por meio de um equipamento que faz a interface cérebro-máquina”, diz Hazin. Segundo estudos de universidades alemãs, o tratamento apresenta um resultado 30% superior ao dos métodos tradicionais. Apesar de jovem, a Neurobots arrebatou alguns editais e prêmios que permitiram à empresa contar hoje com um profissional trabalhando em tempo integral no desenvolvimento do projeto, o mestre em inteligência artificial José Menezes. Ainda neste ano a equipe será ampliada para oito pessoas e até 2019 deverá receber um aporte de R$ 800 mil. Em fase de testes, o produto tem previsão de chegar no mercado ainda neste ano. “A demanda é muito latente por esse tipo de reabilitação. No Brasil são 300 mil casos de AVC por ano. Queremos atender primeiro, a partir de maio, na vertente de home care, e, na segunda etapa, fornecer esses equipamentos para as clínicas de reabilitação neurológicas”, projeta Júlio. No Brasil há mais de 16 mil serviços especializados nesse segmento. Ainda no setor de saúde, outra startup promissora é a Epitrack. Com produtos já lançados no mercado, a empresa ficou conhecida por desenvolver a plataforma de vigilância de epidemias durante a Copa do Mundo de 2014, quando o País passava por um surto de sarampo. A mesma tecnologia foi usada nos Estados Unidos e Canadá no mapeamento dos casos provocados pelo vírus influenza. O sucesso do aplicativo e os recursos que foram aportados durante o mundial deram musculatura para os primeiros passos da empresa, que hoje tem nove pessoas trabalhando, sendo uma delas em Londres. Outro produto da Epitrack é o Clinio, aplicativo que reúne médicos de diversas especialidades para atender pacientes em domicílio. “O alvo dessa iniciativa é beneficiar os mais de 2,5 milhões de brasileiros que saíram dos planos de saúde nos últimos dois anos”, destaca Onício Neto, fundador da startup. No app os pacientes informam seus sintomas antes de chamar o profissional. Mais de 130 médicos do Recife e de Jaboatão e cerca de 2,3 mil usuários estão cadastrados. Com as informações desse serviço, a empresa consegue também entender como está a evolução das doenças em cada área da cidade. A Epitrack realiza ainda um serviço de big data, análise de informações do banco de dados dos hospitais e planos de saúde. “Muitas dessas empresas têm informações supervaliosas e nem sabem disso. Nosso trabalho é para ajudar esses players a tomar decisões que podem reduzir os seus gastos, dar uma maior eficiência aos processos e mostrar como ter a melhor assistência com menos custos”, afirma. A construção civil também se rendeu às startups do setor conhecidas como construtechs. A Coteaqui, por exemplo, criou uma plataforma que auxilia as construtoras na aquisição de materiais. Mais de quatro mil fornecedores estão cadastrados nesse sistema que já movimentou mais de R$ 100 milhões. “É um espaço digital em que as empresas do setor negociam diretamente com as companhias fornecedoras, tendo uma série de vantagens para os dois lados. A coleta de propostas comerciais fica mais rápida e os fornecedores têm um canal para acessar o que as construtoras estão comprando”, afirma o fundador Alyson Tabosa. Trinta e uma empresas do setor em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte são atendidas pela tecnologia da Coteaqui. A startup, que nasceu de um projeto do curso de engenharia da computação da UFPE, tem a expectativa de fechar 2018 com uma cartela de 200 clientes e a nacionalização do negócio. No setor agrícola, o destaque é a incubadora da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco). “A Incubatec surgiu com o objetivo de estimular o empreendedorismo e a inovação nas atividades do agronegócio. Mas hoje também temos outros ramos de atuação. Fomentamos e incentivamos estudantes e a comunidade acadêmica a criar empresas e se apresentarem para o mercado”, explica o coordenador Paulo Santos. Com sede em Carpina, a Polisa é uma das startups da incubadora que desenvolve materiais médicos hospitalares a partir dos biopolímeros (grandes moléculas) da cana-de-açúcar. Os produtos são atóxicos, biocompatíveis (não são prejudiciais aos seres vivos), com custos mais acessíveis para fabricação de órteses e próteses. Curativos e gel para uso semelhante ao silicone são alguns dos artigos em desenvolvimento. Segundo Paulo, essas soluções, por serem da área de biotecnologia, demoram muitos anos para serem regulamentadas. A preocupação com o lixo também faz parte dos

Startups: atalho para inovação Read More »

Programa vai levar startups brasileiras para vender no exterior

As pequenas empresas classificadas como startup vão ter oportunidades de vender as suas ideias no exterior, fechar acordos bilaterais ou negócios com a ajuda de profissionais do governo e do setor privado por meio do novo programa StartOut Brasil lançado na última sexta-feira, em São Paulo. Estão programadas quatro missões empresariais do gênero, a primeira prevista para dezembro em Paris. As demais estão programadas para maio (Berlim); julho (Miami) e novembro (Lisboa). O lançamento ocorreu com a participação de representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil); da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para cada uma dessas inciativas serão selecionadas 15 startups. Os interessados que forem selecionados em processo licitatório contarão com consultoria especializada para se preparar para os negócios e as demais tratativas nos países programados que incluem visitas a empresas locais, incubadoras e aceleradoras, reuniões, encontros para investidores, e apoio pós-missão para definição de estratégia de internacionalização ou softlanding. O secretário de Inovação e Novos Negócios do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Vinicius de Souza , informou que os critérios de escolha levam em consideração entre outros itens o grau de inovação, a capacidade de integração dos projetos ao ecossistema e maturidade das empresas. “Muitas empresas têm tecnologia, mas falta experiência para negociar”, pontuou. A consultoria e o apoio, segundo ele, prosseguem após o retorno da viagem. A diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, disse que “o programa vai identificar oportunidades, além da capacitação, a mentoria e consultoria especializada e voltadas de acordo com as especificidades de cada empresa”. Também presente ao ato, o embaixador Roberto Jaguaribe falou sobre a vantagem do programa "cada país tem um código de negócios”. Ele defende que o Brasil precisa recuperar espaços no mercado globalizado e que a China poderia ser um importante destino para essas iniciativas que podem render joint-venture (acordos comerciais), já que este país é “responsável“ por 30% do crescimento da economia no mundo". (Agência Brasil)

Programa vai levar startups brasileiras para vender no exterior Read More »