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53% dos brasileiros estão pessimistas com as eleições presidenciais

Faltando pouco mais de duas semanas para a votação que definirá o novo presidente do país, a maior parte dos brasileiros afirma estar pessimista com as eleições. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais revela que mais da metade (53%) dos consumidores está com uma percepção negativa sobre as eleições presidenciais – o percentual sobe para 59% entre a parcela feminina de entrevistados. Somente 18% das pessoas ouvidas reconhecem estar confiantes com a eleição, enquanto 26% estão neutros. Para os pessimistas com o processo eleitoral, a maior parte (34%) afirma não ter boas opções de candidatos à disposição. De forma semelhante, 30% não confiam nos nomes que disputam o Planalto, ao passo que 28% não acreditam que o novo presidente será capaz de promover mudanças positivas para a população na economia. Há ainda 27% de pessoas que estão desacreditadas com a possibilidade de renovação na política. Considerando apenas a opinião dos brasileiros otimistas com as eleições, 39% acham que o novo governo terá mais estabilidade política para aprovar matérias de interesse para o país e 35% depositam esperança no fato de a sociedade estar mais vigilante com os políticos. Outros 18% de entrevistados esperam uma melhora porque haverá mudanças com relação às políticas adotadas pelo atual governo. Brasileiro está dividido sobre futuro da economia pós-eleições: situação ficará melhor para 34%, mas 33% acham que tudo ficará igual O levantamento demonstra que muito da percepção negativa sobre as eleições decorre da constatação de o país ainda sofre consequências da crise. Seis em cada dez (63%) brasileiros avaliam que a situação econômica do país está pior do que há um ano, enquanto 24% consideram que a situação é a mesma e somente 13% acham que ela está melhor. Para os brasileiros, mesmo com o fim da recessão, a maior parte dos impactos da crise ainda persistem, como desemprego elevado (90%), aumento de impostos (89%), endividamento das famílias (88%) e inadimplência crescente (86%). Indagados sobre a situação da economia do Brasil após as eleições, a opinião pública mostra-se dividida: 34% esperam que a economia fique melhor sob o novo governo, mas uma parcela semelhante de 33% acredita que tudo continuará igual. Há ainda outros 17% que acreditam em uma piora do quadro. Sob o novo governo, quatro em cada dez (44%) pessoas ouvidas acreditam que haverá aumento dos preços, aumento do dólar (44%) e elevação dos juros (42%). Quanto aos rumos do desemprego, as opiniões mais uma vez estão divididas: 33% acham que haverá mais cortes de vagas, enquanto 32% acreditam em criação de novos postos de trabalho. Para 28%, a situação permanecerá a mesma. Diante da expectativa de um cenário macroeconômico mais difícil, 45% dos que estão pessimistas acreditam que terão de economizar mais e manter a disciplina nos gastos depois das eleições e 43% disseram que será mais complicado manter as contas em dia em 2019. 69% esperam grandes mudanças com presidente eleito. Para entrevistados, combater corrupção, desemprego e criminalidade devem ser prioridades De modo geral, em cada dez entrevistados, sete (69%) esperam que o presidente eleito faça grandes mudanças em relação ao que vem sendo feito. Outros 26% argumentam em favor de mudanças pontuais, desde que sejam mantidos determinados programas e reformas já colocados em práticas. Somente 5% desejam a continuidade das políticas do atual governo. Na avaliação dos entrevistados, o combate a corrupção (47%) e o desemprego (45%) lideram como os temas nacionais a serem tratados com prioridade pelo novo presidente e sua equipe. A criminalidade é citada por 38% das pessoas ouvidas e a precariedade da saúde pública por 32%. Outros assuntos considerados relevantes para a nova gestão são a necessidade de ajuste fiscal (23%) e corte de impostos (22%). Embora elejam uma série de temas a serem enfrentados pela nova gestão, um quarto (25%) dos entrevistados acha que nenhum problema será de fato resolvido pelo novo presidente. Além disso, 87% concordam que os candidatos fazem mais promessas na campanha do que podem cumprir depois de eleito. Dentre as diretrizes que vão nortear o novo governo, 61% discordam da avaliação de que o presidente deve intervir menos na economia. Dessa forma, 88% pensam que o vencedor deve fortalecer a produção nacional e 73% concordam que a prioridade deve ser a distribuição de renda. Outros temas que recebem destaque são o estímulo ao comércio internacional (70%) e a garantia de direitos às minorias (67%). Indagados sobre o Brasil que querem para o futuro, 44% dos entrevistados desejam um país em que políticos corruptos sejam presos e cumpram suas penas até o fim. Já 39% querem um sistema de saúde mais eficiente e 33% almejam um país mais seguro. 70% querem candidato que ‘põe a mão na massa’ e 53% valorizam honestidade; 24% dos brasileiros discutem eleições nas redes sociais A CNDL e o SPC Brasil também investigaram o que os brasileiros esperam das habilidades do novo presidente. De modo geral, a população procura um candidato com perfil proativo e ao mesmo tempo articulado, com capacidade de se comunicar com a população e dialogar com a classe política. Para 70% dos entrevistados, é importante que o presidente eleito seja alguém que ‘ponha a mão na massa’ e realize projetos de melhorias em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Para 30%, o candidato precisa ser uma pessoa próxima do povo e para 22%, ser um político influente para aprovar projetos no Congresso. A pesquisa revela também que algumas características pessoais pesam na hora do eleitor decidir seu voto. As mais mencionadas são honestidade (53%), cumprir o que promete (37%), saber abrir mão de interesses particulares em detrimento do interesse da população (34%), ser sensível aos problemas da população (33%) e ter ‘pulso firme’ (31%). A maioria (60%) dos brasileiros disse rejeitar candidatos envolvidos em escândalos de corrupção, enquanto 59% descartam a possibilidade de votar em candidatos desonestos e que mentem. O levantamento ainda revela que parte considerável dos brasileiros tem se engajado nas eleições: 36%

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Não ao voto raivoso! (por Francisco Cunha)

Atribui-se a Ulisses Guimarães a afirmação de que “não se pode fazer política com o fígado”. Essa frase sempre me impressionou bastante desde que tomei conhecimento dela, muitos anos atrás. Nos dias que correm, neste período pré-eleitoral, lembrá-la me parece ainda mais necessário. A disputa política nacional transformou-se numa verdadeira guerra de acusações e insultos que termina por comprometer a qualidade do voto e colocar em risco o próprio futuro da democracia, duramente conquistada no Brasil. Sim, é verdade que as imperfeições do regime democrático são enormes mas não se inventou ainda coisa melhor, como bem destacou o grande Winston Churchill: “a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”. E no Brasil, país enorme, diverso e conflituoso, a democracia é irrecorrível. Sem ela, com o seu sistema de freios e contrapesos, nosso destino seria o caos. O problema é que, com a política sendo feita “com o fígado” e o consequente voto raivoso, a democracia sofre e pode sucumbir. Não por acaso, foi recentemente lançado e está sendo bastante discutido no Brasil o livro Como as Democracias Morrem dos pesquisadores da Universidade de Harvard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. O livro mostra que, na atualidade, as democracias não terminam vitimadas por golpes de estado, como foi no passado, mas com o “lento e constante enfraquecimento das instituições”. Enfraquecimento este substancialmente ajudado pelo voto raivoso. É perfeitamente compreensível que o eleitor brasileiro se sinta traído pela classe política em face dos desmantelos administrativos, da crise política, da crise ética, da crise econômica... Todavia, o fígado e a raiva são péssimos conselheiros quando se está buscando, de forma responsável, colocar as coisas nos eixos novamente como o País, e todos nós, merecemos e precisamos. Tenho 40 anos “de janela” observando a vida política nacional (há mais de 30 anos de forma profissional na consultoria) e todas as vezes em que vi prevalecer o fígado na política e o voto raivoso sendo colocado na urna, o resultado foi simplesmente trágico. Por isso, faço daqui meu humilde apelo: na hora de votar evitemos a raiva e pensemos qual candidato pode, de fato, contribuir para a resolução dos problemas e para a preservação da democracia. Fora disso, infelizmente, continuaremos mirando perigosamente o abismo.

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TRE viabilizará voto de policiais, bombeiros e outros profissionais que trabalham no dia da eleição

Numa iniciativa inovadora e em parceria com várias instituições, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) vai viabilizar o voto de muitos eleitores que antes tinham dificuldade de comparecer às urnas por estarem trabalhando no dia das eleições. Neste ano, pela primeira vez, membros das forças de segurança, como policiais civis e militares, por exemplo, poderão votar em qualquer uma das cerca de 20 mil seções eleitorais do Estado, desde que, claro, informem, dentro do prazo legal, o interesse de fazer a chamada transferência temporária. Antes, a única chance deste contingente de eleitores exercer o direito ao voto - quando distante do domicílio eleitoral - era através do voto em trânsito. De acordo com o Artigo 55 da Resolução 23.554/17 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), membros das Forças Armadas, das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civis, Militares, Corpo de Bombeiros e das Guardas Municipais poderão votar em trânsito. É um direito garantido, não há dúvida. Mas um pouco limitado operacionalmente. Explica-se: Em Pernambuco, apenas seis municípios (Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Caruaru) terão seções para voto em trânsito. Na prática, a maioria dos profissionais da segurança pública que estava a serviço e longe de seu domicílio eleitoral no dia da eleição, quando muito, apenas justificava a ausência. Agora será mais fácil. A mesma resolução do TSE, em seus Artigos 56 e 57, afirma que cabe aos TREs "contatar comandos locais para estabelecer procedimentos necessários a fim de viabilizar o voto de militares, agentes policiais e guardas municipais que estejam a serviço no dia das eleições." Assim, amparado pela legislação e indo além do que era feito antes, o TRE-PE vai permitir que o integrante da força de segurança que vota em Pernambuco poderá, entre 17 de julho e 23 de agosto, solicitar a transferência temporária de sua seção. Ele escolherá o município dentro do Estado, a seção na qual deseja votar (desde que haja vaga) e informará se a transferência valerá para o primeiro turno, para o segundo turno ou para ambos. Na sua seção temporária, poderá votar para presidente, governador, senadores, deputado federal e deputado estadual. Passadas as eleições, o eleitor voltará automaticamente ao seu domicílio eleitoral de origem. "É uma logística possível de ser realizada. Toda a segurança das eleições será preservada e nós, do TRE e dos comandos, conseguiremos garantir que aqueles que trabalham durante as eleições também possam participar da democracia, exercendo o direito ao voto", disse o presidente do TRE-PE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo. "O policial ficará feliz, o comandante cumprirá um papel histórico e a democracia será fortalecida", completou. Nesta quarta-feira (11/07), Luiz Carlos de Barros Figueirêdo se reuniu com o comandante da Polícia Militar, coronel Vanildo Maranhão; com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Francisco de Oliveira Cunha Filho; com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Valcir Correia Ortins e com o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Leonardo Villar Beltrão. Durante o encontro, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo entregou ofício do TRE-PE onde pede a colaboração para que os gestores viabilizem o voto em transferência temporária dos seus respectivos efetivos nas eleições de outubro de 2018. É importante, porém, destacou o presidente do TRE-PE, que essa entrega seja feita com antecedência para que o setor de tecnologia do Tribunal possa se planejar e fazer as alterações necessárias nos sistemas. Todos os presentes receberam muito bem a solicitação do TRE-PE. "Vamos preparar essas listas com a maior brevidade possível", disse o coronel Manoel Francisco de Oliveira Cunha Filho, comandante do Corpo de Bombeiros. O coronel Vanildo Maranhão disse que o Tribunal terá o total apoio da Polícia Militar e lembrou que ao longo dos últimos 30 anos, exatamente por causa da função, deixou de votar em algumas eleições. "Eu queria votar e não conseguia", disse. Ainda para tratar da questão do voto daqueles que integram as forças de segurança do Estado, o presidente do TRE-PE se encontrará com os comandantes das Forças Armadas. Já o coronel Chusa Ferreira da Silva Júnior, chefe da segurança do TRE-PE, se reunirá com a Polícia Civil. Também participaram dos encontros desta quinta-feira a diretora-geral do Tribunal, Isabela Landim; o assessor-chefe da Corregedoria do TRE, Orson Lemos; o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação, George Maciel; o coronel Chusa Ferreira da Silva Júnior e o assessor da Presidência, Luiz Gustavo Japiá Mota. Juízes e Servidores Uma ação semelhante à que está sendo tomada pelo TRE-PE para garantir o voto dos trabalhadores das forças de segurança deverá ser implantada para possibilitar também o comparecimento às urnas daqueles que atuam na Justiça Eleitoral. Como os policiais, juízes eleitorais, promotores e servidores deixam de votar porque trabalham no dia das eleições. A ideia do TRE-PE é viabilizar também a presença desse pessoal às urnas. "Já sabemos que do ponto de vista tecnológico, é possível ampliar a participação de todos. É uma questão de cidadania, razão pela qual iremos agilizar os estudos nesse sentido", disse o desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo.

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