Técnica do Inseto Estéril reduziu 25% dos focos do Aedes aegypti em bairro do Recife - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Técnica do Inseto Estéril reduziu 25% dos focos do Aedes aegypti em bairro do Recife

Rafael Dantas

A utilização da Técnica do Inseto Estéril (TIE) reduziu em 25% os focos do Aedes aegypti no bairro Brasília Teimosa. Na ação, realizada em dezembro do ano passado, foram liberados 350 mil mosquitos. A técnica é uma ação pioneira no Brasil e reconhecida ao redor do mundo pela eficiência na erradicação e controle de vários insetos.

O método consiste em aplicar, em laboratório, uma pequena dose de radiação ionizante no mosquito macho em fase de desenvolvimento. Em seguida, o mosquito fica estéril e é liberado no meio ambiente.

O Secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, explica que a técnica é uma estratégia de controle de natalidade, pois as fêmeas do mosquito, são responsáveis pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, recebem espermatozoides que não são capazes de reproduzir. “A experiência tem mostrado que com a liberação desses mosquitos no ambiente, com o passar de semanas e meses, a população global deles [mosquitos] diminui”, afirma.

Os machos do Aedes aegypti soltos foram reproduzidos na biofábrica da Moscamed, em Juazeiro, na Bahia, levados para receber radiação no laboratório do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O próximo bairro a receber os mosquitos será o Mangabeira, na Zona Norte da capital. Jailson conta que a ação de liberação e recaptura serve para entender melhor o comportamento de voo e a colocação de ovos desses vetores. “Recife, hoje, quer se tornar um epicentro das ações. Nós temos buscado associações e parcerias visando que a cidade, região e seus cidadãos contribuam para o encontro de soluções que tenham impacto aqui, na região e até no país.”

A Técnica do Inseto Estéril foi desenvolvido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e é acompanhado de perto por agências da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com dados da Secretaria de Saúde, até a segunda semana de janeiro deste ano, Recife já registrou 17 casos de dengue e 6 de chikungunya. No ano passado, foram mais de 6 mil casos de dengue, mil de chikungunya e 210 de Zika.

Na tentativa de controlar a proliferação dos mosquitos, a cidade conta com 700 Agentes de saúde que atuam nas ações de controle em todos os bairros. Na capital, a ouvidoria municipal está disponível no 0800 281 1520 para todos os moradores que desejam tirar dúvidas, fazer denúncias ou até solicitar visita dos agentes de endemias.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.

 

Deixe seu comentário

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon