A primeira noite do ex-presidente Michel Temer na prisão foi em uma sala especial na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O local foi definido, segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, porque a defesa do ex-presidente argumentou que ele teria, pelo cargo exercido, direito a ser acomodado na PF, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está detido em Curitiba, no Paraná.
A defesa de Temer ingressou nesta quinta-feira (21) com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que será examinado pelo desembargador Ivan Athié, relator da Operação Prypiat, à qual o caso de Temer é conexo.
A prisão do ex-presidente, que tinha um grande trânsito pelo congresso, por onde passou longos anos de sua vida política, estremece o andamento das reformas principalmente na Câmara. Ontem, além de Temer, também foi preso Moreira Franco, padrasto da mulher de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados.
Diante disso, o vice-presidente Hamilton Mourão fizeram declarações defendendo as reformas ontem. Mourão disse que não acredita que a prisão comprometa o andamento da Reforma da Previdência e declarou que o governo precisa trabalhar para a "conquista de corações e mentes" no Congresso Nacional em favor da mesma, já que ainda não tem apoio majoritário entre os parlamentares.
"Eu acho que não [atrapalha]. Tem ruído, vai ficar esse ruído, mas vamos aguardar, pode ser que daqui a pouco ele seja solto, vamos esperar o que pode acontecer", disse. Para Mourão, Temer pode ganhar, em breve, "um habeas corpus de um ministro qualquer", disse Mourão.
(Com informações da Agência Brasil)