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Torre Malakoff apresenta nova exposição de Guilherme Patriota

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O artista visual Guilherme Patriota inaugura neste sábado (15), a partir das 16h, a sua primeira exposição individual. Intitulada “Fluxo Fantasia”, a mostra fica em cartaz na Torre Malakoff, até o dia 30 de março, e reúne 42 desenhos, 75 fotografias e dois vídeos artísticos. A curadoria é de Laura Sousa e Renata Pimentel. A entrada é gratuita, mediante apresentação de comprovante de vacinação e uso de máscara.

“A exposição exalta a pluralidade de Guilherme como criador de personas e seus contextos ou cenários. Entre o colorido e o preto e branco, o figurativo e as formas geométricas. Sua maneira de sentir o mundo e os acontecimentos desvela um fluxo que hibridiza histórias e aproxima ironias cotidianas, questionamentos políticos, imagens documentais e seu traço particular”, afirma Laura Sousa, que assina a curadoria.

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Criação de um universo que induz a muitas descobertas em suas minúcias e interligações, “Fluxo Fantasia” ocupa quatro salas no primeiro andar da Torre Malakoff e traz observações do cotidiano e suas contradições, cores, paisagens, personagens, disputas e encontros.

“Esta exposição tem um significado muito importante para mim, dado que é uma observação minuciosa de duas mulheres incríveis (Laura Sousa e Renata Pimentel) sobre minha produção de mais de vinte anos ininterruptos. As minhas noções de improviso e fluidez, que nasceram na minha infância em Itapetim (PE), somadas às pesquisas artísticas empíricas nascidas em Campina Grande (PB), aliadas ao profissionalismo técnico acumulado em Recife (PE) e às minhas viagens pela América Latina e Europa podem ser observadas, absorvidas e (re)interpretadas nos discursos imagéticos dos desenhos, das palavras, das fotografias e dos vídeos como um simples ato de viver a arte”, comenta Guilherme Patriota.

“É uma busca por um equilíbrio pessoal enviesado ao próprio equilíbrio artístico, o equilíbrio do planeta. Nas construções menos aritméticas estão as cores e os traços da busca pelo equilíbrio “natural” de qualquer ser que caminha na verdade colorida dos traços em preto e branco”, completa o artista.

Os desenhos apresentados, feitos com nankin, lápis colorido, canetas porosas e outros materiais, são de diferentes dimensões e, no conjunto, estão presentes trabalhos que pertencem às séries “Geométrico Anti-geométrico”, “Processo de Passagem”, “Sistemas” e, também, desenhos sem título. O artista nos envolve em possíveis construções de enredos com diversas possibilidades de leituras sensíveis entre realidade e ficção.

Outro destaque da mostra é a série “Os descamisados ou releituras indecentes de uma história da arte mal contada” exibida, primeiramente, de forma virtual e que terá um recorte que poderá ser visto presencialmente. São trabalhos inspirados, por exemplo, no livro “A História da Beleza”, organizado por Umberto Eco, e que colocam em contato e sobreposição representações simbólicas da Arte nos fazendo pensar sobre a força da noção do Belo em nossa formação cultural coletiva e no nosso gosto estético.

Em videoarte, Guilherme mescla personas e cidades, trazendo um arcabouço de imagens produzidas em viagens por distintos países e regiões de Pernambuco e do Brasil. Por tantos percursos, que incluem vivências na Itália, na Inglaterra, França, no Sertão do Pajeú (PE), Sertão da Paraíba e em outras geografias, que traçam memórias e encontros a partir dos temas/títulos “Lugargente” e “Gentelugar” e que reforçam seu mecanismo inventivo em que o fazer artístico flui, como em um improviso consciente, e vai conduzindo seu próprio olhar de contador/narrador.

O conjunto de fotografias pertence à série “Recife Mobille” (work in progress). Produzida com diferentes smartphones e sempre em trânsito pela capital pernambucana, essa é uma série contínua que, para as curadoras, revela o olhar investigativo e curioso de Guilherme diante de personagens e cenários registrados no Recife no exato momento em que o artista foi provocado por cores, ângulos e por situações inusitadas.

“Guilherme instaura uma espécie de mestiçagem de técnicas, espaços, geografias; como músico – que também é – revela-se um exímio improvisador; é um multiartista que inventa mundos, tece narrativas diversas, urde uma fantasia em que opostos convivem, ambiguidades se (re)velam e o Sertão do Pajeú se espraia pelo Recife, pela latino-americanidade, chegando a reinventar a sua própria Europa ‘descamisada’. Guilherme encanta e provoca o olhar e a subjetividade. Impossível não se fascinar pelos seus mundos inventados”, pontua a também curadora, Renata Pimentel.

Guilherme Patriota é artista, jornalista, pós-graduado em Literatura e Estudos Culturais, estudou Cinema Político Latino Americano, é documentarista e produtor cultural com mais de 20 anos de experiência. É de Itapetim, Sertão do Pajeú, vive e trabalha no Recife e foi diretor de Produção da Mais Propaganda, Coordenador audiovisual do Museu de Arte Assis Chateaubriand, Coordenador de produção e logística da Secult-Fundarpe e é sócio fundador da Theia Produtores Associados (2001 – atual). Nas artes visuais, desenvolve um trabalho contínuo e ininterrupto desde 1999, entre desenhos, pinturas, colagens, doc art, videoarte e textos (contos, poesias e roteiros), participou de quatro exposições coletivas, ilustrou os livros “A Síndrome Ocidental” (Frederico de Navarro) e “De pueri et viri” (Antônio de Pádua Dias da Silva).

A realização da mostra é da Theia Produtores Associados e o incentivo é do Funcultura (Secult, Fundarpe – Governo de Pernambuco). A expografia é assinada por Mariana Melo e Gustavo Albuquerque, a identidade visual por Adeildo Leite, a montagem é resultado da parceria com a Art.Monta Design, a fotografia das obras é de Eric Gomes e as molduras do Ateliê de Molduras (Arnaldo Vitor e Gerson Vitor).

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