Um terço desconfia dos transgênicos - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Um terço desconfia dos transgênicos

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O consumo de transgênicos foi alvo de uma pesquisa inédita realizada pelo IBOPE Conecta e encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). A grande constatação do levantamento é que os brasileiros ainda tem poucas informações sobre a relação entre a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico no agronegócio. Apesar disso, 80% dos brasileiros afirmaram já saber o que são transgênicos. O estudo identificou que apenas 23% das pessoas acreditam que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. Para 44% dos entrevistados, esses alimentos ainda foram pouco testados, 33% acreditam que eles fazem mal a saúde e para 30% eles causam reações alérgicas.

Entre as características positivas dos transgênicos apontadas pelos entrevistados estão a resistência a pragas (que foi lembrada por 77% da amostra) e o aumento de produção (citado por 73% das pessoas). O estudo relevou ainda que 61% atribuiu a essas plantas uma maior durabilidade, uma característica que ela não teria.

Nenhum dos participantes enumerou corretamente quais são as culturas geneticamente modificadas disponíveis no Brasil. Soja e milho são os alimentos mais citados. A resposta correta, soja, milho e algodão, é mencionada por apenas 11% dos entrevistados, mas eles também acrescentam outros produtos na lista, como trigo e tomate, que não possuem versões geneticamente modificadas no mercado.

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Soja é um dos alimentos transgênicos no mercado brasileiro. Foto: Pixabay

A maioria (73%) dos entrevistados afirmou já ter consumido algum alimento transgênico. Dos 27% que disseram que não consomem ou não sabem, 59% se mostrou aberto ao consumo desse tipo de alimento.

Em contraste ao pouco conhecimento das tecnologias aplicadas à produção de alimentos e as suas desconfianças, os brasileiros associam os avanços da ciência na contribuição da cura de doenças (84%) e entendem a sua relevância para o desenvolvimento de novos medicamentos.

A pesquisa foi realizada pela plataforma Conecta do IBOPE Inteligência e teve como amostragem 2011 homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, que não trabalham com biotecnologia ou em áreas correlatas.

(Por Rafael Dantas, com informações do Ibope Conecta)

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