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Comércio no Centro do Recife busca revitalização com apoio da Sudene
Empresários da Rua da Imperatriz apresentam demandas para impulsionar negócios e atrair consumidores. Foto: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene) Empreendedores da Rua da Imperatriz, no centro do Recife, se reuniram com a Sudene para discutir estratégias de revitalização da área comercial. A principal demanda do grupo envolve melhorias em infraestrutura, segurança e incentivos financeiros, com o objetivo de tornar a região mais atrativa para consumidores e investidores. A iniciativa se alinha ao recente lançamento do FNE Retrofit, linha de crédito voltada à recuperação de imóveis históricos para moradia e serviços. Durante o encontro, representantes da Prefeitura do Recife, do Recentro e do Banco do Nordeste debateram a viabilidade de um estudo que mapeie novas oportunidades para a rua, integrando a modernização do espaço às tendências de consumo. A expectativa é que a pesquisa seja realizada em parceria com a Sudene e o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, enfatizou a importância de um planejamento estratégico para fortalecer o comércio local. "O desafio agora é estruturar a vocação da rua que aponte o seu futuro. E isso se dá através de um estudo”, afirmou. Segundo ele, o processo pode impactar não apenas a Rua da Imperatriz, mas outras áreas do centro, consolidando a região como um polo econômico e cultural. Com a articulação entre setor público e privado, novos encontros devem ser realizados para definir os próximos passos do projeto. A revitalização da Rua da Imperatriz promete requalificar a área, estimular o comércio e fomentar a economia criativa no coração da cidade.
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BNB disponibiliza R$ 2 bilhões para revitalização do Centro do Recife
Financiamento do Banco do Nordeste incentiva recuperação de imóveis para moradia e comércio na região central da capital. Foto: FOTOS: Izabele Brito/Recentro O Banco do Nordeste (BNB) anunciou um fundo de R$ 2 bilhões para financiar a revitalização do Centro do Recife, com foco em complexos multiusos que reúnem moradias e espaços comerciais. O incentivo foi apresentado durante o Conexão Recentro, evento promovido pela Prefeitura do Recife em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o banco estatal. A iniciativa busca atrair empresários, incorporadoras e investidores interessados em utilizar os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para retrofit e novas ocupações na região. Com prazos de pagamento de até 12 anos e carência de quatro anos, o financiamento pode cobrir de 50% a 100% do valor do investimento, dependendo do porte da empresa e da localização do empreendimento. Segundo o superintendente do BNB em Pernambuco, Hugo Queiroz, projetos de parcerias público-privadas (PPPs) e coliving também estão contemplados, facilitando a reocupação dos imóveis e reduzindo o déficit habitacional. "Além dos incentivos fiscais que a Prefeitura do Recife já oferece de ITBI, ISS e IPTU, agora, com esta parceria com a Sudene e com o BNB, estamos oferecendo financiamento para moradias, comércio e serviços", destacou a chefe do Gabinete do Centro, Ana Paula Vilaça. O evento reuniu mais de 100 empresários e investidores no auditório do BNB, localizado na avenida Conde da Boa Vista, reforçando o interesse do setor produtivo na recuperação da área central. O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou que a ação conjunta cria "uma janela de oportunidades" para o desenvolvimento urbano e social da região. Entre os projetos apresentados, há propostas para transformar depósitos subutilizados em moradias, flats para turismo e centros comerciais. “O financiamento, sem dúvida, vai ajudar muito”, afirmou o empresário Amaury Rezende. Os interessados no financiamento podem procurar qualquer uma das 40 agências do BNB para apresentar seus projetos. O processo inclui entrevistas, visitas técnicas e entrega da documentação necessária para a liberação dos recursos.
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"A atual situação hídrica em Pernambuco é grave"
Antonio Miranda, Engenheiro do Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE, analisa o impacto da escassez de chuvas no abastecimento hídrico no Estado e as perspectivas com a influência das mudanças climáticas. Também alerta para possibilidade de salinização da água de poços em bairros como Boa Viagem e levanta preocupações com o modelo de concessão da Compesa. Nesta semana o Governo do Estado decretou situação de emergência em 118 dos 184 municípios pernambucanos em razão da escassez de chuvas. Especialista em gestão de serviços de saneamento, o engenheiro civil Antonio da Costa Miranda Neto alerta que a situação do abastecimento hídrico em Pernambuco é grave, com 18 reservatórios em colapso, segundo dados da Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima). Nesta entrevista a Cláudia Santos, Miranda, que é integrante do Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco), analisa esse cenário e o impacto futuro das mudanças climáticas no agravamento da redução das chuvas. Para enfrentar a crise, ele afirma ser necessário atualizar, com maior frequência, o planejamento da gestão hídrica, principalmente em relação à elevação média da temperatura e da quantidade de ondas de calor em Pernambuco. “Essa elevação traz duas consequências ruins, simultaneamente: o aumento da evaporação dos mananciais superficiais e do consumo hídrico, combinação que agrava a escassez de água de abastecimento”, alerta. Diante da gravidade da situação, o engenheiro afirma que medidas, como o reuso da água e um melhor armazenamento de águas de chuva, passaram de recomendáveis a imperativas. O especialista enfatizou ainda sua preocupação com o modelo de concessão da Compesa, no qual a estatal permanece responsável pela produção de água tratada e a distribuição fica a cargo de concessionárias. “A depender de como ficará a modelagem, caso a Compesa não produza em quantidade suficiente, as empresas privadas poderão acioná-la no sentido de serem indenizadas pela falta de água para venda. Nesta hipótese, teríamos sérios problemas econômicos”, adverte. No início de janeiro, a Compesa divulgou um calendário emergencial de abastecimento de água diante da ausência de chuvas e das altas temperaturas no Estado. E, nesta semana, foi decretada situação de emergência. Como o senhor avalia a situação hídrica em Pernambuco e o impacto no abastecimento de água? A atual situação é grave, com 18 reservatórios em colapso, segundo a Apac. Desses, 14 ficam no Sertão, zona mais atingida pela estiagem, mas há também reservatórios vazios no Agreste, Mata Norte e até na Região Metropolitana do Recife. Sabemos que o Agreste pernambucano é a região de menor disponibilidade de água por habitante do Brasil, o que já por si só mostra o tamanho da nossa vulnerabilidade e justifica todos os investimentos na transposição do São Francisco, fazendo com que uma parte dessa água chegue nessa região. Também não é novidade para ninguém que as secas são cíclicas, então o que enfrentamos hoje é o agravamento desses ciclos. A tendência é o aumento de temperatura e das ondas de calor. O ano de 2024 esteve 1,5°C acima da média da Terra em relação aos níveis pré-industriais, o que é uma tragédia. Estamos, portanto, com uma frequência maior na ocorrência desses problemas. É óbvio que isso tudo repercute no abastecimento de água. É também verdade que a Compesa, historicamente, não conseguiu eliminar os seus problemas de produção e de distribuição de água. Salvo engano, foi em 1982 que a empresa institucionalizou os rodízios de abastecimento, para nunca mais deixar de tê-los. Por isso a Região Metropolitana já foi, e talvez continue sendo, a que apresenta maior consumo per capita de água mineral engarrafada no País. Outro reflexo disso é a quantidade de poços perfurados para abastecer os prédios, em diversos bairros, para não ficar dependendo da Compesa. Com a perspectiva de acirramento dos períodos de estiagem, em razão das mudanças climáticas, essas dificuldades no abastecimento de água em Pernambuco tendem a aumentar? A mudança climática está agravando a situação. Entretanto, as projeções neste momento são muito imprecisas, não conseguimos estimar ainda aonde isso vai parar. Se você perguntar hoje aos maiores especialistas da hidrologia, da climatologia, sobre uma perspectiva para 2030, eles não são capazes de informar com segurança, porque estamos ainda em processo de transformação. Por isso, é necessário elaborar revisões frequentes do planejamento da gestão de recursos hídricos que levem em conta as últimas atualizações científicas. Os estudos de hoje não indicam para Pernambuco nenhuma situação calamitosa. Haverá o agravamento das secas e das chuvas, mas não temos razões objetivas para esperar a transformação de zonas do semiárido em áridas, como já existem no Norte da Bahia. Da mesma forma não há previsão de que aconteçam em Pernambuco as tragédias que assolaram o Rio Grande do Sul. Agora, provavelmente, teremos uma frequência maior de ondas de calor. O aquecimento geral do planeta, que causa a elevação do nível do mar, também é uma preocupação muito grande que todos nós devemos ter, principalmente no Recife. O que poderia ser feito para enfrentar os impactos do aumento da temperatura e da escassez hídrica no abastecimento de água? É necessário passar a atualizar, com maior frequência, o planejamento da gestão hídrica, com especial atenção ao aumento médio da temperatura e da quantidade de ondas de calor em Pernambuco. Esses aumentos trazem duas consequências ruins, simultaneamente: o aumento da evaporação dos mananciais superficiais e do consumo hídrico, combinação que agrava a escassez de água de abastecimento. É igualmente prudente considerar a ocorrência de períodos mais severos e prolongados de estiagem no Estado. Mas insisto, será indispensável realizar atualizações frequentes dos cenários, utilizando o que de melhor se dispõe em termos científicos, para estabelecer as medidas necessárias à gestão hídrica, muitas delas urgentes, desde o manejo dos mananciais até medidas de redução das perdas de água e do consumo médio em todas as categorias de consumidores. Nesse contexto, o reuso da água e o melhor aproveitamento de águas de chuva passaram de recomendáveis a imperativos. Em relação à situação dos bairros situados na faixa litorânea do Recife, a grande quantidade de poços aliada à impermeabilidade do
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Placas históricas viram atração turística no Centro do Recife
Roteiro inspirado nos azulejos do IAHGP integra o projeto Olha! Recife e amplia opções para visitantes e moradores O Centro do Recife ganha um novo roteiro turístico baseado nas placas históricas do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP). A iniciativa, promovida pelo Gabinete do Centro do Recife e pela Secretaria de Turismo e Lazer, valoriza os mosaicos de azulejos afixados em diversos pontos da cidade, que contam sua história, destacam personalidades e revelam curiosidades. O marco dessa ação será a instalação da placa de número 300, na Praça Ascenso Ferreira, ao lado do restaurante O Poeta, nesta quinta-feira (30), às 14h. Inspirado nas placas históricas de Portugal, o projeto do IAHGP começou há nove anos e já espalhou 54 azulejos pelo Centro do Recife. Entre os locais contemplados estão a Rua da Imperatriz, Rua do Hospício, Avenida Manoel Borba e o Gabinete Português de Leitura. A nova rota turística busca incentivar a valorização do patrimônio e oferecer aos visitantes uma forma interativa de conhecer a cidade. “Já são mais de 50 placas colocadas apenas no Centro do Recife e, junto com o Instituto e com a Secretaria de Turismo e Lazer, poder criar um roteiro turístico para apresentá-las é excelente para a preservação da nossa história”, destaca Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete do Centro. A criação do roteiro oficializa o reconhecimento da iniciativa, que vem despertando o interesse da população ao longo dos anos. "A criação do roteiro pela Prefeitura do Recife é um reconhecimento desta ação tão bonita que a gente vem desenvolvendo para dar à sociedade um pouco de conhecimento sobre a nossa cidade e sobre o nosso passado histórico”, afirma Silvio Amorim, vice-presidente e gestor do IAHGP. O circuito passa a integrar o projeto Olha! Recife, que promove passeios guiados pela cidade. Serviço Lançamento do roteiro turístico das placas históricas📅 Data: Quinta-feira (30/01/25)📍 Local: Restaurante O Poeta, Bairro do Recife⏰ Horário: 14h
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Tremor de terra de 2.1 mR é registrado em Caruaru
Abalo sísmico foi detectado por estações da Rede Sismográfica Brasileira Um tremor de terra de magnitude 2.1 mR foi registrado na cidade de Caruaru, em Pernambuco, na tarde de terça-feira (28), às 15h44, segundo dados da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) confirmou a ocorrência, mas não há relatos de que o abalo tenha sido sentido pela população. O último registro sísmico em Pernambuco também ocorreu em Caruaru, no dia 16 de janeiro, com magnitude de 1.5 mR. Pequenos tremores são comuns na região Nordeste e geralmente resultam de pressões geológicas que provocam o deslocamento de fraturas na crosta terrestre. A Rede Sismográfica Brasileira, coordenada pelo Observatório Nacional e apoiada pelo Serviço Geológico do Brasil, monitora a atividade sísmica no país por meio de quase 100 estações espalhadas pelo território nacional. As análises desses eventos ajudam na compreensão da dinâmica geológica e da estrutura interna da Terra.
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Governo do Estado investe R$ 2,1 bilhões no PE na Estrada
Programa de infraestrutura rodoviária avança com obras em todas as regiões de Pernambuco. Foto: Hesíodo Góes - Secom O Governo de Pernambuco já aplicou R$ 2,1 bilhões dos R$ 5,1 bilhões destinados ao programa PE na Estrada. Com intervenções em mais de 3.500 quilômetros de estradas, o programa tem trazido benefícios para a mobilidade e o desenvolvimento econômico, com obras de recuperação, restauração e construção em diversas regiões. A governadora Raquel Lyra destacou o impacto das ações na melhoria da segurança, no incremento do turismo e no escoamento de produtos, ressaltando a continuidade dos trabalhos para atender às necessidades da população. "A recuperação da malha viária de Pernambuco é urgente e necessária para garantir a segurança de motoristas e pedestres, incrementar o turismo e facilitar o escoamento de produtos. Com o PE na Estrada, estamos atuando em rodovias, estradas vicinais e também no calçamento urbano", afirmou a governadora. Entre as obras estão a restauração da PE-017, em Jaboatão dos Guararapes, e a recuperação da PE-015 na Região Metropolitana do Recife. Além de gerar emprego e renda, o programa contribui para o desenvolvimento das diversas regiões de Pernambuco. No Litoral Sul, a restauração de acessos à praia de Muro Alto e a recuperação da PE-060 estão em andamento, enquanto no Agreste e Sertão, importantes rodovias como a BR-104 e a PE-425 também estão sendo revitalizadas. As obras visam não apenas melhorar a trafegabilidade, mas também contribuir para o crescimento socioeconômico, como no caso da PE-075, que facilita o escoamento da produção agrícola e industrial.
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