Arquivos Urbanismo - Página 81 De 99 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Movimento de veículos aumenta para o litoral sul

Se o movimento de carros para o litoral sul pernambucano já aumentou cerca de 30% no Natal, para o período de virada do Ano e chegada do Verão, a tendência é intensificar. Só de hoje (28/12) ao dia (02/01), a Rota dos Coqueiros – via pedagiada que dá acesso a praias do litoral sul e à Reserva do Paiva – espera que 40 mil veículos passem duas praças de pedágio – uma em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e outra em Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. Para agilizar o atendimento ao público, a equipe foi reforçada. E no primeiro dia do ano, quando a concessionária prevê 15 mil automóveis, haverá a chamada operação papa-fila, que possibilita o pagamento da tarifa de pedágio, antes da chegada à cabine. Após a virada do ano, o movimento continua intenso. Até março, a estimativa do Sistema do Paiva é que pelo menos 780 mil carros circulem pela primeira Parceria Público-Privada (PPP) de Pernambuco e primeira PPP de rodovias do país. Durante a semana, a tendência é que o movimento fique de 15% maior. Já nos finais de semana, subirá para 25%. Campanha educativa Por conta dessa movimentação, a concessionária realiza até março uma campanha educativa ao motorista que trafega pela via pedagiada. É quando muita gente aproveita o período de alta estação para pegar estrada e curtir as praias, férias e recessos. “A intenção é conscientizar, reduzir ainda mais as estatísticas de acidentes e promover uma viagem segura para todos“, adiantou a gerente da concessionária Rafaela Elaine. Balanço de Natal Na Rota dos Coqueiros, só do dia 21 ao dia 24, a média era de seis mil automóveis. Já no dia 25, o movimento ultrapassou dos oito mil carros pelas praças de pedágio da concessionária. Do início do ano até agora, já passaram quase dois milhões de veículos pelo Sistema Viário do Paiva.

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Recife é um dos destinos preferidos dos portugueses em 2018

Recife é o terceiro destino mais procurado pelos turistas portugueses na região Nordeste em 2018, atrás de Fortaleza e Salvador. No continente, Recife é a sexta cidade mais buscada pelos portugueses.  A conclusão é de um levantamento realizado pela momondo, maior buscador de viagens da Europa, que analisou as preferências dos visitantes europeus na América Latina. Confira as cidades que dividem a preferência portuguesa com Recife: 1 – São Paulo (SP) 2 – Rio de Janeiro (RJ) 3 – Buenos Aires (Argentina) 4 – Salvador (BA) 5 – Fortaleza (CE) 6 – Recife (PE) 7 – Santiago (Chile) 8 – Florianópolis (SC) 9 – Porto Alegre (RS) 10 – Foz do Iguaçu (PR) A momondo também pesquisou as preferências dos turistas europeus de outras nacionalidades. O Rio de Janeiro é o destino mais buscado por franceses, dinamarqueses, italianos e noruegueses que desejam visitar a América Latina. Já São Paulo está no topo da lista para portugueses e suíços. Russos preferem Foz do Iguaçu, e apenas finlandeses e alemães escolheram destinos fora do Brasil: Buenos Aires (Argentina) e a Ilha de Baltra (no arquipélago equatoriano de Galápagos) respectivamente.

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Mais Vida nos Morros chega ao bairro de Beberibe

Ontem (21) aconteceu a inauguração da 9ª etapa do projeto Mais Vida nos Morros, da Secretaria de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife. Os muros de arrimo, paredes e calçadas da comunidade no Alto da Bela Vista ganharam um novo astral com as pinturas coordenadas pelo artista plástico Manoel Quitério e intensa participação dos moradores. O evento de inauguração contou com apresentações culturais, capoeira e cantata natalina. De acordo com o secretário de inovação urbana do Recife, Tullio Ponzi, um dos diferenciais na experiência da comunidade foi a participação das crianças no processo de transformação dos espaços públicos. “O engajamento das crianças foi a nossa grande surpresa. Elas foram fundamentais no engajamento dos demais moradores. A participação popular na escolha das ações é muito importante. Eles colocaram, inclusive, a mão na massa. Se você observar, cada beco da comunidade que as vezes você tem até dificuldade para andar virou um espaço de lazer para as crianças. Cada metro da cidade que você devolve é um investimento muito importante que a gente faz na vida delas”. Além de uma nova paisagem urbana, o uso criativo das cores no bairro criou amarelinhas e até um campinho de futebol. A rua Vitoriana, local com mais intervenções do projeto, além das pinturas no muro de arrimo e nas escadarias recebeu também horta e plantação de várias mudas de flamboyant. Elizabete de Lima, 81 anos, é uma das mais antigas moradoras do bairro. Caminhando pelos corredores da comunidade ela disse que não estava mais reconhecendo o bairro. “Será que eu moro aqui mesmo? Antes era feio, eu caía pelos buracos do caminho. É muita diferença. Quando saio de casa eu nem reconheço o lugar”,  conta. “Pintamos em Beberibe todo o Morro e várias ruas e casas com participação dos moradores. Construímos em cima do que os moradores queriam. Eles escolheram o que queriam, faziam pedidos. É uma ponto muito interessante de diálogo quando o poder público começa a inverter quem é de fato o protagonista da história da cidade. É um passo importante e estou otimista com o efeito de longo prazo que essa iniciativa tem de viabilizar mais nossa cultura e empoderar as pessoas no lugar que elas vivem”, relata o artista plástico Manoel Quitério. Já são 13 mil recifenses que o projeto conseguiu alcançar. O secretário explica que em 2019 o projeto será ampliado. “Acreditamos muito nesse cuidado que o morador tem com a comunidade e no potencial que o projeto tem de se espalhar pela cidade. Vemos muitas ações acontecendo com o engajamento dos moradores. E acreditamos muito nesse papel de pedagogia urbana. Estamos discutindo também explorar outras vocações dessa iniciativa em outras áreas que não em morros, como em Brasília Teimosa. Certamente em 2019 teremos muitas novidades”, conta Ponzi.   *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais

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Empresa Pedrosa anuncia Wi-Fi gratuito nos ônibus

Os usuários do transporte coletivo que utilizam os ônibus da Empresa Pedrosa passam a contar agora com internet gratuita durante as viagens. O serviço ainda está em fase de testes e já é disponibilizado em 25 veículos, que estão identificados com um adesivo com a descrição “Wi-Fi”. Estão equipadas com a novidade, as linhas Córrego do Inácio (517), Vasco da Gama/Afogados (680), TI Macaxeira/Encruzilhada (641) e TI Macaxeira/Av. Norte (645). A conexão poderá ser feita para qualquer aparelho, cujo modo Wi-Fi esteja ativado, e após a realização de um simples cadastro com nome, e-mail e telefone. Realizado esse processo, o usuário poderá se conectar à rede gratuita em todos os veículos da frota da Pedrosa que forem recebendo a tecnologia. A iniciativa é fruto de uma parceria com a OnBus Digital, empresa especialista em gerenciamento e manutenção de redes de comunicação. “Nosso objetivo é melhorar a experiência dos passageiros, que não precisarão gastar sua franquia de dados. Além de tornar possível o acesso às redes sociais, o usuário poderá utilizar aplicativos do transporte público, como o CittaMobi, que fornece a opção de recarga do VEM”, conta Marcelo Bandeira, Diretor Executivo da Pedrosa. Campanhas Além do acesso a internet, o serviço inclui ainda a divulgação de campanhas sociais de interesse da população. O tema que está sendo trabalho agora é um alerta de prevenção à dengue.

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“Pé de Igualdade” é lançado no Recife

Aconteceu ontem (19) o lançamento no Recife do livro “Pé de Igualdade”, da arquiteta Meli Malatesta. A publicação é uma coletânia de artigos da especialista sobre a mobilidade ativa e pode ser adquirida pela editora Prismas. No evento, que aconteceu na TGI, a autora participou de um debate em que defendeu um modelo de cidade mais humanizada e com mais segurança para as pessoas. Meli falou sobre sua experiência na Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo e da sua fase atual de militância por cidades mais caminháveis. Para conhecer mais sobre a autora, sugerimos  acompanhar suas publicações no blog assinado pela arquiteta dentro do site da Mobilize: https://www.mobilize.org.br/blogs/pe-de-igualdade/ Meli Malatesta (Maria Ermelina Brosch Malatesta) é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com mestrado e doutorado pela FAU USP. Sua atividade profissional foi totalmente dedicada à mobilidade não motorizada, a pé e de bicicleta.  

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Meli Malatesta lança livro no Recife

A arquiteta Meli Malatesta lança amanhã (19/12) no Recife o seu livro “Pé de Igualdade”, no auditório da TGI. A autora, que é uma das referências em mobilidade a pé no País, participará de um debate na ocasião. O evento começa às 19h e não é necessária inscrição prévia para participar. Meli Malatesta (Maria Ermelina Brosch Malatesta) é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com mestrado e doutorado pela FAU USP. Com 35 anos de serviços prestados à CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, sua atividade profissional foi totalmente dedicada à mobilidade não motorizada, a pé e de bicicleta. A TGI fica na Rua Barão de Itamaracá, 293, no Bairro do Espinheiro.

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Fotos do Recife das décadas de 40 e 50 à venda no Museu da Cidade

Fotografias memoráveis do Recife das décadas de 40 e 50 e que já fizeram parte de antigas exposições do Museu da Cidade do Recife poderão ser adquiridas pela população a partir do próximo domingo (16), com o lançamento do projeto “Mercado de Fotos”. Além da oportunidade de ter uma bela imagem histórica em sua residência ou onde desejar, quem comprar as fotografias também estará ajudando a financiar futuras exposições do museu. No lançamento do projeto, serão colocadas à venda imagens do Carnaval do Recife dos anos 40, do Rio Capibaribe e das praças do paisagista Burle Marx. São mais de 100 fotografias em preto e branco, com tamanhos que variam de 33cm X 33cm a 40cm X 1m. As imagens também já possuem moldura em PVC, as mesmas usadas nas exposições do museu. Atrás das molduras, constam a identificação do autor, ano da foto, local, e a numeração correspondente negativo (original) que faz parte do acervo do Museu. Os preços variam de acordo com o tamanho das fotos, de R$ 50 a R$ 80, com possibilidade de pagamento à vista ou no crédito. “A iniciativa também é uma forma de ‘reciclar’, já que vamos utilizar os recursos arrecadados com as vendas em novas exposições. E as imagens, que estavam guardadas, agora serão compartilhadas”, afirmou a diretora do Museu da Cidade, Betânia Corrêa de Araújo. A venda no próximo domingo começa às 9h, acompanhando o funcionamento do Museu, que fica no Forte das Cinco Pontas, Bairro de São José. EXPOSIÇÃO – Também no domingo (16), acontece no Museu o lançamento de mais uma exposição do projeto “Novo Olhar”, com imagens produzidas pelos alunos da especialização e do curso superior de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco. A série de retratos mostra a beleza, resiliência e positividade das pessoas como deficiência, e também funciona como denúncia de algumas condições que dificultam a vida dessas pessoas. O projeto contou com a parceria da ONG Deficiente Eficiente. A abertura da exposição acontece às 16h. SERVIÇO: Projeto Mercado de Fotos 16 de dezembro, domingo, às 9h No Museu da Cidade do Recife

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Caminhada sobre o Estilo Arquitetônico do Ferro no Recife acontece domingo

O grupo Caminhadas Domingueiras fará no próximo dia domingo, dia 9 de dezembro, o circuito do Estilo Arquitetônico do Ferro no Recife. O ponto de partida será no Cais da Alfândega. Conduzido pelo arquiteto e consultor Francisco Cunha, os participantes passarão pelos Bairros de Santo Antônio e São José, com visitas no Mercado de São José, na Casa da Cultura e no Museu do Trem. Não é necessária inscrição para acompanhar o grupo. Serviço Data: Domingo 09.12.18 Ponto/Hora de Encontro: Cais da Alfândega, em frente ao Shopping Paço Alfândega, junto à estátua do poeta Ascenso Ferreira sentado, às 8h. Percurso: Bairros de Santo Antônio e São José com visitas ao Mercado de São José e à Casa da Cultura. Encerramento: visita ao Museu do Trem, na antiga Estação Central que está comemorando 130 anos de inaugurada. Hora Prevista de Finalização: 11h.

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São José e Santo Antônio: região dos contrastes

Santo Antônio e São José são bairros centrais do Recife marcados por diversos contrastes. De um passado protagonista, para um presente coadjuvante na dinâmica da cidade. Do patrimônio arquitetônico de valor mundial, às paredes descascadas e pichadas dos edifícios abandonados. De ruas comerciais com intensa movimentação durante o dia a pátios vazios e marginalizados à noite. Para compreender essa realidade, iniciamos a partir desta edição uma série de reportagens sobre os desafios para reabilitação dessa região histórica da capital pernambucana. O Forte das Cinco Pontas, o Mercado de São José e a Estação Central são algumas edificações que marcam a identidade recifense e pernambucana. Além delas, um conjunto de prédios eclesiásticos que incluem a Basílica da Penha, a Capela Dourada, a Matriz de Santo Antônio e a de São José, entre tantos outros, são relíquias da arte sacra e da arquitetura religiosa que resistem a uma degradação intensa que afeta a região. Lugares com grande potencial para o turismo, mas pouco acionados pelo trade turístico por causa do entorno nada convidativo para os visitantes. Os lojistas se queixam do comércio informal e da falta de segurança. Para os trabalhadores e consumidores do local, as calçadas irregulares e a dificuldade de mobilidade − pelas ocupação desordenada do espaço, e pelo transporte público pouco eficiente − são alguns dos problemas mais graves. Esses são alguns dos principais sintomas dessa região adoecida, que tem como contraponto a todas essas barreiras uma inacreditável dinâmica. O comércio popular forte, com uma diversidade de produtos e serviços que não se encontra em outros lugares da cidade, gera uma circulação de pessoas que se assemelha aos corredores de muitos shoppings. “O principal problema hoje é a falta de ordenamento do comércio informal. O Recife tem muito essa característica do comércio ambulante, não queremos que acabe, mas precisa ser controlado. Isso é fundamental para melhorar o fluxo de pessoas nos bairros. Também pedimos melhorias na segurança, com um policiamento mais ostensivo”, aponta Cid Lôbo, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Recife). Numa caminhada breve pela Rua das Calçadas ou pela Avenida Dantas Barreto é fácil entender o incômodo apontado por Lôbo. Produtos dispostos no passeio somam-se às calçadas desniveladas e feitas com todos os tipos de materiais (com cerâmica, pedras portuguesas, lajota). De brinquedos e eletrônicos made in China, às panelas e frutas de todas as cores compõe-se o painel de produtos dispostos no chão ou pendurados nas paredes. O emaranhado de fios nos postes e as placas e banners expostos nas ruas compõem a poluída paisagem urbana dos bairros, que o leitor pode conferir na foto ao lado. O diagnóstico feito pelo sócio-diretor da tradicional loja Irmãos Haluli, Paulus Haluli, aponta para a necessidade de organizar questões urbanísticas básicas. “Precisamos de ruas onde seja possível o pedestre caminhar, com a garantia de segurança e com banheiros públicos decentes. Nem entro no mérito sobre a necessidade de estacionamento, mas esse tripé básico no cuidado do espaço urbano não existe”, declara o empresário. Paulus afirma que até bem pouco tempo chegava ao trabalho de transporte público, mas a insegurança fez com que mudasse a rotina e passasse a se deslocar de Uber até a loja. “Infelizmente os furtos são uma constante. Desisti de vir trabalhar de ônibus, porque já tentaram me assaltar”. Ele lamenta também a situação do Mercado de São José. “Infelizmente os turistas que visitam o bairro encontram o mercado em condições tristes, com um banheiro da Idade Média”, critica. Para os especialistas, há motivações locais que geraram o abandono de São José e de Santo Antônio, como intervenções urbanísticas pouco eficientes ao longo das últimas décadas. Mas, eles ressaltam que em muitos países houve um fenômeno perverso de esvaziamento dos centros urbanos, que afetou também a capital pernambucana. “Os problemas que encontramos hoje no Centro do Recife são dificuldades sofridas pelas cidades europeias no século passado e que foram superados com muita garra”, afirma a arquiteta e professora da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), Amélia Reynaldo, em audiência pública realizada na Câmara do Recife, promovida pelo vereador Jayme Asfora para discutir soluções para a região. Nessa ocasião, a CDL sugeriu que fosse incluído no Plano Diretor da cidade um dispositivo que obrigue o poder público a fazer um plano específico para o Centro que contemple as esferas econômicas, ambientais, sociais e espaciais. A especialista ressalta que grandes destinos turísticos internacionais dos nossos dias, como Paris e Barcelona, estavam esvaziados, com prédios históricos ameaçados, ruas tomadas por veículos e com área comercial completamente desregulada em meados do século passado. “As cidades fediam, o comércio informal estava colado a edifícios notáveis, que estavam em ruínas. Era uma situação que se parecia muito com a realidade do Recife que conhecemos”, conta a arquiteta. A negação do Centro da cidade no mundo todo teria origem na teoria dos higienistas de que esses locais não serviam para habitação e que todo o espaço precisava ser renovado e, posteriormente dos racionalistas, que sugeriram a demolição das quadras e prédios insalubres para a verticalização das cidades, preservando apenas alguns edifícios simbólicos. No Recife, o processo de “modernização” desses bairros contribuiu significativamente para o esvaziamento do seu uso para moradia. Apesar dessa análise histórica, Amélia avalia que o caso do Centro do Recife − considerando um espaço que extrapola esses dois bairros − tem mais potenciais que dificuldades. “A região é uma oportunidade, muito mais do que um problema. Temos uma geografia fantástica, um patrimônio cultural incrível e um comércio dinâmico, que não existe nada que não se encontre nele”, elogiou a arquiteta. O camelódromo e a localização dos pontos de ônibus são alguns dos aspectos a serem modificados na opinião do arquiteto e urbanista José Luiz da Mota Menezes. “As estações de BRT na Avenida Guararapes deveriam ser removidas e colocadas mais adiante. Quem desce hoje nessa via precisa seguir a pé um longo percurso até a área comercial”. A quantidade excessiva de linhas de ônibus em algumas paradas, como na frente da Praça do Diario de Pernambuco, também foi criticada pelos

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Por um bairro todo caminhável

O Bairro do Recife hoje é uma ilha, embora tenha começado como um pequeno povoado portuário na ponta do istmo que ia desde o sopé das colinas de Olinda até o estuário dos rios Capibaribe, Beberibe, Jordão, Tejipió e Jiquiá, de frente para a linha dos arrecifes que protege a costa da “fúria do mar” e propiciou à localidade excelentes condições para o aportamento de navios, desde os primórdios da colonização, no início dos anos 1500. A região virou ilha com a abertura de uma passagem do Rio Beberibe direto para o mar, hoje junto ao Terminal de Açúcar, durante os trabalhos inconclusos de construção de uma base naval (que terminou sendo transferida para a cidade de Natal), no final da década de 1940. Uma área importante do bairro ainda é ocupada por atividades portuárias, mas a maior parte é destinada a atividades comerciais e de serviços que tiveram um grande incremento após a instalação do Porto Digital lá no início dos anos 2000. Pois é, justamente, neste território hoje insular que acontece no mês de novembro a segunda versão do festival Rec’n’Play que, dentre outros temas, conforme pode ser visto em matéria desta edição da Algomais, vai tratar de cidades inteligentes. Na versão do ano passado, tive oportunidade de coordenar no próprio festival uma oficina sobre a caminhabilidade no bairro (inclusive com caminhada guiada) e uma das conclusões a que chegamos foi que a cidade inteligente é caminhável ou, então, não é inteligente! Este ano proponho que a discussão se amplie para avançar em direção a uma primeira proposta de caminhabilidade radical da parte que não é porto na ilha do Recife. Um exemplo muito bom que pode servir de referência para isso é o chamado Boulevard Rio Branco cuja pedestrianização a prefeitura inaugurou no final do ano passado. E se todo o bairro fosse daquele jeito ali? A justificativa para isso é que muita gente já circula por lá e as distâncias no bairro são perfeitamente percorríveis a pé, desde que, claro, a condições de caminhabilidade (como regularidade do piso, acessibilidade, sombra, fachadas ativas, etc.) sejam garantidas. Isso, sem excluir os carros como pode ser visto no Boulevard Rio Branco. Parece ousado? Mas para que uma coisa possa vir a ser implantada, algum tipo de de antecipação “sonhática” precisa existir. Como disse o escritor francês Victor Hugo: “Nada como o sonho para construir o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”.

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