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Veja como identificar e tratar os principais problemas urológicos masculinos

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Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana, ressalta que o perigo é que ele não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. Quando identificado, o câncer pode ser tratado através da Prostatectomia radical (remoção completa da próstata), Radioterapia externa e Braquiterapia. “No quesito cirurgia, a mais indicada é a robótica. Os braços mecânicos do robô reproduzem os movimentos das mãos humanas com corte mais preciso, sem tremor e visão tridimensional ampliada”, explica. Além disso, graças às pequenas incisões no corpo, o tempo de recuperação no pós-operatório é muito menor e o paciente fica menos tempo no hospital.

O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

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Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula. De acordo com Guilherme Maia, além do uso de medicamentos, a melhor forma de tratamento é com a cirurgia com o laser Greenlight. “O laser atualmente é a melhor opção porque garante menos complicações, não existem incisões no corpo e, assim, não há sangramento”, explica.

Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereções, o dano pode ser irreversível.

A Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

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