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Mais de R$ 300 milhões de investimentos privados são anunciados em Pernambuco

Os números dos projetos industriais aprovados para concessão de incentivos fiscais pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) e pelo Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco (Proind) indicam o desembarque de R$ 331,5 milhões de investimentos em Pernambuco. As novas empresas ou as ampliações das fábricas e centros de distribuição já em operação prometem gerar mais 1,355 mil empregos diretos no Estado. Desta vez, um dos destaques é para a Região Metropolitana, que com mais da metade dos novos postos de trabalho abertos. Ao todo, foram aprovados 79 projetos na Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) desta semana. Desses, 50 são indústrias, 13 são importadoras e outros 16 são centrais de distribuição. Como na primeira reunião do ano do Condic, os investimentos somados superaram os R$ 160 milhões, o secretário-executivo da Adepe, Carlos Sant’Anna, comemora a atração no ano de aproximadamente meio bilhão. "A soma dos dois anúncios de 2024 representa cerca de R$ 500 milhões e mais de dois mil novos empregos. Estamos confiantes no trabalho que estamos fazendo e o empresariado também à medida que o número de novos investimentos só cresce”. Oggi Sorvetes investirá R$ 146,7 milhões na RMR Entre os destaques anunciados nesta semana está a fábrica da Oggi Sorvetes. A empresa aportará R$ 146,7 milhões para implantar sua unidade em Abreu e Lima, com perspectiva de criar 219 postos de trabalho. "Estamos muito felizes em chegar a Pernambuco. Há uma semana que iniciamos a nossa operação, e a primeira loja deverá funcionar nos próximos dias. A projeção para o Nordeste é muito boa, principalmente por conta do calor. No Brasil, temos em torno de 1.000 lojas, e a gente acredita que, no Nordeste, vamos chegar a esse número bem rápido", detalhou Paulo Reis, diretor de operações da Oggi Sorvetes. Outros empreendimentos como Arcelomittal e Atlas Indústria de Eletrodomésticos também investem em Pernambuco e seguem para cidades como Caruaru e Escada. Entre outros empreendimentos, estão ainda: Tron Controles Elétricos (Recife), SL Cereais (Cabo de Santo Agostinho), Metalúrgica de Toni (Vitória de Santo Antão), Pesqueira Pré-moldados (Pesqueira), Demel Indústria Alimentícia (São José do Egito), Indústria de Laticínios Porteiras (Tupanatinga) e LBN Indústria (Petrolina), entre outros. Copergás anuncia investimento R$ 223 milhões no Agreste A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) destinará R$ 223 milhões para a infraestrutura da região Agreste do Estado nos próximos cinco anos. Este investimento faz parte do planejamento estratégico da companhia até 2029. Os recursos serão usados para expandir a rede para mais quatro municípios, elevando o número total de municípios atendidos na região para 15. A primeira fase do projeto foi entregue na Base Operacional de Caruaru (BOC) durante um evento com a presença da governadora Raquel Lyra. Serão construídos 156 km adicionais de rede de gás natural, quase dobrando a malha atual e permitindo a interligação de mais 4.500 unidades consumidoras, totalizando 5.317 unidades. Este número representa um aumento de quase sete vezes na base atual de clientes, abrangendo os segmentos industrial, veicular, comercial e residencial. Comitê Recife 500 Anos discute atração de investimentos no centro da capital Empresários pernambucanos participaram de uma reunião do Comitê Recife 500 anos, promovida pela Amcham Recife, para discutir o desenvolvimento econômico e social da capital pernambucana. O encontro aconteceu no Empresarial Charles Darwin, na Ilha do Leite, e focou em estratégias para atrair investimentos para o centro da cidade. Intitulado "Recife em Foco: Atração de Investimentos no Centro da Capital", o evento reuniu importantes figuras do cenário empresarial e político local. Ana Paula Vilaça, chefe de gabinete do Recentro da Prefeitura do Recife, iniciou a manhã compartilhando sua experiência sobre a importância de atrair investimentos para estimular o crescimento econômico e social do Recife. Também presente, o investidor Romero Maranhão Filho, sócio da Maxxima Empreendimentos, apresentou o case do complexo Porto Novo Recife, que inclui o Novotel Recife Marina, Recife Expo Center e Recife Marina. Maranhão detalhou as decisões estratégicas envolvidas no desenvolvimento desse empreendimento, oferecendo insights valiosos sobre novos investimentos no coração do Recife. Grupo Trino é reconhecido como a melhor operadora de logística do Brasil O Grupo Trino foi reconhecido como a melhor operadora logística do Brasil pelo Programa de Excelência em Transportes (PEX Transportes) da Whirlpool. A premiação anual celebra as empresas parceiras que se sobressaíram nas melhores práticas e resultados em gestão de pessoas e indicadores operacionais. Jessica Couto, diretora Executiva de Negócios do Grupo Trino, e Gerson Barros, de Logística, receberam o prêmio em cerimônia realizada em São Paulo. De origem pernambucana, o Grupo Trino atua há mais de 30 anos no mercado com serviços que englobam um extenso conjunto de atividades. "Atuamos em um setor em constante transformação, acompanhando as tendências com comprometimento e responsabilidade. Este prêmio mostra a confiança que os clientes e parceiros têm em nossa marca e que a nossa busca constante pela excelência em todos os segmentos onde atuamos está no caminho correto", comemora Jessica.

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Transnordestina: empreendimento entre Salgueiro e Suape agora engatou?

O lançamento do edital para elaboração do projeto executivo do trecho pernambucano torna mais factível a sua construção. Mas especialistas alertam para a necessidade de obra ser concluída ainda no mandado do presidente Lula *Por Rafael Dantas A rota da Transnordestina, que era de abandono da linha pernambucana, vai ganhando um percurso mais visível de volta para Suape. O vagão do desânimo dos empresários e técnicos que esperavam pelo empreendimento, aos poucos, vai dando espaço a uma carga de otimismo. Os recursos anunciados de R$ 450 milhões do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) e o lançamento do edital para projeto executivo pela Infra SA são passos importantes para esse trem engatar. Mas há muitos trilhos a serem percorridos até que essas locomotivas voltem a circular em Pernambuco. O volume de recursos para concluir as obras entre Salgueiro e Suape é estimado entre R$ 4,5 e R$ 5 bilhões. O valor até agora sinalizado, em torno de 10%, é ainda distante do necessário, mas importante para tracionar o retorno das obras no empreendimento. “O Governo Federal colocou recursos do PAC no trecho Salgueiro-Suape para fazer essa obra. E agora ela vai ser executada com verbas do Orçamento Geral da União”, afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene, no evento Crea Convida, que discutiu a pauta da Transnordestina na sede da Fiepe. A própria Superintendência deve ser um dos caminhos para destravar novos financiamentos para a obra, como já tem contratos assinados com o trajeto que segue para Pecém, no Ceará. Além dos recursos, algumas indefinições importantes já foram resolvidas. A Infra SA, por exemplo, lançou o edital para contratação do projeto básico executivo. Nesta semana a Geosistemas Engenharia e Planejamento venceu o pregão eletrônico, com uma proposta de R$ 12,4 milhões para realizar o serviço. O momento atual é de análise das documentações necessárias. Ao se confirmar o arremate e quando o contrato for assinado, a empresa terá quatro meses para entregar os 55 primeiros quilômetros do projeto. A Infra SA poderá iniciar a licitação para as obras assim que receber essa primeira entrega. O horizonte de 2024, portanto, é real. Ao todo, a corporação vencedora irá desenvolver o projeto básico/executivo de 520 quilômetros da ferrovia no Estado. O cronograma previsto para o início da ordem de serviços para o trecho pernambucano da ferrovia, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, era de 30 de setembro. Ele antecipou essa previsão ainda em janeiro deste ano, durante a cerimônia de retomada das obras da Rnest (Refinaria Abreu e Lima). O vencimento dessa etapa foi comemorado pelo Governo do Estado. "Vemos com muita alegria o vencimento de mais uma etapa importante na retomada das obras do trecho Salgueiro - Suape. O que tínhamos acordado entre o Governo Raquel Lyra e o Governo Federal era justamente o cumprimento desta etapa para que a gente possa dar conformidade aos projetos de forma a ser entregue a uma nova executora da obra”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. “O Governo Federal cumpriu à risca aquilo que tem combinado conosco e, da nossa parte, a gente vem dando todo o suporte necessário para que essas etapas sejam vencidas”. A expectativa do secretário é que diante dos novos projetos, a Infra SA em breve possa mobilizar um novo canteiro para retomar a atividade da obra. “Isso dará à ferrovia um grau de concretude que nos permitirá, a partir daí, desenhar os novos modelos de concessão que vão viabilizar a sua construção por completo", afirmou Guilherme. Para o trajeto (Salgueiro-Suape), que foi amputado em dezembro de 2022 da Transnordestina, não tendo mais uma empresa concessionária para a execução das obras e sem nenhum real no horizonte, o cenário mudou muito. A chegada da Infra para a gestão do projeto, os prometidos recursos no PAC e a iminente contratação do projeto executivo deram a musculatura de realidade ao empreendimento. “Agora temos que acompanhar a licitação, o passo a passo, a ordem de serviço, o início dos trabalhos e monitorar. Queremos que o projeto executivo seja o melhor possível. O momento é de entregar os produtos e viabilizar os recursos para a obra. É uma caminhada de muitos passos. Estamos dando alguns, mas não chegamos no final”, afirmou o presidente do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Adriano Lucena. No monitoramento do PAC, o trecho pernambucano da ferrovia se encontra em duas alíneas. Em uma delas, o empreendimento está na modalidade de construção, na classificação em obras, mas numa situação de ação preparatória. Na outra, está classificada como “estudo/projeto/plano”, também na situação de ação preparatória. Nas duas, estão citados pela Casa Civil, os municípios de São José do Belmonte, Serra Talhada, Custódia, Arcoverde, Pesqueira, Cachoeirinha, Belém de Maria e Ribeirão. DEFINIÇÕES IMPORTANTES NO RADAR DA SOCIEDADE Durante o Crea Convida, o engenheiro e professor da Unicap, Maurício Pina, levantou quatro questionamentos relevantes sobre a retomada das obras de ferrovias no Nordeste, especialmente em Pernambuco. Um deles é a preocupação em relação à mudança do percurso da linha em direção à Suape. “A questão do novo traçado entre Salgueiro e Suape nos preocupa. Quando esse edital de licitação foi lançado, foi dito, com muita ênfase, que haveria um novo estudo. Um traçado novo, completamente diferente do anterior, envolve questões ambientais, questões de desapropriações. A Petrobras tem interesse em construir terminais de derivados em cidades polos, como Caruaru, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. Na medida que o traçado se afastar demais do que havia sido concebido, isso vai trazer problemas”, adverte o engenheiro. Em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, no final de abril, o ministro da Casa Civil Rui Costa, respondendo a uma pergunta da senadora Teresa Leitão, afirmou que devido às construções que foram realizadas no traçado original da ferrovia, será necessária uma adequação antes da continuidade das obras. “Estamos reavaliando todo o traçado até chegar ao Porto de Suape, em especial na chegada, porque mesmo com a obra em andamento se autorizou a construção de conjuntos habitacionais. Essas intervenções urbanas

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Suape investe mais de R$ 600 milhões em modernização da infraestrutura

O pacote de intervenções inclui a restauração do molhe, dragagem dos canais interno e externo, modernização da iluminação e substituição das defensas. O Complexo Industrial Portuário de Suape está investindo mais de R$ 600 milhões em um pacote abrangente de modernização da infraestrutura portuária. Este investimento inclui a restauração do molhe, um paredão de pedras com 2,5 quilômetros de extensão que protege os berços de atracação, além de serviços de dragagem dos canais interno e externo, modernização da iluminação e substituição das defensas. Com estas melhorias, o 6º porto público mais movimentado do Brasil busca aumentar sua segurança e eficiência operacional. Atualmente, Suape concluiu a terceira de quatro fases da restauração do molhe, com um investimento de R$ 68,1 milhões para reforçar 1,6 quilômetros da estrutura com blocos de pedras pesando entre 300 quilos e 12 toneladas. A última fase, orçada em R$ 123 milhões, começará em julho e tem previsão de término para 2028. As obras tem o objetivo de mitigar os efeitos das marés altas e garantir que as operações portuárias sejam realizadas com menor interferência das correntes marítimas. Cachaça pernambucana Sanhaçu recebe título de melhor do Brasil Com menos de um ano no mercado, a cachaça Sanhaçu Soleira, produzida no Engenho Sanhaçu, localizado na zona rural de Chã Grande, no agreste pernambucano, alcançou o prestigiado título de melhor cachaça do Brasil. A competição foi acirrada, envolvendo cinquenta cachaças de nove estados brasileiros. Além do primeiro lugar, os produtores de Pernambuco se destacaram nas outras duas categorias: a cachaça Origem conquistou o segundo lugar, e a cachaça Freijó ficou em 21º. Esta vitória marcou a 6ª edição do Ranking Cúpula da Cachaça, o maior concurso de cachaças do país, e foi considerada a disputa mais acirrada da história do evento. Presente em todo Brasil, com exportação para Suíça e Estados Unidos, a família Barreto Silva, à frente da Sanhaçu, soma 17 anos de mercado, acumulando 47 premiações, nacionais e internacionais. BNB Brecebe prêmio internacional por programa de apoio a startups e lança hoje o Prodeter Economia Circular O Banco do Nordeste foi reconhecido internacionalmente pela Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) por seu programa de apoio a startups. O prêmio, entregue ontem (16), destaca as boas práticas do banco em termos de informação, assistência técnica e responsabilidade social. A cerimônia de premiação aconteceu durante a 54ª Reunião Anual da Alide (Anual das Instituições Financeiras da América Latina e Caribe), que está sendo realizada na sede do BNB em Fortaleza. Hoje (17), a superintendência do BNB em Pernambuco estará reunindo diversas entidades empresariais, prefeituras, órgãos públicos e empresas para lançar o Plano de Ação Territorial da Economia Circular, no Recife. Esta iniciativa é uma nova linha do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), que visa promover o desenvolvimento regional com base nas vocações econômicas locais. O plano abrange vários municípios e é coordenado pelos Agentes de Desenvolvimento do BNB, que fornecem crédito, capacitação e monitoramento para impulsionar o empreendedorismo local. Na Região Metropolitana do Recife, o plano já conta com o apoio da Prefeitura do Recife, da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), da Advocacia Geral da União, da Assembleia Legislativa de Pernambuco, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Assespro PE/PB, entre outras instituições e empresas.

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Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pernambuco pegou o “último carro” movido a combustíveis fósseis quando recebeu recursos bilionários para erguer o Polo Automotivo em Goiana, há quase uma década. No final de abril, a Stellantis, empresa âncora do cluster, anunciou um novo aporte de R$ 13 bilhões. O ciclo de investimentos atual aponta para a estruturação de uma plataforma de veículos híbridos e elétricos. Mais que produzir um bem industrial com alto valor agregado, o empreendimento coloca o Estado como um dos protagonistas no processo de descarbonização da frota no País. O movimento da empresa – e das dezenas de fornecedores que virão a reboque – promete abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico local nessa cadeia que tem movido corporações globais para reduzir as emissões de carbono nos transportes. O Polo de Goiana receberá nada menos que 43% dos aportes do novo ciclo de investimentos da Stellantis para a América do Sul. Emanuele Cappellano, presidente da corporação para o continente, destacou que a empresa tem a expectativa de fechar esse ciclo com 100 fornecedores instalados no Estado até 2030. Atualmente 38 empresas integram o parque de fornecedores do setor em Pernambuco. “Desde que iniciamos as operações no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em abril de 2015, queríamos deixar um legado e fazer parte da trajetória de desenvolvimento de Pernambuco. Agora, nove anos depois, estamos novamente fazendo história ao anunciar mais um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões. Esse valor será direcionado para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias, atrair fornecedores e gerar novos empregos”, destacou o executivo da empresa âncora do cluster. O anúncio não trouxe muitos detalhes desse investimento, especialmente sobre os novos modelos que serão fabricados em Goiana. Mas independente dos carros que sairão do polo automotivo, a informação de que o parque industrial produzirá veículos híbridos e elétricos é a informação que coloca Pernambuco num patamar estratégico. “Os investimentos anunciados pelo Stellantis, embora vultosos, não estão alocados apenas na expansão da capacidade produtiva mas, principalmente, no investimento em inovação, no desenvolvimento de novos produtos e, sobretudo, no processo de descarbonização. Isso tem impacto direto em toda a cadeia produtiva automotiva e gera também um efeito de liderança econômica. É exemplo para que outras indústrias possam vir a aderir a esse movimento", destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. Em sintonia com o anúncio, Guilherme lembra que o Estado lançou há poucos meses o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica). A iniciativa defende a chegada de investimentos sustentáveis por parte do setor privado mas, também, induz os aportes públicos na transição para o desenvolvimento de um tecido econômico que respeite o meio ambiente. Entre os esforços, o secretário destaca as iniciativas para tornar Suape um porto de carbono neutro. Para se ter uma ideia do volume de investimentos que essa transição do setor automotivo representa no Brasil, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima aportes entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões apenas em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos. A medida é uma exigência para cumprir as obrigações impostas pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) do Governo Federal para garantir incentivos fiscais. A tendência, no entanto, é no mundo todo e está sendo acelerada pela evidência do agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas. DESAFIOS PARA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES Os bilhões de investimentos representam um grande pontapé inicial para Pernambuco avançar na cadeia industrial da descarbonização. “A disponibilização do investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana vai trazer um grande ganho para a produção industrial de Pernambuco. Primeiro, a indústria automotiva local tem a grande oportunidade de se destacar como um polo de produção de veículos mais sustentáveis, contribuindo para a redução da emissão de poluentes e para a transição para uma economia mais verde. Como esse investimento visa à descarbonização, acaba abrindo portas para parcerias com outras empresas especializadas em tecnologias limpas e também pode colocar Pernambuco no mapa da indústria automotiva global”, avaliou o economista da Fiepe, Cezar Andrade. Com as altas expectativas da corporação para os próximos cinco anos, Cezar projeta para Pernambuco uma oportunidade de atrair mais empresas para se instalarem no Estado. “Nos próximos anos provavelmente haverá um boom no setor, com um crescimento grande na produção industrial de Pernambuco. Veremos a indústria pernambucana produzindo automóveis mas, também, teremos a produção desses vários fornecedores. Então, na minha opinião, o grande ganho da indústria pernambucana é justamente esse", completou o economista da Fiepe. O aporte da montadora revela a expectativa da vinda de uma cadeia de fornecedores nos próximos cinco anos. Diante do provável aumento da oferta de novos postos de trabalho e da chegada de novas empresas, a abertura de vagas deve acelerar os esforços em formação profissional. “Oportunidades de emprego para a região, mais oportunidade de desenvolvimento industrial mas, também, na parte de comércio e de serviços para Pernambuco. Além do que, deverá trazer uma vantagem competitiva, uma vez que será um dos primeiros Estados a produzir veículos com uma matriz energética mais limpa do que é produzido até então”, afirmou Cezar. OPORTUNIDADES PARA O PORTO DIGITAL Além da expansão direta em Goiana e da Mata Norte Pernambucana, sede industrial Stellantis em Pernambuco e dos principais sistemistas, o atual ciclo de investimentos interessa muito também ao Recife. É na capital pernambucana onde está instalado o Software Center da multinacional, dentro do território do Porto Digital. Mesmo antes do Next Level, vários modelos de carros fabricados pela empresa no Brasil e no exterior já utilizavam aplicações de software de propulsão de combustão desenvolvidas e validadas made in Recife. Com os novos investimentos, o Software Center, que é o único da corporação na América do Sul, promete ampliar sua competência para atender os veículos eletrificados. “A nossa perspectiva é de aumento das atividades unidade de software que a empresa tem aqui no Porto Digital. E temos muito orgulho em saber que os produtos feitos aqui atendem o mundo todo”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Ele ressalta que

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Aço Verde do Brasil anuncia base comercial no Recife após vendas crescerem 39% no NE

A Aço Verde do Brasil (AVB), siderúrgica fabricante de aços longos, anunciou a abertura de uma nova base comercial na capital pernambucana já a partir deste mês. Após registrar um crescimento de vendas de 39% no ano passado na Nordeste, a companhia projeta um novo saldo nas comercializações na região, impulsionado pela nova estrutura de vendas, novos produtos e pela demanda por aço.  Leandro Vasconcelos, Diretor de Vendas e Logística da Aço Verde do Brasi “Vemos no Nordeste um local com perspectivas de crescimento. A abertura de uma base comercial nos permitirá estar mais próximos dos nossos clientes e potenciais clientes, oferecendo um atendimento personalizado e soluções sob medida para suas demandas. Um dos principais fatores que nos levaram a escolher essa cidade foi a localização privilegiada. Recife é um importante centro econômico da região, com uma grande infraestrutura e um mercado em expansão”. Desempenho em 2024 Em 2024, a empresa já comercializou 405 mil toneladas de aço na região, o que representa um aumento de 15,1% comparado ao ano anterior, alcançando R$ 1,7 bilhão de receita.

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Novo condomínio logístico fará investimento de R$ 300 milhões em Pernambuco

Com um investimento total de R$ 300 milhões, a Proxxima Empreendimentos e a HSI anunciam a construção do Syslog Recife, um novo condomínio logístico em Pernambuco. Com uma área locável de 127 mil m², distribuída em três galpões, o empreendimento está localizado no bairro de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, oferecendo fácil acesso à rodovia BR 101 e ao Porto de Suape. Primeira etapa ainda em 2024 Com previsão de conclusão da primeira etapa até o final deste ano, o Syslog Recife proporcionará benefícios para seus locatários, como melhores prazos de entrega, maior precisão nas vendas e diminuição de custos logísticos. O Syslog Recife representa um marco para a HSI, sendo seu primeiro empreendimento no Nordeste, indicando o interesse da corporação na região. Romero Maranhão Filho, sócio e diretor da Proxima “O Syslog Recife é um empreendimento last mile (último processo na etapa de entrega de uma encomenda) por sua localização privilegiada e muito próxima ao principal polo consumidor do Nordeste. Será um marco para o desenvolvimento do setor no Estado com impacto para toda a Região”

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Stellantis anuncia novo ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões para Goiana

O polo automotivo de Goiana tem novos motivos para comemorar. A Stellantis irá aumentar o volume de investimentos previstos para o cluster automotivo. Os aportes integram o plano estratégico Next Level para a América Latina e só no Brasil alcançarão a marca dos R$ 30 bilhões. O investimento promete atrair a um considerável aumento no número de fornecedores locais nos próximos anos. Estima-se que a cadeia de valor contará com mais de 100 fornecedores estabelecidos em Pernambuco, responsáveis pelo desenvolvimento e produção de componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica. Isso contribuirá para a descarbonização da mobilidade e a geração de novos empregos na região. Emanuele Cappellano, presidente da empresa na América do Sul, destaca que investimento será superior à construção da fábrica "Esse, com certeza, é o maior investimento da indústria automotiva aqui no Nordeste, superando todo o investimento que foi aplicado para construir o Polo entre 2012 e 2015. Com isso, iremos renovar nossa gama de produtos, trazer novas tecnologias e atrair novos fornecedores para a cadeia produtiva". Raquel Lyra comemora o novo anúncio da empresa "Hoje é um dia de celebração. Esse novo ciclo de investimentos feito pela Stellantis garante mais tecnologia, sustentabilidade e ainda a geração de novos sonhos para quem vive na Zona da Mata Norte do Estado. A presença do Polo Automotivo estimula a diversidade da nossa matriz econômica, atraindo novas indústrias de fornecedores se instalando aqui no Estado, e estimulando a criação de mais emprego e renda para a população."

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Engajamento dos profissionais pernambucanos é maior do que a média nacional

Os profissionais em Pernambuco demonstram um nível de engajamento superior à média nacional, revelado pela primeira edição do Engaja S/A - Índice Nacional de Engajamento de Funcionários no Brasil. O estudo, conduzido pela Flash em colaboração com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e o Grupo Talenses, entrevistou 1.732 trabalhadores de todas as regiões do país, entre agosto e outubro de 2023. O engajamento se destacou entre os profissionais da geração Z e aqueles que trabalham no setor de tecnologia, com índices de 75% e 74%, respectivamente. Comparativamente, as empresas do setor tecnológico em Pernambuco demonstram um envolvimento 14% maior do que as do setor de serviços e 38% superior ao setor industrial. Esses achados reforçam a importância do engajamento na produtividade e clima organizacional, além de destacarem a relevância do estado no cenário das startups, com 759 ativas em 2023, consolidando sua posição como líder no Nordeste. Uma característica distintiva do engajamento dos colaboradores em Pernambuco, em comparação com o cenário nacional, é o impacto positivo das oportunidades de crescimento. Esta dimensão impulsiona um engajamento de 71% entre os profissionais pernambucanos, contrastando com os 46% a nível nacional, onde fica apenas à frente da remuneração. Em segundo lugar, o ambiente de trabalho positivo é o principal motivador para os profissionais do estado, ao passo que a confiança na liderança completa o trio de fatores mais engajadores. No entanto, a remuneração emerge como um ponto crítico em todo o país, evidenciando uma insatisfação generalizada com o pacote de benefícios.

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Mulheres sertanejas cultivam inovação e sustentabilidade no campo

*Por Rafael Dantas Samila Macedo, Auricleia Gomes e Tatiana Melo têm alguns pontos em comum em suas trajetórias. São três mulheres sertanejas, empreendedoras e inovadoras no setor agropecuário. O Vale do São Francisco, já é um case pernambucano conhecido pela sua internacionalização e pela modernização das cadeias produtivas do agronegócio. A experiência recente, porém, tem indicado que a economia do campo tem-se movido com experiências corporativas em direção à sustentabilidade, agregando mais valor aos seus produtos. A associação entre as inovações no campo e o protagonismo feminino está relacionada com o posicionamento ousado e conectado com as tendências que estão transformando o mundo. "As mulheres que estão à frente dos negócios rurais têm tido uma visão atenta às inovações no mercado. É fácil associar o empreendedorismo feminino à inovação, pois elas buscam ativamente novas soluções e têm a proatividade de implementá-las na prática", afirma Heloísa Nóbrega, analista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa) em Petrolina. A diversidade na composição das equipes e das gestões é um fator percebido há algum tempo no meio corporativo como um valor de qualquer empresa. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres estão à frente da gestão de 8,4% das áreas rurais no no Brasil. Em Pernambuco, segundo dados do RAIS, o número formal de mulheres no setor agropecuário em 2022, em cargos de direção ou gerenciamento, foi de apenas 174 profissionais. Apesar do número ainda reduzido, ele é crescente. “Diferentes estudos sobre a diversidade nos ambientes de trabalho já indicam valiosos ganhos para as organizações e para os profissionais, independentemente do setor. Quando falamos de inclusão de mulheres, estamos também falando de dar espaço à diversidade. Organizações ganham com aumento de produtividade, melhoria do clima organizacional, multiplicidade de habilidades na tomada de decisão estratégica. Porém, é importante ressaltar que ainda existem muitos desafios quando falamos das mulheres na gestão das empresas. Ainda há muita dificuldade para assumirem cargos de liderança e apesar de desempenharem um papel significativo na agricultura, ainda são a minoria no campo”, afirma Luciana Almeida, consultora e sócia da TGI. Se as mulheres são minoria na administração no campo, a agropecuária permanece como um dos protagonistas da economia nacional, com 23,8% na participação do PIB, segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Sem considerar os agrosserviços e a agroindústria, o setor representa 15,1% da atividade econômica brasileira, de acordo com dados IBGE. ORGÂNICOS DO VALE Em Pernambuco, com mais de dois terços do seu território no semiárido, o primeiro setor tem uma participação menor nessa composição, de apenas 5,17%, segundo os números da Agência Condepe Fidem. Uma das exceções é justamente Petrolina, em que a indústria, agroindústria e os agroserviços jogam um papel mais relevante na atividade econômica. A cidade é onde Tatiana Melo apostou em uma produção orgânica para se diferenciar no mercado. Formada em tecnologia da informação, a empresária optou por abandonar a sua rotina urbana e o promissor setor tecnológico para voltar ao campo. Filha de um produtor de frutas, ela comprou uma propriedade na área rural do município para investir na fruticultura irrigada, atividade que atrai pessoas de todo o País para o Vale do São Francisco. Os primeiros passos foram no cultivo de goiaba, logo após direcionou seus esforços para a manga e a acerola. Sua diferenciação no mercado agrário, com o suporte do Sebrae Pernambuco, foi a adoção de práticas orgânicas e a busca por selos de certificação. “Quando mudei de setor, percebi que precisava fazer algo diferente, não poderia ficar como todo mundo. Então percebi que a produção de orgânicos era a melhor saída. É para onde o mundo está caminhando. A Europa já bateu o martelo de que, até 2030, os supermercados terão metas para oferta de produção orgânica. Hoje eles compram para atender o mercado, mas serão, pelo menos, 25% da composição das prateleiras. Isso para a Europa é muita coisa”, vislumbra Tatiana. Ela começou esse processo com a acerola, vendida para a empresa de origem japonesa Niagro, que tem uma unidade em Petrolina e, recentemente, começou a trabalhar também com mangas. Neste ano, as primeiras vendas orgânicas do produto estarão no mercado nacional e internacional. "Quanto mais certificações temos lá fora, o preço sobe. Lá dão valor à certificação", conta a empresária. Sua produção de acerola está planta- da numa área de 3,5 hectares, sendo 1,8 hectares de produção já efetiva da fruta, que é transformada em pó pela Niagro para atender setores industriais de cosméticos, medicamentos, alimentos, entre outros. Após ter expertise nesse produto, ela começou a investir na manga, que é o carro-chefe da atividade na região. Ela possui 4,6 hectares plantados com a fruta, sendo 3 hectares já mais consolidados para produção, que seguirá para os Estados Unidos e para São Paulo. O quilo de manga convencional, por exemplo, é vendido por R$ 5, enquanto o da fruta com certificação orgânica está por R$ 6 no mercado. O quilo da acerola convencional custa R$ 3,50, enquanto a orgânica é comercializada por R$ 4,30. Além da melhora no preço, ela revela que a produção orgânica reduz a incidência de pragas. A produtora enfatiza que há um mito de que a fruta orgânica é feia e não tem produtividade. Ela esclarece que isso depende do manejo produtivo. "São frutas bonitas sim, mais saudáveis e com mais tempo de prateleira. Esses são alguns diferenciais da fruta orgânica. Hoje nosso grande desafio para essa produção tem sido a mão de obra escassa na região ". PETROLINA ALÉM DAS FRUTAS Ainda na principal cidade do Vale do São Francisco, outro produto que vai ganhando espaço é o mel. Apesar de a apicultura não se comparar com o porte e a produtividade da fruticultura, a atividade tem-se adaptado à Caatinga, alimenta circuitos curtos de comercialização e promete alcançar novos mercados com as experiências de produção orgânicas. Além de mais produtivas, elas têm melhor receptividade do consumidor

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