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"Mercado de imóveis econômicos está otimista com os programas habitacionais"

Presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, analisa como as novas políticas voltadas para a habitação de interesse social podem solucionar os problemas de acesso ao crédito para a população de baixa renda. Afirma também que o segmento de médio e alto padrão pode aquecer com a melhora da economia em 2024. Pesquisa da FipeZap revela que dos 10 bairros mais caros para morar de aluguel no Nordeste, sete estão no Recife. Segundo o presidente da Ademi-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), Rafael Simões, isso acontece em razão da baixa oferta de imóveis na cidade e de dificuldades no acesso ao crédito, o que afeta, em especial, a população de baixa renda que se vê obrigada a morar fora da capital. Apesar dessa situação, Pernambuco tem um orçamento de R$ 2,3 bilhões ao ano, proveniente do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), para investir no Minha Casa Minha Vida. Mas o Estado só executa R$ 1,7 bilhão desse total. Uma contradição que se explica, de acordo com Simões, pela incapacidade dessa parcela da população de arcar com o valor da entrada, que não é financiada pelo programa. Mas o presidente da Ademi-PE diz estar otimista com a implantação do programa Morar Bem Pernambuco, que subsidia até R$ 20 mil para complementar o financiamento do Minha Casa Minha Vida. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele afirma que esses subsídios estaduais trazem boas perspectivas para o mercado imobiliário em 2024. Rafael Simões também comenta as iniciativas para incentivar a moradia no Centro do Recife e as ações da sua gestão à frente da entidade. Assistimos a uma melhora da economia, com inflação menor, a Selic em queda lenta e gradual, além de uma estabilidade política. Esse cenário ajuda o mercado imobiliário? Os ciclos são muito longos no nosso setor, por isso temos que ler o cenário a partir de quatro anos para trás e quatro anos para frente. Nos últimos quatro anos, saímos daquela crise de 2017, dos distratos, quando as empresas tiveram que devolver boa parte do seu faturamento. Isso balançou o mercado nacional inteiro, várias empresas entraram em recuperação judicial, algumas ainda estão. Hoje, isso já mudou o cenário, temos uma lei dos distratos de 2018. Depois, veio a pandemia. Contratamos uma pesquisa e ela reforça o número que eu sempre repito muito: em 2017 tínhamos 10.500 unidades novas para morar em estoque e hoje temos pouco mais de 4 mil. Houve uma redução de 60%. E habitação é uma demanda inelástica, é igual à comida, as pessoas vão comer de todo jeito, ninguém adia um casamento ou deixa de ter um filho porque está esperando licenciar uma obra ou lançar naquele terreno um apartamento de três quartos. Quando há uma redução brusca no estoque de unidades novas, isso vai refletir, sobretudo, nos preços do aluguel. A pesquisa da FipeZap mostra que dos 10 bairros mais caros para morar de aluguel no Nordeste, sete estão no Recife. Quando a gente olha a oferta de imóveis econômicos, a Região Metropolitana do Recife produz 6.500 unidades habitacionais/ano, sendo que a capital faz apenas 300 mas tem quase metade da população da RMR. As pessoas de baixa renda enquadradas no Minha Casa Minha Vida são obrigadas a morar fora da cidade porque não tem oferta. Quando pensamos em política habitacional, após superadas questões de serviços, como mobilidade, nós dependemos de: crédito, que são juros e funding (captação de recursos financeiros para aplicação em um investimento), de demanda, que é demografia e renda, e do item mais importante e um dos mais subestimados que é a política urbana. Ou seja, se tenho um baita estímulo da política urbana, existe o potencial desse terceiro fator superar as dificuldades que o crédito e a demanda oferecem. Qual a análise que o senhor faz desses três itens? O crédito é um problema, o mercado não entende que a Selic baixando de imediato vai respingar nos juros baratos da pessoa física, porque existe uma regra do Banco Central que obriga que 65% do dinheiro da caderneta seja destinado ao crédito imobiliário. Se a Selic baixa, naturalmente a poupança também baixa? Não é bem assim, porque o estoque de poupança já está esgotado e a oferta de crédito imobiliário hoje é uma mistura de recursos da poupança com LCI (Letra de Crédito Imobiliário), outros instrumentos mais modernos que têm juros mais altos. Essas questões são relativas ao mercado de médio e alto padrão. Já o Minha Casa Minha Vida trabalha com recursos do FGTS. Essa montanha de dinheiro, que está em torno de R$ 700 bilhões, é destinada, principalmente para habitação de interesse social. Esse dinheiro a Caixa empresta a 4% e paga 3% para o dono do capital. Está em discussão no STF o ajuste desses 3% para pagar igual à poupança, que hoje daria 6,17%. Então, vai dobrar a remuneração do dono do capital e o custo de aquisição da Caixa. O mercado está um pouco apreensivo com essas questões em relação ao crédito. Vamos agora para a segunda variável, a demanda. Estamos otimistas quanto ao governo. Estamos saindo de crises, fala-se da retomada de Suape em várias obras que podem aumentar a renda. Em relação à demografia, não temos saída e a chegada de pessoas na cidade, não é uma coisa que influencia. Talvez sim do ponto de vista turístico; as passagens estão muito caras e há uma explosão de ofertas de imóveis na área turística. Ninguém sabe o que vai acontecer quando as passagens voltarem aos preços normais. É um ponto a ser observado. Quanto à terceira variável, a política urbana, é importante que sejam criados instrumentos que estimulem a produção de habitação. Um exemplo: até 2016 não existia oferta de apartamentos econômicos na cidade de São Paulo. Quando verificávamos quantos andares tinha o Programa Minha Casa Minha Vida, era zero. Hoje é metade da produção, sem reduzir o que já era produzido de médio e alto padrão. O que aconteceu de 2016 para cá? Simplesmente a prefeitura de São Paulo

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Pernambuco Perspectiva

Se o modelo de desenvolvimento de PE está esgotado, o que colocar no seu lugar?

*Por Francisco Cunha Na apresentação que fiz no final de novembro no Teatro RioMar, quanto do 25º lançamento anual da Agenda TGI, tive oportunidade de dizer que, ao que as evidências começam a apontar com mais clareza, estamos às voltas com o esgotamento do modelo de desenvolvimento de Pernambuco, gestado em meados do século passado. De fato, este modelo foi esboçado pela Comissão de Desenvolvimento de Pernambuco (Codepe, precursora do Condepe – Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco), criada em 1952 pelo governador Agamenon Magalhães, e contou com a contribuição vital do padre dominicano francês Louis-Joseph Lebret, fundador do movimento Economia e Humanismo, conhecido como Padre Lebret, que esteve no Estado em 1954 e produziu o clássico Estudo sobre Desenvolvimento e Implantação de Indústrias, Interessando a Pernambuco e ao Nordeste. No lendário estudo, o Padre Lebret reconhece a inequívoca vocação portuária de Pernambuco e recomenda a ampliação do porto do Recife para o sul, dada a impossibilidade de sua expansão a norte e a leste do local onde surgiu (atual Bairro do Recife). Além disso, recomenda também a articulação do porto com um complexo industrial que comportaria refinaria, montadora de automóveis, estaleiros e outras indústrias “leves”, tudo suportado pela malha rodoferroviária (com destaque para o futuro traçado da Transnordetina). Com isso, lança as bases do complexo industrial-portuário de Suape, iniciado na década de 1970 e, hoje, um sucesso como um dos melhores portos do Brasil e vocação inequívoca como hubport internacional. Exceto pelo trecho pernambucano da transnordestina, ainda numa pendenga construtiva sem fim, praticamente todo o “desenho” esboçado pelo Padre Lebret foi executado com as derradeiras “peças” sendo implantadas (estaleiros, refinaria, montadora e inúmeras indústrias “leves”) nos governos Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos, no início do Século 21. Coincide com a finalização da implantação do “desenho” do padre, típico da era da industrialização ancorada na economia do petróleo, a emergência de duas importantíssimas tendências de peso: as aceleradas mudanças climáticas e a disrupção digital que trazem em seus bojos, respectivamente, as ameaças do aquecimento global e a da Inteligência Artificial destruidora de empregos. Sendo um Estado que foi dramaticamente mutilado pelo Império Brasileiro no Século 19, em represália às revoluções de 1817 (com a perda da Comarca das Alagoas) e de 1824 (com a perda da Comarca do São Francisco), Pernambuco tem hoje um território mais de 80% incrustado no semiárido nordestino, o mais populoso do mundo, profundamente impactado pelas mudanças climáticas, com temperaturas mais altas e quantidades mais baixas de água. Por outro lado, essa escassez de recursos naturais foi historicamente compensada pela qualidade dos recursos humanos que, agora, encontram-se sob a séria ameaça da disrupção digital. Isso só para falar em apenas duas tendências de peso contemporâneas… Por outro lado, podem ser observadas oportunidades que os novos tempos colocam como é o caso das energias renováveis, do hidrogênio verde, da conectividade internacional, da diversidade bioclimática, da capacidade instalada de inovação tecnológica, dentre outras. Todavia, não vemos nenhum tipo perceptível de preparação para o aproveitamento dessas oportunidade em moldes semelhantes àqueles praticados pela Codepe e pelo Padre Lebret em meados do século passado, diante dos desafios então contemporâneos da sobra de energia elétrica gerada pela Chesf e da industrialização para o desenvolvimento ancorada na era do petróleo.

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8 em cada 10 moradores da favela pretendem empreender

Segundo o estudo Data Favela 2023, que mapeou 11.403 favelas em todo o Brasil, abrigando 16 milhões de pessoas em 6,6 milhões de domicílios, empreender é o maior sonho profissional de 8 em cada 10 moradores de favelas. O desejo de ter um negócio próprio (21%) ocupa um lugar de destaque entre os principais anseios, ficando atrás apenas do sonho de ter uma casa própria (27%). O estudo, apresentado na Expo Favela Innovation Brasil 2023, revela que o empreendedorismo nas favelas está ligado à responsabilidade familiar e comunitária, além de ser visto como uma via para a independência financeira. Apesar do desejo empreendedor, a pesquisa destaca desafios significativos. A falta de apoio e a responsabilidade em relação à família e ao lar muitas vezes se sobrepõem aos sonhos de empreendedorismo, dificultando sua concretização. A pesquisa revela que 56% dos moradores de favelas acreditam que projetos governamentais de apoio ao empreendedorismo nas favelas teriam impacto positivo em sua qualidade de vida. Entre aqueles que já empreendem ou desejam empreender, 58% compartilham dessa opinião. O estudo também traça o perfil dos moradores de favelas, destacando que a maioria é jovem, com 56% até 35 anos. A população infantil representa 23% do total, equivalente a 3,7 milhões de crianças de até 14 anos. A população idosa é de cerca de 13%, totalizando 2 milhões de pessoas. A maioria dos moradores de favelas é negra, representando 67% (quase 11 milhões de pessoas), superando a média nacional de 55%. Quanto às classes sociais, 96% pertencem às classes CDE, enquanto apenas 4% estão nas classes AB. Renato Meirelles, fundador do Data Favela “A favela é a concentração geográfica das desigualdades sociais e muitas vezes o morador não encontra no emprego formal a oportunidade para desenvolver toda sua potencialidade. Por isso vemos que o sonho em ter o negócio próprio está entre os principais do morador da favela, porque só empreendendo dentro da favela vai conseguir ganhar mais do que dois salários mínimos. Assim, pode usar o seu potencial e fazer com que o dinheiro das favelas fique dentro das próprias favelas”.

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Estabilidade na confiança empresarial em Pernambuco contrasta com queda nacional

O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec/CNC), divulgado pela Fecomércio Pernambuco, manteve-se estável no estado no mês de novembro, contrariando a tendência de queda no Brasil. Enquanto o mercado de trabalho no estado teve uma influência negativa, reflexo do terceiro trimestre, o avanço nos investimentos das empresas contribuiu positivamente para a estabilidade. ONDE ESTÃO OS OTIMISTAS O cenário otimista acontece principalmente no setor de bens não duráveis, segundo dados da Fecomércio Pernambuco. De acordo com a pesquisa, 49,7% dos comerciantes desse segmento expressaram otimismo, indicando uma melhoria nas condições atuais do setor. Os dados revelam que gestores de empresas menores, com até 50 funcionários, estão otimistas em relação à contratação de colaboradores nos próximos meses, com 74,5% planejando aumentar o quadro de empregados. No setor de semiduráveis, como vestuário, calçados e perfumes, 86,2% dos empresários acreditam que haverá um aumento nas contratações, impulsionado pelo incremento de mão de obra temporária devido às festas de fim de ano. SETOR DE BENS DURÁVEIS ESTÁ PESSIMISTA Entretanto, o Icec/CNC indica que os grupos que comercializam bens duráveis mostram pessimismo em relação às condições econômicas do Brasil. Empresários desse segmento apontaram que as condições econômicas do país pioraram, alinhando-se à percepção dos consumidores, sendo que a maioria (50,8%) considera um mau momento para adquirir bens duráveis. Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE “A estabilidade do Icec/CNC em Pernambuco indica que a confiança dos empresários do setor comercial permanece em processo de estabilização. Na região, seis em cada dez empresários observam uma deterioração na atividade econômica nacional, refletindo as incertezas macroeconômicas como risco fiscal e elevado endividamento. Em contrapartida, o otimismo no segmento de semiduráveis - como vestuário e calçados -, em novembro ainda é impactado pelas sazonalidades de Natal e Ano Novo”.

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agenda cunha tgi

Francisco Cunha aponta o desafio de superar os extremos na Agenda TGI 2024

Com o Teatro Riomar lotado, o consultor e sócio da TGI Francisco Cunha conduziu a 25ª edição da Agenda TGI na noite de ontem (29). Inspirado do clássico A Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a tradicional palestra de final de ano pontuou fatos marcantes do Mundo, do Brasil, de Pernambuco e do Recife sobre os extremos ambientais, econômicos, políticos e tecnológicos que atravessamos. Episódios climáticos catastróficos, as grandes guerras que acontecem pelo mundo - não apenas os conflitos Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina - e o atentado de 8 de janeiro foram alguns dos inúmeros cenários apresentados e comentados na apresentação que sinalizam o desafio mundial de superar a era dos extremos, que já estamos vivendo. Apesar de fatos complexos e extremamente tensos para o mundo, como a própria guerra fria entre Estados Unidos e China, o tom da apresentação não foi pessimista. Pelo contrário, em meio ao contexto conflitivo, Francisco Cunha destacou que existe um otimismo por parte da população com a melhora da economia, em vários indicadores. A aprovação do arcabouço fiscal, o programa Desenrola Brasil e a melhoria dos indicadores de emprego e inflação foram alguns dos critérios mencionados pelo consultor para explicitar a recuperação econômica do País. Para Pernambuco e para o Recife, há 3 grandes destaques na apresentação do consultor. O primeiro é que o Estado precisa retomar uma visão de futuro e construir um novo planejamento de longo prazo de desenvolvimento para o Estado. Ele avalia que o contexto político é favorável para isso. Para a capital, ele voltou a ressaltar a relevância do Parque Capibaribe, com o conceito de cidade parque, como um caminho de redenção para a cidade que foi desfragmentada ao longo das últimas décadas. Tanto para o Estado, como para a cidade, os desequilíbrios provocados pelas mudanças climáticas tem impactos muito relevantes e que precisam ser acompanhados e enfrentados. A cobertura completa da Agenda TGI 2024 estará na última edição do ano da Revista Algomais.

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A chegada da era dos extremos é o destaque da Agenda TGI hoje (28)

Empresários têm a chance de avaliar os impactos globais em seus negócios na 25ª edição da Agenda TGI | Painel 2024, promovida pela TGI Consultoria em parceria com a revista AlgoMais. Com o tema "A Era dos Extremos chegou. Como atravessá-la", o evento ocorrerá hoje (28), às 19h, no Teatro RioMar, Pina, com inscrições gratuitas. O consultor e sócio fundador da TGI, Francisco Cunha, apresentará uma análise abrangente dos acontecimentos marcantes de 2023, projetando as principais tendências econômicas e políticas para 2024. O foco abrange o cenário global, nacional e local, com destaque para Pernambuco e Recife. Cunha inspirou-se no ensaio clássico "A Era dos Extremos" de Eric Hobsbawm, mas ressalta que, na sua opinião, as contradições do século XXI são ainda mais desafiadoras. O evento conta também com a participação do sócio da TGI Fábio Menezes. ERA DOS EXTREMO CHEGOU Neste ano, no Painel Mensal da Agenda TGI, em que os assinantes da Algomais tem acesso, Francisco Cunha trouxe em todas as edições uma atenção especial aos eventos extremos que aconteciam no mundo e no Brasil. A atualidade dessa agenda é de grande preocupação para Pernambuco - que convive com regiões em processo de desertificação - e, especialmente, para o Recife, que possui uma vulnerabilidade mais intensa com os episódios de fortes chuvas e da elevação dos oceanos. Apesar das análises dos maiores impactos estarem ainda no longo prazo, a agenda ambiental se impõe na preocupação do poder público e da iniciativa privada para ontem, visto a recorrência de episódios catastrófios promovidos pelas mudanças climáticas em todo o País. Além das mudanças climáticas, o debate político nacional após o traumático 8 de janeiro, a turbulenta conjuntura internacional e as grandes oportunidades da nova economia global deverão ser alguns dos destaques da palestra do consultor, no evento empresarial mais prestigiado de final de ano em Pernambuco. FRANCISCO CUNHA “A era dos extremos está realmente sendo vivida agora, com impactos nunca antes vistos no clima, na área de tecnologia e também na política. Estamos vivendo o ano mais quente de toda a nossa história, as pessoas estão vendo as mudanças climáticas e nada fazem, sem pensar nos impactos gigantescos."

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IBGE: Pernambuco foi um dos Estados que menos cresceu em 2021

Os dados consolidados do PIB, publicados nesta semana pelo IBGE, apontaram que Pernambuco esteve entre os Estados que menos cresceu em 2021. Enquanto a média nacional foi de 4,8%, os dados do Estado apresentaram uma elevação de apenas 3%, ficando na 24ª posição no País. No Nordeste, a média foi de 4,3%. PANDEMIA Os números são de crescimento, pois são comparados ao ano do auge da pandemia, quando o PIB pernambucano tinha encolhido 4,1%, igual ao do Nordeste. No mesmo ano, o PIB nacional apresentou um resultado negativo de 3%. O relatório revelou que o desempenho da economia Pernambucano em 2021 ainda não superou o alcançado em 2019, último ano antes da chegada da Covid-19 ao Brasil. Os dados do IBGE apontam que o Estado teve em 2021 um percentual relativo à 98,7% do PIB alcançado dois anos antes. Apenas a Bahia esteve numa situação pior (com 98,5% do PIB de 2019). Completando o trio dos piores esteve o Ceará, com desempenho muito parecido ao pernambucano (98,8% do PIB pré-pandemia). SETOR Quando observamos os dados setoriais, o desempenho da indústria (-2,9%) foi o destaque negativo em Pernambuco. Os serviços apresentou um avanço de 4,4%, enquanto a agropecuária obteve um crescimento de 3,9%. Apenas a agropecuária conseguiu ter um desempenho acima da média brasileira e da região em 2021.

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Contratação temporária na indústria e logística está em alta no final do ano

A demanda por mão de obra temporária aquece diversos setores no último trimestre de 2023, indo além do tradicional aumento de contratações temporárias no varejo. Cargos como auxiliares de logística e produção, operadores de máquinas e assistentes administrativos estão entre os mais procurados nesse período. A flexibilidade proporcionada pela "nova" lei da terceirização abre oportunidades para profissionais desempregados reintegrarem-se ao mercado de trabalho. Além do varejo, os setores de indústria e logística lideram a geração de postos de trabalho, com uma intensa contratação de funcionários temporários até o final do ano. A expectativa do mercado é que as vagas temporárias sejam abertas principalmente nos setores da Indústria (55%), Serviços (30%) e Comércio (15%), segundo dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem). Fábio Renaux, estrategista em gestão de serviços e CEO da Renaux Service "A contratação e a gestão inteligente da mão de obra terceirizada permitem que as empresas contem com o reforço da sua equipe e melhorem sua produtividade, tendo como foco suas atividades-fim e não a operação". O executivo destacou que entre as funções de mão de obra temporária mais requisitadas neste período destacam-se não apenas vendedores, mas também auxiliares de produção, operadores de máquinas, auxiliares de logística e assistentes administrativos. INDÚSTRIA E LOGÍSTICA Se em outubro, a expectativa da Asserttem foi da indústria liderar as contratações temporárias, no mês novembro destaca-se o setor de Serviços, especialmente em empresas de e-commerce e logística, devido à mudança nos hábitos de compra dos brasileiros, com aumento das compras online e a proximidade da Black Friday. O aumento na produção industrial e o considerável crescimento no envio de produtos para diferentes localidades impulsionam a terceirização de mão de obra temporária nessas áreas.

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Pernambuco: Em busca de uma perspectiva de futuro

*Por Rafael Dantas Na década de 60, o pastor estadunidense Martin Luther King pronunciou o famoso discurso em que dizia ter um sonho: que seus filhos vivessem em uma nação onde não seriam julgados pela cor da pele. Um olhar potente e sintético para o futuro que sobreviveu mesmo à morte do seu autor e que influencia até hoje o movimento anti-racismo no mundo. Poucos anos antes, no Brasil, Juscelino Kubitschek sonhou com uma capital e lançou o desafio de fazer o País avançar 50 anos em 5. Em Pernambuco, nessa época, chegou o padre francês Louis-Joseph Lebret, especialista em planejamento econômico e urbano. Ele projetou para o Estado um caminho de desenvolvimento que passaria pela construção de um grande Porto no Litoral Sul e pela atração de uma refinaria ou estaleiro, além de um ramal ferroviário. Décadas depois, com o Complexo de Suape, a maioria das projeções também se tornaram reais. Nos três casos, a criação de uma visão mobilizadora rendeu frutos e marcou a história. A visão é uma declaração que sintetiza o futuro que um país, um estado ou organização pretendem alcançar. Trata-se, portanto, de uma imagem inspiradora e mobilizadora a ser atingida. Em Pernambuco, os especialistas avaliam que a visão proposta por Lebret já foi atingida – mesmo que a ferrovia Transnordestina, também citada pelo pensador, por exemplo, não tenha saído ainda do papel. Para desenhar um novo ciclo de desenvolvimento para o Estado, conectado com os novos desafios do mundo contemporâneo e com as tendências do novo século, é preciso a projeção de novos horizontes de longo prazo a serem alcançados. "As formulações do Padre Lebret já deram os frutos que poderiam dar. A provocação dele antecipou o Porto de Suape, a refinaria, os estaleiros e até montadora de automóveis, além do ramal da Transnordestina. Mas tudo isso são realizações da era do petróleo, rigorosamente do final do Século 19. Esse ciclo se encerrou. Colocam-se diante de nós os desafios de desenvolvimentos do Século 21", afirma o consultor Francisco Cunha. A visão é um dos passos iniciais do processo de planejar o desenvolvimento. Essa prática, no entanto, foi perdida no País e em Pernambuco ao longo das últimas décadas. De acordo com o professor da UFPE, Roberto Montezuma, entre os anos 1930 e 1960, o Brasil tinha um projeto, que colocou o País na vitrine do mundo, de uma forma criativa e inovadora. O docente afirma ainda que houve um segundo ciclo de planejamento nos anos da ditadura militar. No entanto, após a redemocratização, as estruturas governamentais que atuavam nesse campo foram consideradas como burocráticas e, aos poucos, desmontadas. "Em alguns momentos da história brasileira, tivemos avanços icônicos. Um deles aconteceu dos anos 1930 aos 1960, quando tínhamos um projeto de País. Um grande desafio do Século 20 era a construção das nações. O Brasil partiu de uma visão de que era possível formar a nação brasileira, o País do futuro", afirmou Montezuma. Desse impulso nasceram a arquitetura moderna brasileira, a Bossa Nova, o Cinema Novo, a ascensão da literatura e do teatro, entre outros marcos. A construção da capital federal, Brasília, está incluída nesse grande conjunto de realizações do País. Montezuma cita o livro Brazil Builds, lançado em meados do século passado pelo Museu de Nova York, para explicar como o País conseguiu dar um salto. "Há uma máxima na abertura do livro, que é uma publicação fruto de uma exposição feita em Nova York. Ela pergunta como é que esse país, que sempre foi periferia do mundo, pode, de repente, ser uma vanguarda do mundo? Será que foi o talento dos profissionais? Ele diz que não. Na verdade, isso só foi possível porque existia uma força política para que isso ocorresse. Mas, no final do Século 20 foi desmontada toda estrutura construída na época que valorizava o planejamento e a projeção do futuro do País", analisa Montezuma. A exemplo do Brasil, Pernambuco também teve os dias áureos de projetar os grandes de - safios de longo prazo e construir projetos a partir da visão de futuro construída para o Estado. No centro desse período estavam instituições fortes como a Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), o Condepe (Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco) e a Fidem (Fundação de Desenvolvimento Municipal). As três instituições foram enfraquecidas nas últimas décadas. UMA TENTATIVA DE RETOMADA DA VISÃO DE LONGO PRAZO Pernambuco teve durante o Governo Eduardo Campos a possibilidade de retomar a construção de uma visão de longo prazo. No ano de 2014, a partir do consórcio entre a TGI, a Ceplan e a Macroplan, com apoio do Governo do Estado e do Movimento Brasil Competitivo, nasceu o Pernambuco 2035. Além de traçar uma visão para o futuro, foi desenhada também uma Carteira com Projetos Estruturantes do Setor Público, que norteariam o Estado por duas décadas. Mas o documento não foi absorvido pela sociedade, nem pelo poder público estadual. Com o falecimento de Eduardo Campos, o Pernambuco 2035 foi esquecido. “Uma novidade desse documento é que era um Plano de Estado e não para o período de um governo. Trazia orientações estratégicas para o governo, para a sociedade, para os empresários, para as organizações da sociedade”, explicou Sérgio Buarque, coordenador técnico do plano, em reunião mensal da Rede Gestão, lamentando a descontinuidade da inserção deste norteador nas ações traçadas pelo poder público. O economista Sérgio Buarque, apontou que poucas metas previstas para essa primeira década foram atingidas no Estado. Algumas, inclusive, pioraram, como a competitividade, por exemplo. “Sobre a posição de Pernambuco no ranking de competitividade, a ambição que se tinha era que em 2035 a gente chegasse a ser 7º lugar no País. Em 2011 estávamos em 14º. A meta era reduzir à metade essa posição, ficando atrás apenas dos estados do Sul e do Sudeste. O que é que aconteceu? Os dados de 2021 apontaram que caímos para 15º lugar. Estamos atrás de estados como Ceará, Alagoas e Pará”, lamentou o economista. Se na competitividade, o Estado esteve distante de avançar nas metas,

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