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"Trazer a economia para a formalidade é um grande desafio do Agreste"

A edição da semana da Algomais tratou sobre os desafios do desenvolvimento para o Agreste. Monaliza Ferreira, que é Doutora em Economia, docente da Universidade Federal de Pernambuco - Campus do Agreste (UFPE-CAA) e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Economia Sustentável e Economia Aplicada, destaca que um dos problemas crônicos da região é a informalidade. Ela defende também que o avanço de capacitação dos profissionais e empreendedores locais e que o pólo de confecções deve criar caminhos para que seus produtos cheguem ao mercado exterior. O que a Sra apontaria como os principais desafios ao desenvolvimento da região do Agreste? O Estado de Pernambuco apresenta uma taxa de informalidade no mercado de trabalho de 48,63% no segundo semestre de 2022, de acordo com dados da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022). O Estado constitui-se como um dos maiores centros de informalidade do Nordeste brasileiro, com valor bem acima da média nacional (39,5%). Esses dados dão conta das condições trabalhistas que se refletem no bem-estar desses indivíduos e da própria economia local. De um lado, a informalidade reduz os direitos trabalhistas, sendo uma das principais consequências a questão da previdência, visto que um estrato muito baixo desses trabalhadores contribui por conta própria para a previdência (15,22); de outro, o Estado deixa de arrecadar tributos em meio à informalidade. Isso porque a informalidade não aparece somente do lado do trabalhador, existe também a “firma” informal, os pequenos fabricos denominados no Agreste Pernambucano de “facções”, que representam um outro lado dessa informalidade. Trazer esta economia para a formalidade é um grande desafio do Estado para esta Região e que afeta principalmente o Arranjo Produtivo Local de Têxtil e Confecções. Ademais, atrelada a esta força produtiva, ainda subsistem gargalos ambientais que precisam ser equacionados, especialmente os voltados para a poluição dos rios, em virtude da lavagem de Jeans no Polo. São trade-offs (conflitos) que o setor público precisa equacionar, pois se de um lado a atividade industrial local gera emprego e renda, ainda que sob condições pouco favoráveis muitas vezes; por outro, causa danos ambientais que não podem ser ignorados, não quando o mundo clama pelo enfrentamento dessas questões. Outro desafio importante para o desenvolvimento da Região é a qualificação dessa força de trabalho, pois há uma relação direta entre informalidade e menor escolaridade, tal como apontam os estudos sobre informalidade das duas últimas décadas. E essa relação vai se refletir na dificuldade de absorção de novas tecnologias, tais como a indústria 4.0 que já se coloca como decisiva para a sobrevivência competitiva dessas firmas. O Agreste tem alguns arranjos produtivos importantes para o Estado de Pernambuco e o que gera mais empregos é justamente o Polo de Confecções, então pensar em desenvolvimento da Região passa pelo desenvolvimento sustentável e sustentado deste arranjo. A sustentabilidade ambiental perpassa por tecnologias que agridam menos o meio ambiente e a sustentabilidade econômica está relacionada com a criação de novos mercados, tais como o mercado externo. É difícil de compreender por que o Estado do Ceará, com um polo de confecções tão parecido com o pernambucano tem uma cultura de exportação (ainda que bem baixa relativamente à participação nacional, é contínua, segundo dados do Ministério de Comércio Exterior), enquanto o Estado de Pernambuco não consegue avançar nisso, apesar das tentativas realizadas através da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que apenas tem conseguido experiências pontuais de comércio internacional na Região, sem continuidade e sem volume.  Quais as principais forças industriais da região? Quais os principais gargalos enfrentados pelo setor para o crescimento? Existem importantes arranjos produtivos na Região e todos precisam de investimento: o da fruticultura em Petrolina, que enfrenta novos mercados concorrentes, especialmente da América do Sul; o agropecuário, de cujas intempéries climáticas colocam sempre os agricultores em estado de alerta e necessitam muitas vezes de suporte de investimentos públicos para a entrega do produto final; o de tecnologia, que se configura como uma das principais potencialidades econômicas do Estado e outros. Mas como dito, pela quantidade de empregos gerados e a movimentação econômica decorrente dessa cadeia, é importante que se volte especial atenção para o Polo de Confecções. Nesse setor, os gargalos são conhecidos: a informalidade e consequente dificuldade das firmas em inserirem-se em cadeias de valor globais, a partir da internacionalização de seus negócios; a falta de capacitação e visão gerencial para a melhor absorção de tecnologias inovadoras com produtos que possam alcançar mercados mais longínquos; a dificuldade de interlocução entre Estado e setor produtivo, com projetos que tragam resultados menos pontuais e mais duradouros, que possam se refletir no melhor bem-estar desta Região, através do chamado “desenvolvimento sustentado”. Como a chegada das universidades contribui para o desenvolvimento e a competitividade da região? A Universidade pode justamente ser esta ponte entre o setor público e o setor privado. Já é possível verificar as mundanças que o processo de interiorização trouxe para Caruaru e cidades vizinhas. O Curso de Design revolucionou diversas firmas instaladas entre Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe; as Engenharias firmaram diversos projetos que beneficiaram essas localidades, tanto na questão ambiental e de recursos hídricos, como na questão do chão de fábrica. Os cursos de Economia e Administração injetaram profissionais qualificados tanto do lado das consultorias como da própria qualificação dos administradores dessas empresas. Outros cursos, naturalmente, levaram maior bem-estar à sociedade, tais como medicina, os da educação e de comunicação social. Contudo, este processo ainda é acanhado, pois não mudou a situação de informalidade na Região, a questão ambiental ainda é um problema e a inserção em mercados internacionais de maneira contínua ainda não se deu. A Universidade pública e as demais instituições de pesquisa da Região, junto com o Estado e o setor privado poderiam fazer uma força tarefa rumo a realização desses objetivos. Todavia, ainda que o setor privado seja indispensável neste processo, esta indução precisa vir pela via do Estado. Nesse sentido, alguns editais de pesquisa do Estado já tentam fazer esta ponte. Há que se investir mais

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"A baixa renda per capita é o primeiro desafio da região sertaneja"

O empresário Rafael Coelho, vice-presidente da Fiepe, foi um dos entrevistados da semana da Algomais sobre os desafios do desenvolvimento do Sertão. Com negócios na cidade de Petrolina, ele afirma que o grande problema social da região é a baixa renda per cepita da população. Ele avalia que um dos caminhos de desenvolvimento de novos segmentos produtivos locais deve ser observando os potenciais da caatinga, em especial na indústria alimentícia e farmacêutica. Além disso, ele defende o avanço da industrialização de produtos já conhecidos da região, como do pólo gesseiro e da caprinovinocultura. O que o Sr apontaria como os principais desafios para crescimento da indústria nas diferentes microrregiões sertanejas? Nossa região tem diversos desafios. O primeiro é a baixa renda per capita, com uma população esparsa, fazendo os níveis de consumo serem limitados! Algumas áreas ainda sofrem limitações de oferta de água. Esse conjunto de coisas por si só já faz ser difícil desenvolver a indústria, seja pelo isolamento de outras indústrias que se suportam, pela dificuldade na contratação de mão de obra especializada ou para conseguir serviços de suporte à implantação das atividades econômicas. Regiões como a nossa precisam receber apoio de incentivos para que o processo de desenvolvimento seja acelerado e beneficie a todos. Existem novos segmentos industriais despontando ou segmentos tradicionais se reinventando na região? O Sr poderia destacar alguns? Temos que inicialmente pensar no potencial dos produtos nativos da caatinga que podem ser utilizados para diversos fins, seja na indústria alimentícia ou mesmo na indústria farmacêutica. Essa é uma porta que se abre com a pesquisa que devemos explorar – tanto a universidade, quanto os órgãos de pesquisa e mesmo as empresas, devem se interessar por essa nova fronteira. Outra fronteira são os nossos já conhecidos produtos regionais que podem ser industrializados aqui mesmo, gerando riqueza na sua origem. De certa forma as peles caprinas e ovinas seguem esse perfil, bem como a indústria gesseira, que podem se especializar em produtos diferenciados. Há um grande potencial que começa a ser explorado de energias alternativas, que já trazem um impulso econômico, principalmente através das contribuições fiscais ou da renda pelo uso do solo. Essa revolução energética é a grande oportunidade de desenvolvimento atual para o semiárido. Devemos também ter coragem para debater a possibilidade da instalação de centrais nucleares, esse é um ponto sensível, mas que está sendo revisto na Europa e aqui também precisamos analisar com muito acuracidade e sem paixões. É preciso ter o pensamento também para atender as demandas das áreas irrigadas que serão cada vez maiores e mais complexas, no sentido tanto de dar suporte como de processar e industrializar o que for produzido. O volume produzido e a diversidade dos produtos será uma realidade que demandará a parceria da indústria para escoar das mais diversas formas essa produção. Quais as principais demandas de infraestrutura da região atualmente? A construção de uma ferrovia seria relevante para aumentar a competitividade da região? Temos muitas demandas de infraestrutura. No caso do semiárido a execução dos diversos canais levando água do São Francisco para todo o interior do estado de Pernambuco seria uma obra basilar para garantir a prosperidade dessas regiões. Tudo isso sempre agregado ao ensino técnico de bom nível que capacite técnicos para o desenvolvimento dessas regiões. A perspectiva da ferrovia e da hidrovia do São Francisco, fazendo a ligação com o porto e a ligação com as grandes áreas produtoras de grãos do oeste baiano, seriam dois importantes vetores de desenvolvimento para essa região. A possibilidade de transporte confiável a um custo inferior viabilizaria ou tornaria mais competitiva tanto a produção de gesso do Araripe, responsável por quase 95% da produção nacional, quanto por exemplo a produção de proteína animal. No mundo visualizamos um crescimento do conceito ESG. Essa tendência já é uma realidade nas empresas do sertão pernambucano? No aspecto social, o Sr destacaria algum desafio regional a ser combatido ou que está sendo enfrentado? Todas as empresas brasileiras que se propuserem a exportar estarão sujeitas a regras de ESG. Isso já é uma realidade no Vale do São Francisco nas fazendas que exportam frutas, principalmente para o mercado europeu. Algumas redes inclusive possuem suas próprias certificações que precisam ser cumpridas à risca. Na empresa em que trabalho também estamos atrelados a uma certificadora LWG, que incorporam todos esses conceitos. Ou seja no semiárido também estamos submetidos a essa nova ordem. O grande desafio social da nossa região é efetivamente a renda per capita. Somos infelizmente uma das regiões mais pobres do Brasil. O combate à pobreza e à baixa taxa de escolaridade deve ser um desafio para todos nós. Todos precisam ter oportunidade de frequentar boas escolas, estudar e prosperar. Somente com o desenvolvimento econômico conseguiremos trazer o bem estar para todos.

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"Brasileiros e portugueses deveriam se conhecer melhor"

Q uem observa hoje o empresário Zeferino Ferreira da Costa no seu elegante escritório no bairro de Boa Viagem, no Recife, não imagina que ele trabalhou na adolescência numa mercearia em Portugal e, aos 18 anos, atravessou o Atlântico rumo ao Brasil, em busca de melhores oportunidades. Sua história de vida bem que daria um romance. Esteve à frente, junto com o irmão, num armazém de secos e molhados, que vendia para os barracões das usinas de cana-de-açúcar. Teve ainda uma padaria e um armazém de material de construção até ser um bem-sucedido empresário da construção civil. Em gratidão às oportunidades obtidas em terras brasileiras, que permitiram a sua ascensão, Zeferino Costa criou o Instituto Pernambuco-Porto, que visa a uma aproximação entre portugueses e brasileiros. Seu objetivo é promover o desenvolvimento científico, acadêmico, cultural e empresarial nas relações luso-brasileiras. Trata-se de um sonho acalentado há 25 anos e que se concre- tizou em julho passado com a inauguração da sede do instituto, um arrojado imóvel projetado por Acácio Borsói e Janete Costa, localizado dentro da Universidade do Porto. Nesta conversa com Cláudia Santos, Zeferino Costa conta sua trajetória e fala da sua paixão por unir brasileiros e portugueses e mostrar a Portugal as riquezas culturais e econômicas do Brasil. Qual o motivo que levou o senhor a sair de Portugal e migrar para Pernambuco? No meu tempo a emigração portuguesa se dirigia para o Brasil e para Angola. Quando estava em Portugal, meu pai disse para eu escolher entre esses dois países. Ele disse: “olha, tu vais para o lado que tu quiseres”. Em Angola estavam quatro irmãos meus e, no Brasil, havia um irmão que morava aqui. Optei pelo Brasil porque meu irmão estava sozinho aqui, apesar de ter muitos amigos, não havia ninguém da família ao seu lado. Em Portugal eu trabalhava desde muito jovem numa mercearia. Em 1960, aos 18 anos, eu só tinha sonhos e um deles era sair de Portugal para um país que estava melhorando. A perspectiva do Brasil era muito mais forte e eu vim para cá. Como estava a situação de Portugal nessa época para que a emigração fosse incentivada? Portugal estava melhorando, entretanto ainda tinha muito para melhorar. O espaço era pequeno, eu queria um espaço maior. O Brasil, pelo tamanho que é e com a população que tem, oferecia mais oportunidades para trabalhar. Eu pensei: vai sobrar alguma coisa para mim. Eu desembarquei aqui, no Recife, no dia 22 de janeiro de 1960, às 7 horas da manhã. Vim no navio Vera Cruz. Passei oito dias no mar. Qual atividade o senhor exerceu aqui ao chegar? Eu comecei a trabalhar com meu irmão. Ele morava em Itaqui- tinga que, naquele tempo, era um distrito de Goiana. Itaquitin- ga não é grande, é pequena, mas hoje já é considerada cidade. Trabalhava com meu irmão num armazém de secos e molhados, onde se vendia desde a charque ao feijão. Tínhamos também uma padaria para vender “por grosso”. Não vendíamos no balcão para o público mas às pessoas que tinham um barracão nos en- genhos. Nós levávamos produtos do Recife para Itaquitinga e os donos dos barracões dos engenhos compravam no nosso armazém e na concorrência também. Nesses barracões os proprietários das usinas vendiam para os trabalhadores, não é? Sim. Aqueles armazéns tinham de um tudo: tinham charque, utensílios para casa, que eram vendidos ao merceeiro, que era quem comercializava no barracão aos trabalhadores do engenho. Só vendíamos ao público aos sábados ou sextas-feiras porque era dia de feira. Entretanto, durante a semana, as vendas eram feitas apenas para o merceeiro que carregava as compras em cavalos. Na semana seguinte, ele retornava para pagar a conta que fez na semana passada e fazer outra conta para pagar na próxima semana. E aí os senhores prosperaram? Sim, deu retorno mas, como era um lugar pequeno, não tinha, como costumamos dizer, dar “panos pra mangas”, isto é, tinha seus limites e quando já não podíamos crescer mais, resolvemos vir para o Recife. Tivemos uma padaria, na rua Vinte e Um de Abril, em Afogados, onde ficamos por pouco tempo, depois adquirimos um armazém de material de construção. Depois, veio mais um outro irmão meu para cá e percebemos que um armazém só era muito pouco para três pessoas. Foi quando decidimos construir, já que tínhamos material de construção do armazém, não precisava comprar em outro canto. Começamos a construir umas casas e pequenos prédios nos bairros de San Martin, Cordeiro, Torre, Rosarinho. Depois, viemos para Boa Viagem. Colocamos o nome da construtora de Rio Ave que era minha e dos meus irmãos e, em 1996, nós nos separamos, eles ficaram com a Rio Ave com os filhos deles e eu criei a Vale do Ave, porque também já tinha meus filhos. Nós nos separamos, cada um seguiu o seu caminho, mas continuamos muito próximos e amigos. Eu me casei em Portugal, em 1979, e em seguida minha mulher, Maria do Carmo, veio para cá também. Temos quatro filhos. Todos trabalham na empresa. A Rio Ave nasceu em 1965, portanto, tenho 58 anos no setor de construção. Os senhores começaram construindo conjuntos habita cionais populares? Eu construía casas para a classe média, funcionários públicos. Eles conseguiam financiamento do próprio governo, porque contavam com o o Ipase (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado) que era federal. Então, o imóvel já era destinado a eles. Hoje construímos edifícios para as classes média e alta, principalmente, em Boa Viagem. Acho que no Brasil há espaço para a construção de casas voltadas para as classes menos favorecidas, para a classe média e alta. E isso faz girar dinheiro. O Brasil tem muita coisa para fazer, estradas, saneamento, etc. e como ele é muito grande, tem muito espaço para quem quiser trabalhar. Como surgiu a ideia de fundar o Instituto Pernambuco-Porto e fazer essa aproximação entre pernambucanos e portugueses? Ao chegar aqui, eu gostei muito desta terra. Existe toda a história de relação entre Brasil e Portugal

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REC’n’Play 2022 abre inscrições para sua quarta edição

O festival de tecnologia e inovação REC’n’Play 2022 já está com inscrições abertas, que podem ser feitas pelo site http://recnplay.pe . Com o cadastro, os participantes terão acesso às atividades gratuitas de educação, negócios, experiências e entretenimento do evento, que acontecerá entre os dias 16 e 19 de novembro. O evento é realizado pelo Porto Digital e pela Ampla Comunicação. A expectativa é de que o público supere a marca de 60 mil pessoas. A participação em cada atividade dependerá da lotação das salas, seguindo o critério de ordem de chegada. Os shows e atividades abertas nas ruas não precisam de inscrição prévia. O festival tem quatro eixos temáticos: Tech, Cidades Inteligentes, Economia Criativa e Empreendedorismo. A programação é composta por palestras, debates, shows, rodadas de negócios, instalações artísticas, experiências tecnológicas e entre outras atividades ações. Ao todo serão mais de 500 atividades, distribuídas em 23 prédios, ruas e praças dos Bairros do Recife e de Santo Antônio, como o Edifício Chanteclair.

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SENAI Pernambuco e Complexo de Suape anunciam Cluster de Inovação Industrial

O SENAI Pernambuco, por meio do Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), e o Complexo Industrial Portuário de Suape apresentam hoje (26), o Cluster SUAPE de Inovação Industrial. O empreendimento receberá investimentos de R$ 8 milhões para sua estruturação e reunirá pesquisadores, engenheiros e consultores do SENAI-PE, além de profissionais de empresas e universidades nacionais e internacionais em programas e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). O foco do cluster são os setores como logística, energias renováveis, meio ambiente, aeroespacial e manufatura avançada. A estimativa é de que o espaço gere R$ 100 milhões em investimentos em projetos e serviços.  A estrutura agregará estruturas distintas, a exemplo do TecHUB Hidrogênio Verde, centro de testagem de projetos inovadores com foco no combustível do futuro, que ocupará um lote de 1,3 hectare no porto organizado. O ISI-TICs também contará com espaço no edifício-sede da estatal portuária destinado para a administração do Cluster de Inovação e incubação de novos negócios. A parceria prevê ainda a concessão de área no terreno da Estação Ferroviária de Massangana, onde serão construídos laboratórios para homologação de soluções em manufatura avançada, além da oferta de ensino profissionalizante de ponta.   

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Novo Atacarejo anuncia processo seletivo para contratar 600 pessoas em Pernambuco

Contratações são para três novas lojas da rede e no reforço do atendimento temporário durante final do ano nas unidades já em operação A rede pernambucana Novo Atacarejo promete contratar 600 pessoas até o final do ano. Além do lançamento de três novas lojas no Estado, a empresa reforçará a equipe das suas lojas para os últimos meses do ano com contratações temporárias. Serão 520 para as futuras instalações e outras 80 pessoas para atuarem em oito unidades, entre Região Metropolitana do Recife e interior, nas funções operacionais, nas áreas de mercearia, frios, açougue, recebimento e frente de loja, no período de Natal. Uma das novas unidades ficará no bairro de Afogados e as outras duas serão instaladas nos municípios de Timbaúba e Surubim, interior de Pernambuco. As vagas para as novas unidades ainda serão disponibilizadas no link: https://novoatacarejo.jobs.recrut.ai/#openings. Para reforçar o atendimento ao público, no final do ano, serão oferecidas entre 10 e 15 vagas por loja. As unidades contempladas já estão em operação nas cidades de Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Bezerros, Gravatá, Goiana, Escada, Arcoverde e Belo Jardim.

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Inscrições para concurso da Copergás abrem hoje (20)

As inscrições para o concurso público da Copergás (Companhia Pernambucana de Gás) abrem hoje (20), às 10h, e seguem até as 14h do dia 24 de novembro. O processo deve ser realizado exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico www.concursosfcc.com.br, da Fundação Carlos Chagas, instituição que é a banca organizadora da seleção. Os cargos são para nível superior, com remuneração de R$ 7.597,44 a R$ 10.081,57, e nível médio, com remuneração de R$ 4.933,52. Três vagas são para preenchimento imediato. Os outros candidatos classificados formarão um Cadastro Reserva (CR). As taxas de inscrição são de R$ 75 para os cargos de ensino médio e de R$ 95 para os de formação superior. O lançamento acontece no ano em que a Copergás completa 30 anos de existência, marcados por conquistas que a consolidam como uma das principais empresas brasileiras do setor. Em setembro, o Prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame, classificou a Copergás como a 7ª empresa do País e a 1ª do Nordeste, na categoria Energia. “Estamos em ritmo constante de crescimento, e precisamos nos preparar para a expansão que planejamos para os próximos anos e para os desafios que o mercado de gás natural nos coloca”, disse o presidente da Companhia, André Campos. “A formação de um quadro de profissionais capacitado é parte essencial dessa preparação para o futuro”. A Copergás teve em 2021 faturamento de R$ 2,1 bilhões, valor 56% superior ao do ano anterior, e lucro líquido de R$ 195 milhões. A previsão de investimentos da empresa para o período 2022-2026 é de cerca de R$ 400 milhões. Provas O edital, com todos os detalhes do concurso, pode ser acessado no site da Copergás (https://novo.copergas.com.br/informacoes/concursos-publicos/concurso-publico-2022-2023/) e no www.concursosfcc.com.br, da Fundação Carlos Chagas. Os candidatos se submeterão a duas provas, de caráter classificatório e eliminatório: uma de conhecimentos gerais e a outra de conhecimentos específicos, ambas compostas de questões de múltipla escolha. O exame está previsto para ocorrer em 5 de fevereiro de 2023, no período da manhã (para os cargos de nível médio) e à tarde (para os de nível superior), no Recife, em locais a serem anunciados posteriormente. A divulgação do gabarito e das questões das provas acontecerá em 06/02/2023, dia seguinte ao exame, a partir das 17h. Em 31 de março de 2023 será publicado o edital com a homologação do resultado final.

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10 anos do polo automotivo: Virada histórica na pauta de exportações

*Por Rafael Dantas Há uma década, quando apenas começaram as obras do polo automotivo, quem liderava as exportações do Estado era o tradicional setor açucareiro. Em pouco tempo, os veículos, fabricados em Goiana, e os óleos combustíveis, produzidos em Suape, se tornaram os principais produtos made in PE a atravessar as fronteiras do País. Uma transição histórica que reposicionou Pernambuco no mercado global, passando a integrar duas cadeias produtivas de valor agregado mais elevado. Apenas um ano após o início da operação da fábrica da Stellantis, em 2015, os veículos já deixaram bem atrás a exportação de açúcar. De acordo com levantamento da TACTIC - Inteligência de Mercado, em 2016, o setor foi responsável por exportar em valores o total de US$ 304,4 milhões. Neste ano, a liderança foi dos combustíveis, que alcançou o patamar de US$ 342,9 milhões, enquanto que o setor de açúcar alcançou US$ 132,8 milhões. “Em 2012, os automóveis representavam apenas 0,04% das exportações de Pernambuco. No mesmo ano, os principais segmentos da nossa pauta eram embarcações (produzidas pelos estaleiros) e açúcar, representando 30% e 25%, respectivamente. Apenas em 2016, a exportação de automóveis atingiu uma participação robusta, representando 21,5%. Nesse ano, é possível verificar a saída do açúcar (9%) como principal produto exportado”, afirmou João Canto, sócio-fundador da TACTIC e diretor-executivo do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). O auge do volume financeiro das exportações da montadora foi em 2017. Mesmo com a redução das vendas para o exterior nos anos seguintes, o setor segue se revezando entre primeiro e segundo lugar na pauta pernambucana. “Em 2017, atingiu o pico de US$ 736,5 milhões exportados, representando pouco mais de 37% da pauta exportadora. Naquele ano, os automóveis passam a assumir a liderança, seguido de combustíveis minerais (18%) e plásticos (12%). Importante apontar que entre 2012 e 2017, o crescimento das exportações de Pernambuco foi de 48,9%”, declarou Francisco Mendonça, sócio-fundador da TACTIC. A partir de 2018, as exportações de automóveis tiveram uma queda, mas o setor se manteve atrás apenas dos combustíveis minerais (conforme o gráfico abaixo). Um dos fatores que motivou o impulso da exportação de combustíveis foi a política de preços da Petrobrás, que elevou o valor do produto, além do próprio cenário internacional. “As circunstâncias atuais da economia são muito complexas, recém-saídas do pior período da pandemia e com a guerra no Leste Europeu. O efeito chicote, após a demanda de consumo reprimida pela crise econômica e pela Covid-19, aumentou muito o preço do produto”, afirmou Werson Kaval, economista e professor do Departamento de Pós-Graduação em Gestão de Negócios do Unit- -PE (Centro Universitário Tiradentes). Sobre a queda nas exportações do polo automotivo entre 2017 e 2020, o consultor Mauricio Laranjeira, CEO da Continentes Consultoria, explica que uma das causas foi a crise na vizinha Argentina, principal destino dos veículos fabricados em Goiana. O desarranjo na economia dos hermanos fez a empresa apostar em outros países para levar seus produtos. “O principal motivo que impactou a exportação de automóveis, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil, foi a crise argentina. Como o país era o principal destino das nossas vendas, os números foram impactados, e a indústria começou um trabalho de diversificação de mercados, e passou a exportar para outros países, tais como o México, Colômbia, Chile, Peru, entre outros. Fora o fator Argentina, em 2020 tivemos o grande impacto da pandemia na indústria, com a falta de componentes e de mercado, além do fantasma da falta de competitividade que ronda as exportações brasileiras de produtos industrializados”, declarou Laranjeira. De acordo com Mateus Marchioro, plant manager da Stellantis, entre 12% e 15% do total de veículos produzidos em Goiana são destinados às exportações. A empresa vem operando com sua capacidade máxima atualmente, um volume de mil carros por dia. Além do seu papel nas exportações, o polo automotivo é também líder nas importações, mesmo tendo 75% dos seus fornecedores nacionais. “O polo automotivo é o maior importador de Pernambuco, adquirindo as partes e acessórios para a montagem dos veículos num valor aproximado de US$ 1,7 bilhão, representando em torno de 25% das importações do Estado. Goiana se beneficiou da dinamização resultante da instalação da montadora e de suas sistemistas na região e se tornou o segundo município pernambucano em exportações e importações”, afirmou Carlos Fontes, coordenador do Centro Internacional de Negócios da Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco). IMPACTOS DA TRANSIÇÃO Quando os protagonistas pernambucanos no mercado global mudam, há um efeito interno também no cenário de internacionalização da nossa economia. Na avaliação de Fontes, a liderança dessas novas cadeias produtivas sofisticou a infraestrutura local, estimulou as atividades do segundo setor e atraiu novos players de outros países. “Os reflexos da instalação de uma empresa do porte da Stellantis para a indústria pernambucana ocorrem com uma maior dinamização do parque industrial do Estado, havendo uma melhoria e adequação da infraestrutura portuária para movimentação de cargas, bem como atração de outros empreendimentos complementares, gerando mais investimento na economia e tornando o ambiente econômico mais atrativo para outros grupos internacionais”. Além das mudanças promovidas no Estado, Maurício Laranjeira ressalta que a transição dos líderes da comercialização internacional ampliou o leque de países com os quais o Estado tradicionalmente compra ou vende. “Refletiu nos países com os quais mantemos relações comerciais, com o surgimento de novas nações como destino ou origem das nossas vendas e nossas compras, bem como com o aumento do comércio com países com os quais já tínhamos algum relacionamento comercial, mas cujos números aumentaram bastante devido aos automóveis, como é o caso das importações da Itália e do Japão”. Singapura, que é o principal mercado dos combustíveis de Suape, lidera como destino da maioria das exportações pernambucanas. Na sequência, entre os cinco primeiros lugares, estão países da América Latina que recebem veículos do polo automotivo, como Argentina, México e Chile. “Nos primeiros sete meses de 2022, exportamos cerca de US$ 270 milhões em automóveis, cerca de 18% do nosso total de US$ 1,5 bilhão

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Tirolesa em Calhetas Guga Matos

Pesquisa aponta liderança de Pernambuco no volume das atividades turísticas no Nordeste

A Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE, aponta que Pernambuco assume a liderança na Região Nordeste na média do volume das atividades turísticas de janeiro a agosto de 2022. Entre os estados nordestinos que participam do levantamento, Pernambuco registrou 112,6 pontos, à frente da Bahia (104,0) e do Ceará (99,7). Nacionalmente, Pernambuco ocupa a terceira posição atrás apenas de Goiás (121,6) e Minas Gerais (115,5). A secretária de Turismo e Lazer de Pernambuco, Milu Megale, destaca ainda que o índice é superior à média nacional, que ficou em 92,8. “Os resultados comprovam que Pernambuco vive a plena recuperação de suas atividades turísticas, o que se reflete na geração de emprego e renda para as famílias pernambucanas. Estamos atentos aos índices, pois são importantes indicadores, que corroboram o caminho que seguimos, investindo na interiorização do turismo, na infraestrutura e na capacitação profissional para continuar recebendo bem os visitantes por todo Estado”, afirma. O IBGE apontou, ainda, no comparativo do mês de julho a agosto, a estabilidade das atividades turísticas, com índice de 1,2% de aumento. Nesse cenário e acompanhando a tendência nacional, Pernambuco cresceu 1%, sendo o único Estado do Nordeste que obteve crescimento positivo, uma vez que a Bahia registrou – 1,1% e o Ceará decaiu – 4,9%. O segmento do turismo segue se desenvolvendo com fôlego, gerando oportunidades de emprego e aquecendo a economia de todo o Estado, que se reflete em um PIB de 3.9%

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