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30 Anos do Plano Real: Uma Jornada de Estabilidade Econômica

*Por Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar Há 30 anos, em um domingo dia 27 de fevereiro de 1994, o Brasil lançava o Plano Real, um plano econômico que mudaria os rumos do país. Nascia com ele uma nova moeda, o Real, que entrou em circulação no dia primeiro do mês de julho do mesmo ano. O plano foi certamente um divisor de águas na história econômica do Brasil, finalmente após vários planos fracassados, o Brasil encontraria a estabilidade financeira em meio às turbulentas águas da hiperinflação. Imagine viver em um mundo onde os preços mudavam tão velozmente que derrubavam o poder de compra da moeda, deixando o trabalhador atônito com a rapidez com que seu dinheiro perdia valor. Entre 1980 e 1982, a inflação no Brasil ficava na casa dos 100% ao ano, imagine que isso significava que as mercadorias, em média, dobravam de preço a cada doze meses, agora imagine novamente que essa inflação ainda era baixa, se comparada ao que ocorreria em anos seguintes. A década de 80 foi marcada pela estagnação do nível de atividade, por profundos desequilíbrios macroeconômicos e, em especial, pela hiperinflação; um processo de explosão de preços, combinado com baixas taxas de crescimento da economia. A inflação entre os anos de 1980 a 1993, medida pelo IGP-DI, atingiu o patamar médio de 438% a.a. (com picos de explosão ao longo dos meses). No ano de 1994, ano de lançamento do Plano Real, a inflação acumulada em 12 meses (mês de junho) foi de quase 5000%. Em 1º de julho de 1994 foi adotada efetivamente a moeda Real, substituindo o agora extinto, Cruzeiro Real, e em agosto do mesmo ano a inflação já estava em 1,86% (medidos pelo IPCA), uma queda significativa da inflação, o dragão parecia estar domado. Esse era o desafio enfrentado pelo trabalhador brasileiro nos anos 80 e início dos 90. Foi nesse cenário caótico que uma equipe de economistas entrou em cena para escrever um novo capítulo na história econômica do Brasil. Lançado em fevereiro de 1994 o Plano Real deu início ao combate da inflação com uma ideia inusitada, foi criada a URV – Unidade Real de Valor, uma unidade monetária temporária, introduzida no Brasil como parte do processo de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, como conhecemos hoje. A URV tinha a função de ser uma "moeda virtual" que representava uma unidade estável de valor. Ela não era uma moeda física circulante; era, na verdade, utilizada como uma referência para precificação durante o período de transição para o Real. Sua principal finalidade era servir como uma âncora de estabilidade. Imagine que os preços agora, estavam sendo cotados em URV´s e assim aquela geladeira, que o trabalhador brasileiro desejava comprar, não mais subia de preços (em URV´s), apenas a cotação da URV era alterada. A verdade é que a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real contribuiu fortemente para a redução da pobreza no Brasil. Com a diminuição da inflação e a melhoria nas condições econômicas, a renda real das famílias mais pobres aumentou, permitindo-lhes adquirir bens e serviços básicos. O aumento no consumo, impactando o crescimento de setores como comércio, indústria e serviços, o que por sua vez gerou novas oportunidades de emprego e renda. Além do fato que, no bojo do Plano Real, foram lançadas as sementes de programas sociais ainda hoje importantes. Entre julho de 1994 e janeiro de 1996, período imediatamente após a implantação do Plano Real, segundo dados do IPEA – a proporção de pobres, no Brasil, declina de 38% para 29%, uma redução significativa. O Plano Real trouxe uma série de benefícios para a economia brasileira. A redução da inflação proporcionou uma maior previsibilidade e segurança para os agentes econômicos, estimulando o consumo, o investimento e o crescimento econômico. A estabilização monetária contribuiu para a melhoria das condições de crédito, incentivando o acesso a financiamentos e impulsionando o mercado interno. Além disso, o Plano Real trouxe confiança aos investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros. A estabilidade econômica fortaleceu a imagem do Brasil como um destino atraente para negócios e investimentos, aumentando o fluxo de capital para o país e impulsionando setores econômicos diversos, além dos impactos sociais. De fato, a porcentagem de brasileiros que viviam na pobreza diminuiu e a distribuição de renda registrou pequena melhoria nos anos imediatamente após o Plano Real, e certamente muito mais poderia ter sido realizado nestes trinta anos. Porém, é fato que hoje, quando tiramos uma cédula de Real do bolso, estamos segurando não apenas dinheiro, mas um pedaço da história brasileira. Uma história de desafios, e acima de tudo, uma história de sucesso daqueles que idealizaram e participaram da implantação do Plano Real no Brasil. Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar são economistas

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Francisco Cunha Agenda TGI

Painel Mensal da Agenda TGI discute hoje a crise internacional e a turbulência política

O consultor Francisco Cunha conduz hoje (26) o Painel Mensal da Agenda TGI, que debate o tenso cenário internacional e as turbulências políticas no País, pós-Carnaval. O tema do encontro virtual de fevereiro é Depois do carnaval, o ano “começa” com crise internacional e turbulência política. O que pode acontecer?. O consultor irá explorarar as projeções para os cenários climáticos, econômicos e políticos que moldarão o ambiente global e local este ano. A análise detalhada abordará as interconexões entre esses três pilares destacando como as mudanças em um desses aspectos podem impactar diretamente nos demais. O Painel Mensal atualiza mensalmente os principais temas do mundo, do País, do Estado e do Recife. O evento começa às 19h. Raquel Lyra cria grupo de trabalho para acelerar contratação de 10 mil moradias A governadora Raquel Lyra instituiu um grupo de trabalho intersetorial com o objetivo de agilizar as contratações de mais de 10 mil empreendimentos habitacionais no Estado. Estas habitações são selecionadas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, sendo financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O grupo é composto por seis órgãos estaduais e sua função é assegurar a liberação das licenças no prazo necessário para formalizar as contratações dos empreendimentos junto à Caixa Econômica Federal (CEF), agente financiador do programa federal. Esse processo deve ocorrer dentro do prazo estipulado pelo Ministério das Cidades, ou seja, 15 dias após o protocolo da solicitação. O Grupo de Trabalho terá a responsabilidade de estabelecer os parâmetros para a emissão dos documentos necessários à viabilidade técnica dos empreendimentos. Além disso, o grupo também ficará encarregado de formalizar os contratos habitacionais das 10.276 unidades destinadas ao Estado. Inteligência Artificial & Growth Hacking A convite de Gustavo Delgado, coordenador dos cursos de gestão do Centro Universitário UniFBV Wyden, Diego Castro, CEO da ImpulseOne, Investidor e Mentor de Growth Hacking estará realizando palestra aberta ao público no dia 28 deste mês, às 19h, no auditório do UniFBV. No encontro será abordado o uso da inteligência artificial e do Growth Hacking para ajudar na aceleração de negócios e empresas. Trata-se de uma metodologia que une uma série de ações de marketing que visam inverter a lógica tradicional do desenvolvimento gradual de um empreendimento, encontrando brechas e oportunidades que possibilitam saltos de crescimento.

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Novo Atacarejo

Em expansão, Novo Atacarejo abre mais 600 vagas em Pernambuco

A rede nordestina Novo Atacarejo tem oportunidades de emprego disponíveis para suas novas lojas, bem como para aquelas que já estão em funcionamento. A unidade em construção no município de Ribeirão, localizada na Zona da Mata a 90 km da capital pernambucana, está oferecendo 250 vagas para cargos de liderança e operacionais. Para a unidade em Caruaru, no Agreste, estão sendo disponibilizadas 380 vagas. A seleção abrange uma variedade de funções, como açougueiro, assistente de operações, assistente de recursos humanos, assistente de TI, encarregado de manutenção, encarregado de operações, gerente de área, operador de empilhadeira e operador de loja. Além disso, o processo seletivo inclui vagas destinadas a pessoas com deficiência. No ano passado, a rede Novo Atacarejo encerrou o ano de 2023 com a inauguração de nove lojas, sendo sete em Pernambuco e duas na Paraíba. Atualmente, a rede já opera 27 estabelecimentos, distribuídos em 22 cidades, com 25 localizados em Pernambuco e dois na Paraíba. Essa expansão resultou na geração de uma média de oito mil empregos diretos. Os interessados devem acessar a plataforma de recrutamento da rede de atacarejos: https://novoatacarejo.jobs.recrut.ai/#openings, buscar a cidade, a ocupação desejada e preencher os dados. Há vagas também disponíveis para o Recife, Jaboatão dos Guararapes. Arcoverde, Bezerros, Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Carpina, Gravatá, Limoeiro, Moreno, Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe e Vitória de Santo Antão.  Vagas de emprego no Grupo Morada: conheça as oportunidades em aberto O Grupo Morada, uma empresa destacada no segmento funerário do Nordeste e detentora das marcas Morada da Paz, Morada da Paz Essencial - Assistência Funeral e Morada da Paz Pet, está disponibilizando oportunidades de emprego na Região Metropolitana do Recife. As vagas disponíveis abrangem posições como consultor de atendimento, instrutor de treinamento, líder administrativo, supervisor de logística e vendedor externo. Os interessados em participar do processo seletivo podem acessar o site www.moradadapaz.com.br e clicar na seção "Trabalhe Conosco", ou utilizar o link direto: bit.ly/VemSerGM. No site, é possível obter informações detalhadas sobre as vagas, requisitos e realizar o cadastro do currículo. Após as inscrições on-line, os currículos serão analisados, e os candidatos selecionados serão convocados a prosseguir no processo seletivo, que terá uma duração estimada de 20 a 30 dias. Drogasil inaugura primeira filial na cidade de Limoeiro, em Pernambuco A cidade de Limoeiro, em Pernambuco, acaba de ganhar a primeira filial da Drogasil. A unidade está localizada Praça Othon Bezerra de Melo, 13. A farmácia tem uma área de vendas de 128 m² e treze vagas de estacionamento. A abertura da nova filial reforça a presença da Drogasil e dá continuidade à expansão da rede em Pernambuco. Hoje, já são quase 100 farmácias no estado. “Mais do que um espaço destinado ao tratamento de doenças, nossas farmácias são hoje um ambiente voltado aos cuidados e à promoção da saúde integral. Com a primeira filial, nós reforçamos esse posicionamento e também a confiança no crescimento do mercado regional”, detalha Ianna da Silva, gerente regional da RaiaDrogasil.

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Ministério Público realiza mutirão para agilizar processos contra sonegação fiscal

O Núcleo Integrado de Combate à Sonegação Fiscal (NICSF) do Ministério Público de Pernambuco lançou um esforço concentrado para agilizar a análise de denúncias contra devedores de tributos, especialmente em relação ao ICMS, que foram encaminhadas pela Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ-PE). No ano passado, a secretaria enviou ao MPPE um volume de Comunicações Fiscais para Fins Penais (Cofimps) duas vezes e meia maior, resultado do processo interno de automatização da secretaria. O mutirão visa liquidar o saldo de mil comunicações fiscais que aguardam análise pelo MPPE. O NICSF recebe as denúncias, compila a documentação relevante para cada caso e facilita o trabalho dos promotores em diversas comarcas. O MPPE enfatiza que a judicialização é a última medida no combate ao crime tributário. Antes de iniciar um processo, os contribuintes em débito com a Receita Estadual são convidados para uma audiência mediada pelo Ministério Público, envolvendo a SEFAZ-PE e a Procuradoria Geral do Estado, buscando um acordo para o pagamento da dívida. Entre janeiro e 12 de dezembro de 2023, essa mediação resultou na restituição de R$ 60,3 milhões aos cofres estaduais.

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Recife Outlet: entre a consolidação e as promoções em 2024

O Recife Outlet está perto de completar o terceiro ano de operações. Após as turbulências da pandemia e a espera pelas obras de requalificação da BR-232, onde está instalado, o mall registrou nos últimos meses um crescimento médio 30% no faturamento, em relação aos mesmos meses do ano passado, segundo o superintendente Marco Sodré. Só no mês de dezembro, o salto nas vendas foi de 40%. Com novas operações e preparando-se para uma expansão, a empresa vive um momento de consolidação, mas também marcado por atividades promocionais. Super Sale Entre hoje (22) e domingo (25), o mall promove mais uma edição do Super Sale, com desconto sobre desconto, já que no outlet os preços são de 30% a 70% mais baratos do que em shopping centers convencionais. Como é o período em que as lojas renovam seus estoques e oferecem produtos, a aposta em preços promocionais é ainda mais forte. "Nossa regra básica, em contrato, é que pelos menos 70% das peças dos lojistas tenham ao menos 30% de desconto. No Super Sale teremos descontos ainda maiores. É o melhor momento para quem busca preços competitivos.", promete Sodré. Expansão do empreendimento Marco Sodré conta que o Recife Outlet nasceu com 13,2 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). Neste ano, com a instalação de um posto de combustíveis, uma operação de drive thru da Bob's e um novo restaurante na área externa, o empreendimento alcançará 16,4 mil metros quadrados de ABL. Outra novidade do ano deve ser a instalação de um sistema próprio de geração de energia solar, para cobrir até 90% do consumo atual do mall. 1000 reais é o tíquete médio dos clientes do Recife Outlet 600 empregos diretos foram gerados com o empreendimento 70 operações compõem o mix do mall atualmente

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Dívidas renegociadas no Desenrola Brasil somam R$ 35,6 bilhões

(Da Agência Brasil) A cerca de 40 dias do fim do prazo, o Desenrola Brasil renegociou R$ 35,6 bilhões em dívidas, divulgou ontem (20) o Ministério da Fazenda. Ao todo, 12 milhões de brasileiros refinanciaram 17 milhões de débitos, que foram retirados de cadastros negativos, reparcelados ou quitados à vista. Os dados referem-se até o dia 18 de fevereiro. As negociações continuam abertas para a faixa 1, destinada a pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único para Programa Sociais (CadÚnico) do governo federal e a dívidas de até R$ 20 mil. Segundo o Ministério da Fazenda, apenas na faixa 1, 1,6 milhão de pessoas renegociaram R$ 9 bilhões em débitos. As dívidas para essa categoria caíram para R$ 1,2 bilhão após a aplicação do desconto médio de 87% pelo programa Desenrola. Do total de R$ 1,2 bilhão em dívidas remanescentes, R$ 222,8 milhões foram quitados à vista e R$ 977,2 milhões foram reparcelados. Ao todo, as renegociações na faixa 1 envolveram 3,57 milhões de contratos de serviços financeiros, eletricidade, comércio varejista, educação, telecomunicações, saneamento, empresas e demais setores. Em relação à divisão por estados, São Paulo tem o maior volume de renegociações na faixa 1. Desde outubro do ano passado, quando entraram em vigor os refinanciamentos nessa faixa, 400 mil pessoas no estado renegociaram R$ 2,3 bilhões, que se transformaram em R$ 305 milhões. O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais negociações na faixa 1, com 181 mil pessoas renegociando R$ 1 bilhão, que se transformaram em R$ 125 milhões. Em terceiro, está Minas Gerais, com 135 mil pessoas beneficiadas e R$ 781 milhões negociados, que foram reduzidos para R$ 111 milhões. Em relação aos municípios, 30 cidades respondem por 38% das negociações na faixa 1, o equivalente a 614 mil pessoas que viram a dívida cair para R$ 468 milhões após os descontos.  A capital São Paulo apresentou o maior volume negociado, R$ 100 milhões, e 130 mil pessoas. Em seguida aparecem Rio de Janeiro, com R$ 52 milhões e 73 mil pessoas; Brasília, R$ 31 milhões e 39 mil pessoas; Manaus, com R$ 28 milhões e 30 mil pessoas, e Fortaleza, R$ 24 milhões e 34 mil pessoas. Mudanças Na quinta-feira (15), o Desenrola Brasil passou a ser acessado também por meio do site da Serasa Limpa Nome. Com a integração entre as plataformas, os usuários logados na plataforma da Serasa já conseguem ser redirecionados para o site do Desenrola, onde é possível consultar as dívidas e fazer os pagamentos nas condições do programa, sem necessidade de um outro login. Desde o dia 29 de janeiro, as pessoas com perfil bronze no Portal Gov.br podem parcelar as dívidas no Desenrola. Antes, quem tinha o conta desse nível, que tem menos segurança, podia apenas quitar o valor negociado à vista. Com a mudança, a proporção de usuários com login nível bronze subiu de 19% para 40% das negociações diárias.

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Em janeiro, inflação pesou mais para a baixa renda, diz Ipea

(Da Agência Brasil) Em janeiro, a inflação pesou mais no bolso das famílias de baixa renda do que no orçamento das famílias de rendas média e alta. A constatação faz parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o levantamento, enquanto a inflação oficial do país - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -  calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 0,42% em janeiro, a inflação para famílias de renda muito baixa (renda mensal domiciliar de até R$ 2.105,99) ficou em 0,66%. Os grupos familiares de renda baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99) e média-baixa (de R$ 3.158,99 e R$ 5.264,99) também sentiram no bolso uma inflação maior que a média, 0,59% e 0,49%, respectivamente. Por outro lado, lares de renda média (de R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96), média-alta (de R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92) e, especialmente, alta (acima de R$ 21.059,92) sentiram impactos de aumentos de preços abaixo da inflação oficial, 0,37%, 0,38% e 0,04%, respectivamente. Alimentos De acordo com o Ipea, o peso maior do custo de vida para os lares mais pobres é explicado pela alta nos preços dos alimentos. Isso acontece porque a parcela do orçamento gasta com a compra de alimentos é bem maior para as famílias mais pobres, em relação à observada no segmento de renda mais alta. “Em janeiro, o principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas veio do grupo alimentos e bebidas, refletindo a alta dos preços dos alimentos no domicílio, especialmente dos cereais (6,8%), dos tubérculos (11,1%), das frutas (5,1%) e dos óleos e gorduras (2,1%)”, explica a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Parente Lameiras.   No mês de janeiro, o comportamento no preço dos alimentos representou um peso de 0,44 pontos percentuais (p.p.) na inflação das famílias de renda muito baixa. Já para os grupamentos familiares de renda mais alta, o peso foi de 0,14 p.p. Os lares mais abastados contaram com outra contribuição para sentirem menos os efeitos da inflação: a queda de 15,2% dos preços das passagens aéreas e de 10,2% das tarifas de transporte por aplicativo. Inversão em 12 meses Os resultados de janeiro ficaram na contramão do acumulado nos últimos 12 meses. No período, foram as famílias de rendas média (4,65%), média-alta (4,93%) e alta (5,67%) que sentiram inflação maior que a média nacional (4,51%). Por outro lado, domicílios de renda muito baixa (3,47%), baixa (3,84%) e média-baixa (4,24%) sentiram um peso menor que o IPCA no orçamento. O Ipea explica que as maiores pressões inflacionárias nos últimos doze meses foram nos grupos transportes, saúde e cuidados pessoais e habitação, impactados pelos reajustes de 25,5% das passagens aéreas, de 10,8% da gasolina, de 6,2% dos produtos farmacêuticos, de 5,6% dos artigos de higiene, de 11% dos planos de saúde e de 8,6% da energia elétrica.

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Pernambuco teve maior taxa de desocupação do país em 2023

(Do IBGE) A taxa de desocupação em Pernambuco no ano de 2023 foi de 13,4% da população de 14 anos ou mais, a mais alta do país. A média nacional, por sua vez, foi de 7,9%. Ainda assim, esse foi o menor percentual do estado desde 2015 e o resultado mostra uma tendência de queda nos dois últimos anos. Em 2021, com a economia ainda sob efeito da pandemia, o índice chegou a 20,2%; em 2022, a taxa foi de 15,9%. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade – trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar – foi de 50,1% da população ocupada. Ou seja, aproximadamente metade dos pernambucanos trabalhou na informalidade em algum momento de 2023, enquanto a média nacional foi de 39,1%. Em 2023, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos em 2023 foi de R$ 1.952, o quarto menor do país, atrás apenas do Ceará, do Maranhão e da Bahia. No Brasil, o montante é de R$ 2.979. “Esses resultados da PNAD Contínua têm sido corroborados por outras pesquisas conjunturais do IBGE. Os indicadores de produção industrial, de serviços e de vendas do comércio já demonstravam, ao longo de 2023, um menor dinamismo na economia pernambucana, que acabam de refletir no nível de ocupação da população. O grande volume de pessoas no mercado informal, sem garantias trabalhistas e com menores rendimentos do trabalho, gera uma insegurança quanto ao futuro, refletindo em menores despesas e compras de menor valor. Isso reduz as perspectivas de investimento das empresas e diminui as chances de contratação, num ciclo de baixo desempenho econômico no estado”, pontua a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita. Taxa de desocupação no quarto trimestre de 2023 em Pernambuco foi de 11,9% O IBGE também divulgou os resultados da PNAD Contínua para o quarto trimestre de 2023 em Pernambuco e a taxa de desocupação foi de 11,9% da população de 14 anos ou mais. Em números absolutos, 505 mil pernambucanos procuraram emprego entre outubro, novembro e dezembro e não encontraram. Na Região Metropolitana do Recife, o percentual de desocupados chegou a 13,8%, o segundo maior do país, atrás apenas da Grande Salvador (14,6%). Já a taxa de desocupação na capital pernambucana foi de 11,9%, a terceira mais alta, superada por Salvador (14,1%) e Aracaju (13,2%). Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas no estado teve uma pequena variação, de três milhões e 647 mil pessoas no 3º trimestre para três milhões e 726 mil trabalhadores no 4º trimestre, mas essa diferença configura estabilidade do ponto de vista estatístico. O nível da ocupação em Pernambuco, ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar, foi de 47,5% no quatro trimestre do ano passado, aumentando 1,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Outro destaque na PNAD Contínua foi o aumento de 81 mil trabalhadores na iniciativa privada, exceto trabalhadores domésticos, passando de dois milhões e 349 mil para dois milhões e 430 mil, um avanço de 3,4%. Boa parte desse avanço se deve ao aumento de 10,2% no número de trabalhadores sem carteira assinada, de 561 para 618 mil. O grupo de trabalhadores familiares auxiliares, que trabalharam sem remuneração ajudando a atividade econômica de membro do domicílio ou de parente, também aumentaram 50,8%, passando de 48 para 73 mil pessoas entre o 3º e o 4º trimestre de 2023. A taxa de informalidade foi de 50,7% da população ocupada no quarto trimestre de 2022. Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

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Rendimento de mulheres em 2023 é 20% menor que o dos homens

(Da Agência Brasil) As trabalhadoras brasileiras tiveram no quarto trimestre de 2023 um rendimento médio real 20,8% menor que o dos homens. Enquanto o valor recebido por eles no trabalho principal alcançava R$ 3.233, o delas foi R$ 2.562. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A diferença é menor que a registrada no quarto trimestre de 2022, quando os homens recebiam R$ 3.154; e as mulheres, R$ 2.451, o que significava que elas tinham uma renda 22,3% abaixo. Regiões A pesquisa detalha ainda que o país terminou 2023 com rendimento médio real de todos os trabalhos estimado em R$ 3.032. De acordo com o IBGE, esse valor representa uma estabilidade, ou seja, diferença pouco significativa ante o terceiro trimestre (R$ 3.007). Já em relação ao mesmo período de 2022, quando o rendimento era de R$ 2.940, houve crescimento de 3,1%. O ponto máximo já atingido pela série histórica iniciada em 2012 foi R$ 3.169, no terceiro trimestre de 2020. O piso, R$ 2.715, no quarto trimestre de 2021. Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre de 2023, apenas a região Norte (R$ 2.419) apresentou crescimento. As demais ficaram estáveis. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o rendimento médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto as outras regiões ficaram estáveis. Massa de rendimento A massa de rendimento de todos os trabalhadores terminou 2023 estimada em R$ 301,6 bilhões. Esse montante é R$ 14,4 bilhões superior à massa de rendimento do mesmo trimestre de 2022 (+5%). O número pode ser entendido como o total de dinheiro que os trabalhadores têm à disposição para movimentar a economia, seja com consumo, pagamento de impostos, dívidas ou poupança. População ocupada A população ocupada do país atingiu recorde em 2023. De acordo com o IBGE, era formada por 100,7 milhões de pessoas, 3,8% a mais que em 2022. Houve aumento desse contingente em 22 unidades da federação, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%). Apenas o Nordeste não está no auge da quantidade de trabalhadores ocupados. O número de 2023 (22,4 milhões) é menor que o recorde da região, atingido em 2015 (22,6 milhões). Tempo de procura A Pnad aponta que, no quarto trimestre de 2023, quase metade da população desocupada (46,5%) estava de um mês a um ano à procura de trabalho. Cerca de 22,3% dos desocupados procuravam emprego há dois anos ou mais. Outros 19,9% buscavam ocupação há menos de um mês, praticamente mesmo patamar do fim de 2022 (19,3%).

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Mercado eleva previsão da inflação para 2024 e 2025

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,81% para 3,82% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta quinta-feira (15), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,5% para 3,51%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos.  A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância. Em janeiro, pressionada pela alta dos alimentos, a inflação do país foi de 0,42%, abaixo do apurado em dezembro, de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o IPCA soma 4,51%. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio  A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro projeta expansão do PIB também em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março. No caso do dólar, a previsão de cotação está em R$ 4,92 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.

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