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Mata Sul do Estado ganha indústria metalúrgica

O Grupo Metalúrgica Barra do Piraí (MBP) inaugurou uma nova fábrica no município de Ribeirão, na Mata Sul do Estado. A empresa atua nos segmentos de construção civil, refrigeração e metálica, oferecendo soluções de telhas e painéis termoisolantes, portas industriais e beneficiamento do aço. Com investimento superior a R$ 100 milhões, a fábrica vai gerar até 500 empregos diretos e indiretos, na região, em áreas como engenharia, administração, manutenção, segurança, limpeza, transporte, alimentação e saúde. O empreendimento foi construído em um terreno com quase 100 mil m², através de alta tecnologia, tem capacidade para produzir mais de 300 mil m² de telhas e painéis termoisolantes e mais de 1.000 portas industriais por mês. “Pernambuco é um Estado crescente. Eu, como empresário, tenho a obrigação de enxergar o futuro e não poderia ter escolhido outro local a não ser aqui que, dentro do Norte e Nordeste, é o Estado mais importante. Aqui está chegando o agro, nós temos o Porto e a Refinaria, e também era importante a nossa presença. Agradeço a todos que nos ajudaram a tornar esse sonho realidade”, enfatizou o presidente do Grupo MBP, Ronald de Carvalho. O governador Paulo Câmara esteve presente no evento de lançamento e também comemorou a chegada do investimento. “Ter a oportunidade, no finalzinho do nosso mandato, de inaugurar um empreendimento como esse, só nos dá a confiança em um futuro melhor. Temos nos esforçado muito para termos, cada vez mais, uma infraestrutura adequada para receber empreendimentos como o que estamos recebendo hoje, e pra ter condição de sentar à mesa com os investidores e ver as formas de benefícios tributários e fiscais que possam ser enquadrados para transformar os investimentos em Pernambuco em investimentos competitivos” destacou o governador Paulo Câmara.

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Desafios do Desenvolvimento para o Agronegócio no agreste pernambucano

*Por Prof. PhD Saulo Gusmão da Silva de Tarso. Pode-se discutir muito sobre o mercado da bacia leiteira e setor avícula no estado, como quais os fatores poderiam interferir na precificação do leite cru, do queijo de coalho, ou dos grãos usados na dieta das aves. Muito embora estes sejam elementos relevantes ao mercado, refletindo na capacidade de desenvolvimento do segmento, pode-se considerar que a visão de precificação do mercado esteja diretamente relacionada com questões de nível ambiental e do comportamento de consumo da população. Em Pernambuco e essencialmente no Nordeste, as propriedades rurais caracterizam-se em uma estrutura minifundiária, com vasta predominância de micro e pequenas propriedades. Isso determina a forma com que a produção se efetiva em termos de uso da terra disponível. No geral, propriedades pequenas têm sido cada vez mais expostas a ações de desmatamento, sobreuso e compactação do solo por máquinas pesadas, por conta da maior facilidade de acesso a estes implementos agrícolas. É importante perceber que o termo desmatamento tem sido implicado somente ao derrubamento de florestas em biomas como a Mata Atlântica e Amazônia, de tal maneira que a destruição de áreas de cobertura vegetal, incluindo a derrubada de árvores, não parece ser levada a sério como um crime ambiental em biomas como a caatinga e nas transições deste, tipicamente encontradas em regiões de Agreste. O impacto destas ações de desmatamento, cada vez mais frequentes em zonas rurais onde encontram-se pequenos produtores de característica familiar, tem causado um efeito de “pano de retalhos” sobre as paisagens rurais, especialmente no Agreste. Imagens de satélite dessa região mostram que o Agreste por possuir historicamente o somatório de fatores como; propriedades de tamanho menor, clima ameno com maiores precipitações chuvosas quando comparado ao sertão, o que favorece à produção de lavouras como o milho e feijão, fazem com que a terra sofra com sobreuso de maquinários agricolas pesados em áreas de extensões reduzidas. De tal maneira que, é fácil calcular o que uma hora de trator que custa hoje em tono de R$150 a 200, pode causar em uma micro propriedade, tanto em termos de compactação do solo, como em destruição e desmatamento de cobertura vegetal para expansão da produção em novas áreas. Por tudo isso, a produção agrícola e pecuária em regiões de semiárido, têm sido influenciadas pelas pressões por eficiência produtiva e por modelos impostos por centros localizados no sudeste e centro-oeste do país. Persuadidos pela falsa propaganda de que “O Agro é Pop”, ainda quando o agronegócio praticado nessas outras regiões do país é baseado na exportação de comodites e na produção latifundiária, nada tendo relação com produção rural popular. Sendo esta produção amplamente conhecida por produzir alimentos à custa de desmatamento, queimadas, altas taxas de emissão de carbono e crimes ambientais. Estes elementos nos levam a elencar a questão ambiental como principal desafio para o desenvolvimento dessas cadeias, por influenciar negativamente o consumo de uma população que tem acesso à informação e que deseja acesso a produtos ecologicamente corretos, levando assim a níveis cada vez maiores de comportamentos como vegetarianismo e veganismo. Isso implica ao produtor nordestino, a responsabilidade de uma destruição ambiental, quando na verdade, nossa região deve, ou deveria manter suas essências minifundiárias. Portanto, além do prejuízo ambiental que o centro-oeste e sudeste causam, existe a influência que estas ações geram no comportamento alimentar da população. O caminho que o nordeste tem percorrido é para um nível de destruição ambiental que além de se equiparar ao que se pratica em outros biomas, pode ter um resultado mais grave, pois a capacidade que as terras de clima semiárido têm de se recuperar de desmatamentos é infinitamente menor, comparadas com regiões de maior precipitação chuvosa, solos mais profundos e férteis. *Saulo de Tarso integra o Núcleo de Inovações Agrárias para o Nordeste e é docente do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Animais de Produção, na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, Garanhuns, PE, Brasil. E-mail: saulo.detarso@ufape.edu.br

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Pernambuco lidera índice de receita das atividades turísticas do Nordeste

Estudo leva em conta o período de janeiro a setembro deste ano, no qual o Estado segue à frente da Bahia e do Ceará, com média de 113,1 (Da Secretaria de Turismo de PE) Em mais um levantamento divulgado pelo IBGE, Pernambuco continua a se destacar entre as regiões do Nordeste no índice de receita das atividades turísticas de janeiro a setembro deste ano. De acordo com o estudo, Pernambuco registrou média de 113,1 pontos, ficando à frente da Bahia (103,9), na vice-liderança, e do Ceará (99,8). O Estado também fica bem acima da média nacional, cuja pontuação é de 93,3. No recorte geral, Pernambuco ocupa a terceira posição, ficando atrás apenas de Goiás (121,2) e Minas Gerais (116,2). A secretária de Turismo e Lazer de Pernambuco, Milu Megale, recebe com entusiasmo o destaque de Pernambuco na fase de retomada total das atividades econômicas no país. “Esses resultados nos enchem de alegria e servem de força motriz para que possamos fazer cada vez mais para a recuperação total da atividade turística, apostando na promoção dos nossos destinos, investindo na interiorização do turismo e na capacitação profissional para bem receber visitantes de toda a parte do mundo”, comenta. O segmento do turismo segue se desenvolvendo com fôlego, gerando oportunidades de emprego e aquecendo a economia de todo o Estado, que se reflete em um PIB de 3.9%

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TIM investe em 5G no Recife e passa a cobrir todos os bairros da cidade

O Recife é a primeira cidade do Nordeste e a quarta do Brasil a ter o sinal 5G da TIM em todos os bairros. Já foram instaladas 110 antenas na cidade, número que também coloca a companhia como primeira operadora a oferecer o sinal de quinta geração em todos 94 bairros recifenses. Até o final do ano, a emprea anunciou que chegará ao patamar de 165 antenas 5G instaladas no município. A infraestrutura de 5G na cidade é número oito vezes maior do que o mínimo obrigatório estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Essa aceleração aconteceu também em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba, locais que a empresa escolheu como estratégicos para avançar na nova tecnologia. Atualmente das 6 mil antenas do País, metade são da Tim. O anúncio foi realizado em cerimônia com a presença de Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, na capital pernambucana. “O Recife é muito relevante para a TIM, tanto no contexto regional, quanto nacional. Temos aqui a sede da companhia no Nordeste, parte relevante da nossa base de clientes e parceiros muito importantes para a nossa operação. Diante disso, nos dedicamos para que o sinal do 5G puro estivesse disponível o mais rápido possível para todas as regiões da cidade. O 5G será um propulsor fundamental para uma grande transformação tecnológica e social, impulsionando negócios e realidades. Queremos colaborar para que essa evolução tecnológica contribua com a vida das pessoas e com a sociedade em diferentes sentidos”. Em Pernambuco, um dos principais exemplos é a parceria com a Stellantis, em Goiana. O projeto, implementado no Polo Automotivo de Goiana (PE), em parceria com a Accenture, é o primeiro piloto 5G standalone da indústria automobilística na América Latina. Implementado em outubro de 2021, o projeto inclui o monitoramento da linha de produção de veículos Stellantis e a sistematização da inspeção de qualidade. O projeto 5G permite a transmissão de dados em tempo real para a operação em nuvem, aproveitando-se da baixa latência e da alta capacidade de transmissão de dados. Desta forma, é possível acelerar o processo de inspeção, mantendo os mais altos níveis de eficiência. No estado, a empresa possui uma presença forte, com mais de 2,7 milhões de clientes, 86 lojas e com a tecnologia 4G atendendo os 185 municípios.

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Espaço Yolo oferece programação no Rec'n'Play

A startup Yolo Coliving, embarcada no Porto Digital, oferecerá uma programação especial durante os quatros dias do festival Rec’n’Play, que vai movimentar o Bairro do Recife na semana que vem. Ao todo, serão mais de 35 convidados conduzindo palestras e rodas de conversa sobre temas ligados às novas tendências em moradia, inovação, sustentabilidade, novos negócios, anywhere office, cultura do compartilhamento, smart cities, entre outros. Um dos debates que vão movimentar o espaço é o “nomadismo life style”, que contará com a participação do executivo português Gonçalo Hall, CEO da NomadX. A empresa é um marketplace europeu criado em 2017 para ajudar nômades digitais a encontrarem acomodações econômicas ao redor do mundo. Os debates e palestras acontecerão entre os dias 16 e 19 de novembro, das 9h às 18h, no terceiro andar do Museu Cais do Sertão, no Espaço Yolo. Inscrições no site https://recnplay.pe/ .

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Grupo Olho D’Água investe R$ 74 milhões em projeto de irrigação, na Zona da Mata

O Grupo Olho D’Água inaugurou no município de Aliança, a 86 km do Recife, a barragem Dr. Murilo Tavares de Melo, que tem capacidade para 17,8 milhões de metros cúbicos de água. A obra é a primeira etapa de um amplo projeto de irrigação de 4 mil hectares, dos quais 1,2 mil hectares serão irrigados por gotejo, e outros 2,8 mil hectares irrigados por aspersão. No total, o grupo prevê investir R$ 74 milhões. A nova barragem faz parte da estratégia do grupo em manter a regularidade das safras otimizando a oferta de água. Com a Barragem Dr. Murilo Tavares de Melo, o grupo assegura a alta produtividade de suas usinas. A empresa já possui a maior barragem privada do Estado, que foi inaugurada em 2003, com capacidade para armazenar 21 milhões de metros cúbicos. O Grupo Olho D’Água possui 50 mil hectares de área agricultável, dos quais 70% já são beneficiados com irrigação. Suas três usinas - Central Olho D'Água (PE), Giasa (PB) e Comvap (PI) - respondem por uma capacidade industrial de moagem 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Como resultado, produzem 300 mil toneladas de açúcar refinado, cristal e demerara; 170 milhões de litros de etanol, álcool e aguardente; e geram 80 mil MWh de energia ao ano.

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Agenda TGI analisa os prováveis cenários político e econômico para 2023

Evento com palestra do consultor Francisco Cunha volta a acontecer presencialmente, no Teatro Riomar O que esperar para o mundo, o Brasil, Pernambuco e o Recife após dois anos de pandemia é o eixo que guiará as análises do consultor e sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, durante sua palestra na Agenda TGI - Painel 2023. O evento retorna ao formato presencial, no próximo dia 22 de novembro, a partir das 19h, no Teatro Riomar. "Estaremos em um ano de transição de governos, na Presidência da República e para o Estado, mudanças que trarão grandes desafios aos novos gestores, política e economicamente. O panorama mundial também passa por perspectivas que exigem cuidado, pedindo atenção ainda minuciosa de todos nós", antecipa o consultor Francisco Cunha. As inscrições são gratuitas. Os interessados em participar devem realizá-las através do link agenda.tgi.com.br. APRESENTAÇÃO CULTURAL - Nesta edição da Agenda TGI, haverá pela primeira vez uma apresentação cultural, parte do espetáculo Capiba - Pelas Ruas Eu Vou, musical dirigido por Cecília Brennand em homenagem ao compositor pernambucano, nome maior do Frevo no Brasil. A montagem homenageia, ainda, os 30 anos do projeto Aria Social, idealizador do espetáculo. A Agenda 2023 é realizada pela TGI Consultoria em parceria com a Revista Algomais. Serviço: Agenda TGI - Painel 2023Quando: Dia 22 de novembro de 2022Horário: 19hOnde: Teatro RioMar - Av. República do Líbano, 251, PinaInscrição: agenda.tgi.com.brGratuito

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Produção industrial de Pernambuco cresce 2% em setembro

(Do IBGE) Pernambuco foi um dos poucos locais que apresentou alta na produção industrial em setembro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. O estado ficou na segunda posição entre as 15 localidades pesquisadas, com avanço de 2% na comparação com o mês de agosto. O resultado é explicado principalmente pelo açúcar, visto que aconteceu o retorno da safra do produto no Nordeste e a indústria pernambucana sofre grande influência desse setor em sua produção. A nível nacional, o Ceará foi o estado com a maior porcentagem (3,7%). Tais resultados puxaram para cima os números da Região Nordeste, cujo aumento no volume de produção da indústria foi de 0,6%, compensando a queda de 1,3% da Bahia. Na comparação entre setembro de 2022 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco está em posição intermediária, em sétimo lugar, com aumento de 1,7%; no Brasil, houve um aumento menos intenso, de 0,4%. Por outro lado, a variação acumulada de janeiro a setembro em relação ao mesmo período de 2021 apresentou retração de 2,9%, acompanhando o resultado nacional (-1,1%). A variação acumulada em 12 meses (de outubro de 2021 a setembro de 2022) também teve variação negativa (-3,9%), assim como ocorreu com o Brasil (-2,3%). Metalurgia foi a atividade industrial que mais se destacou na comparação entre setembro deste ano e o mesmo período de 2021 Em setembro de 2022, sete das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em comparação ao mesmo mês de 2021. O maior destaque ficou com Metalurgia, com alta de 52,7%, seguido pela Fabricação de outros veículos de transporte, exceto veículos automotores (45,7%). Em terceiro lugar, está a Fabricação de produtos químicos (26%). Já os piores resultados do período ficaram com Fabricação de Produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-65,4%), Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,6%) e Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-11,7%), empatado com Fabricação de produtos têxteis. A variação percentual acumulada de janeiro a setembro de 2022 frente ao mesmo período de 2021 deixou na liderança a Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (43,4%). Na sequência, está a Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal (6,7%). Os índices mais desfavoráveis ficaram com a Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-23,8%) e Fabricação de produtos têxteis (-21,3%). No acumulado dos últimos 12 meses, em comparação com o mesmo período do ano anterior, Fabricação de outros veículos de transporte, exceto veículos automotores continua na frente (39,8%). No segundo lugar, está a Fabricação de produtos alimentícios (5,5%). A Fabricação de produtos têxteis, por outro lado, apresenta a maior queda (-24,4%), junto com Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-19,3%).

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Percentual das famílias com contas em atraso volta a avança em Pernambuco

Segundo a Fecomércio-PE, em outubro o percentual de famílias que se declaram endividadas no estado de Pernambuco ficou estável em 81,8%, registrando uma variação de apenas 0,1 ponto percentual com relação a setembro. Na comparação com o mesmo mês de 2021, por outro lado, houve aumento de 3,6 pontos percentuais. Outros resultados de outubro, entretanto, sinalizam para uma piora no quadro do endividamento, uma vez que o percentual de famílias que se encontram com contas atrasadas oscilou de 27,9% para 29,6% (+1,7 ponto percentual). Embora o percentual ainda se encontre abaixo da alta de 33,3% observada em março, o avanço em pontos percentuais ocorrido em outubro é o maior desde maio de 2021, quando passou de 29,1% para 31,9%. Já o percentual de famílias que se declaram sem condições de quitar as contas em atraso chegou a 14,2%, um aumento de aproximadamente 1 ponto percentual em relação ao mês de setembro. Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) – outubro/2021 a outubro /2022 Fonte: CNC. Mesmo com a retomada do mercado de trabalho formal e com a desaceleração da inflação nos últimos três meses, o nível de endividamento continua impactando a renda das famílias e o desempenho do comércio local. Os itens mais essenciais para os consumidores de baixa renda, como alimentos, bebidas, materiais de higiene e limpeza e medicamentos, seguem com uma alta de preços acima da média, uma vez que o índice geral de preços (IPCA) tem sido mais influenciado pelo setor de energia e combustíveis, ainda sem grande difusão sobre os demais preços, especialmente os serviços. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, aponta que esses consumidores de baixa renda (com até dois salários mínimos mensais), além de mais endividadas, acabam sujeitos a crédito mais caro para conseguir sanar dívidas atrasadas, o que vem potencializando a inadimplência. Ainda segundo a pesquisa do IBRE/FGV, essa tendência ainda reflete o período mais grave da pandemia, em que foram necessárias medidas para conter a disseminação do coronavírus. O trajeto, desde então, foi de queda da renda do trabalho, compensada de forma descontinua pelo auxílio emergencial, seguida de uma maior busca por crédito, cujo custo da inadimplência aumentou substancialmente à medida que o Banco Central ajustou a taxa básica de juros (Selic), a qual era de 2,00% a.a. em 2020 e atualmente se encontra no patamar de 13,75% a.a. Nesse contexto, a perda do poder de compras força o aumento do uso de crédito para manutenção do consumo e os juros elevados é um impeditivo para a negociação das dívidas em atraso, ou mesmo a rolagem da dívida das operações do rotativo. Assim, segundo a CNC, o cartão de crédito segue como principal vetor das dívidas, sendo citado por 93,0% das famílias que se declaram endividadas, seguido dos carnês, citado por 32,4%. Na passagem de setembro para outubro o cheque especial também se destacou, saindo de 6,8% para 8,8% entre as menções de itens componentes do endividamento familiar.

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Sertão sustentável: empresa familiar aposta na produção de mel orgânico

*Por Rafael Dantas Em meio à pandemia, 6 mulheres (mães e filhas) decidiram empreender na fazenda da família em Floresta, no Sertão pernambucano, com uma nova atividade. Após a orientação do Sebrae, a oportunidade que surgiu foi de investir em apicultura. Em menos de um ano, após investimento em capacitação e nas primeiras estruturas para a produção de mel orgânico, saíram do campo os primeiros potes do novo produto. Nascia a Polén Apicultura. “Durante a pandemia passamos mais tempo na fazenda e tivemos a ideia de colocar o negócio, movimentar a fazenda e buscar uma nova renda. Tivemos muito interesse na área e fomos em busca de começar a criação. Nos capacitamos com uma consultoria com a TGI, sobre gestão empresarial, e fui ao Ceará fazer curso com agrônomos para começar a produção”, afirma Maria Luiza Ferraz, que é sócia e responsável pela área técnica do apiário.  A fazenda já possui grandes áreas arborizadas e de mata nativa (Caatinga) perto de açudes e Maria Luiza Ferraz, já cursava Biologia na UFPE, com estudos na área de entomologia agrícola. Das 11 colmeias iniciais, a fazenda foi crescendo e hoje já são 40. Em um ano, a meta das sócias é chegar a 100 colmeias para produção. Nos meses de produção intensiva (entre fevereiro e maio), elas conseguem retirar 100 quilos de mel da fazenda por mês.  “Prezamos sempre pela conservação do bioma e dos animais, nunca retiramos toda a produção, assim mantemos as caixas fortes para se manterem durante os períodos de seca, conservando a flora local, temos uma diversidade de méis que podem vir a ser coletados,como aroeira, quixaba, faveleira e jurema”, afirma a Maria Luiza Ferraz.  Atualmente, a comercialização é via delivery (potes de 750g e 450g, com favo e sem favo), em pedidos feitos no instagram da fazenda (@fazendabompastor.pe). “Vendemos hoje no Recife, Olinda, em Bezerros e Garanhuns. Por enquanto só comercializamos o mel, mas já estamos testando novos produtos, como o própolis e a geleia real. Estamos avançando na produção de mel antes de trabalhar com os produtos derivados. Também estamos pesquisando produtos artesanais, como sabonetes de mel e velas a partir da cera de abelha”, conta Maria Luiza Ferraz. Com o aumento da produção, a empresa familiar pretende também participar de feirinhas orgânicas e de eventos para comercialização dos produtos da Pólen Apicultura. *Por Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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