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Julián Gómez: "São necessários governos sucessivos e sintonizados. Governos que escutem as pessoas"

Julián Gómez, Subgerente de projeto e inovação da Empresa de Desenvolvimento Urbano, de Medellín, conta como inovações urbanísticas e a participação popular reduziram a violência na cidade colombiana e a levaram a ser considerada a mais inovadora do mundo. Também mostra como o Recife pode aprender com essa experiência. O arquiteto colombiano Julián Gómez foi um dos palestrantes internacionais presentes na edição 2022 do Rec’n’Play. Subgerente de projeto e inovação da EDU (Empresa de Desenvolvimento Urbano), de Medellín, ele compartilhou a experiência da cidade que superou os maiores índices de violência urbana do mundo do início dos anos 1990 e se transformou na cidade mais inovadora do planeta, de acordo com o concurso City Of The Year, realizado em 2013 pelo Wall Street Journal em parceria com o Citigroup. A conexão mais direta entre a cidade colombiana e o Recife passa pelos Compaz (Centros Comunitários da Paz), que são dirigidos pelo secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, inspirados na experiência de Medellín. Julián conversou com o repórter Rafael Dantas sobre a sustentabilidade da transformação urbana e social de Medellín, destacou a importância da participação popular na construção das soluções mais exitosas e comentou sobre a ascensão de governos progressistas no Brasil e na Colômbia. Como a experiência de transformação urbana de Medellín pode contribuir para as cidades latino-americanas? A experiência de Medellín significa um pouco do nosso método e de como aconteceram transformações urbanas exitosas nos últimos 20 anos. Medellín é mencionada como a cidade mais inovadora do mundo. Somos inovadores porque estamos convertendo tudo em ciência, tecnologia e inovação. Algumas das nossas experiências importantes permitem que o Recife e outras cidades latino-americanas possam ver como o trabalho nas “cidades informais” nos permitiu transformar sucessivamente, governo após governo, em uma cidade exitosa em termos de renovação urbana e mudança social. Depois de um longo tempo de violência na Colômbia, finalmente nos tornamos uma cidade resiliente, que pode encontrar metodologias no urbanismo, na arquitetura e no planejamento para sanar esse problema e nos transformar como cidade. Traçamos também novas perspectivas para o futuro, com a tecnologia nos apoiando. É o desenvolvimento urbano e a transformação social baseados em ferramentas tecnológicas da 4ª Revolução Industrial. É parte dessa experiência de Medellín que queremos deixar como desafios, com elementos válidos para aplicar em outras cidades. O que podemos trazer para o Recife dessa experiência? Há muitos elementos que podemos implementar. Mas o mais importante não é aplicar a nossa experiência no Recife. Mas inspirar-se em elementos dela como o trabalho colaborativo com as comunidades, com pessoas que fazem a cidade. E, afinal, são as pessoas que usam os projetos. Então essa é a garantia que esses projetos fazem parte das pessoas. Sempre pensamos também nas cidades integrais, construímos cidades que conectam cada projeto. Temos muitas tipologias de projetos como os bibliotecas parque (edifícios com ousados projetos arquitetônicos, que são locais de acesso à leitura, à educação e amplos espaços abertos para a circulação dos visitantes e constituem importantes áreas de convivência), os colégios de qualidade, os jardins infantis, as estações de polícia, as unidades esportivas. Somos um laboratório para testar e nos equivocarmos. Experimentar o que é bom e não é. Isso é parte da inovação da cidade. O que seriam as cidades integrais? Falamos em transformações que integram todos os elementos da sociedade de maneira sustentável. Sempre temos que estar pensando em conectar o colégio, o Compaz, a igreja. Assim, conectamos a comunidade. Uma série sucessiva e organizada de boas práticas. É preciso planejar para não improvisar. Estamos falando de 20, 25, 50 anos, porque os tempos do urbanismo são muito mais estendidos. Não é o tempo de uma pessoa ou os quatro anos de uma gestão política. São necessários governos sucessivos e sintonizados, que escutem as pessoas, entendam que sucessivamente podemos continuar e que os planos que se desenvolvem tenham continuidade, para que possamos nos conectar às crianças, que são as beneficiadas e vão receber aquilo que hoje planejamentos, entre muitas outras coisas. Estamos falando de uma perspectiva urbana, que nos permite ligar todos os atores estratégicos do território, mas sempre com a consciência de que cada um tem um papel no futuro para desenvolver. Nas políticas do espaço do entorno, mas sobretudo na comunidade. O povo sempre está conosco no desenvolvimento desde antes, durante e depois no projeto. O depois é muito importante pois podemos construir edifícios muito bonitos, espaços públicos exitosos, mas só são exitosos se as pessoas os querem, os protegem e se sentem parte deles. Como tem sido a experiência de um uso mais intensivo de tecnologia no planejamento urbano? Agora estamos aproveitando os dados da cidade, os modelos tridimensionais, os gêmeos digitais do território. Também tratamos do metaverso, com contribuições práticas ao urbanismo. É a digitalização da construção aplicada ao desenvolvimento urbano. Qual sua opinião sobre o Compaz? Compaz encontra, graças a uma equipe de profissionais, uma inspiração importante e de diferentes projetos de Medellín. Para nós, Medellín é um laboratório latino-americano de urbanismo. Quando o Recife viu em Medellín alguns exemplos concretos, encontrou inspiração para construir o modelo do Compaz. Por sua vez, nós também nos inspiramos no Brasil por muitos anos, em experiências de Curitiba e do Rio de Janeiro, no desenvolvimento do urbanismo nas favelas, no final dos anos 1990 e início dos 2000. Isso é uma retroalimentação. Os Compaz são uma inspiração que vem de Medellín, dos nossos equipamentos públicos, de cultura, de saúde, de esportes e recreação, de arte. A rede Compaz faz uma espécie de sincretismo, uma união poderosa de boas práticas de Medellín que aqui foram simplificadas e melhoradas. É um equipamento público, que tem uma capacidade transformadora, um detonante, como uma bomba de transformação para conectar a sociedade, as crianças, os avós, as mães. São pessoas que vão estar ali se formando, em vez de empunhar uma arma na rua. Esse é o poder de transformação do urbanismo e da arquitetura, que finalmente é de muito amor. Leia a entrevista completa na edição 201.3 da

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Cidades pernambucanas se vestem para o período natalino

A Festa de Natal está se aproximando e as cidades pernambucanas estão investindo em decoração das suas praças e ruas. Do Recife a Petrolina, de Garanhuns à Taquaritinga do Norte, de grandes municípios até cidades pequenas no interior, a criatividade, as luzes e as referências à festividade estão espalhadas pelo Agreste, Sertão, Zona da Mata e RMR. Confira abaixo algumas delas. Recife entra no clima do Natal dos Encontros Jaqueira lança programação de natal e troca chegada do Noel de 'trenó' por 'locomotiva' Natal Serrano de Taquaritinga do Norte tem como tema “Contos Natalinos” Natal Luz encanta município de Petrolina Encantos do Natal de Garanhuns

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Igreja de São José retoma atividades com missa presidida por Dom Fernando Saburido

Local, que estava fechado desde 2013, está sendo reformada e começa a voltar a celebrar missas em sua construção original Testemunha do desenvolvimento de uma das áreas mais históricas do Recife e de celebrações de gerações de famílias, a Igreja de São José, no bairro de mesmo nome, já tem data para retomar os trabalhos na sua casa original. Será em 16 de dezembro, às 11h, com a presença do Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. O momento marca a retomada gradual das atividades na construção do século 19, que estava fechada desde 2013 diante dos problemas estruturais do lugar. “Tínhamos o comprometimento da fachada, da sacristia, além de rachaduras e infiltrações nas paredes, forro e teto, que resultavam em um perigo para toda a nossa comunidade”, comenta o Padre César, responsável pela igreja. Assim, para evitar risco de acidentes, as celebrações da Igreja foram transferidas para a Capela da Santíssima Trindade, na Avenida Dantas Barreto, também no Centro do Recife. No início de 2020, o Consórcio Novo Recife, formado pelas empresas Ara Empreendimentos, GL Empreendimentos, Moura Dubeux Engenharia e Queiroz Galvão, iniciou estudo e investimento de R$ 4 milhões na reforma do equipamento religioso. “Ela é parte de nossa memória, da riqueza cultural sagrada e turística. É um patrimônio de valor histórico, leva o nome do Bairro, casa de todos os fiéis das proximidades que perderam seu local sagrado há vários anos e, por isso, o Consórcio Novo Recife decidiu priorizar essa ação”, explica Eduardo Moura, diretor da Moura Dubeux. O Consórcio Novo Recife contratou o Instituto de Desenvolvimento Humano, que é especializado em restauração de igrejas, para a execução do serviço. Neste momento, o trabalho em andamento é o de recuperação da fachada. Toda a obra será concluída no primeiro trimestre de 2023, antes da tradicional Festa de São José, realizada em março. Ainda neste ano, com a finalização das intervenções internas, após a missa presidida pelo Arcebispo, vão retornar à igreja matriz as celebrações, as atividades sociais e pastorais. “É um momento importante na nossa trajetória porque endossa a relação do recifense com nossa igreja, que é de muito respeito e carinho”, conta Padre César.

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"Quero ressaltar a importância de retomar o olhar do território metropolitano como um todo".

Ao longo da série Desafios do Desenvolvimento de Pernambuco, os dados e as percepções da Condepe/Fidem (Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco) contribuíram para apontar algumas das macrotendências que deveriam nortear as políticas públicas dos próximos anos no Estado. O repórter Rafael Dantas conversou com a presidente da agência, Sheilla Pincovsky, sobre as prioridades de infraestrutura a serem encaradas pelo Governo do Estado, a importância da interiorização das universidades e a urgência de solucionar as dificuldades da população social e economicamente vulnerável. Uma questão, porém, recebeu especial destaque de Sheilla: a necessidade de implantar uma gestão da Região Metropolitana do Recife, que permitiria resolver de forma abrangente problemas como moradia, mobilidade, saúde, entre outros. Quais os principais desafios ao desenvolvimento do Estado de Pernambuco? Temos alguns desafios que eu diria que são estruturais. Demandam grandes investimentos e que não acontecem numa única gestão. Um deles, que a gente vem falando desde que eu me entendo por gente, é a Transnordestina. Ela já mudou de nome e ainda não se concretizou. Mas planejamento é assim mesmo, a gente defende, vai amadurecendo até que se concretize. O Estado abraçou essa causa da Transertaneja e ela será um importante pilar do desenvolvimento, ao lado da melhoria das estradas e rodovias, nas quais não podemos parar de investir. Temos um déficit muito grande dessa infraestrutura logística, que não é restrito às áreas mais isoladas do Estado. A manutenção dessas estradas, a duplicação em alguns trechos e triplicação em outros são fundamentais para consolidar o processo de interiorização do desenvolvimento. Isso vem avançando desde a década de 1990, mas precisa ser intensificado. Há algum outro destaque de infraestrutura? Ainda na questão viária, há grandes projetos que precisam ser enfrentados e concluídos. Um desses é o Arco Metropolitano. Essa iniciativa, apesar de abranger toda a região metropolitana, será um ativo útil para potencializar a economia de Pernambuco. Tivemos um grande avanço para conectar o Estado com os aeródromos. O que era um desafio passou a ser um ativo importante, com a chegada dessa malha aérea em Caruaru, Serra Talhada, Garanhuns e Araripina. Além de já termos o Aeroporto de Petrolina. É uma malha muito interessante que leva a um processo estruturante e permanente do desenvolvimento do interior. Temos visto também o surgimento de polos regionais educacionais e médicos no interior, como em Serra Talhada. São investimentos importantes para a manutenção da população local, evitando a migração para grandes cidades. Também são projetos que vêm lá da década de 1990 e foram parados. Mas se tornaram políticas de estado que vem perpassando vários governos. Toda política econômica desenvolvimentista deve ser uma política de estado e não de governo. Isso tem sido muito bom para Pernambuco. Como essas novas estruturas logísticas fomentam o desenvolvimento no Sertão e no Agreste? Essa infraestrutura vai facilitar muito o escoamento da produção e o deslocamento das pessoas. Isso é o que vai levar a uma maior facilidade, por exemplo, de escoamento da fruticultura do São Francisco. Uma estrada de ferro, como a Transertaneja, potencializa muito o Porto de Suape como centro de produção e de distribuição. Mas é ao mesmo tempo o caminho para integrar a produção do interior com o resto do mundo. É o grande meio para levar os nossos produtos para o mercado externo, diminuindo muito o custo logístico e o tempo, inclusive. E na via contrária, a via férrea contribui para levar os produtos e insumos para o interior. Estamos frente também a um conjunto de tendências irreversíveis, que são mais abrangentes que Pernambuco e que a gente não pode perder de vista. A Agência Condepe-Fidem tem uma longa história de planejamento junto à Região Metropolitana do Recife, na época em que era ainda apenas Fidem. Quais os principais desafios para que essa complexa metrópole se desenvolva? O plano de desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Recife (PDUI-RMR) dá toda orientação das diretrizes, em que analisa a realidade, as carências e as potencialidades de cada município. O que eu queria ressaltar aqui é a importância de se retomar o olhar sobre a região do ponto de vista do território metropolitano, como um todo, sem se preocupar tanto com os limites dos municípios. Ou melhor, os limites têm que ser considerados, mas é preciso haver aquela solidariedade territorial. A gente não pode imaginar um Recife sem pensar em Jaboatão, sem pensar em Camaragibe, sem pensar em Olinda. Não se pode pensar numa Itapissuma sem pensar em Igarassu, sem pensar em Araçoiaba, sem pensar em Itamaracá. A gente não pode pensar em Suape sem pensar nos municípios do Cabo e Ipojuca ou até em municípios da Mata Sul. Não se pode deixar de pensar nos municípios como um todo, de forma solidária entre eles. Leia a entrevista completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Estímulo para pedalar: cresce o número de ciclistas e infraestrutura cicloviária

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Há quatro anos fiz um percurso de 5 km de bicicleta no Recife, entre os bairros de São José e do Espinheiro, para uma reportagem sobre esse modal que reclamava por mais espaço na cidade. Apesar de o sistema Bike PE já estar em funcionamento, não passei por um metro de ciclovia em 2018 no meu trajeto. Hoje, quase todo o percurso já é feito com apoio dessa infraestrutura cicloviária e com muito mais ciclistas nas ruas. A vida de quem se desloca com as magrelas na capital não está resolvida ainda e as organizações que fomentam o modal alertam para muitas demandas a serem atendidas. No entanto, o marco de construir 170 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas trouxe uma mudança na paisagem e na rotina da cidade. Clériston Bayer, funcionário público, 37 anos, mora no Espinheiro e trabalha no Centro da cidade. Já usava bicicleta tempos atrás, quando ainda vivia no bairro do Cordeiro. Mas, há um ano, passou a usar a bike como principal modal de transporte. “O trânsito me levou a adotar a bicicleta como meio de transporte. O aumento da gasolina foi um incentivo também, mas no horário em que trabalho sempre havia engarrafamento. Hoje o uso do carro é uma exceção”. Segundo o ciclista, o tempo de deslocamento dos 4,5 km em cada trajeto de carro e do sistema de bicicletas compartilhadas do Bike PE é quase o mesmo. “Nesse período mudou muito a cidade, com muito mais ciclofaixas que antes. Elas dão mais segurança para transitar com as bicicletas. Para melhorar, precisamos de mais segurança no trânsito. Muitos motoristas não respeitam os ciclistas. Inúmeras vezes evitei acidentes”, afirmou Clériston. A segurança pública é outro fator que incomoda o ciclista. Ele foi assaltado há dois anos, quando usava as bikes com menos frequência e pegava no trabalho por volta das 5h. Desde então, quando levaram sua bicicleta e sua bolsa, ele passou a evitar os horários em que a cidade está muito vazia ou locais mais escuros. “Foi traumatizante. Hoje dificilmente uso bike antes das 6h e após às 18h. Se eu tiver de trabalhar até mais tarde, não arrisco mais, uso um Uber para voltar para casa”. Aos 61 anos, Clóvis Aroucha segue das Graças até Casa Amarela para o trabalho. O percurso executado entre 15 e 20 minutos é a melhor opção para driblar os congestionamentos. Ele é um dos privilegiados da cidade, por ter 80% de todo o seu trajeto com disponibilidade de ciclofaixa. Mas nem sempre foi assim. Ele conta ainda que até o ano passado trabalhava no bairro da Estância, que fica na periferia da Zona Oeste da cidade, uma região periférica que não era contemplada com a infraestrutura . “Saio quase que diariamente de bike. Ando de bicicleta há mais de 20 anos, faço parte de grupos noturnos, que circulam pela cidade, e de grupos que organizam passeios também. Tenho experiência como ciclista e pedalo na cidade bem antes de ter as ciclofaixas. Elas são positivas, mas tenho críticas. A maior é relativa à fiscalização. Todo dia que vou, eu paro no meio da ciclofaixa para tirar motoqueiros. Qualquer um invade a faixa. Não existe fiscalização, nem educação”, reclama o ciclista. *Leia a reportagem completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Metade dos brasileiros se sentem inseguros para andar sozinhos à noite

(Da Agência Brasil) Mais da metade dos brasileiros se sentem inseguros de andar sozinhos à noite nas ruas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, feita no último trimestre de 2021 e divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas que se sentem inseguras ou muito inseguras para sair às ruas depois que o sol se põe chega a 51,7%. A maior sensação de insegurança foi observada na Região Norte, onde o percentual chega a 60,4%. No Sul,a sensação é menor, atingindo 38,1% das pessoas. Nas demais regiões, os percentuais são: Nordeste (54,4%), Sudeste (53,1%) e Centro-Oeste (50,4%). “É um período associado a menor fluxo de pessoas, a ruas mais vazias, menos iluminadas. Isso é um fator gerador de medo e insegurança”, diz a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito. O percentual de brasileiros inseguros durante o período diurno é menor: 20,3% dos brasileiros têm medo de andar sozinhos nesse horário. Na média, a sensação de insegurança em qualquer hora do dia atinge 28,8% dos brasileiros. A pesquisa também ouviu dos entrevistados se eles se sentiam seguros dentro e fora de casa. Aqueles que têm sensação de segurança dentro do domicílio chegam a 89,5%. Aqueles que se sentem seguros em seu bairro caem para 72,1% e aqueles que dizem sentir segurança ao circular pela cidade como um todo despencam para 54,6%. Quando analisadas as zonas urbana e rural, o percentual de sensação de segurança dentro de casa é praticamente o mesmo (89,5% para a cidade e 89,6% para o campo). Mas quando analisada a sensação em relação ao bairro e à cidade, há divergências. Na zona urbana, as pessoas que dizem se sentir seguras no bairro são 70,2% e, na cidade como um todo, 52,8%. Na zona rural, a sensação de segurança no bairro atinge 84,3% das pessoas, enquanto aqueles que se sentem seguros na cidade como um todo são 66,5%. As mulheres, em geral, se sentem mais inseguras que os homens. Aquelas que sentem seguras em casa são 88,6%, no bairro, 69,5% e na cidade, 51,6%. Por outro lado, os percentuais para os homens são de 90,5%, 75% e 58%, respectivamente. As vítimas de roubos e furtos também demonstram menos segurança. Enquanto entre as pessoas que não sofreram roubo no último ano, 71,6% se sentem seguras, entre as vítimas de roubo, a proporção daqueles que se sentem seguros cai para 37,6%. Os maiores riscos de vitimização percebidos pelos brasileiros são ser assaltado ou ter seus carros, motos ou bicicletas furtados. Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistas percebem risco alto ou médio de ser assaltado nas ruas, 38,1% de ser assaltado no transporte coletivo, 37,2% de ter carro, moto ou bicicleta roubado/furtado e 29,5% de ser roubado dentro de seu domicílio. Homens x mulheres Comparando homens e mulheres, os entrevistados do sexo masculino têm mais medo (13,5%) que as mulheres (8,5%) de ser vítimas de violência policial. Além disso, 13,4% dos homens têm medo de ser confundidos com bandidos, enquanto entre as mulheres esse receio só atinge 6,9% delas. O medo de ser vítima de agressão sexual atinge mais mulheres (20,2%) do que homens (5,7%). “Em geral, as mulheres têm percepção de risco alto e médio maiores para quase tudo [ser assaltada, ter sua casa assaltada, ser vítima de violência física, ser assassinada, estar no meio de um tiroteio etc], mas a diferença mais gritante é ser vítima de agressão sexual”, explica Alessandra. Brancos x negros A pesquisa também mostra que os negros têm mais medo de ser vítimas da polícia, de ser assassinados ou ser baleados do que os brancos. Em relação à violência policial, 12,8% dos negros têm receio de ser vítimas, enquanto entre os brancos esse medo atinge 8,5%. O medo de ser confundido com bandido pela polícia afeta 12,5% dos negros e 6,8% dos brancos. Os negros que percebem risco médio ou alto para bala perdida são 18,3%, para estar no meio de um tiroteio, 18% e de ser assassinado, 14%. Para os brancos, os percentuais são de 14,2%, 13,9% e 11,5%, respectivamente. O risco de ser sequestrado, por outro lado, é percebido mais por brancos (13%) do que por negros (10,6%). Mudança de hábito O medo da violência também faz com que muitos brasileiros mudem seus hábitos. De acordo com a pesquisa, mais da metade das mulheres evitam atitudes como chegar ou sair muito tarde de casa (63,6%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (57,2%), usar o celular em locais públicos (57,6%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (56,6%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (55,2%). Os homens também buscam evitar as mesmas coisas que as mulheres, mas em proporção menor: chegar ou sair muito tarde de casa (49,4%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (48,9%), usar o celular em locais públicos (44,7%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (42,8%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (42,8%). Sobre o papel da informação na sensação de insegurança, o IBGE mostrou que 77% das pessoas que não se informam sobre violência se sentem seguras, contra 73,4% dos que se informam por redes sociais, 70,7% por rádio e TV, 70,2% por conversas com parentes e amigos, 69,1% por jornais ou revistas impressos e 68,4% por jornais e revistas na internet. A maioria dos brasileiros também busca tornar sua casa mais segura. De acordo com a pesquisa, 68% dos domicílios do país têm algum dispositivo ou profissional para segurança. No Sul, o percentual chega a 76,2%, enquanto no Nordeste a parcela é de 60,8%. As travas, trancas ou fechaduras reforçadas respondem por 41% dos mecanismos de proteção, seguidas por muros altos e/ou com cacos de vidros e arame farpado (35,5%), cachorro ou outro animal de proteção (29%) e câmeras ou alarmes (17,1%).

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Governo de Pernambuco apresenta projeto dos novos abrigos de ônibus da RMR

(Do Governo de PE | Foto: Roberto Pereira/SEI) Sem contrapartida do Estado, a concessão pública inclui a requalificação e manutenção de 3.650 abrigos e totens de embarque e desembarque de passageiros. Como parte do pacote, o primeiro abrigo já foi inaugurado. Detalhes do projeto de modernização e manutenção dos abrigos de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) foram apresentados na tarde desta quarta-feira (30/11), em encontro realizado no Palácio do Campo das Princesas, que reuniu o governador Paulo Câmara e o presidente Rodrigo Kallas, da Kallas Mídia OOH. A empresa é vencedora da licitação para concessão dos abrigos e totens indicativos de pontos de embarque e desembarque de passageiros. Depois de conhecer o projeto, o governador inaugurou o primeiro abrigo estruturado, instalado na Rua do Sol, no bairro de Santo Antônio, Recife. "Com essa concessão, ganha a população que passa a contar com um serviço público moderno e de qualidade”, destacou o governador Paulo Câmara. Coordenado pelo Programa de Parcerias Estratégicas de Pernambuco (PPPE), o processo de concessão compreende 3.650 pontos de embarque e desembarque (abrigos e totens) do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) e abrange os 14 municípios da RMR. A partir do acordo firmado, a Kallas Mídia OOH deverá, num prazo de 72 meses, requalificar e padronizar todos os pontos que estão incluídos na concessão, além de garantir a manutenção e a conservação durante 20 anos de contrato. Devem também inserir, em parte desses abrigos, funcionalidades como serviços de wi-fi e painéis de informações aos usuários. “Como se trata de uma concessão simples, não haverá contrapartida do Estado, que receberá uma parcela equivalente a 1.75% da receita operacional mensal bruta da concessionária, além da outorga fixa oferecida na licitação”, explicou o secretário executivo de Parcerias e Estratégias da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-PE), Marcelo Bruto. Ele destacou, ainda, que com a requalificação, todas as paradas de ônibus receberão serviços de manutenção e de melhorias ao longo dos primeiros seis anos do contrato. Quanto aos critérios para instalação dos serviços de wi-fi, bluetooth e de comunicação com o usuário, o Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) irá definir, em conjunto com a concessionária, os locais de instalação, que devem ser preferencialmente nos pontos. Pela Seplag, também participaram da reunião, o secretário Alexandre Rebêlo; o diretor de parcerias, Marcelo Sandes; e o gerente de projetos urbanos, Canton Wu. Presentes, ainda, o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Flávio Sotero; além de Jacqueline Choairy e Heitor Pina, respectivamente, sócia diretora de produtos e coordenador de marketing da Kallas Mídia OOH no Nordeste.

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Prefeitura do Recife implanta primeira Praça da Infância da cidade

Equipamento, que funcionará na Praça Dom Miguel Valverde, Encruzilhada, vai proporcionar mais inclusão, segurança e liberdade para as brincadeiras das crianças; duas outras unidades já estão em fase de licitação (Da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife deu início às obras da primeira Praça da Infância a ser implantada na cidade. O equipamento, que proporcionará mais inclusão, segurança e liberdade para as brincadeiras das crianças, está sendo construído na Praça Dom Miguel Valverde, no bairro da Encruzilhada, com investimento de R$ 1.597.706,70 e previsão de término para fevereiro de 2023. A execução da obra fica a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). O prefeito João Campos, que assumiu este compromisso ainda em 2020, vistoriou o local. “Nosso objetivo é construir um espaço que fosse pensado e construído olhando para a primeira infância, para as crianças do Recife. Então, a gente fez esse projeto com várias instituições, liderado pela vice-prefeita Isabella, conversando com especialistas, com crianças, com professores, com pessoas e instituições que trabalham nessa área, para fazer um equipamento com muita qualidade”, explicou João Campos. “Fizemos a concepção do projeto, a licitação e agora a gente está começando a obra dessa primeira, que fica aqui na Encruzilhada. Vamos ter outras também sendo feitas em outras áreas da cidade, mas esse já é o grande passo inicial. A partir daqui, o recifense vai conhecer o que é a Praça da Infância e vai ficar muito feliz com ela aparecendo em todos os locais do Recife”, finalizou. Além da unidade em obras na Encruzilhada, já foi publicado o processo licitatório para contratação de empresa que irá executar mais duas Praças da Infância, sendo uma em San Martin e outra no Compaz Miguel Arraes, que juntas receberão investimentos no valor máximo de R$ 1.570.595,17. As demais localidades estão sendo validadas e os projetos elaborados. A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão destacou o caráter integrador do espaço. “Esse conceito de Praça da Infância foi amplamente discutido. A Aries foi uma grande parceira e a Fundação Bernard van Leer financiou parte do estudo e muita coisa fluiu. A Praça da Infância tem valores muito fortes, primeiro, o livre brincar, sem encaixotamentos, e depois os elementos da natureza estarão presentes. Então o livre brincar junto com os elementos da natureza é um dos pontos fortes da Praça da Infância”, disse a gestora. De acordo com a secretária de Infraestrutura do Recife, Marília Dantas, a Praça da Infância não é apenas um projeto de infraestrutura e sim um projeto de infraestrutura social. “Cada vez mais a gestão do prefeito João Campos tem colocado a inquietação para elaborarmos e entregarmos obras de infraestrutura social. Tudo o que tiramos do papel hoje é voltado para as pessoas, as pessoas estão no centro de tudo. Quando pensamos em como a Praça foi projetada, lembramos que os elementos são aproveitados de maneiras simples e estimulando o equilíbrio e o desenvolvimento cognitivo das crianças”, destacou ela. O espaço combina a natureza, brincadeiras e tradições culturais, envolvendo as crianças com a cultura local, unindo os elementos construídos e a paisagem aos desafios do brincar, que atendam a todas as crianças e estimulem a diversão e o aprendizado. As intervenções incluem construções de passeios e pisos, rampas em asfalto, drenagem, paisagismo, bases estruturais para os brinquedos, mobiliários e a comunicação visual no local. As Praças da Infância são  criadas a partir de uma metodologia, para que possam ser replicadas em toda a cidade, com soluções específicas que estejam em sintonia com o seu entorno, mas garantindo que toda criança recifense tenha acesso às mesmas qualidades proporcionadas por estes espaços. O serviço contará com uma obra de engenharia para intervenção paisagística na praça escolhida, onde o projeto foi elaborado a partir do “Guia de Princípios para Remodelação das Praças para Infância”, organizado pela Prefeitura do Recife, visando à requalificação paisagística que assegure a motivação de ações voltadas à inclusão, segurança, liberdade, orgulho e visibilidade das crianças. Marcos Miguel Melo, 10 anos, é aluno do 5º ano da Escola Municipal Edinaldo Miranda, localizada ao lado da Praça Dom Miguel Valverde, e ficou feliz em ser uma das crianças ouvidas para a elaboração do projeto da Praça da Criança. “A gente pediu brinquedos legais para que as crianças que estudam e moram aqui perto possam brincar. É muito bom estar aqui hoje. Vai ter novos brinquedos, como escorregos e vai ser muito divertido”, contou. Sara Moreira, de 11 anos, estuda na mesma escola e também falou um pouco da ansiedade pela inauguração da praça nova. “Estou muito feliz e muito animada com a praça nova. É importante para a nossa infância, vai ser uma praça boa para brincar. Espero que tenha balanço, escorrego e tirolesa”, afirmou ela. FOTO: Alessandro Potter / FONTE: PCR --

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Trindade, o sítio sobrevivente

Tenho a sorte de morar do lado do Sítio Trindade e de poder contemplá-lo todos os dias de minha varanda. Trata-se de um local privilegiado pelo verde e pela amplitude da ocupação urbana, indo da Estrada do Arraial até a Estrada do Encanamento. Sempre soube da sua importância histórica pelo fato de ter sido o local onde se instalou o Arraial do Bom Jesus por iniciativa de Matias de Albuquerque e dos resistentes à invasão holandesa da capitania de Pernambuco em 1630. O Arraial resistiu até 1635 quando foi destruído pelos invasores e teve suas muralhas postas abaixo. Desde então, até ter sido visitado pelo Imperador Pedro II em 1859, à procura de vestígios do Arraial, o local ficou no limbo e, em seguida, foi ocupado como sítio pela família Trindade Perretti (daí o atual nome) que construiu o antigo prédio de residência, atualmente edifício-sede do parque, um chalé em estilo eclético. A ocupação familiar se deu até 1952 quando o Sítio Trindade foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública. Em 1960 o Sítio transformou-se em sede do Movimento de Cultura Popular (MCP) que reuniu intelectuais e artistas como Germano Coelho, Paulo Freire, Ariano Suassuna, Francisco Brennand, José Cláudio, dentre outros, quando se construiu a concha acústica ainda hoje existente na encosta que dá para a Estrada do Arraial. Em 1964, o Sítio foi invadido pelo exército e fechado como local de “manifestações subversivas”. Em 1974, foi classificado como conjunto paisagístico e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nesta condição de patrimônio histórico, foi objeto de duas prospecções arqueológicas que localizaram parte da antiga muralha e do fosso, hoje expostos à visitação, além de grande quantidade de munição e de objetos de uso dos combatentes. De tudo isso eu sabia até que, num dos passeios que fiz com meu neto Artur Pereira, durante a pandemia, explicando a ele as características urbanas do local do Sítio, me ocorreu que aquele deveria ser muito provavelmente o único sítio que ainda guardava as características originais da época em que os sítios eram a forma principal de parcelamento do solo dos arrabaldes e/ou subúrbios do Recife, inclusive com a casa de moradia e a vasta extensão de área original (cerca de 6,5 hectares). Ou seja, além de sua importância histórica (sede do Arraial do Bom Jesus), cultural (sede do MCP), ambiental (grande área verde), de lazer (sede dos festejos juninos e natalinos na cidade), ainda se pode dizer, sem medo de erro, que o Sítio Trindade tem a importância urbanística de ser um exemplar intocado dos velhos sítios de outrora, dos quais os arredores do Recife eram povoados. Como praticamente todos os outros sítios foram loteados e transformados em lotes vendidos para a construção de casas e edifícios (inclusive o Sítio da Estrela que lhe fazia fronteira pelo lado do Parnamirim e que mantem como memória o nome da Rua Estrela, vizinha), pode-se dizer que o Sítio Trindade é uma espécie de “arqueo-sítio”, ou um sítio “sobrevivente”. Nesta condição, deveria também ser objeto de estudo e visitação, para se ter uma ideia mais precisa de como era o ambiente dos “risonhos” subúrbios de antigamente. Dedico essa “descoberta” a Artur, companheiro de caminhadas e de conversas sobre o passado e o futuro desta nossa querida cidade que nos traz história e conhecimento quase que, literalmente, em cada esquina.

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Com gratuidade garantida, PCR abre consulta pública para concessão de quatro parques

Iniciativa prevê investimentos de cerca de R$ 550 milhões nos parques da Jaqueira, Santana, Macaxeira e Dona Lindu, reforçando as vocações de cada equipamento. População tem até 9 de dezembro para sugerir melhorias (Da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife lançou a consulta pública que trata da concessão de quatro parques urbanos: os parques da Jaqueira (Jaqueira), Santana (Santana), Macaxeira (Macaxeira) e Dona Lindu (Boa Viagem). A população poderá opinar e oferecer sugestões a respeito do projeto até o dia 9 de dezembro. Com o contrato assinado com a futura concessionária, em 2023, o município projeta investimentos que devem ultrapassar os R$ 550 milhões ao longo dos próximos 30 anos. Nos quatro equipamentos, o objetivo será fortalecer a vocação de cada local e captar investimentos para melhorar a infraestrutura e a conservação dos espaços. O acesso e o uso por parte da população continuarão gratuitos, conforme previsto na Lei Municipal n. 18.824, aprovada em 2021. As manifestações devem ser feitas no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), que coordena o projeto por meio da Secretaria Executiva de Parcerias Estratégicas (SEPE), através do link: https://desenvolvimentoeconomico.recife.pe.gov.br/consulta-publica-parques-urbanos. "É o momento de receber sugestões da população para aprimorar o projeto, ajustar detalhes técnicos e, principalmente, definir a dinâmica da parceria com o setor privado. O objetivo é melhorar a infraestrutura e a oferta de serviços dos parques com a preservação da gratuidade do acesso pela população. A gente percebe que há espaço para novos investimentos que permitam reforçar a vocação de cada um dos parques e melhorar a experiência dos cidadãos ao visitar essas áreas verdes”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Dubeux. De acordo com o projeto colocado em consulta, a futura concessão será dividida em dois blocos: o primeiro envolvendo os parques da Jaqueira e Santana; e o segundo com os parques da Macaxeira e Dona Lindu. Os parques foram analisados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que conduziu estudos técnicos para identificar as potencialidades dos equipamentos urbanos que são objetos de concessão. No dia 29 de novembro, a SDECTI e SEPE promoverão uma audiência pública para dialogar com a população e segmentos da sociedade e colher sugestões de aprimoramentos aos projetos. O encontro vai ocorrer no dia 29 de novembro, através do Google Meet: meet.google.com/qfn-hxhg-bcg, das 10h às 12h. Nos dias 28 deste mês e 2 de dezembro as secretarias promoverão road show com as potenciais empresas interessadas. O secretário executivo de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, destaca a transparência do processo e o ineditismo da parceria que possibilitou os estudos. “Recife é a primeira cidade selecionada pelo BNDES para participar do programa de concessão de parques do Banco, o que demonstra o grau de confiança que temos conseguido trazer aos nossos projetos. Isso é fruto da transparência e da segurança regulatória que se destacam em etapas como a de consulta pública, em que toda a sociedade conhece cada detalhe do projeto a ser futuramente licitado”, ressalta. Os dois blocos deverão ser leiloados no mesmo dia, porém em sessões diferentes, o que permitirá que um mesmo licitante vença ambos os lotes ou que dois concessionários diferentes fiquem responsáveis pela operação.  O início da consulta pública marca, também, o envio do projeto para análise do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), visando a aprovação necessária para o lançamento do edital de concessão, que deve ocorrer ao longo do primeiro trimestre de 2023. Os contratos para ambos os blocos devem ser assinados no início do segundo semestre do ano que vem. ESTUDOS TÉCNICOS - Segundo o relatório do BNDES, o Parque da Jaqueira é um ícone urbano do Recife e tem potencial de oferecer programação para a família recifense e turistas na área de 71.552 metros quadrados. Já o Parque de Santana, com área de 60.175 metros quadrados, possui vocação esportiva, que pode congregar toda a cidade em torno das boas práticas esportivas. O Parque da Macaxeira, por sua vez, possui área de 103.790 metros quadrados e a vocação é para recreação, dialogando com a tecnologia. O Parque Dona Lindu, com sua beleza arquitetônica assinada por Oscar Niemeyer, tem potencial para oferecer programação cultural e abrir espaço para debates sobre sustentabilidade. Em todos os parques, os futuros operadores assumirão a responsabilidade de recuperar e modernizar toda a infraestrutura já existente, ainda com a possibilidade de trazer novos atrativos para os espaços. BLOCO 1: JAQUEIRA E SANTANA - Na Jaqueira, além da reforma das pistas de bicicross, corrida, skate e da ciclovia, haverá a plena recuperação das atividades do econúcleo, a manutenção do equipamento de saúde e da academia ao ar livre, um incremento de bebedouros e banheiros, além da possibilidade de implantação de um novo espaço gastronômico. Já no Parque Santana, além da mesma preocupação em melhorar a infraestrutura já disponível à população, com ênfase nas quadras poliesportivas, a proposta é reforçar a segurança e ampliar o parque radical, tornando o espaço uma vitrine para a promoção de esportes radicais em nível local, nacional e internacional.  Segundo as projeções da Prefeitura do Recife baseadas nos estudos do BNDES, os investimentos associados à concessão dos parques da Jaqueira e de Santana deverão ultrapassar R$ 247 milhões, com outorga mínima para o município de R$ 275 mil e mais um percentual das receitas obtidas pela concessionária com a operação.  BLOCO 2: DONA LINDU E MACAXEIRA - Passando ao segundo bloco, no Parque Dona Lindu, o futuro parceiro privado deverá se comprometer com a reforma do teatro Luiz Mendonça, da galeria Janete Costa e do restaurante, além da recuperação e manutenção de todas as estruturas já presentes no espaço, preservando totalmente as características arquitetônicas. O destaque é possibilidade de implantar um Oceanário, que, além de se converter em um novo espaço turístico e cultural da cidade, será uma importante âncora de receitas para a viabilização econômico-financeira do projeto. Na Macaxeira, mais uma vez se destaca a garantia de melhoramento em todas as estruturas já existentes de vivência social,

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