Arquivos Z_Destaque_urbanismo - Página 17 De 21 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Por uma cidade amiga da garotada

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais A s cidades como conhecemos foram pensadas e construídas por adultos. Arranha-céus, vias rápidas para carros, centros urbanos esquecidos e poucos parques são uma realidade na maioria das metrópoles. Mas, como seriam esses espaços se as crianças fossem consultadas? O que os pequeninos observam, valorizam ou rejeitam quando estão no espaço público? Essas são algumas perguntas feitas por organizações focadas no desenvolvimento infantil e no urbanismo sustentável que tem o objetivo de provocar mudanças na organização dos bairros e municípios. Cecília Gomes, 4 anos, moradora de Olinda, gosta de sair de casa para parquinhos, praia e para o shopping. Ela disse também que gosta de andar na rua com os pais. Quando perguntada sobre o que ela aprecia quando sai de casa, a pequena não hesitou em lembrar dos brinquedos e da arborização. “Brincar no parquinho. Correr. Gosto de balanço e escorregador também. Árvores grandes. Gosto das árvores porque têm passarinhos”. Quem tem os gostos semelhantes aos de Cecília é a pequena Pâmela Cavalcanti, de 6 anos, que mora em Petrolina. Entre sair ou ficar em casa, ela prefere um bom passeio em família. “Gosto de parque e shopping. Não gosto de buracos na rua. Gosto de parque de diversão e rua sem buracos”, afirmou a criança. Para captar as percepções das crianças, pais e cuidadores, existe no Brasil a Rede Brasileira Urban95, uma iniciativa da Fundação Bernard van Leer e do Instituto Cidades Sustentáveis, com o objetivo de promover programas e políticas públicas voltadas ao bem-estar e qualidade de vida das crianças. “O ponto de partida é a possibilidade de escutar o que é uma cidade boa para elas. Escutá-las nos seus territórios, sobre os espaços relacionados à escola e aos seus arredores, ao trajeto. Uma cidade boa permite que elas exerçam seu papel de investigadores ao brincar. Normalmente elas estão sempre explorando coisas novas, pessoas novas. É importante criar oportunidades para elas aprenderem com os espaços, exercendo a sua curiosidade, com as pedrinhas, a natureza, as cores, a água que escorre”, afirma Cláudia Vidigal, representante do Brasil da Fundação Bernard Van Leer. Leia a reportagem complta na edição 199.1 da Algomais: assine.algomais.com

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Ponte Areias-Imbiribeira promete melhorar a ligação entre avenida Recife e Mascarenhas de Morais

(Da Prefeitura do Recife) Investimento será de 100 milhões, beneficiando motoristas, ciclistas, pedestres e usuários do transporte público A Prefeitura do Recife vai construir a ponte Areias-Imbiribeira, sobre o Rio Tejipió, para melhorar a interligação entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Morais. A intervenção beneficiará diversos modais de transporte, numa extensão total de 2,3 quilômetros, incluindo a construção da ponte com 335 metros de comprimento e o alargamento das avenidas Tapajós e Engenheiro Alves de Souza, entre outras melhorias. O prefeito João Campos anunciou que o edital da licitação da obra, que terá investimentos de cerca de R$ 100 milhões, com recursos de financiamento da Caixa/FGTS e contrapartida municipal de 25%, será publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (29). “Serão aproximadamente R$ 100 milhões investidos para fazer a conexão entre duas importantes avenidas do Recife: a Avenida Mascarenhas de Morais e a Avenida Recife. Esta ponte vai ter uma extensão aproximada de 320 metros, onde vamos também reformar os corredores viários que dão acesso a ela. Vários modais de transporte serão contemplados, como ônibus, bicicleta, calçada, faixa de rolamento para veículo, para moto, para carro”, explicou o prefeito João Campos. A obra será executada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e contemplará também implantação de ciclofaixa bidirecional, novos abrigos de ônibus, embutimento da rede de telecomunicações, melhoria na rede de drenagem e na iluminação pública, além da requalificação do pavimento. Estudos que embasam o projeto mostram uma redução de 40% no tempo de deslocamento na região após a construção da ponte. Numa estimativa feita do tempo de uma viagem entre a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e o Conjunto Residencial Ignez Andreazza, por exemplo, a redução média da distância percorrida vai ser de 42%. O prazo de execução é de 36 meses e os trabalhos devem começar no início do próximo ano. O objetivo da intervenção é garantir a conectividade entre os corredores e a integração entre os diversos modos de transporte, melhorando a mobilidade urbana na região. Com 20,4 metros de largura, a ponte Areias-Imbiribeira terá quatro faixas de rolamento, duas faixas de passeio e ciclofaixa. As avenidas Tapajós e Engenheiro Alves de Souza serão alargadas para duas faixas de rolamento por sentido, com extensões de respectivamente 908m e 1060m, ganhando também paisagismo e urbanização. As vias de articulação ligarão as proximidades da Lagoa do Araçá, na Imbiribeira, com a avenida Recife na altura do Conjunto Residencial Ignez Andreazza. Será feita uma ciclofaixa nas duas direções, ao longo dos 2,3 quilômetros da obra, para incentivar o uso de transporte ativo. Para os que fazem uso do transporte coletivo, o projeto prevê a implantação de 15 novos abrigos de ônibus, que vão contar com embarque em nível para garantir acessibilidade aos usuários. A obra garantirá o replantio de 261 árvores, totalizando uma arborização com mais de 350 unidades. Os pedestres serão beneficiados com a requalificação dos passeios em concreto e piso intertravado e implantação de acessibilidade (piso tátil direcional e de alerta, além de faixas de pedestres e travessias em nível). Será feito o embutimento da fiação da rede de telecomunicações, além da requalificação da rede de iluminação pública, para diminuir a poluição visual. A rede de drenagem será remanejada para a faixa de rolamento e o pavimento passará por requalificação em CBUQ.

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Ameciclo divulga resultado do Desafio Intermodal e convida candidaturas para assinar Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável

(Da Ameciclo) De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, de 18 a 25 de setembro é comemorada a Semana Nacional do Trânsito, período este utilizado pela sociedade para a discussão de propostas para a melhoria do trânsito e para a diminuição da violência viária. O mesmo período tem sido denominado de Semana da Mobilidade, por ser uma abordagem mais ampla e inclusiva. Neste ano, a Semana Nacional do Trânsito ganha mais evidência com as campanhas Bicicleta na Boca do Povo, organizada pela Ameciclo, e Mobilidade Sustentável nas Eleições, realizada pela instituição em parceria com a Cidadeapé, Associação G-14, IDEC, Redes Vidas Ativas e União de Ciclistas do Brasil (UCB). As Campanhas têm o objetivo de incluir os modos de mobilidade sustentável no debate eleitoral, buscando a inclusão do caminhar, do pedalar, da acessibilidade universal e do transporte público nos programas de governo das candidaturas ao Governo do Estadual e também à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional, bem como influenciar na narrativa apresentada para a sociedade civil sobre o uso da bicicleta nas cidades, destacando seu poder de transformação social. DESAFIO INTERMODAL 2022 Dentro da programação do mês da mobilidade, a Ameciclo realizou o Desafio Intermodal, um experimento social que acontece em diversas cidades no mundo e promove a discussão sobre a mobilidade nas cidades. No Desafio Intermodal recifense são medidos e estimados o tempo de deslocamento, o custo pessoal na utilização do transporte, as emissões de gases de efeito estufa relativas ao deslocamento e a energia calórica despendida por cada participante. Para isso são utilizados vários modos de transportes distintos e faz-se uma classificação relativa entre eles. Este ano, o percurso teve como ponto de partida a Praça do Diário, na área central da capital pernambucana, e como destino final o Parque Urbano da Macaxeira, na Zona Norte do Recife. Pelo quarto ano, dentro das nove edições já realizadas, a bicicleta passo rápido foi o veículo mais eficiente do desafio. O ciclista desafiante fez o percurso em 21 minutos, mas o tempo de deslocamento não foi o único determinante para a primeira colocação no ranking. Juntando as pontuações registradas nos parâmetros avaliados foi possível produzir uma média de avaliação. Em segundo e terceiro lugar ficaram o ônibus e o pedestre correndo, respectivamente. Para ter um resultado mais fiel à realidade possível, a saída do desafio sempre é no horário de pico, à noite. Logo, podemos entender que para se locomover de forma mais eficiente na capital pernambucana às 18 horas, a bicicleta é a melhor opção; consequentemente, em horários em que o fluxo de automóveis e outros meios de transporte não são tão intensos, diminui-se, por exemplo, o tempo de deslocamento. DIA MUNDIAL SEM CARRO No dia 22 de setembro é comemorado, em várias cidades do planeta, o Dia Mundial Sem Carro, data que marca a reflexão em torno do uso exacerbado do automóvel no espaço urbano e das políticas de mobilidade desiguais para a mobilidade sustentável. Como de praxe, a Ameciclo realizará atividades no dia envolvendo ciclistas, sociedade civil e candidaturas do pleito eleitoral de 2022. Na sede da Ameciclo, a partir das 15h, o público poderá participar de uma Vaga Viva na Rua Princesa Isabel, uma ação para denunciar a ocupação ineficiente das ruas pelos carros, mostrando que é mais seguro e acolhedor para todos(as) quando os espaços são construídos para a convivência humana. Ao fim da Vaga Viva, por volta das 19h, a organização fará uma pedalada pela cidade, resistindo nas ruas e conscientizando a população em geral sobre os malefícios do uso do carro e a busca de uma cidade mais humana e sustentável por meio da bicicleta. CANDIDATURAS PODEM ASSINAR CARTA COMPROMISSO PELA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL EM PERNAMBUCO 2022 Candidatos(as) a deputado(a), senador(a) e governador(a) podem assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo. A iniciativa pretende que as candidaturas assinem a Carta, comprometendo-se a tornar suas propostas em políticas públicas e em medidas legislativas. Segundo Renato Zerbinato, um dos coordenadores da Ameciclo, “Recife tem a possibilidade de se tornar uma das capitais mais amigas da mobilidade sustentável do país, basta ter vontade política para tal. É por isso que nós da Ameciclo fazemos esse trabalho de incidência política desde 2013, para sensibilizar o poder público e conseguir que o Plano Diretor Cicloviário, por exemplo, seja cumprido na Região Metropolitana”, afirma o também articulador da instituição. Renato ainda enfatiza que é preciso também que a população em geral entenda a importância da mobilidade sustentável para todos nós. “Podemos diminuir as mortes no trânsito, os congestionamentos e a consequente perda de tempo de vida. Economizar recursos financeiros individuais e públicos, melhorar a saúde da população, salvar o meio ambiente e ter uma cidade voltada para as pessoas somente priorizando o uso da bicicleta nas nossas rotinas, aliado, claro, com os investimentos por parte do poder público para oferecer condições seguras para quem pedala”, finaliza. Até este momento, a Carta Compromisso já foi assinada por 18 candidaturas do pleito para legislativo estadual e federal. A Campanha continua até o segundo turno das eleições, caso ocorra no estado. Após as eleições, as candidaturas eleitas serão abordadas para a execução das propostas contidas na Carta. Além de Pernambuco, a campanha está sendo realizada em outros estados brasileiros, como Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, etc. Saiba mais:Site da Campanha: mobilidadesustentavelpe.ameciclo.org

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Prefeitura do Recife conquista prêmio mundial da ONU para habitação sustentável

Capital pernambucana é a primeira cidade do Nordeste a vencer o Pergaminho de Honra da ONU-Habitat. Premiação foi concedida para o Programa Parceria, que realiza obras de infraestrutura junto com a população (Da Prefeitura do Recife - Foto: Marcos Pastich / Arquivo PCR) O Programa Parceria, desenvolvido pela Prefeitura do Recife para executar obras de infraestrutura nos bairros junto com a população, foi escolhido por unanimidade para ganhar o Pergaminho de Honra do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Considerada a premiação mais prestigiada de habitação sustentável do mundo, a iniciativa reconhece contribuições extraordinárias na área de assentamentos humanos e habitação, destacando a situação das pessoas que vivem na pobreza ou que foram deslocados de seus territórios. Em mais de 30 anos de premiação, apenas cinco iniciativas no Brasil foram contempladas com a distinção. Com o Parceria, a Defesa Civil do Recife fornece material e orientação técnica para intervenções em áreas planas e morros, enquanto a população entra com a mão de obra. Este ano, já foram concluídas 616 obras, que beneficiaram 815 famílias, e outras 323 estão em andamento, garantindo mais qualidade de vida para 1530 famílias e com benefício direto para mais de 6,1 mil pessoas. Os serviços do Programa Parceria incluem tratamento de encosta com soluções técnicas de rip rap, tela argamassada e alvenaria armada; melhoria de infraestrutura com implantação de acessos, microdrenagem e corrimão; e melhorias habitacionais (fossa séptica, revestimentos e recuperação de paredes). O Programa foi destaque na edição do prêmio deste ano, que tem como tema o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 11 da ONU: “Tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”. O prêmio será entregue em 3 de outubro, Dia Nacional da Habitação, em Balikesir, na Turquia. O Pergaminho de Honra da ONU-Habitat reconhece contribuições no campo do desenvolvimento, incluindo a melhoria da vida urbana, o fornecimento de moradias e, com destaque, a atenção aos mais vulneráveis. A premiação existe desde 1989 e avalia iniciativas que fizeram contribuições extraordinárias na área de assentamentos humanos e habitação. Cinco projetos são premiados todos os anos e, no Brasil, apenas as cidades de São Paulo, em 2012, e o Rio de Janeiro, em 2013, foram vencedoras da distinção, além de 2 programas do Governo Federal em 2005 e 2006.

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Casarões em Recife ganham as cores para se tornar 1º shopping sociocultural do país

Edificações que nasceram entre os séculos XVII e XIX, ganham vida com as tintas da Iquine e se transformam em projeto social A junção de forças da iniciativa privada, poder público, organizações sem fins lucrativos e sociedade civil resultou na transformação de dois casarões vizinhos e próximos ao Marco Zero, em Recife, no primeiro shopping sociocultural de criatividade, inovação e conexão do Brasil. A Casa Zero abre suas portas ao público no dia 15 de setembro, um espaço que une empreendedorismo social, cultura, educação, para gerar impacto social. Dentro dos 16 ambientes distribuídos por quatro andares, as pessoas terão acesso a espaços como projetos educacionais e culturais de ONGs, oficinas de artesanato, cozinha gourmet, coworking, biblioteca, sala de inovação, estúdios, podcast, entre outros, possibilitando também que organizações e iniciativas sociais exponham seus projetos e produtos para a geração de renda. As ativações promovidas pela Casa Zero em prol da sociedade irão propagar para todo o seu entorno, como um ponto de partida de ideias que prometem impactar o mundo, trazendo oportunidades sobretudo aos moradores da comunidade Pilar, que tem o 2º pior IDH (Índice de Desenvolvimento Urbano) da cidade. A proximidade do espaço sociocultural com a comunidade potencializará ações sociais com estímulos ao desenvolvimento dos moradores, através do fomento ao empreendedorismo, cultura, criatividade e inovação. A criação desse novo ecossistema social na capital pernambucana movimentou apoiadores como o Grupo Iquine, incentivador de ações que impactam positivamente a sociedade e que despertem nas pessoas o sentimento de pertencimento dos espaços urbanos. A marca forneceu as tintas e a consultoria técnica necessárias para trazer de volta para a cidade um patrimônio histórico com quase 3 mil metros quadrados de área. Todas as tintas doadas pela Iquine para a revitalização e manutenção do prédio foram selecionadas respeitando as propostas visuais e as características do Casa, com um cuidado ainda mais especial por se tratar de um patrimônio histórico. “Participar do nascimento da Casa Zero reforça o compromisso da Iquine com a sociedade e mostra que enquanto marca, estamos trilhando um caminho que acreditamos muito, promovendo mudanças e transformações que vão impactar positivamente a comunidade que estamos inseridos e o país. A Casa Zero tem uma proposta de ser um local de compartilhamento de experiências, onde as pessoas possam se desenvolver e mostrar seu valor, tudo isso num espaço democrático com impulsionamento de negócios e iniciativas sociais” explica Magaly Marinho, Gerente de Marketing do Grupo Iquine, responsável pela Tintas Iquine A Casa Zero vai permitir a expansão de ações como as iniciativas da Rede Muda Mundo através dos programas Novo Jeito (focado em serviços voluntários às comunidades), Porto Social (aceleradora de projetos sociais), Transforma Brasil (plataforma que une quem quer ajudar e quem precisa de ajuda) e Fábrica do Bem (promoção de informações sobre empatia, saúde mental e outros temas).

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Mercado de Casa Amarela foi requalificado

Um dos mais importantes pontos de comércio popular da cidade recebeu melhorias nos boxes, sanitários, piso e fachadas (Da Prefeitura do Recife | Fotos: Edson Holanda / PCR) Um dos pontos de comércio popular mais antigos e simbólicos do Recife, o Mercado de Casa Amarela está de cara nova após uma requalificação que foi entregue à população, nesta sexta-feira (02), pelo prefeito João Campos. Executada pelo Executivo Municipal, a obra inclui reforma dos sanitários e depósito de mercadorias, reestruturação da coberta e das fachadas dos boxes internos, além da troca de mobiliário dos boxes externos e instalação da faixa de pedestre elevada e dos paraciclos. “Fizemos manutenção da coberta, pintura da estrutura metálica, repaginação da fachada e dos boxes, da parte de toldos na lateral. Também viabilizamos uma parceria com a Coca-Cola para promover parte destas intervenções. Foi um conjunto de investimentos, liderado pela CSURB, e ainda vai vir mais novidades para o mercado que a gente vai executar a partir do próximo ano, sempre inovando e valorizando esses importantes espaços públicos”, afirmou João Campos. O gestor também agradeceu pela emenda parlamentar do deputado federal Tadeu Alencar que contribuiu com as melhorias. Nos sanitários, foram feitas troca de todas as louças, metais, luminárias, portas e revestimento de piso e parede, pintura do teto, além da revisão da instalação elétrica e hidrossanitária. Nos boxes internos, foi realizada a troca de bancadas de granito, pintura das portas e a recuperação das paredes. Para melhorar a acessibilidade, de acordo com a resolução CONTRAN nº 738/18, foi implantada uma faixa de pedestre elevada, com piso tátil, entre o mercado e o anexo I. Também foi feita a instalação de paraciclos na entrada principal, disponibilizando 10 vagas para bicicletas, com o intuito de facilitar a mobilidade para os ciclistas que frequentam o estabelecimento. Os boxes externos receberam mobiliário padronizado da Coca-Cola, empresa que venceu a licitação para fornecimento do equipamento. Foram trocadas as mesas, cadeiras, e instalados toldos retráteis. Também houve revisão da rede de drenagem, pintura de todo o equipamento e troca de todas as calhas da cobertura. “Essa é mais uma importante intervenção realizada em um dos mercados públicos mais simbólicos da cidade e mostra uma preocupação com a melhoria desses espaços, tão importantes para a nossa história e cultura. Essa e outras requalificações estimulam os comerciantes e frequentadores a valorizar, cuidar e frequentar ainda mais esses equipamentos públicos”, disse o diretor-presidente da Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), Gabriel Leitão. O açougueiro Zonaldo Ferreira, 77 anos, vende carne bovina no Mercado de Casa Amarela há 57 anos. No box 32, ele contou que a requalificação feita pela Prefeitura do Recife deixou o local, que ele considera a sua segunda casa, muito mais agradável. “Antes havia goteiras aqui, muita água, agora não tem mais, por causa da nova coberta. As calçadas foram modificadas, ficou ótimo. Foi feita uma pintura e então ficou tudo limpinho. Os boxes agora estão com mármore e cerâmica”, comentou ele. Já a faxineira Cristina Bento, 59 anos, mora no Alto de Santa Isabel e visita o Mercado de Casa Amarela pelo menos uma vez por semana para realizar pequenas compras. Ela também aprovou a requalificação do equipamento: “Eu nasci e me criei aqui perto. Estou achando ótimo o mercado, ótimo mesmo, está tudo limpinho, renovado. Eu venho sempre para comprar alimentos como legumes e verduras. Com essas mudanças, as pessoas ficam animadas e passam a vir mais”.

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Walt Disney inventou a Disneylândia, o Recife não precisa inventar nada!

*Por Francisco Cunha Walter Elias Disney (1901-1966), conhecido como Walt Disney, fundou a Disneylândia para dar vida a uma cidade da fantasia, onde todos os personagens e cenários são inventados e se constituem num absoluto sucesso de público e renda há décadas. Já o Recife, não precisa inventar nada porque todos os seus personagens e cenários são reais e pertencem à história que está literalmente em cada esquina do seu Centro. Aliás, desde a pré-história, os depoimentos dos primeiros colonizadores dão conta de que toda a região do delta do Capibaribe era densamente povoada, com diversas aldeias indígenas que ficavam perto dos locais de coleta de alimentos (peixes, crustáceos e demais abundantes frutos do mar, bem como frutas como caju, pitanga, mangaba, todas encontradas em profusão nas matas da planície e na beira-mar). Inclusive, a crônica histórica dá conta de que o próprio Duarte Coelho Pereira, nosso primeiro donatário, teve que expulsar uma aldeia inteira dos índios caetés do alto de Olinda (a “Marim dos Caetés”) para se instalar lá e fundar a nossa primeira capital. A partir da colonização, a relação de personagens notáveis é imensa. Desde os franceses contrabandistas de pau-brasil; passando pelos piratas liderados por James Lancaster; a invasão holandesa, com seu rosário de personagens de todos os tipos, inclusive os mais ilustre deles, Maurício de Nassau; os judeus que moraram na Rua do Bom Jesus e, de volta para os Países Baixos, se perderam, foram parar em Nova Amsterdam e fundaram a colônia judaica de Nova York, a maior do mundo; os heróis da Insurreição e da Restauração Pernambucana; os mercadores que promoveram uma guerra com a “nobreza da terra” de Olinda (só ela, um rosário interminável de personagens), talvez a única entre cidades no Brasil, a “Guerra dos Mascates”; os artistas e artesãos que construíram um dos maiores acervos barrocos religiosos do mundo; os religiosos que povoaram as igrejas e os conventos das mais variadas confrarias e ordens religiosas que imperaram depois da expulsão dos holandeses; os mártires e heróis das revoluções de 1817, de 1824 e de 1848, sem falar das diversas outras menores durante o “Século da Revoluções” (XIX); o naturalista Charles Darwin (que esteve no Recife em 1836); o Conde da Boa Vista (Francisco do Rego Barros), reformador notável do Recife, patrono da vinda de Louis Vouthier (engenheiro revolucionário francês que construiu o Teatro Santa Isabel); Francisco Saturnino de Brito, herói do saneamento nacional, que saneou 100% do Recife na primeira década do século XX; os reformadores dos Bairros do Recife e de Santo Antônio na primeira metade do século XX; sem falar em toda a plêiade de personagens do Império e da República (mulheres e homens públicos, artistas, poetas, empresários) que povoaram o Recife, inclusive a primeira experiência de arquitetura moderna no Brasil com Luiz Nunes, Burle Marx e Joaquim Cardozo); e muitos e muitos outros… Isso tudo, sem citar os ambientes urbanos e edificados com exemplares ainda presentes na paisagem da cidade ou facilmente resconstituíveis pela profusão de imagens ilustrativas (pinturas, gravuras, fotografias), por si sós, cenários que, rigorosamente, nada têm de fantasiosos porque reais. Essa breve relação mostra o pontencial extraordinário que o Recife tem, em especial o seu Centro, para ser mais do que uma cidade da fantasia, uma cidade da história e da cultura, com fantasia, sim, por que não? Com atrações em cada canto, ancoradas na riquíssima história que temos. Para isso, necessário se faz todo um esforço liderado pelo poder público mas que precisa ser encampado e prestigiado pelos que temos conhecimento desta possibilidade e pudemos contribuir com a nossa vontade para torná-la realidade. Nós não precisamos criar nenhuma Disneylândia. Nós já a temos. Só precisamos animá-la e colocar para funcionar. Pode ser um sucesso maior do que sua congênere fantasiosa norte-americana. Um parque temático real: o da fantástica história do Recife! *Francisco Cunha é arquiteto e consultor

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Travessias do Capibaribe

*Por Marcos Baptista Andrade Em agosto celebramos duas datas muito significativas para a cidade e para o planeta. O Dia do Ciclista, no próximo dia 19, e o Dia do Pedestre, no último dia 08. De uns anos pra cá o debate sobre a importância da mobilidade ativa vem ganhando espaço e se tornando, aos poucos, políticas públicas e se transformando em ações concretas. O aumento do número de ciclovias e ciclofaixas e a melhoria da conexão entre elas é a face mais visível dessa mudança. É importante destacar que ainda falta um longo caminho de conscientização da população, especialmente os usuários de carro, de que essa é uma tendência mundial e sem volta. Cada vez mais os carros deixarão de ser os protagonistas da mobilidade dando espaço ao transporte público (que precisa se tornar plenamente sustentável em poucos anos) e à mobilidade ativa (a pé, bicicleta, patins, skate…). Espernear porque vagas de estacionamento são suprimidas para dar espaço a uma ciclofaixa ou para a ampliação de uma calçada é algo completamente desalinhado com o futuro do planeta. Ao invés disso a sociedade deveria brigar por um transporte público de qualidade e por uma cidade caminhável e ciclável. Neste sentido, é importante destacar o lançamento do Travessias do Capibaribe, um concurso nacional para o projeto de 2 pontes sobre o Rio Capibaribe, exclusivamente para o transporte ativo, além da urbanização de suas cabeceiras e ampliação de ciclovias conectando-as às já existentes. O Rio Capibaribe, nosso maior ativo ambiental, quando não conecta as suas duas margens termina funcionando como uma barreira dificultadora da integração e desenvolvimento equilibrado da cidade. Entre as pontes Torre-Parnamirim e a BR-101 só existe uma conexão dentre as margens: uma ponte para pedestres bastante precária. Não por acaso é justamente nesse trecho, que existe a maior desigualdade social entre elas. De um lado Casa Forte, Santana, Poço da Panela, Monteiro e Apipucos. Do outro Iputinga, Caiara, Detran e Cordeiro. Margens e bairros com realidades muito distintas em termos de oferta de serviço público e infraestrutura urbana. Por isso é tão urgente fazermos essas conexões. Além das duas pontes citadas, uma está em construção (Monteiro-Iputinga) e uma outra em breve será construída ligando os bairros de Casa Forte ao Cordeiro. Todas essas iniciativas se conectam e estão alinhadas com o Parque Capibaribe e com o conceito de Cidade Parque, presente no planejamento de longo prazo da cidade, o Plano Recife 500 Anos. Tanto o Plano quanto o concurso são projetos coordenados pela ARIES – Agência Recife para Inovação e Estratégia. O Plano, construído de forma participativa, expressa o desejo de em que cidade as moradoras e moradores do Recife querem viver em 2037, quando completaremos 5 séculos de fundação. * MARCOS BAPTISTA ANDRADE é arquiteto e presidente da Agência Recife para Inovação e Estratégia

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