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"A tarifa zero é uma decisão política que exigirá articulação entre as diversas esferas governamentais"

Coordenador técnico da Urbana-PE, Bernardo Braga analisa a viabilidade da tarifa zero e aponta os desafios estruturais do transporte público no Brasil Tema de capa da Revista Algomais da semana, a entrevista com Bernardo Braga, coordenador técnico da Urbana-PE — entidade que representa as empresas operadoras do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife — aprofunda um dos debates mais sensíveis da mobilidade urbana: a viabilidade da tarifa zero. Ele avalia o tema a partir da realidade do sistema metropolitano e discute os riscos de uma gratuidade sem planejamento financeiro sólido. Na conversa, Braga faz um diagnóstico da crise do transporte coletivo no país, marcada por décadas de incentivos ao transporte individual e pela perda contínua de passageiros. Para ele, qualquer avanço rumo à gratuidade precisa vir acompanhado da qualificação do serviço e da revisão do modelo de financiamento. “É necessário inverter a lógica e priorizar, de forma absoluta, os modos coletivos. O debate sobre tarifa zero é importante, mas não pode ignorar a qualidade do transporte”, reforça. Como você avalia a viabilidade de uma política pública de Tarifa Zero nos Transportes para o Brasil? Seria como um SUS para a mobilidade? No Brasil, a tarifa zero tem sido adotada, até o momento, apenas por cidades de pequeno e médio porte. Somente 12 desses municípios possuem mais de 100 mil habitantes e, juntos, sua população equivale a cerca de metade da Região Metropolitana do Recife (RMR), com uma frota de ônibus conjunta inferior a 25% da existente na RMR. Ainda não temos experiências em grandes cidades ou regiões metropolitanas. Essa distinção é importante porque nelas os desafios são mais complexos, dada a necessidade de redes de transporte mais estruturadas e abrangentes. Ademais, a diversidade dos municípios e de seus sistemas de mobilidade acrescenta outra camada de complexidade à implementação de uma política em escala nacional. Embora o debate sobre a tarifa zero em grandes cidades exija cautela, a revisão do modelo de financiamento do transporte público é urgente. Essas discussões já estão no Congresso Nacional, por meio da PEC 25/2023, que propõe um Sistema Único de Mobilidade, e do PL 3278/2021, que estabelece o Marco Legal do Transporte Público. Também se discute a criação de uma contribuição paga por empresas, semelhante ao modelo francês, para substituir o vale-transporte. Avançar ou não para a gratuidade universal será uma decisão política e que exigirá articulação entre as diversas esferas governamentais. Contudo, uma discussão deveria preceder o debate sobre a tarifa zero: o nível de serviço que se deseja ofertar, aspecto fundamental para o dimensionamento do custeio do sistema. O transporte público precisa ser mais eficiente e atrativo, e a eventual renúncia da arrecadação tarifária não pode se impor como um novo desafio para a mobilidade. Assim, o ponto de partida para este debate deve ser que a política tarifária — qualquer que seja — não pode custar a qualidade do serviço. Aqui na RMR há alguma estimativa de custos para a implantação da tarifa zero? Desconheço estudos em andamento que estimem os custos de implantação de uma política de tarifa zero universal na RMR. No entanto, é importante destacar que os passageiros com gratuidades já representam grande parcela da demanda atual. Dados de setembro de 2025 indicam que 52% dos passageiros transportados nos ônibus da RMR contaram com gratuidade total ou parcial. Outros 32% foram beneficiados pelo vale-transporte, mecanismo em que a empresa custeia o deslocamento e o trabalhador contribui com até 6% do salário. Assim, apenas 16% dos passageiros pagaram integralmente a tarifa. Nesse grupo estão os trabalhadores informais e as pessoas desempregadas ou em busca de emprego, que, somadas àquelas que não utilizaram o transporte por restrições financeiras, poderiam receber atenção especial no custeio de seus deslocamentos. Quais as vantagens e os riscos dessa implantação, caso ocorra? É possível supor que a tarifa zero contribua para ampliar o acesso às oportunidades que as cidades oferecem e, consequentemente, para promover maior equidade e justiça urbana. Também é possível esperar um impacto positivo nos orçamentos das famílias que não contam com gratuidades, o que pode se refletir em maior consumo. Essas são dimensões importantes para o debate. Há ainda a expectativa de que a tarifa zero estimule a migração dos modos individuais motorizados para o transporte coletivo, mas até o momento não há evidências claras nesse sentido. Alguns estudos e levantamentos apontam aumento no número de passageiros dos ônibus, porém sem redução correspondente no uso de automóveis e motocicletas, cujas externalidades negativas precisam ser mitigadas. O principal risco é que a qualidade do serviço seja comprometida, afastando ainda mais os passageiros do transporte público e ampliando as desigualdades. Isso pode ocorrer por subfinanciamento, falta de garantias e previsibilidade no custeio do sistema ou mesmo por incapacidade de promover as adequações necessárias na oferta do serviço. Há uma avaliação de que o setor de transporte público vive uma crise no País. Quais as raízes dessa crise? Esse debate da Tarifa Zero ajudaria a enfrentar esse problema ou não? Esta crise foi gestada ao longo de décadas de incentivo ao transporte individual motorizado e de descaso com o transporte público. Com a maior parte dos investimentos voltada para automóveis e motocicletas, o transporte coletivo perdeu continuamente passageiros, tanto que, em 2024, transportamos quase a metade dos passageiros transportados em 2012. Agora, os efeitos foram socializados: a conta chega com a elevação dos custos sociais e ambientais e com a perda da qualidade de vida nas cidades. Essa crise tem sido agravada, especialmente, pelo aumento da frota de motocicletas e do mototáxi por aplicativo, ampliando a quantidade de sinistros de trânsito, o conflito no ambiente urbano, a pressão sobre o sistema de saúde pública e, consequentemente, gerando impacto no orçamento público. O debate sobre a tarifa zero lança luz sobre a necessidade de rever o modelo de financiamento do transporte público, mas, até o momento, ignora a discussão sobre a qualificação do serviço. É necessário inverter a lógica que predominou nas últimas décadas e priorizar, de forma absoluta e irrestrita,

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Infinity Recife transforma antigo Recife Palace em condomínio de luxo em Boa Viagem

Projeto de retrofit vai preservar a história do edifício e oferecer mais de 300 apartamentos com infraestrutura moderna e sustentável O icônico edifício que abrigou o Recife Palace, em Boa Viagem, ganha um novo capítulo com o lançamento do Infinity Recife, empreendimento residencial de luxo que vai unir modernização e preservação arquitetônica. Localizado na orla, o projeto pretende revitalizar um dos endereços mais tradicionais da capital pernambucana, transformando o antigo hotel em um condomínio contemporâneo voltado para o conforto e a qualidade de vida. A construção, que esteve sob gestão da rede Grand Mercure, passará por um retrofit completo, mantendo traços originais do prédio e incorporando soluções tecnológicas e de sustentabilidade. “É uma atuação que respeita a história do local e seus marcos arquitetônicos, mas com olhar, sofisticação e estrutura atualizados”, explica Diego Villar, CEO da Moura Dubeux, responsável pelo projeto. Com 19 pavimentos e localização entre a Avenida Boa Viagem e as ruas Dos Navegantes e Ernesto de Paula Santos, o Infinity Recife contará com 329 apartamentos de um ou dois quartos, com metragens entre 26 m² e 97 m², sob regime de condomínio fechado. O Valor Geral de Vendas (VGV) é estimado em R$ 384 milhões, reforçando o potencial imobiliário da área. O projeto é assinado pelo escritório Zirpoli Arquitetura. O empreendimento oferecerá automação residencial, tomadas para veículos elétricos, uso inteligente de recursos naturais e personalização de acabamentos para reduzir o volume de resíduos.

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Aldeia animal arvore Fotos de Mozart Souto

Desenvolvimento não é sinônimo de destruição

Por Sávio Delano, advogado e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PE. Foto: Mozart Souto A proposta de “compensação ambiental” apresentada pelo Exército Brasileiro para justificar o desmatamento da Mata Atlântica, na construção da Escola de Sargentos em plena APA Aldeia-Beberibe, exige reflexão crítica. Em tempos de emergência climática, a insistência em destruir uma das áreas mais sensíveis da região metropolitana do Recife é incompreensível e contraria o que a ciência, a sociedade e a própria legislação ambiental vêm sinalizando de forma inequívoca. Não se trata aqui de negar a importância do desenvolvimento econômico, tampouco de demonizar a presença de um equipamento militar em Pernambuco. Ao contrário: defendemos que preservação ambiental e desenvolvimento econômico podem andar juntos. A experiência mundial mostra que os países que melhor conciliaram prosperidade com qualidade de vida foram justamente aqueles que entenderam que o meio ambiente não é obstáculo, mas ativo estratégico. É neste sentido que se revela inaceitável a narrativa de que o desmatamento da Mata Atlântica seria um “mal necessário” para o progresso. A proposta do Exército, além de insuficiente, revela-se distorcida em seus fundamentos. Não se pode falar em compensação quando a área já é protegida por lei — tanto pela Lei da Mata Atlântica quanto pela legislação de proteção aos mananciais. A criação de uma unidade de conservação, apresentada como gesto de avanço, esbarra nesse paradoxo: proteger aquilo que a Constituição e a legislação já asseguram, mas que agora se pretende fragilizar. Soma-se a isso a preocupante omissão do Governo do Estado de Pernambuco, que, diante de um empreendimento de tamanha magnitude e evidente impacto socioambiental, tem se mantido silencioso ou conivente. A ausência de uma postura firme e transparente do poder público estadual não apenas fragiliza os instrumentos de proteção ambiental existentes, como também compromete o princípio da gestão compartilhada e democrática das Áreas de Proteção Ambiental, transformando o debate em um monólogo militar em vez de um processo participativo e republicano.Verifica-se, ainda, que o projeto do Exército prevê a instalação de uma área destinada a um Parque de Obuses, o que amplia significativamente os potenciais impactos ambientais e sociais da obra. Isso significa que, além do desmatamento, a região — hoje essencial para a proteção dos mananciais e da biodiversidade — poderá ser submetida a uma atividade militar de alto impacto, completamente incompatível com a função socioambiental do território. A ausência de informações claras sobre essa previsão evidencia a falta de transparência no processo e reforça o risco que o empreendimento representa tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades locais. Há, ainda, um aspecto político que não pode ser ignorado. Em pleno momento pré-eleitoral, deputados e lideranças políticas locais se apressam em vestir o manto do “desenvolvimentismo” para angariar votos. O mais grave é ver até parlamentares da oposição, que deveriam fiscalizar o governo, se colocando na posição de defensores do ministro da Defesa — revelando que a lógica eleitoral tem pesado mais do que o compromisso com o futuro ambiental da região. Esse pragmatismo oportunista ignora que o verdadeiro desenvolvimento precisa ser sustentável, e que os custos ambientais desse projeto recairão sobre as próximas gerações. O debate, portanto, não se resume a ser a favor ou contra o progresso. Trata-se, antes, de uma reflexão necessária sobre até que ponto continuaremos tratando a destruição ambiental como moeda de troca política e eleitoral, ou se seremos capazes de buscar alternativas locacionais e soluções inteligentes que conciliem prosperidade econômica, segurança nacional e proteção ambiental. Cabe ao Estado brasileiro — e, em especial, ao Exército, enquanto instituição historicamente associada à proteção da soberania e do território — reafirmar o compromisso com a preservação da vida e com o cumprimento dos princípios constitucionais que orientam a defesa do meio ambiente como bem de uso comum e essencial à vida das presentes e futuras gerações.

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Especialistas brasileiros e holandeses se unem para tornar Recife resiliente à elevação do mar

Workshop Recife Exchanges Netherlands discute estratégias de adaptação climática e proteção urbana De 13 a 17 de outubro de 2025, o Recife Exchanges Netherlands (RxN) – Projetando para os extremos reunirá especialistas brasileiros e holandeses para desenvolver estratégias que aumentem a resiliência da capital pernambucana às mudanças climáticas, com foco na elevação do nível do mar. Realizado durante o REC’n’Play, o workshop contará com palestras, oficinas, visitas técnicas e atividades colaborativas, envolvendo profissionais e estudantes de arquitetura, urbanismo, planejamento territorial, conservação do patrimônio e oceanografia. Ao final do encontro, serão apresentadas propostas concretas de proteção, adaptação e mitigação. O evento é promovido pelo Projeto Recife Cidade Parque, resultado de convênio entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Prefeitura do Recife, em parceria com a TU Delft, Prefeitura de Haia e IHE Delft Institute for Water Education (Unesco). Entre os participantes já confirmados estão Jean-Paul Corten e Martijn Oosterhuis, da Agência de Patrimônio Cultural dos Países Baixos, e Mila Avellar, do UNESCO IHE Delft. A coordenação é do professor Roberto Montezuma, da UFPE, responsável pelo projeto Recife Cidade Parque. O RxN integra mais de uma década de intercâmbio entre Recife e Holanda, marcado por workshops colaborativos que exploram a vulnerabilidade climática da cidade. Desde o primeiro encontro em 2011, os workshops têm gerado insights estratégicos, como a analogia da cidade à Árvore D’Água, destacando sua malha hídrica formada pelos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió, e a necessidade de planejamento urbano de longo prazo com metas para 2037, quando Recife completará 500 anos. O Recife Cidade Parque visa transformar a cidade em uma cidade-parque azul-verde, promovendo reconexão com a natureza, valorização dos rios e espaços públicos verdes. O projeto prevê sistemas integrados de corredores ambientais, permeabilização do solo e mitigação de enchentes, além de incentivar mobilidade sustentável e inclusão social, aproximando a população do mar, rios e áreas verdes da cidade. ServiçoEvento: Recife Exchanges Netherlands (RxN) – Projetando para os extremosQuando: 13 a 17 de outubro de 2025Onde: Sala do Apolo 235 – R. do Apolo, 235, Bairro do Recife – Recife, PE

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Governo investe em restauração da Igreja de São Pedro Mártir em Olinda

Ordem de serviço prevê obras de R$ 1,2 milhão para recuperar patrimônio histórico fechado desde 2015. Foto: Hesíodo Góes - Secom A governadora Raquel Lyra assinou, nesta terça-feira (16), a ordem de serviço para a restauração da Igreja de São Pedro Mártir de Verona, localizada no bairro do Carmo, em Olinda. Fechada desde 2015, a construção do século XVIII passará por um investimento de R$ 1,2 milhão, viabilizado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dentro do Novo PAC. A iniciativa faz parte de um conjunto de obras de preservação que também inclui o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE) e o Mosteiro de São Bento. “Nós estamos mais uma vez aqui em Olinda, trabalhando pela restauração do nosso patrimônio histórico e cultural. Quando olhamos para Olinda, vemos que é um patrimônio da humanidade e precisa ser cuidado com dignidade. Então, a partir desses investimentos, vamos devolver ao pernambucano, ao olindense, ao Brasil e ao mundo patrimônios que falam sobre a nossa cultura, a nossa história e a nossa religiosidade”, destacou a governadora Raquel Lyra. A obra prevê recuperação das fachadas, pisos, esquadrias e coberta, além de modernização elétrica, iluminação, combate a incêndio e acessibilidade. O projeto conta com a parceria entre Governo de Pernambuco, Fundarpe e Iphan. “Temos grandes parcerias com a Fundarpe, ligada ao Governo do Estado, o que reforça o compromisso da gestão estadual na preservação do patrimônio e da cultura. O Governo Federal, por meio do Iphan, também demonstra compromisso com a preservação cultural, com os importantes recursos destinados para preservação”, ressaltou o superintendente do Iphan em Pernambuco, Fred Brennand. A presidente da Fundarpe, Renata Borba, acrescentou que já são 12 obras de restauração em curso no estado, somando R$ 75 milhões em investimentos. A restauração da igreja também tem valor simbólico para a comunidade. “Restaurar patrimônio histórico e cultural como essa Igreja de São Pedro Mártir de Verona é devolver à comunidade esse espaço vital de espiritualidade e de fé”, afirmou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson. Obra: Restauração da Igreja de São Pedro Mártir de Verona, Carmo – OlindaInvestimento: R$ 1,2 milhão (Fundarpe/Iphan – Novo PAC)Previsão: Início imediato das obras de recuperação e modernização

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Rodovias de Pernambuco adotam energia sustentável e projetam economia de R$ 45 mil por ano

Concessões da Rota do Atlântico e Rota dos Coqueiros firmam parceria para reduzir custos e emissões As rodovias que ligam Recife ao litoral sul avançam na adoção de energia sustentável como parte de uma estratégia de modernização e redução de custos. A iniciativa prevê economia anual de R$ 45.552,00 nos gastos com eletricidade e marca um passo importante na transição energética do setor rodoviário em Pernambuco. O projeto foi viabilizado pela Monte Rodovias, concessionária da Rota do Atlântico e da Rota dos Coqueiros, em parceria com a Prime Energy e por meio de contrato de energia por assinatura via Neoenergia. A ação começou em 2023 e inclui nove unidades consumidoras na área de concessão da Neoenergia, com um volume total de 27 MWh de energia contratada. Segundo a coordenadora de Comunicação e Sustentabilidade da Monte Rodovias, Greici Vidaletti, a iniciativa permite reduzir emissões de gases de efeito estufa sem a necessidade de infraestrutura própria, como placas solares ou turbinas eólicas. “A energia representa uma parcela relevante na estrutura das nossas rodovias. Nesse sentido, a melhoria nos permitiu adotar um modelo de consumo mais sustentável e previsível, trazendo ganhos diretos em eficiência operacional e redução de despesas”, destacou. Além do uso de Geração Distribuída, a Monte Rodovias migrou 14 unidades para o Mercado Livre de Energia (MLE), distribuídas entre Bahia e Pernambuco. Os contratos foram assinados em agosto de 2023 e as migrações, iniciadas em janeiro de 2024, foram concluídas em agosto do mesmo ano. Essa combinação faz parte da estratégia de transição energética do grupo, que busca eficiência, sustentabilidade e diversificação de fontes. O diretor de Marketing, Parcerias e Comercial da Prime Energy, Rendelson Framil Jr., explicou que o modelo foi desenhado para atender às necessidades específicas das rodovias. “Trabalhamos lado a lado com a Monte Rodovias para entender as características de cada unidade e identificar as melhores oportunidades de economia, sem abrir mão da segurança regulatória. Hoje, entregamos uma solução integrada, que contempla desde a migração para o Mercado Livre até o uso de usinas de Geração Distribuída, por meio da energia por assinatura”, afirmou. O movimento acompanha uma tendência nacional. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que mais de 77 mil unidades consumidoras já operam no Ambiente de Contratação Livre, após as mudanças de 2024 que ampliaram o acesso de pequenos e médios consumidores. “A Monte Rodovias é um exemplo de como empresas com operação regional podem aproveitar esse novo cenário para gerar valor imediato aos seus negócios. Nosso foco é facilitar essa jornada com soluções que tragam resultados consistentes e eficientes desde o início da parceria”, concluiu Rendelson.

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Crea-PE leva a Serra Talhada debate sobre desenvolvimento do Semiárido

Seminário em 4 de setembro discutirá logística, energias renováveis, agricultura e educação como vetores para a economia do interior pernambucano O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) promove, no dia 4 de setembro, em Serra Talhada, o seminário “Desenvolvimento do Semiárido Pernambucano – Áreas Estratégicas. O encontro, organizado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP), vai reunir autoridades públicas, especialistas e lideranças locais para discutir caminhos de fortalecimento da região em áreas-chave como logística, desenvolvimento sustentável, energias renováveis e o papel da educação nas Engenharias, Agronomia e Geociências. A iniciativa marca a primeira vez que o seminário chega ao interior, em um movimento de interiorização do Conselho. “O Crea vem discutindo a interiorização do desenvolvimento pernambucano. Sai dos limites do Recife e da RMR e leva o Conselho para o interior. O desafio é ampliar o crescimento estadual, agregando e discutindo projetos que levam emprego, desenvolvimento e receita para os municípios”, afirma Adriano Lucena, presidente do Crea-PE. Serra Talhada foi escolhida por sua localização estratégica, que conecta Pernambuco a outros estados. Ao longo do dia, o público terá acesso a quatro palestras, com nomes ligados à gestão pública, ao setor privado e à academia. Entre os temas, estão os impactos da duplicação da BR-232 e da Transnordestina na economia do Agreste e do Sertão, os desafios das novas fronteiras agrícolas no estado, a presença das escolas de Engenharia e Agronomia no Semiárido e o papel das energias renováveis na matriz energética regional. "Este seminário traz uma discussão muito rica, que transcende a questão governamental. Serra Talhada é uma cidade que vem num ritmo de crescimento importante ao longo dos últimos 20 anos, com grandes empresas que respiram engenharia”, observa o engenheiro agrônomo Geraldo Eugênio, coordenador técnico do evento. O seminário acontece no auditório do Senac, das 8h às 18h, com participação gratuita mediante inscrição online.

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Bezerros firma compromisso com a Agenda 2030 e adere ao Pacto pelos ODS

Município do Agreste de Pernambuco reforça atuação em políticas públicas de sustentabilidade e gestão integrada A Prefeitura de Bezerros, no Agreste pernambucano, oficializou sua adesão ao Pacto Nacional pelo Desenvolvimento Sustentável – Meu Município pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). A iniciativa busca alinhar a gestão pública local à Agenda 2030, fortalecendo o compromisso com um futuro mais justo, equitativo e ambientalmente responsável. A assinatura do pacto foi realizada pela prefeita Lucielle Laurentino junto à Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS). A partir dessa adesão, Bezerros passará por um processo de diagnóstico situacional e construção de um plano de ação com metas claras, baseadas em evidências. O objetivo é garantir maior integração no planejamento público, associado à transparência e à eficiência administrativa. Com essa medida, o município ganha maior visibilidade em cenários nacional e internacional, ampliando o alcance de suas boas práticas em sustentabilidade e abrindo espaço para parcerias estratégicas. Além de fortalecer a imagem institucional, a iniciativa contribui para inserir Bezerros na agenda da diplomacia municipal voltada ao desenvolvimento sustentável. Outro ponto destacado é a importância da participação social. A contribuição da população no acompanhamento e na formulação de políticas de sustentabilidade será determinante para o êxito da proposta. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam um chamado global para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e assegurar prosperidade e paz para todas as pessoas, metas que compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas.

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Mapa Gigante do Recife atrai multidões e propõe reflexão sobre mudanças climáticas

Instalada na UFRPE, intervenção artística já recebeu mais de 10 mil visitantes e se prepara para ações itinerantes pela cidade Uma experiência imersiva e educativa está movimentando o Ginásio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE): o Mapa Gigante do Recife. Com 450 m², a instalação artística já foi visitada por mais de 10 mil pessoas, entre estudantes, professores, crianças e público espontâneo. A proposta faz parte do projeto Cartografia dos Sentidos – Recife, que convida os participantes a “caminhar sobre a cidade” e observar ruas, casas, rios e bairros sob uma nova perspectiva. O impacto da obra vai além do tamanho. A intervenção atraiu autoridades como o prefeito João Campos, secretários municipais, empresários, pesquisadores e artistas, além de líderes comunitários interessados na abordagem sensível e provocadora sobre o futuro da cidade. O objetivo central é despertar a consciência coletiva para os riscos das emergências climáticas e incentivar soluções concretas para os desafios ambientais do Recife. Nas redes sociais, o engajamento tem sido expressivo: mais de 400 mil visualizações e 3.500 compartilhamentos. A repercussão inclui dezenas de comentários que sugerem manter a exposição em cartaz por mais tempo ou levá-la a outras áreas da cidade. “Muito legal essa exposição, deveria se estender para o centro do Recife”, escreveu uma internauta. Outro comentário questiona: “por que tão pouco tempo?”, e há quem defenda que “deveria ter um mapa desse fixo, em algum lugar do Recife”. A instalação segue em exibição até o dia 13 de agosto, com atividades especiais. Nesta sexta (09), o espaço será tomado por brincadeiras, oficinas e rodas de conversa voltadas para o público infantil. Já na segunda (12), às 14h, será realizada a oficina Redescobrindo o Recife sobre o Mapa Gigante, em parceria com o RacLab da UFRPE e pesquisadores. Após essa etapa, o projeto terá ações itinerantes, levando o mapa a escolas, centros comunitários e unidades do Compaz. Serviço📍 Local: Ginásio do Departamento de Educação Física da UFRPE – Recife📅 Período: Até 13 de agosto⏰ Horário: 09h às 17h🎟 Entrada gratuita Programação09 de agosto – 09h às 17h: Recife embaixo dos pezinhos (atividades lúdicas para crianças)12 de agosto – 14h: Oficina Redescobrindo Recife sobre o Mapa Gigante (com RacLab da UFRPE e pesquisadores)

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Rota Paudalho de Fe e Tradicao Igreja de Nossa Senhora do Rosario Credito Josue Filho Prefeitura do Paudalho

Nova rota de turismo religioso impulsiona economia local em Paudalho

Parceria entre Sebrae e Prefeitura fortalece atrativos históricos e espirituais do município, com foco no desenvolvimento sustentável da Zona da Mata Norte. Na imagem acima, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Foto: Josué Filho - Prefeitura do Paudalho O município de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, ganha um novo impulso para o turismo religioso com o lançamento da rota Paudalho de Fé e Tradição. A iniciativa integra o projeto da Rota Religiosa de São Severino dos Ramos, desenvolvido em parceria entre o Sebrae Pernambuco e a Prefeitura local, com o objetivo de valorizar a fé, o patrimônio histórico e a cultura regional como vetores de crescimento econômico sustentável. Localizado a cerca de 50 quilômetros do Recife, o município abriga um dos maiores centros de peregrinação do Nordeste: o Santuário de São Severino dos Ramos. O novo roteiro propõe um itinerário que conecta igrejas seculares e espaços de valor simbólico, promovendo a visita a templos como a Igreja de Nossa Senhora do Desterro — refúgio de padres capuchinhos durante a invasão holandesa — e a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, construída em 1778 por negros escravizados e libertos. A rota chega ao mercado com guia bilíngue (português e inglês) e busca atrair diferentes perfis de visitantes, unindo espiritualidade, arquitetura e memória social em uma mesma experiência turística. Segundo o Sebrae, o trabalho inclui também ações estruturantes como visitas técnicas, pesquisas de campo, reuniões com parceiros, criação de identidade visual e desenvolvimento de materiais promocionais. “Paudalho é conhecida por sua forte tradição de fé e celebrações populares. Esse novo roteiro tanto vai valorizar como contribuir para promover o turismo religioso na cidade, que já recebe milhares de romeiros durante o ano inteiro, especialmente entre os meses de setembro e abril, época de maior fluxo neste que é um dos principais destinos de peregrinação do Nordeste”, destaca Esther Barros, analista do Sebrae Pernambuco. A segunda etapa do projeto será concluída em agosto, com a entrega do Mapa Turístico de Paudalho. O material trará informações sobre os principais atrativos históricos, culturais e serviços da cidade. “Mesmo com a praticidade oferecida por aplicativos para celular e outros conteúdos digitais, um mapa em papel continua sendo um dispositivo ideal para contemplar perfis específicos de viajantes. Ele também segue funcional em áreas onde banda larga e acesso a dados podem não estar disponíveis, além de contribuir para a experiência do usuário ser ainda mais completa e satisfatória e podem até ser usados como suvenir”, complementa Esther. Em setembro, será lançado o terceiro produto da consultoria: um folder com os equipamentos do trade turístico local. “Nosso papel é contribuir para transformar o potencial já existente no município em oportunidade concreta de desenvolvimento regional sustentável. Quando bem estruturado, o turismo religioso gera renda, empregos e novas oportunidades de negócios, preserva a cultura viva do território e ainda atrai novos públicos, diversificando e fortalecendo a economia da cidade de forma contínua e planejada”, finaliza a analista do Sebrae.

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