Aconteceu ontem na Fiocruz Pernambuco o Seminário Internacional Zika Vírus. O encontro, organizado pelo Consulado Britânico e pelo Instituto Ageu Magalhães, faz parte de um conjunto de ações do Ano da Ciência e Inovação do Reino Unido-Brasil 2018-2019. Participaram pesquisadores brasileiros e britânicos, que discutiram resultados e desafios sobre a zika.
"Esse seminário basicamente teve por objetivo reunir pesquisadores que trabalham em projeto colaborativos entre o Reino Unido e o Brasil. Os projetos de pesquisa foram iniciados há 3 anos para apontar conhecimentos sobre o zika vírus. Há pouco tempo não se tinha noção, por exemplo, que o vírus poderia ter efeitos adversos durante a gestação", comenta Celina Turchi, pesquisadora da Fiocruz PE.
No evento foram apresentados ao público resultados, questões ainda sem resposta e os encaminhamentos a serem dados às pesquisas desenvolvidas em parceria por instituições pernambucanas e do Reino Unido.
Entre os palestrantes estava a professora da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres Annelies Wilder-Smith, que coordena o consórcio ZikaPlan, rede criada para enfrentar o vírus zika, na América Latina. Ela aponta que os dois principais problemas nesse enfrentamento são a dificuldade de diagnóstico da doença e o desconhecimento da sua taxa de ataque (número de casos da doença em uma população específica, limitado a uma área e tempo restritos). Ela também destacou os obstáculos existentes para a criação de uma vacina.
Estiveram presentes ao evento Graham Tidey (cônsul britânico em Pernambuco), Giovanny França (Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde), Enrique Vásquez (o coordenador de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde), George Dimech (diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco), Rui Lopes (diretor-adjunto da Rede Britânica de Ciência e Inovação no Brasil).
(Com informações da Fiocruz)