É 'corriqueiro' as pessoas pensarem que no mundo dos jogos tudo é uma maravilha, todo mundo se divertindo, tudo numa boa, bom, em partes. Mas tu não sabe de nada: é que até nos games existe um tal de Bullying. Pense numa ‘desgrama’!!! Não bastassem os desafios dos próprios jogos, seja jogando contra o computador, ou até mesmo nas partidas multiplayers para definir quem é melhor ou mais 'desenrolados', ai vem uns 'cablocos' para ficar falando besteria, intimidando e até mesmo tirando a autoestima dos gamers, principalmente das minas e de jogadores LGBTQ+. Mas essa situação não ocorre com jogadores ruins ou amadores, mas até com jogadores profissionais, pois além da questão competitiva, a necessidade de melhorar cada vez mais a performance, de atingir as metas, e se o gamer 'vacila' em uma partida, pronto, deu margem para o bullying, seja por parte do público ou até por agentes do time. E isso tem levado esse público a ter problemas emocionais, isso existe? Repare, existe até o termo jogadores tóxicos, 'misericórdia', que realizam esses comportamentos lastimáveis no mundo digital, seja dentro de uma partida ou noas redes sociais. A coisa é tão séria que algumas plataformas de jogos online aplicam algum tipo de punição, que pode ser uma advertência ou até o banimento, em casos de reincidência ou por causa do nível de toxicidade de suas ações. Segundo um estudo de 2019 da ONG Anti-Defamation League, 74% dos jogadores norte-americanos sofreram bullying durante uma partida, já pensasse. E tem mais, 65% dos entrevistados falaram ter sofrido um assédio da gota serena, como ameaças físicas e perseguição. Tu imaginava isso meu 'véi', minha 'véia'? Gente assim eu quero é distância, né verdade!!! Esse tema não é de hoje, tanto que o estúdio Rockstar Vancouver desenvolveu o game Bully, lançado em outubro de 2006 para PlayStation 2 pela Rockstar Games. O jogo apresentava o personagem Jimmy Hopkins, um metido um valentão da escola, mais conhecido por amedrontar ou estudantes. O game dá a opção de você escolher ser um 'cabloco' desgramado ou um herói que protege os mais fracos, e ai, meu véi, minha veia, você escolheria o quê? Mas voltando a questão do bullying, como fiquei ‘encasquetado’ com essa situação, principalmente, por estarmos ainda nessa triste pandemia da Covid-19, que não acabou ainda né mesmo, o que tem levado jogadores e jogadoras a ficarem estressados, ansiosos ou com sintomas de depressão pelo isolamento social, então fui bater um dedo de prosa com Dr. Victor Kurita, médico que vem trabalhando com a Medicina Integrativa, nome bonito 'danado'. Confira a nossa prosa! Cabra Nerd - Como esse tal de bullying pode afetar os gamers? Dr. Victor Kurita - O bullying é a intimidação, caracterizada por intenção hostil, desequilíbrio de poder de forças e repetição deste ato sobre um período de tempo. Pode ser dividido em sub categorias, uma delas é o cyberbullying, onde as pessoas usam sites e redes sociais para exercer a intimidação verbal e psicológica em outras pessoas. O estereótipo dos gamers é de uma criança ou adolescente mais fechado e com pouca interação, e em ambientes escolares eles se sentem inferiorizados e consequentemente imergem mais no mundo dos games. Graças ao mundo lúdico que os games proporcionam, esses adolescentes são tratados de forma mais igualitária. No ambiente físico e social, são vítimas maiores desses ataques, e dentro dos jogos isso não ocorre. Essa imersão faz com que os jovens se escondam cada vez mais atrás da tela de um computador. Cabra Nerd - Como os gamers devem trabalhar o emocional sobre a questão dos comentários 'felas da gaita', ou melhor, abusivos? Dr. Victor Kurita - Geralmente as pessoas perguntam porque uma crítica tem peso maior do que um elogio. A explicação fisiológica é que, no elogio, há uma liberação maciça de neurotransmissores como endorfina. Na crítica, exalamos cortisol, que rege nossa reação de ataque e fuga (conhecido como hormônio de estresse, que é uma reação diferente do que gostaria). As críticas são mais agressivas de forma fisiológica. Nesse mundo, é cada vez mais crescente o número de haters, que são pessoas que criticam, intimidam e agridem através de redes sociais, sejam do meio delas ou não, e se torna um comportamento repetitivo. As pessoas que se expõem estão sujeitas a isso o tempo todo, é importante entender que esses haters existem e precisam de um tratamento psicoterapêutico. Há dois modos de combater: 1. entender que estamos todos sujeitos a receber esse tipo de comentários; 2. sempre vangloriar e potencializar todos os elogios feitos para liberar mais endorfina. Cabra Nerd - Porque a questão de ódio, chacota ou bullying ainda acontece no mundo de hoje, o que leva uma 'trepeça' a fazer isso? Dr. Victor Kurita - O bullying só se tornou uma denominação, mas a espécie humana sofre com isso desde os primórdios. Sempre há a necessidade do exercício de poder dos mais fortes para os mais fracos e a necessidade egocêntrica de mostrar aos outros que estão assistindo. Estudos dentro da psicologia analisaram desenhos animados onde viram que os super heróis atacavam apenas um inimigo e crianças em idade escolar. O resultado foi que esses desenhos estimulam a união de um grupo de pessoas para atacar um único ser, geralmente escolhido por ter alguma alteração física ou ser diferente fisicamente, ou crianças mais isoladas. O bullying vai se mantendo e a possibilidade de fazer isso através de telas de computador é mais fácil porque a pessoa não se expõe e ainda pode exercer esse poder. Cabra Nerd - Quais são as dicas para combatê-lo? Dr. Victor Kurita - É bem delicado, porque existe a necessidade de uma função integrativa entre educadores, pais e adolescentes a fim de minimizar o comportamento de ódio violento e agressivo dentro de casa e nas escolas. A punição de forma verbal ou que ajude na conscientização é muito importante. Quanto à vítima, é importante que educadores e pais prestem atenção à mudança de comportamento, que pode ser o distanciamento e