80,8% dos pernambucanos se disseram endividados, segundo pesquisa da Fecomércio

Pernambuco registrou entre abril e maio de 2022 um recuo de 2 pontos no percentual de famílias que se declaram endividadas, saindo de 82,8% para 80,8%. Ainda assim, esse é o maior percentual para o mês na série histórica iniciada em janeiro de 2010, superando os 80,1% observados em maio de 2021.

Compondo o quadro de endividamento, 19,3% das famílias se disseram muito endividadas em maio, 34,3% se declararam moderadamente endividadas e 27,2% se declararam pouco endividadas, enquanto 19,2% relataram não ter nenhum tipo de dívida no momento da pesquisa.

O tempo médio de comprometimento com as dívidas, por outro lado, avançou de 7,3 meses em maio de 2021 para 7,7 em maio de 2022. Também com relação a maio de 2021, observa-se um aumento na parcela média da renda comprometida com as dívidas, que passou de 28,6% para 30,5%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, os valores ficaram estáveis.

A proporção de famílias com dívidas em atraso, com cartões de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, também recuou em maio, tanto na comparação com o mesmo mês no ano anterior quanto na comparação com o mês de abril, ficando em 30,2%.

Por outro lado, o tempo de atraso das contas a pagar em maio deste ano é maior que no mesmo mês do ano passado, tendo aumentado em média 5 dias (de 53 para 58 dias de atraso). Esse movimento continua refletindo o encarecimento do crédito e mesmo do refinanciamento das dívidas, em cenário de elevação frequente dos juros, sobretudo no cartão de crédito, que é o principal vetor das dívidas.

Não obstante realmente seja o vetor de endividamento mais citado pelas famílias, é importante destacar que a menção ao cartão de crédito vem desacelerando substancialmente. No período de um ano, comparando a maio de 2021, a proporção de famílias endividadas que citaram o cartão de crédito como um dos componentes caiu de 96,7% para 91,5%. O mesmo se aplica ao cheque especial, cuja menção caiu de 14,4% para 10,7%.

Ambas as modalidades, frequentemente acessadas pelas famílias em períodos de dificuldade financeira, apresentam as taxas mais elevadas no crédito livre, ultrapassando 300% ao ano no caso do rotativo no cartão e 100% a.a. no caso do cheque especial. A tendência de queda em ambas as modalidades ocorre em momento de aceleração da taxa básica de juros, que é uma referência para os ajustes do risco do crédito às pessoas físicas calculado pelas instituições financeiras. Nesse cenário, as famílias buscam reduzir a participação desse tipo de crédito no comprometimento da renda mensal. Na contramão, modalidades como crédito pessoal e carnês ganham mais participação entre famílias, que buscam saldar os débitos de juros mais elevados.

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