83% dos brasileiros já passaram por mal-estar no trabalho em função do calor

As recentes elevações nas temperaturas, que atingiram recordes históricos tanto no Brasil quanto globalmente, serviram como um alerta para que a população se preparasse para possíveis cenários semelhantes no futuro. Apesar da discussão em curso sobre o aquecimento global, é crucial que as pessoas estejam mais bem equipadas para lidar com o calor de maneira saudável. As ramificações das altas temperaturas não apenas afetam a saúde, levando a problemas respiratórios e alterações na pressão arterial, mas também influenciam a produtividade nas atividades diárias, incluindo o desempenho no trabalho.

Uma pesquisa da Onlinecurrículo, plataforma de currículos online, revela que 83% dos entrevistados no Brasil, abrangendo diversas faixas etárias, classes sociais e regiões, já enfrentaram situações de mal-estar relacionadas ao calor no ambiente de trabalho. Além dos riscos à saúde, como problemas respiratórios e aumento do risco de infartos e derrames, as temperaturas elevadas resultam em efeitos como cansaço, queda de pressão e fraqueza, impactando diretamente na disposição e produtividade diárias. Os sintomas mais comuns mencionados pelos trabalhadores incluem dor de cabeça (59%), fraqueza (40%), queda de pressão (35%) e tontura (28%).

Queda no rendimento profissional

Esses mal-estares, com diferentes intensidades, frequentemente afetam a produtividade dos trabalhadores. Dos participantes da pesquisa, 35% afirmam que rendem menos no trabalho em dias de calor, enquanto 15% não percebem diferença e apenas 6% sentem que rendem mais. A adaptação do ambiente de trabalho para lidar com altas temperaturas é crucial, com 28% dos entrevistados relatando que conseguem manter a produtividade em locais climatizados.

A especialista em carreiras da Onlinecurriculo, Amanda Augustine, destaca a importância de proporcionar um ambiente de trabalho adequado durante dias quentes para a saúde e bem-estar dos colaboradores. Ela enfatiza que pequenos aumentos de temperatura podem causar desconforto, impactando a produtividade. Augustine cita estudos que indicam uma queda na produtividade em locais com temperaturas superiores a 22°C, com uma redução de 16% observada em temperaturas acima de 26°C. Ela ressalta a necessidade de as empresas fornecerem ambientes adequados e estarem atentas aos sinais de desconforto entre os membros da equipe.

Exposição ao sol

Em relação ao local de trabalho, 59% dos entrevistados afirmam trabalhar principalmente ou apenas em ambientes internos, enquanto 13% atuam principalmente ou exclusivamente em ambientes externos, e 27% alternam entre trabalhos internos e externos.

Amanda Augustine, especialista em Carreiras

“Mesmo que grande maioria das pessoas trabalhem em locais fechados, especialmente com a evolução das tecnologias e uso majoritário do computador para realização de tarefas, é essencial que as empresas pensem como dar assistência para os colaboradores que realizam tarefas externas. As soluções para ambientes internos podem ser mais óbvias, como a climatização dos espaços, mas o cuidado com quem realiza demandas externas é tão importante quanto”.

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