Na próxima segunda-feira (16/04), é comemorado o Dia Mundial da Voz, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde vocal. A fonoaudióloga e especialista em voz Karine Pontes, professora de perícia vocal do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), explica que hábitos simples no dia a dia já podem ajudar a prevenir problemas com a voz. “Entre os principais cuidados, evitar abuso e maus usos vocais, como falar forte, alto, gritar, pigarrear e fazer ‘competição sonora’, quando conversamos alto no barulho”, orienta.
“Conversar bem acima do tom quando se tem muito ruído em volta, realmente, força a voz. Nessa situação, ela é produzida com esforço e intensidade elevada. O ideal é se afastar um pouco do barulho, se quiser conversar. No caso de festas, converse longe de caixas de som”, recomenda. Outra dica é investir numa boa hidratação, que é essencial para o bom funcionamento da voz. De acordo com a professora de fonoaudiologia, beber água é fundamental para todo o organismo, assim como para as pregas vocais, pois elas estando bem hidratadas, a voz é produzida de forma mais harmoniosa e sem esforço.
“Se o indivíduo usa a voz profissionalmente, como professores e cantores, é melhor optar por água em temperatura ambiente, pois bebidas muito geladas podem causar choque térmico e, as quentes, vasodilatação”, explica Karine, lembrando que realizar mudanças de temperatura para fins terapêuticos da voz, só devem ser feitas sob orientação de um fonoaudiólogo. “Deve-se também evitar comidas muito condimentadas, gaseificadas e muito ácidas para não favorecer o refluxo laringofaríngeo, que pode agredir as pregas vocais”, alerta Karine.
Para quem usa muito a voz no trabalho, os cuidados devem ser redobrados. “O ideal é procurar também um acompanhamento de fonoaudiólogo para orientar sob aquecimento, desaquecimento e prevenção de lesões de pregas vocais”. Outro fator importante é ficar atento a alguns sintomas, já que o esforço vocal pode gerar desde fadiga até alguma lesão de prega vocal, surgindo queixa como a rouquidão. “Caso essa rouquidão persista por mais de 15 dias, deve-se procurar ajuda profissional de médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo”, recomenda a professora de fonoaudiologia do IDE Karine Ponte.