Estamos em um momento delicado, que demanda atenção redobrada à prevenção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a COVID-19, a nova doença do coronavírus, já é uma pandemia. A doença vem aumentando em número de casos diagnosticados, e o grupo de idosos acima de 80 anos, e com comorbidades, é aquele que apresenta maior risco de complicações, chegando a 15% de letalidade.
Chamamos a atenção, particularmente, às pessoas com doença de Alzheimer, que desenvolvem fragilidade e, geralmente, têm várias doenças associadas. As doenças clínicas, como infecções virais a exemplo do coronavírus, podem se manifestar comprometendo o quadro cognitivo e funcional, sem os sintomas clássicos da nova doença. Pode ocorrer confusão mental aguda com apatia ou agitação, como forma de apresentação atípica. Portanto, atenção especial deve ser dada a este público.
Conheça algumas orientações específicas para todos aqueles que convivem diretamente com idosos:
1- Todos devem utilizar a estratégia simples e eficaz de fazer a higienização das mãos de forma correta e frequente, com água e sabão ou álcool gel a 70%;
2- Evitar contato pessoal direto com o idoso;
3- Cuidadores e familiares, apresentando sinais da doença, devem comunicar ao responsável e interromper o cuidado direto;
4- Parentes e amigos devem reduzir as visitas às casas que tenham idosos;
5- Crianças que precisem ficar com os avós devem ter orientação e maior atenção à higiene, evitando contatos abraços, beijos e colo;
6- O idoso deve ser monitorado quanto às suas doenças clínicas, que precisam estar controladas;
7- É preciso mantê-lo bem hidratado e nutrido;
8- Não levar idosos para locais com grande número de pessoas, como feiras, supermercados e shoppings.
Com estas orientações, esperamos ajudar na prevenção direta e tornar esta fase o mais segura possível para o idoso.
Carla Núbia Borges
Médica Geriatra, Diretora Científica da ABRAz Nacional
Revisão jornalística:
Voluntária Rebecca Melo DRT (1349/SE)