Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco
A flexibilização que tem proporcionado a retomada da economia em Pernambuco já mostra resultados positivos para o volume de vendas do comércio varejista. Com o menor impacto do isolamento social imposto pela Covid-19, a taxa média do varejo do Estado cresceu 18,9% em julho, no comparativo com junho deste ano, ficando em segundo lugar no ranking nordestino e em terceira posição do país na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado mensal divulgado nesta quinta-feira (10) também mostra alta de 9% no volume de vendas do varejo estadual em relação a julho de 2019, quando o país experimentava condições pré-pandemia. Importante destacar que o IBGE destacou ontem o crescimento expressivo da produção industrial do Estado (17%) no mesmo mês, o que reflete as medidas implementadas pelo Governo do Estado para não paralisar as atividades durante a pandemia, incluindo o fortalecimento da cadeia de distribuição e o direcionamento de parte da atividade para novas demandas.
“A necessidade de manter a população em quarentena nos meses mais críticos de combate ao coronavírus influenciou no resultado dos últimos 12 meses encerrados em julho, que ainda está negativo em Pernambuco (-3,1%). Mas essa situação deve se reverter a partir da análise de agosto. Atualmente temos 97% dos setores econômicos com suas atividades retomadas, o que só foi possível graças ao planejamento adotado pelo Estado para assegurar a eficácia do Plano de Convivência”, pontuou a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado, Maíra Fischer.
O Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, lançado pelo Governo do Estado no dia 1º de junho, é um cronograma dinâmico, dividido em 11 etapas, que evolui regionalmente e avança de acordo com os dados epidemiológicos sobre o coronavírus. A situação de todos os municípios pernambucanos pode ser avaliada no site www.pecontracoronavirus.pe.gov.br ou www.sdec.pe.gov.br.
De junho para julho, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 5,2%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação. Conforme análise do IBGE, a injeção de recursos do auxílio emergencial, que foi maior para os domicílios de baixa renda, está entre os principais fatores de estímulo para este aquecimento do setor.
DEZ SEGMENTOS – Já o comércio varejista ampliado, entre junho e julho, cresceu 7,2%, com predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação. Esta sondagem avalia o volume de vendas de dez segmentos, incluindo o comércio de veículos e motos e materiais de construção. Os destaques ficaram para Amapá (35,0%), Paraíba (21,0%) e Pernambuco (15,8%). Por outro lado, com variações negativas, figuram duas das 27 Unidades da Federação: Mato Grosso do Sul (-0,7%) e Piauí (-0,1%).
ALTA PARA SETE ATIVIDADES – Na série com ajuste sazonal, na passagem de junho para julho de 2020, no comércio varejista, houve alta em sete das oito atividades em todo o Brasil: Livros, jornais, revistas e papelaria (26,1%), Tecidos, vestuário e calçados (25,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%), Combustíveis e lubrificantes (6,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e Móveis e eletrodomésticos (4,5%). A única atividade que não teve crescimento no volume de vendas na passagem de junho para julho de 2020 foi Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%).