Porto de Suape apresenta Agenda ESG na Intermodal – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Porto de Suape apresenta Agenda ESG na Intermodal

(Do Complexo de Suape)

A 27ª edição da maior feira de negócios da América Latina acontecerá desta terça-feira (28) a 2 de março, em São Paulo. A estatal pernambucana apresentará projetos focados em desenvolvimento sustentável

O Complexo Industrial Portuário de Suape, um dos principais polos econômicos do Nordeste e do Brasil, será um dos destaques da 27ª edição da Intermodal South America, principal feira dos setores logístico, intralogístico, de movimentação de cargas multimodal e de tecnologia de transportes da América do Sul. O evento acontece desta terça-feira (28) a 2 de março, na capital paulista. Em um estande de 120 metros quadrados, na área mais nobre do pavilhão da São Paulo Expo, o atracadouro apresentará suas estratégias para a implantação de novos empreendimentos alinhados com a Agenda ESG (sigla em inglês para gestão ambiental, social e corporativa), a exemplo do Cluster TechHub de Hidrogênio Verde, com foco na pesquisa e na produção do combustível do futuro.

Com localização estratégica, a cinco dias do Canal do Panamá e com sete capitais nordestinas situadas num raio de 800 quilômetros, o Porto de Suape leva na bagagem outros diferenciais, como o Programa de Inovação (desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife/Cesar) e o moderno Plano Diretor 2035, que norteia o crescimento do complexo pelos próximos 12 anos.

Além de manter 59% do território de 17,3 mil hectares como Zona de Preservação Ecológica, o documento aponta as áreas para expansão das indústrias e dos novos empreendimentos previstos, tais como uma nova fábrica no Polo Farmacoquímico, um novo terminal de contêineres, um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL), entre outros projetos que vão movimentar R$ 46,1 bilhões até 2027 e gerar cerca de 25 mil novos postos de trabalho.

O diretor-presidente da estatal portuária, Marcio Guiot, destaca que as ações de sustentabilidade do complexo são uma das prioridades da administração de Suape, que desenvolve vários projetos socioambientais no território. “Na zona industrial, contamos com mais de 220 empresas, que geram mais de 40 mil postos de trabalho, e tudo isso mantendo nossa extensa área de preservação ecológica, um grande diferencial para um porto-indústria que precisa ser reforçado numa feira como a Intermodal”, enfatiza o gestor. “Em breve, vamos agregar ao complexo um espaço de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em energias renováveis, outro ponto positivo do nosso complexo”, acrescenta.

O estande da estatal está localizado na Rua G, número 44. Além de grandes painéis com imagens do complexo, será possível conhecer os principais projetos do porto de forma interativa. Para isso, serão instalados uma tela LED e um monitor touch, além de totem para visualização do Aplicativo Suape, no qual o usuário acompanha o movimento do porto em tempo real. O Porto do Recife e a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) também marcam presença no estande de Suape.

TECHHUB

O projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), a partir de uma planta piloto de hidrogênio verde no complexo, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é liderado pela CTG Brasil, uma das principais empresas de geração de energias renováveis do país. O TechHub Suape prevê a implementação de soluções inovadoras focadas na geração de energia renovável, produção, transporte, armazenamento e gestão do hidrogênio verde (H2V). O investimento será da ordem de R$ 45 milhões.

A administração do complexo planeja, ainda, a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde em escala comercial, com quatro conjuntos de eletrolisadores de água em áreas localizadas nas proximidades do porto. Quando consolidado, o empreendimento pode vir a se transformar no segundo maior da história do Estado (o primeiro é a Refinaria Abreu e Lima). O combustível é chamado de verde porque segue as normas de certificação, tendo a usina funcionando por meio de fontes de energia 100% renováveis. A perspectiva é que sejam gerados 2.900 empregos durante a instalação da planta, que tem custo estimado de R$ 22,5 bilhões.

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