Acesso ao crédito continua desafiador para os pernambucanos de baixa renda - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Acesso ao crédito continua desafiador para os pernambucanos de baixa renda

Revista algomais

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou um crescimento de 2,16% em Pernambuco entre junho e julho, indicando sinais de melhora em diversos aspectos como emprego, perspectiva profissional, renda, nível de consumo e momento para compras de bens duráveis. No entanto, um recorte local feito pela Fecomércio Pernambuco revelou que, apesar dessas melhorias, o acesso ao crédito ainda é um desafio significativo para a população de baixa renda.

Enquanto 42,3% da população com renda acima de 10 salários-mínimos consideram que o acesso ao crédito ficou mais fácil em comparação com o ano passado, apenas 32,7% da população de renda mais baixa compartilha da mesma visão. Esse cenário pode impactar diretamente nas perspectivas de compras das famílias com poder aquisitivo reduzido. De fato, 47,1% das famílias com renda até 10 salários-mínimos estão comprando menos em relação ao ano passado, enquanto 44,5% da população que recebe mais de 10 salários-mínimos estão comprando mais.

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Essa diferença de acesso ao crédito também se reflete nas expectativas de consumo das famílias. Enquanto 38,5% das famílias de menor renda indicam um consumo menor em comparação com o ano anterior, 49,1% das famílias com renda mais alta esperam que o consumo seja igual ao do ano passado. Essa desigualdade de renda no estado antecipa um cenário desafiador para as empresas do setor de comércio e serviços, uma vez que 51,4% dos pesquisados consideram este um momento desfavorável para a compra de bens duráveis. Esse sentimento é ainda mais predominante entre a população de menor renda, com 52,9% concordando com essa afirmação.

As dificuldades de acesso ao crédito são agravadas pelas elevadas taxas de juros e pelo comprometimento de uma parcela significativa da renda com o endividamento, o que impacta diretamente na capacidade de consumo e na qualidade de vida da população de baixa renda. Essa questão precisa ser abordada com atenção pelas autoridades e instituições financeiras, a fim de promover maior inclusão e oportunidades econômicas para todos os pernambucanos.

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