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Alunos estão mais autônomos

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Enquanto as escolas não se transformam em espaços de aprendizagem, focadas no estudante e não no professor, os alunos tornam-se cada vez mais autônomos na construção do conhecimento.

De acordo com dados da enquete Tic Kids Online Brasil, 68% das crianças e adolescentes brasileiros usam a internet para realizar pesquisas escolares. Esse fenômeno é explicado pela professora Patrícia Smith, da UFPE, como uma maneira de aprender fora da sala de aula. Uma prática que alcança estudantes de todos os níveis de ensino. “Tanto os alunos como os professores têm redes paralelas de aprendizado. Os estudantes assistem a uma determinada aula, depois vão aprender na vida, nas suas redes”, constata.

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O estudante Gustavo Aragão, do Colégio Madre de Deus, conta como faz para aprender quando está em casa. “Uso muito o YouTube. Se tem uma aula que não entendo, procuro o conteúdo em canais de maior confiabilidade. Se não aprendo com o primeiro que acessei, vou buscando outros, com diferentes pontos de vista até encontrar um com o qual me identifique melhor”. Ele sugere que no redesenho da escola, o docente passa a ter um outro papel. “As vezes é complicado entender o professor, mas acho que ele tende a ser cada vez mais um introdutor dos assuntos. E a aula vai sendo construída junto com os alunos”.

O processo educacional, alerta Eduardo Carvalho, não pode se limitar apenas ao aprendizado de conteúdo. O mundo não destaca as pessoas pelo que elas sabem, mas pelo que elas fazem com o conhecimento adquirido e também como elas se comportam, se adaptam e atuam diante de desafios globais”. (R.D.)

Leia a matéria: Escola deve focar na aprendizagem e não no ensino

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