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Árabes e africanos buscam negócios em Pernambuco

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Uma missão comercial com representantes de 24 países árabes e africanos desembarca na capital pernambucana no dia 18 em busca de parceiros comerciais brasileiros. A comitiva fica até o dia 20 em Recife e têm em sua programação reuniões com autoridades, visitas técnicas e rodadas de negociações com empresários locais. A missão é organizada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, pelo Governo de Pernambuco e pelo Itamaraty.

Após a chegada em Recife, na noite do dia 18, a missão terá no dia 19, às 10 horas, uma audiência com o governador pernambucano, Paulo Câmara, e com o prefeito, Geraldo Júlio, no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República, S/N). A audiência será seguida de uma coletiva de imprensa. Na sequência, a comitiva fará uma visita ao C.E.S.A.R, um instituto privado de inovação tecnológica, e ao Porto Digital, iniciativa do governo local para o desenvolvimento de novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).

Após a visita, a tarde é reservada para rodadas de negócios (matchmakings) com potenciais parceiros brasileiros previamente identificados pela Câmara Árabe, intermediadas por tradutores e especialistas em mercados da entidade se necessário. "O objetivo é iniciar um diálogo sobre interesses comuns que pode resultar futuramente em negócios para os dois lados e mais intercâmbio comercial entre o Brasil e as nações da missão", diz o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun.

No dia 20, a missão fará uma visita ao Complexo Industrial Portuário de Suape, que conta com mais de 100 empresas instaladas em polos de desenvolvimentos nos arredores do porto. Entre elas, a Refinaria Abreu e Lima, a Petroquímica Suape, os estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar, a Mossi & Ghisolfi, a Bunge, a Moinho Alimentos, as empresas do setor eólico GRI Towers, GRI Flanges e LM Wind Power, além da Termopernambuco e Suape Energia. O complexo gera mais de 20 mil empregos diretos e já recebeu R$ 50 bilhões em investimentos.

A corrente de comércio entre Pernambuco e os países árabes foi de US$ 449,5 milhões no ano de 2016. Naquele ano, as exportações do estado aos árabes registraram um salto de 88,96% em comparação com 2015 e totalizaram US$ 88,2 milhões. A pauta de exportações era composta de produtos como açúcar, combustíveis, frutas, peixes e calçados. Dos árabes, os pernambucanos compraram principalmente combustíveis, químicos, plásticos, fertilizantes e chumbo.

Sobre a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira representa 22 países árabes, foi fundada em 1952 e tem como missão aproximar comercialmente o Brasil dos países árabes, incrementando intercâmbios culturais e turísticos entre árabes e brasileiros. A entidade oferece diversos serviços de apoio ao comércio bilateral, como certificação de documentos, informações sobre mercados, traduções, eventos e workshops. Disponibiliza, também, o Espaço do Conhecimento Comercial, um centro de referência para pesquisas das relações entre o Brasil e os países árabes.

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