Assentamento Galiléia diversifica produção com plantas ornamentais – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Assentamento Galiléia diversifica produção com plantas ornamentais

Rafael Dantas

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Do blog do Governo de Pernambuco

O Assentamento Galiléia, localizado no município de Vitória de Santo Antão, além de ser referência na produção de alimentos de base familiar, também vem se destacando no cultivo de plantas ornamentais. A produção vai além do plantio e comercialização de plantas, envolvendo um cuidadoso processo sustentável na montagem do terrário e produção de fontes. Hoje, o manejo de suculentas, rosas do deserto e cactos vêm conquistando espaço paralelo à comercialização das hortaliças, principal arranjo produtivo do assentamento, que é assistido pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA).

O responsável pela produção das plantas ornamentais é o agricultor Carlos Alberto Correia da Conceição, de 46 anos, que vive há 12 anos no assentamento Galiléia, junto com a sua família. “Comecei a manejar e produzir plantas ornamentais nas horas livres, como forma de deixar o sítio mais bonito e aliviar o estresse”, explicou o agricultor, que foi beneficiado pelas ações do Governo do Estado com título de concessão da terra, documento que proporciona a segurança jurídica para os assentados produzirem e acessarem as políticas de desenvolvimento da vida no campo, como o acesso aos créditos rurais.

Com o tempo, a habilidade que começou como lazer se transformou em uma possibilidade de ampliar a renda da família. Atualmente, a comercialização das plantas ornamentais desponta entre os produtos da família do agricultor, que produz ainda hortaliças e vende nos mercados de Vitória e de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes.

As plantas são cultivadas por meio de um processo de sustentabilidade ambiental, manejadas em vasos confeccionados pela família a partir da reutilização de materiais que seriam descartados no lixo. Assim, materiais como isopor, pias quebradas, filtros de barro, pedaços de panos, entre outros objetos se transformam em obras de arte, que agregam valor aos produtos comercializados.

HISTÓRIA DE GALILÉIA – Localizado numa área com mais de 500 hectares, o Engenho Galiléia é considerado o primeiro assentamento da América Latina. A história do assentamento é reconhecida no Brasil e na América Latina como o marco da Reforma Agrária, que teve início no Nordeste e contribuiu na ascensão das Ligas Camponesas, movimento responsável por reestruturar uma nova postura política em prol da melhoria das condições de vida no campo em todo o País. O movimento de resistência resultou na desapropriação de antigos engenhos que se tornaram espaços coletivos, formados por homens e mulheres do campo, organizados em associações.

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