Assombração quadro a quadro 

*Paulo Caldas

As histórias em quadrinhos encantam leitores desde a era dos gibis, quando tramas vividas no faroeste dos bang bangs, destacavam bravatas dos valentões e a coragem de briosos soldados americanos exterminadores de índios. As artimanhas dos personagens de Walt Disney deslumbraram gerações com naipes de incríveis protagonistas do mundo encantado de aventuras, consagradas nas revistas infanto juvenis, que ainda habitam a nossa memória e desafiam o tempo e os rigores das tecnologias. Diante das legiões de aficionados, as HQs foram também publicadas em jornais de grande circulação em formato de “tiras”, consolidando a sua existência no universo fantástico maravilhoso.

O conteúdo das HQs também viajava no dorso da ficção futurista, exibindo monstros abomináveis e enredos de terror. Em Pernambuco, campo fértil à literatura de todos os gêneros, Gilberto Freyre escreveu Assombrações do Recife Velho. Outras histórias extraídas do imaginário popular foram publicadas por Mário Souto Maior no seu Território da danação: o diabo na cultura popular do Nordeste.

Nos tempos de agora, no formato de histórias em quadrinhos, A Maldição Circular, gibi mal assombrado produzido pelos “assombrólogos escritores” Roberto Beltrão e André Balaio e ilustrado com os traços talentosos dos artistas plásticos Téo Pinheiro e Luciano Félix, enfoca o que pode acontecer quando alguém resolve brincar com os espíritos.

Essas manifestações de horror já publicadas noutro gibi Assovios da Mata, estão à vista na página O Recife Assombrado, onde o leitor pode abraçar Comadre Florzinha, Emparedada da Rua Nova, O Boca de Ouro, Papa- Figo, A Galega de Santo Amaro e outros personagens genuinamente pernambucanos.

*Paulo Caldas é escritor   

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