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Origem da McDonald's na Netflix

Para quem curte cinebiografias, entrou no catálogo da Netflix, na terça (11), o longa Fome de Poder, que conta como surgiu a marca de fast-food mais valiosa do mundo: a McDonad’s. O filme narra a trajetória de Ray Kroc (Michael Keaton), o, digamos, “fundador” da empresa. Antes de assumir o império da famosa franquia, Kroc era apenas um fracassado vendedor de máquinas de fazer milk shakes. Sua vida toma novo rumo ao conhecer os irmãos Richard e Maurice McDonald. Eles são proprietários de uma famosa lanchonete no Sul da Califórnia, conhecida pelo bom atendimento dado aos clientes. Os irmãos criaram um sistema que otimizou a montagem dos hambúrgueres, tornando mais rápida a entrega dos pedidos. Empolgado com a ideia, Kroc propõe a Richard e Maurice montar uma franquia. Ao assinar o contrato de sociedade com Kroc, eles não sabiam, mas estavam oficializando um negócio que se tornaria um grande sucesso e também, ironicamente, a maior frustração de suas vidas. Ray Kroc é um personagem cheio de nuances. A princípio, ficamos comovidos com sua tristeza por não conseguir vender suas máquinas. Mas os seguidos insucessos servem apenas de prelúdio para o que virá logo adiante. Seu brio e perseverança demonstrados no trabalho de expandir a rede de fast food são ofuscados por sua ganancia no trato com os irmãos McDonald’s. Michael Keaton repete a boa atuação de Birdman, trabalho que lhe rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator. Fome de Poder é dirigido por John Lee Hancock. Esta não é a primeira cinebiografia do seu currículo: dirigiu recentemente Walt Nos Bastidores de Mary Poppins, filme que narra a luta de Walt Disney para convencer Pamela Travers, autora do clássico infanto-juvenil "Mary Poppins", a autorizar a adaptação para o cinema de seu livro. Robert Siegel escreveu o roteiro. Seu trabalho de maior sucesso até agora foi o excelente O Lutador, filme que realavancou a carreira do ator Mickey Rourke. Fome de Poder não é uma cinebiografia água-com-açúcar que apenas se preocupa em exaltar seu protagonista. A trama é conduzida sem omitir as falhas e traições de Ray Kroc. Boa pedida para quem deseja conhecer um pouco da história da famosa rede de fast-foods. Assista ao trailer:

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Novo filme do Homem-Aranha chega aos cinemas (por Wanderley Andrade)

  O cartaz de Homem-Aranha: De Volta Ao Lar divulgado em maio passado provocou a ira de alguns fãs e estimulou a criatividade de internautas, que encheram as redes sociais de memes. O que chamou a atenção no material, além da qualidade ruim, fora o destaque dado ao Homem de Ferro, personagem interpretado por Robert Downey Jr., que dividiu as atenções com o protagonista do filme. Seria um filme do Homem-Aranha ou de uma possível dupla de heróis? Mas não é a primeira vez que isso acontece em produções da Marvel. Quem não lembra do último longa do Capitão América, o Guerra Civil, que está mais para filme dos Vingadores? Seguindo a mesma cartilha de universos compartilhados, estreia hoje nos cinemas o mais novo filme do herói aracnídeo. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar começa logo após os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil. Após lutar ao lado do Homem de Ferro contra a equipe liderada pelo Capitão América, Parker volta à sua rotina: estudos durante o dia e, à noite, caça a criminosos trajando o famoso uniforme vermelho. Este longa agradará principalmente ao público adolescente. Peter Parker, ainda com 15 anos, divide o tempo salvando velhinhas de assaltantes e enfrentando problemas comuns à idade. O roteiro explora, sem cerimônia, todos os clichês característicos aos filmes de temática adolescente, como bullying, primeira namorada e a ida ao baile da escola. A escalação do ator Tom Holland para o papel do protagonista foi bem acertada. O jovem, além de ser muito talentoso, tem o perfil ideal para essa nova proposta. Em entrevista recente, o diretor e roteirista Jon Watts declarou ter buscado inspiração nos filmes de John Hugues, diretor de grandes clássicos adolescentes do cinema. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar, terá, inclusive, uma das cenas inspiradas em Curtindo a Vida Adoidado. A trama é dividida em duas partes: na primeira, Parker tenta provar a Tony Stark que tem condições de integrar a equipe dos Vingadores. Stark o considera muito jovem e ainda imaturo para tamanha responsabilidade. Na segunda parte, Parker segue para o embate final contra o vilão da história, o Abutre. Interpretado pelo ator Michael Keaton, considero este um dos melhores vilões de todos os seis filmes já produzidos, ao lado, claro, do Dr. Octopus, interpretado pelo excelente Alfred Molina no segundo filme da primeira trilogia. O longa tem cenas hilárias. O roteiro brinca a todo momento com a imagem séria do Capitão América, que aparece em vídeos educativos exibidos para os alunos “rebeldes” da escola. Também faz piada com a famosa cena do beijo da primeira trilogia, aquela em que o Homem-Aranha, de cabeça para baixo, beija Mary Jane. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar prova que o amigo da vizinhança ainda tem fôlego para uma nova trilogia de sucesso. E como acontece em todo filme da Marvel, este também tem cenas pós-créditos. Mas quer um conselho? Não vale muito a pena ficar para ver. Confira o trailer. *Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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Conheça "Rodin", filme que provocou polêmica em Cannes

“É um Filme velho! ” Assim gritou um jornalista espanhol ao final da projeção do longa Rodin na 70ª edição do Festival de Cannes realizada em maio. Os jornalistas que participaram da sessão não perdoaram o mais novo trabalho do experiente diretor francês Jacques Doillon. Muitos, inclusive, questionaram se o filme realmente merecia estar entre os selecionados. A crítica maior ficou para a forma tradicional, até novelesca, escolhida por Doillon para contar a história do famoso escultor francês. Recentemente, Rodin foi exibido no Festival Varilux de Cinema Francês, evento realizado em 55 cidades do Brasil, cinco delas em Pernambuco. Rodin é considerado o progenitor da escultura moderna, um artista de renome mundial. Apesar disso, o filme de Doillon parece mais se preocupar com a vida promíscua do artista. Ele é retratado como um verdadeiro Don Juan francês, que mistura seu trabalho aos momentos de prazer com aquelas que servem de modelo para suas esculturas. Na história, Rodin (Vincent Lindon) vive com Rose Beuret (Séverine Caneele), mas costuma trair sua companheira com as alunas que frequentam seu atelier, entre elas, a famosa escultora francesa Camille Claudel (Izïa Higelin). Esse romance serve de norte para boa parte da trama. A cenas de amor entre Rodin e Camille estão entre os bons momentos do filme, graças também à boa química entre os atores Vincent Lindon e Izïa Higelin. A rotina de Rodin com a família também é mostrada. Rotina conturbada, por sinal. Rose não aceita as constantes traições do marido que, por sua vez, não mantém boa relação com o filho, a ponto de pedir que não o chame de pai, mas de mestre. O filme tem um roteiro ruim. Os fatos e subtramas são jogados ao espectador de forma quase que aleatória, tornando a história cansativa. Apesar do roteiro fraco, resta um alento: a bela fotografia de Christophe Beaucarne. O belga, que traz no currículo quatro indicações ao César (um dos mais importantes prêmios do cinema francês), faz um excelente trabalho no registro das cenas externas e das que acontecem dentro do atelier de Rodin, as que aparecem o artista moldando suas esculturas. Rodin ainda pode ser visto no Cinema da Fundação, que estendeu por mais uma semana a programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Será exibido no sábado (24) às 20h, no Cinema do Museu. Confira a programação completa.

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