Rafael Dantas - Página: 422 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Rafael Dantas

Rafael Dantas

O bom humor

Voando entre Natal e o Recife, lendo a revista de bordo, deparei-me com uma reportagem sobre “os barbixas”, grupo de humoristas. Durante o texto o repórter explica que é difícil arrancar alguma resposta séria dos integrantes do grupo. Levam tudo na brincadeira e no bom humor. Nunca escrevi sobre isso, mas agora o faço: acredito no bom humor como estilo de vida. O pacto que fiz com o bom humor é irrevogável e irretratável. Pode acontecer o que for. E olhe que já aconteceu um lote de merda: AVC na minha madrinha (querida Fatinha), choque (e morte) do meu pai, autismo no meu filho, ligamento do joelho rompido, separação de casais queridos, liturgias cansativas dos ritos processuais no dia a dia da vida forense, seca no Sertão, trânsito caótico, contas pra pagar, etc. Nada disso é capaz de me tirar o bom humor, a alegria de viver. Claro que muitas coisas me entristecem, mas logo vejo o lado positivo em tudo e cuido de extrair da situação alguma coisinha engraçada. É o famoso “rir da própria desgraça”. Não, meu senhor, não é um texto de autoelogio. Não, minha senhora, não estou me “amostrando”, nem me exibindo. Muito menos ficando doido. Estou somente a relatar – porque acredito piamente nisso – que o bom humor cura, ameniza, ensina, empurra pra frente, alivia, engrandece. O sorriso é o alimento da alma. É o que nos faz seguir adiante. Nada forçado. Assim, natural mesmo. Tudo bem que em certas ocasiões posso beirar a tabacudice. Mas ser tabacudo tem lá seus encantos. Quando minha mãe iniciou um relacionamento após ficar viúva, bateu uma ciumeira danada. Coisa boba, de filho. Mas logo cuidei de brincar com as pessoas que, tentando tratar o assunto com seriedade, me diziam “você tem que entender, ela ficou viúva muito cedo”. Minha resposta era sempre ”você diz isso porque não estão comendo sua mãe, tão comendo é a minha”. Pronto! Logo todo mundo caía na risada e o papo sério se transformava em alto astral. Nem por isso deixei de sofrer os problemas que a vida me proporcionou. Mas o bom humor sempre me salvou de tudo e de todos. Lembro que um dia após a morte de painho, estávamos trancados no silêncio profundo do quarto de mãe. Eu, ela e Edmar, meu irmão. Em meio àquelas horas de silêncio fúnebre e no seio daquela tristeza imensa, arrisquei dizer que “dessa vez Deus botou sem cuspe e lambuzado na areia” (perdoem a heresia). E meu irmão emendou com um “tomamos no oiticica”. Assim, caímos na gargalhada, e depois choramos. Choramos muito. Até hoje a gente chora. Mas nunca deixamos de intercalar esses choros com muitas risadas. Doido, eu!? Sou nada! Eu sou é bem humorado. Só isso. Mas peço a Deus que pegue leve porque não sei até onde aguento. Tenho medo de ficar sisudo e amargurado. Se isso um dia ocorrer, peço que me enterrem vivo porque não suportarei ficar por aqui. Aliás, se eu perder a capacidade de rir de tudo é porque, na verdade, já estarei morto.

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Parque Capibaribe começa a tomar forma

As pessoas do Recife que circularem pelo bairro das Graças poderão ter acesso a uma área preservada às margens do Rio Capibaribe. O Jardim do Baobá começa a tomar forma como um novo espaço de lazer e contemplação, ocupando uma área localizada entre as ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti. O prefeito Geraldo Julio autorizou nesta quinta-feira (31) o início da intervenção, que também representa a primeira etapa do Parque Capibaribe. O local receberá um investimento de R$ 1,5 milhão através de uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e o Hospital Português. Com uma área de 3.800 m², o projeto desse trecho contempla a instalação do espaço de lazer, com brinquedos, mesas e bancos, além da pavimentação da Rua Madre Loyola com blocos de concreto. Já a árvore centenária da espécie Baobá, que se debruça sobre a margem do curso d’água, será o principal atrativo desse trecho do parque, que fica por trás da Estação Ponte D'Uchôa. Ela é tombada como Patrimônio do Recife desde 1988, tem quinze metros de altura e tronco de cinco metros de diâmetro. “Este baobá é um dos elementos mais ricos da nossa natureza em nossa cidade. Era um lugar cercado, as pessoas não tinham acesso, e vamos construir o Jardim do Baobá. Estamos fazendo isso em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e com o Hospital Português, e que vai viabilizar ao Recife ganhar um espaço para receber milhares de pessoas e terem a convivência com a natureza. Além disso, o local é estratégico porque é numa área central da nossa cidade e permite a convivência também com o Rio Capibaribe”, destacou Geraldo. Para dialogar com a grandiosidade da árvore e promover a interação entre as pessoas, três balanços duplos e uma mesa comunitária foram projetados para o local. Os balanços terão seis metros de altura e serão instalados ao lado da árvore. Cada equipamento lúdico abrigará duas pessoas simultaneamente e poderá ser utilizado tanto por crianças quanto adultos. A mesa terá 10 metros de comprimento para uso compartilhado, podendo ser usada para piqueniques e jogos de tabuleiro, por exemplo. O solo natural ao redor do baobá será preservado, reduzindo a área pavimentada no local. Terraços gramados acompanharão os diferentes níveis do solo existente e possibilitam diversos usos como brincadeiras entre crianças e piqueniques. Um pequeno píer flutuante completa o projeto, possibilitando a atracação de pequenas embarcações. “Esse espaço significa a possibilidade de a gente devolver o Rio e o baobá para as pessoas. Os muros que existiam aqui iam até à árvore, que é tombada pela Prefeitura, e ninguém podia se aproximar dela. Ninguém podia se aproximar da margem do rio. E este projeto prevê, além disso, um píer onde as pessoas vão poder chegar de embarcação até perto do baobá, subirem e virem para o Jardim”, comemorou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa. Para celebrar o baobá como símbolo da resistência negra e a ancestralidade africana, durante o ato, acontecerá um rufar de tambores para reverenciar a árvore sagrada. Também será promovido um concurso público para selecionar uma proposta de intervenções artísticas para o piso em homenagem ao poeta, ator e artista plástico recifense Solano Trindade (1908 - 1974). Homem negro e nascido no Bairro de São José, Trindade tem longa trajetória na militância contra o preconceito e a discriminação racial. Foi criador do primeiro Congresso Afro-Brasileiro, realizado no Recife em 1934, e do Comitê Democrático Afro-brasileiro, em 1945, que se estabeleceu como o braço político do Teatro Experimental do Negro, liderado por Abdias do Nascimento. PARQUE CAPIBARIBE – O “Jardim do Baobá” é parte de um projeto maior do Parque Capibaribe, desenvolvido por meio de um convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e o INCITI - Pesquisa e Inovação para as Cidades da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O projeto consiste em implantar um sistema de mobilidade não motorizada com passeios e ciclovias além de revelar as lindas paisagens do Rio Capibaribe com áreas de estar, passarelas e píeres para pequenas embarcações. O Parque Capibaribe propõe também plantio de árvores e aumento do solo permeável visando preparar a cidade para enfrentar os efeitos de mudanças climáticas. O Parque, que se estenderá por todo o percurso do Rio Capibaribe, irá articular espaços públicos existentes em uma área de influência de 42 bairros e promover transformações para que Recife se torne uma Cidade Parque capaz de oferecer novas oportunidades e maior qualidade de vida e a seus habitantes. SEMENTES DO AMANHÃ – O Parque Capibaribe é uma iniciativa inovadora que une mobilidade e valorização do ambiente natural, além de representar uma das principais ações do projeto Recife 500 anos. Por isso, os recifenses ainda serão convidados a participar de um movimento em prol da cidade. Internautas, moradores, estudantes e profissionais, todas as pessoas poderão escrever uma mensagem sobre a cidade que deseja para 2037. As cartas serão depositadas em esculturas de barro no formato de semente do Baobá, que farão parte de uma instalação artística a ser exposta a partir da inauguração do espaço. A exemplo do que acontece em uma cápsula do tempo, a ideia é abrir as sementes no dia 28 de março de 2037, quando o Recife completa 500 anos.

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Cinema cristão: conheça Alex Kendrick

Talvez entre o público que costuma ver suas produções, ainda não seja tão conhecido. Não se pode dizer o mesmo dos filmes que dirigiu e atuou. Alex Kendrick tem no currículo produções de sucesso no segmento gospel, como Desafiando Gigantes (2006), Prova de Fogo (2008) e Corajosos (2011). Seu último trabalho, Quarto de Guerra (2015), que estreou em agosto de 2015 nos EUA, conseguiu ultrapassar em bilheteria seu orçamento (US$ 3 milhões) na semana de estreia. Alex Kendrick é pastor da igreja Batista Sherwood, na cidade de Albany, Geórgia. Seu primeiro projeto, A Virada, lançado em 2003, foi produzido pela Sherwood Pictures, uma empresa de produção cinematográfica cristã independente, ligada à própria igreja. O longa foi gravado com equipamentos amadores e o elenco todo formado por membros da Sherwood, além do próprio Kendrick que interpreta o protagonista. Na história, Jan Austin é um vendedor de carros desonesto, que terá a vida transformada após trabalhar na restauração de um carro clássico conversível. A ideia inicial era, após concluir o filme, distribuí-lo entre os membros da comunidade. Mas a produção alcançou sucesso tal que, até 2008, já haviam sido vendidas mais de 300.000 cópias. A experiência adquirida com A Virada, o levou ao segundo sucesso, o filme Desafiando Gigantes. A produção custou ínfimos US$ 100 mil e conseguiu atingir a marca de mais de US$ 10 milhões. Em 2008 dirigiu o longa Prova de Fogo. Desta vez escalou para o papel de protagonista o ator Kirk Cameron, da série Growing Pains. Mas o que seus filmes têm em comum? Um treinador de futebol americano que enfrenta grandes dificuldades na profissão e no lar. Um bombeiro admirado por sua coragem, mas que não consegue manter de pé seu casamento. Um policial que, após perder a filha, decide lutar por sua família. Essas são premissas de alguns dos principais filmes dirigidos por Kendrick. Trazem sempre uma mensagem de motivação relacionada à família. Conheça “Quarto de Guerra” Militares debruçados sobre um mapa, avaliando qual a melhor estratégia para avançar sobre as forças inimigas. É assim que começa Quarto de Guerra. Na trama, Tony (T. C. Satllings) e Elizabeth (Priscilla Shirer) formam um casal que passa por um momento de crise. Tony trabalha como representante de produtos farmacêuticos e investe a maior parte do tempo nas atividades da empresa, deixando a família em segundo plano. Elizabeth é corretora de imóveis e, durante uma visita de trabalho, conhece Clara (Karen Abercrombie), uma doce senhora que servirá de instrumento para uma grande mudança na sua vida. A guerra serve de metáfora para uma vida focada na oração. O filme tem personagens interessantes e complexos. Clara é um deles: uma mulher otimista, firme em suas convicções, que oculta um passado de traumas provocados pela morte do marido. Tony é outro personagem que chama a atenção, considerando a transformação que sofre na história. Alex Kendrick, além de dirigir, também assina o roteiro. Em Quarto de Guerra, Kendrick mostra que evoluiu bastante desde A Virada, seu primeiro trabalho. Em parceria com o irmão Stephen, vem acumulando grandes bilheterias com filmes de baixo orçamento. Só nos Estados Unidos mais de 12 milhões de pessoas já assistiram a suas produções. A boa recepção na estreia aponta Quarto de Guerra como mais um grande sucesso dos irmãos. No Brasil, após chegar a 46 salas de cinema, alcançou o 2º lugar na média de público por salas, na semana de estreia, perdendo apenas para o filme Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2. (Por Wanderley Andrade, do site Cinegrafando - www.cinegrafando.ne10.uol.com.br)

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Adeus aos óculos de grau

Seis a cada 10 brasileiros precisam usar óculos ou lentes de contato. Só em Pernambuco são quase dois milhões de pessoas com algum tipo de dificuldade de enxergar. E se para alguns existe um certo charme intelectual de estar atrás das lentes, o IBGE, responsável por todos esses números, revelou que 60% dessa população dependente de alguma correção do grau gostaria de abandonar os óculos. Um cenário convidativo para o crescimento das cirurgias refrativas, que com o uso de laser conseguem atender esse desejo da maioria dos pacientes. O medo de enfrentar um procedimento cirúrgico é rapidamente minimizado com a conversa com um oftalmologista. “Objetivamente, é uma cirurgia para as pessoas que não querem mais depender dos óculos. Hoje, Recife tem um excelente padrão na realização desse procedimento”, afirma Theophilo Freitas, oftalmologista do Hospital de Olhos Santa Luzia. Não há uma idade máxima para que o paciente que usa óculos ou lente seja submetido à cirurgia refrativa, que corrige o grau dos olhos. Os oftalmologistas, no entanto, não recomendam que seja feita abaixo dos 18 ou 19 anos, que é a idade em que em geral o grau começa a se estabilizar. “O ideal é que o paciente faça a cirurgia quando o grau está estável há um ou dois anos”, explica Fábio Casanova, diretor do Memorial Oftalmo. Além da idade e da estabilização do grau, Theophilo Freitas, menciona que há algumas contraindicações relacionadas a pacientes que possuem patologias na córnea, como a ceratocone. Para os pacientes idosos, que em geral procuram o oftalmologista por conta da catarata, é possível associar os dois procedimentos. O medo de perder a visão, sentir dor ou ter infecções são as três preocupações da maioria dos pacientes. O avanço das tecnologias e da ciência médica dissolvem essa tensão. A cirurgia com lasers é realizada no Recife há cerca de 15 anos e alguns dos profissionais que atuam desde o início com as cirurgias refrativas não tiveram sequer um paciente infeccionado. A expertise do nosso polo médico faz com que muitos dos profissionais que atuam na capital pernambucana atendam também pacientes que vem de diversos lugares do Brasil. “Não digo que o procedimento é simples. Apesar de ser muito seguro é um ato cirúrgico. No passado, o índice de infecção era de 1 para mil. Com o avanço da tecnologia, podemos dizer que hoje é de 1 pra 15 mil procedimentos”, diz Casanova.

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Americano Batista celebra 110 anos

O colégio Americano Batista comemorou 110 anos de existência. Para celebrar a data, ações e festividades foram realizadas no dia 29 de março. Pela manhã, o Conselho deliberativo da instituição se reuniu em assembleia para tratar de temas de interesse do colégio e fazer um balanço das ações de sucesso. Já à noite, uma grande celebração foi organizada. Uma exposição para contar a história do CAB foi montada. Quem visitou, pode conferir um ambiente retrô, com peças e fotografias das décadas de 20, 30 e 40, além de registro de turmas antigas mostrando os fardamentos da época, troféus esportivos, artigos de cursos profissionalizantes, como datilografia e educação doméstica, placas em reconhecimento ao trabalho da Instituição, livros de registros históricos e recordação dos alunos que passaram pelo o colégio, alguns deles famosos, como o escritor Gilberto Freyre, que iniciou como aluno da instituição em 1908. Em seguida, um Culto de Gratidão, foi celebrado na Igreja Batista da Capunga e contou a presença da Diretoria do CAB, professores, alunos e ex-alunos, familiares, convidados e colaboradores. Representando a Convenção Batista de Pernambuco, estiveram presentes o Presidente, Pr. Emanuel Alírio de Araújo, o vice-presidente, Pr. Alberto Freitas e o Pr. João Marcos Florentino, secretário geral. Na ocasião, houve o lançamento de um selo comemorativo pelos 110 anos do Colégio Americano Batista, uma homenagem liderada pelos Correios. A reflexão foi trazida pelo Pr. Ney Ladeia, ex-Capelão do CAB. A noite também foi de homenagem aos professores, entre eles os que nos últimos 05 anos, foram diplomados em cursos de pós-graduação, como também profissionais que completaram 25 anos de atuação no colégio. A festa encerrou com alunos, professores e familiares se confraternizando. (Do site da Convenção Batista de Pernambuco)

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Jovens empreendedores estão otimistas

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que o otimismo e a autoconfiança são duas das principais características dos jovens empreendedores no Brasil. Embora a maioria absoluta (62,2%) dos entrevistados tenha percebido que a situação econômica do Brasil piorou no início de 2016 na comparação com o ano passado, inclusive com reflexos negativos em suas empresas, no que depender da expectativa dos jovens empreendedores, a economia brasileira não terá o ano complicado que os analistas de mercado projetam. Quase a metade dos entrevistados (49,9%) afirma estar confiante com os rumos da economia, enquanto apenas 28% estão pessimistas. A expectativa positiva para 2016 é ainda maior quando os empresários imaginam qual será o desempenho do seu próprio negócio: 67,3% estão confiantes e apenas 10,9% se dizem pessimistas. A pesquisa aponta, ainda, que 78,3% dos entrevistados acreditam que o faturamento de sua empresa irá crescer nos próximos cinco anos, sendo que a dedicação pessoal e o empenho do entrevistado (81,1%) são as principais justificativas. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, confiar em si mesmo é fundamental para se desenvolver como empresário, mas não é o suficiente: "A pesquisa revela um retrato interessante do jovem empresário, ao mostrar sua garra e crença no próprio potencial como motor do crescimento da empresa, mas isso por si só não basta. É preciso preparar-se e estar sempre atento ao cenário econômico para evitar riscos para o negócio. Mesmo os empresários mais confiantes precisam ter a humildade de reconhecer que o conhecimento do mercado é imprescindível", afirma a economista. Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a percepção dos jovens empreendedores de que a situação econômica vai melhorar pode estar relacionada ao aprofundamento da crise. "É como se na percepção desses empresários o país já tivesse chegado ao fundo do poço e que daqui em diante, a realidade da situação vai requerer algum tipo de mudança. Pode parecer contraditório, mas apesar do ambiente econômico adverso para 2016, uma quantidade considerável de empresários está confiante com relação aos seus negócios. Isso pode se explicar pelo fato de que muitos deles acreditam que com empenho pessoal, dedicação e uma dose de criatividade é possível driblar as dificuldades impostas pela crise", afirma Pinheiro. 35,6% dos jovens empreendedores vão investir mais neste ano O otimismo dos jovens empreendedores se reflete, em parte, na disposição para realizar investimentos: três em cada dez empreendedores (35,6%) pretendem investir mais em 2016, na comparação com o ano passado, enquanto 17,3% manterão o mesmo nível de recursos empregados. Para 23,6% haverá redução no montante de recursos investidos ou nem haverá investimentos. Os empreendedores indecisos também somam 23,6%. Considerando somente os que pretendem investir em 2016, as ações mais mencionados são compra de equipamentos, como maquinário e computadores (29,3%), investimentos em mídia e propaganda (27,2%), ampliação do estoque (25,1%) e qualificação da mão de obra (25,0%). O capital próprio (73,4%) será o principal recurso utilizado para os investimentos em 2016, muito a frente do microcrédito (6,0%) e do financiamento (4,3%). A predominância dos recursos próprios dos empreendedores para a realização dos investimentos tem relação direta com a dificuldade que esses empresários enfrentam para contratar linhas de financiamentos vantajosas ao seu negócio. Quatro em cada dez empresários ouvidos (42,5%) garantem que está difícil conseguir um empréstimo ou financiamento, ao passo que somente 13,6% vão em direção contrária, ao dizer que está fácil. Apenas 25% não sentiram efeitos da crise. Maior temor é ficar endividado Mesmo com a boa dose de autoconfiança, a pesquisa revela que os jovens empreendedores não deixam de demonstrar preocupações com o futuro da empresa. De acordo com o levantamento, o maior temor dos empreendedores é não conseguir honrar os compromissos financeiros e acabar ficando endividado (22,3%), seguido por não crescer como o esperado (19,8%), ter de fechar o negócio (19,8%) ou ser obrigado a voltar ao mercado de trabalho como funcionário assalariado (18,2%). As consequências negativas da deterioração da conjuntura econômica não passaram despercebidas pelos jovens empreendedores. Apenas 25% dos empresários consultados pelo SPC Brasil garantem não ter sofrido qualquer impacto no desempenho de suas empresas em função da crise. Para 36,0% dos empresários ouvidos houve piora nas condições gerais do seu negócio ao longo do ano passado, enquanto 21,7% notaram melhora no desempenho de suas empresas. A percepção negativa é mais acentuada nas regiões Sudeste (42,3%), Sul (40,4%) e Centro-Oeste (35,1%). Já os otimistas estão concentrados principalmente nas regiões Nordeste (27,9%) e Norte (25,9%). Para 38,7% dos entrevistados não houve alteração na performance da empresa de um ano para o outro. A queda no faturamento (37,7%), diminuição das vendas (29,7%), menor margem de lucro (18,6%), dificuldade para fazer reserva financeira (12,8%), aumento da inadimplência dos clientes (11,4%) e ter de demitir funcionários (9,4%) foram os problemas mais sentidos pelos entrevistados ao longo do ano passado. Os obstáculos enfrentados também fizeram com que alguns projetos tivessem de ser abortados em 2015, sendo que os mais citados foram a expansão das vendas (26,2%), realização de reforma (17,1%), compra de equipamentos (11,9%) e pagamento de dívidas (11,6%). Carga tributária é a principal barreira para o crescimento O estudo mostra ainda que a estrutura e a carga tributária são os principais alvos de reclamações dos jovens empreendedores. Quatro em cada dez (43,8%) entrevistados sentem falta de políticas públicas que facilitem o pagamento de impostos e 36,3% acreditam que deveria haver uma redução dos tributos e impostos cobrados de empresas que são geridas por jovens. Há ainda um percentual elevado (39,5%) de entrevistados que pedem mais cursos gratuitos para novos empresários sobre gestão, finanças, planejamento e tecnologias. Metodologia A pesquisa analisa as percepções sobre o cenário econômico, bem como as expectativas para o futuro, na visão dos jovens empreendedores. Foram entrevistados 788 residentes de todas as regiões brasileiras, com idade entre 18 e 34 anos, de ambos os sexos, e que possuem um negócio próprio. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais e a margem de confiança, de 95%.

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Câmara comemora dez anos da revista Algomais

Celebrar a consolidação de uma revista que, há dez anos, oferece informações e análises sobre política, economia e cultura ao povo pernambucano. Foi com essa motivação que a Câmara do Recife, por iniciativa do vereador André Régis (PSDB), promoveu uma reunião solene nesta quarta-feira (30) na Casa de José Mariano. Para comemorar a primeira década de atividade da Algomais, integrantes da revista confraternizaram com admiradores, representantes do poder público e de veículos de comunicação. Em sua 120ª edição, a publicação conta com uma tiragem mensal de 12 mil exemplares. Em suas páginas, figuram desde março de 2006 pautas discutidas por um conselho editorial e que versam sobre histórias de sucesso e temas relevantes sobre o passado e o futuro de Pernambuco. Ex-colunista da Algomais, André Régis falou sobre sua participação na revista e da admiração que nutre por ela. “Há dez anos eu recebi um telefonema do jornalista Antônio Magalhães pedindo para conversar sobre um projeto. Ele me convidou para ser colunista de uma revista que iria surgir”, contou o vereador. “Foi um estímulo do ponto de vista intelectual. Tenho muita honra de ter no currículo alguns artigos que foram publicados na revista”, disse. André Régis fez questão de destacar o sucesso da empreitada editorial e sua longevidade. “Além de ser uma revista, ela é um empreendimento. Dez anos de um empreendimento é algo que, no Brasil, precisa de um ato de comemoração. Vivemos em uma sociedade em que o ambiente de negócio é muito difícil. É preciso que haja perseverança, estratégia e compromisso para que um produto ultrapasse a marca de uma década”, analisou o parlamentar. Após receber uma placa comemorativa, o diretor executivo da Algomais, Sérgio Moury Fernandes, agradeceu a honraria e falou sobre o papel social da publicação. “Temos orgulho do que fazemos e do espaço que ocupamos na vida de cada um de vocês que buscam na Algomais conteúdo além do que o noticiário político, econômico ou social pode trazer”, destacou. Agradecimentos à equipe, colaboradores, colunistas e demais envolvidos também constaram no discurso do diretor executivo. De acordo com ele, a constituição de um Conselho Estratégico para discutir os desafios de Pernambuco também vai comemorar, nos próximos dias, os dez anos da revista.

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UFPE lança livro sobre lideranças protestantes

A Editora da UFPE lançou o livro Lideranças Protestantes do Brasil - Ensaios Biográficos. A publicação, disponível em formato digital, foi organizada pelos pesquisadores Ester Fraga Vilas-Bôas, Newton Darwin de Andrade Cabral e José Roberto de Souza. A história de diversos pastores e reverendos do meio evangélico brasileiro estão contadas nas páginas no livro. Destacamos alguns nomes nordestinos, como Robinson Cavalcanti e Jerônimo Gueiros. "As pessoas aqui reunidas, por mais diferentes que sejam umas das outras, têm como denominador comum, o situarem-se no mundo do protestantismo histórico. No Brasil, como lideranças que foram, importa suas experiências desenvolvidas como especialistas na administração do sagrado, bem como intelectuais que marcaram posição no âmbito das suas instituições religiosas", afirmou no prefácio o sociólogo Drance Elias da Silva. Lideranças Protestantes do Brasil - Ensaios Biográficos tem textos de Emerson Silveira, Leonildo Campos, Sérgio Dusilek, Micheline Reinaux de Vasconcelos, Alderi Souza de Matos, Julio Cesar Tavares Dias, José Roberto de Souza, Ester Fraga Vilas-Bôas, Marco Ananias Ferreira, Maurício Amazonas, Newton Darwin de Andrade Cabral, Magali do Nascimento, Roberto Motta, Edjaelson Pedro da Silva e Alexander Fajardo.

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O que esperar de um político cristão?

Por Thiago Oliveira* Lugar De cristão é na política? E porque não seria? Uma das coisas que herdamos da reforma é que toda vocação, inclusive a política, glorifica a Deus. João Calvino dedica parte de sua obra máxima, as Institutas, para falar sobre política e enaltece o trabalho dos magistrados, isto é, os que integram o poder do Estado. O próprio apóstolo Paulo diz que os governantes são servos de Deus e que sua autoridade é derivada do próprio SENHOR. Ademais, os cristãos foram chamados para exercer o que na teologia chamamos de “mandato cultural”. Exercer este mandato é se integrar ao mundo criado por Deus e administrá-lo com excelência, observando as leis divinas para o louvor do Criador. O poder político está intensamente ligado ao mandato cultural dos homens. No entanto, precisamos ressaltar que a postura política de um cristão deve ser íntegra e se ele almeja participar do poder político, deve manter-se fiel a ética contida na Bíblia Sagrada e por ela se guiar. Infelizmente, muitos políticos que se denominam evangélicos, têm dado um mau testemunho, parecendo ignorar o preceito bíblico de que deveriam ser luzeiros deste mundo. Muitos, não todos, fazem das igrejas um curral eleitoral e cumprem seus mandatos beneficiando apenas os seus eleitores “crentes”. Eles promovem eventos como “marchas para Jesus” e “dia da consciência evangélica”. Fazem shows com os mais famosos artistas do segmento Gospel e elaboram projetos que não saem da órbita evangelical. Isso está errado e a Bíblia demonstra isso com exemplos. José quando esteve no Egito era autoridade destacada. Acima dele apenas faraó. Ao interpretar o sonho do soberano egípcio e prever que haveria sete anos de fartura seguidos de sete anos de seca, teve a ideia de estocar alimentos para que quando viesse o período das “vacas magras”, o povo egípcio tivesse como se alimentar. Além do mais, povos vizinhos também puderam comprar alimentos e assim ir sobrevivendo num período de imensa dificuldade. José, um hebreu, na posição política que exercia tratou de realizar um bem comum. Toda a população - e não um segmento dela - foi beneficiada com aquele empreendimento. De igual modo, Daniel foi um administrador politico do império persa. Ele se destacou sobre os demais ao ponto do rei querer elevar a sua posição e coloca-lo como administrador de todo o reino e não apenas de uma província. A Bíblia nos diz que o político Daniel era “fiel; não era desonesto nem negligente”(Dn 6:4). Outra passagem bíblica que não diretamente sobre governo, mas pode nos repassar um bom princípio, é Jeremias 29:7. O versículo diz o seguinte: “Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela". O contexto corresponde ao período do cativeiro da babilônia. O povo de Israel, deportado, teria de permanecer na cidade que não era a cidade santa de Jerusalém, mas a cidade de seus inimigos, e contribuir para a sua prosperidade. Foi uma ordem divina! Sabemos que para que um povo prospere, um cenário político favorável dá aquele empurrão para que as engrenagens da economia se movam a todo o vapor. Assim sendo, os judeus deveriam se envolver em toda e qualquer atividade que levasse a Babilônia ao caminho do progresso e da paz. Será que isso não envolve – em maior ou menor grau – um engajamento na esfera política? O que pretendo demonstrar citando tais exemplos escriturísticos é que aquele que ingressa na política deve exercer o seu papel sem segmentar o público alvo. Os benefícios derivados da atuação de um político cristão devem refletir em toda a sociedade. E dentro de nosso ambiente plural, um político cristão também governa para ateus e pessoas de outros credos. Ele tem que ser representante destes grupos também e atender as demandas mais urgentes da sociedade. Se um político é alguém que deveria, ao menos em tese, servir a população. Um cristão teria de ter uma atenção redobrada quanto a esta questão do servir, pois, este é o estilo de vida que o próprio Senhor Jesus adotou. O próprio disse que veio ao mundo para servir e não para ser servido (Mt 20:28). Além da Bíblia, podemos extrair da história bons exemplos de cristãos que foram excelentes políticos. Lord Shaftesbury (1801-1885) foi membro do parlamento inglês por mais de quarenta anos. Um homem dedicado às causas humanitárias. Ele criou lei em prol do bem estar daqueles que eram os mais explorados pela revolução industrial, sobretudo crianças e mulheres. Seus projetos de lei eram pensados para amparar os párias da sociedade. Embora conhecido como “o evangélico dos evangélicos”, teve uma atuação não segmentada e legislou para todo o povo, sem acepções. Que os políticos brasileiros que compõem a bancada evangélica (ou conservadora) sigam tais modelos de gestão e façam com que os seus mandatos sejam relevantes para a nossa sociedade como um todo. *Thiago Oliveira é historiador e especialista em ciência política

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Impulso na produção de famílias agricultoras

O ano de 2016 será de fortalecimento na convivência com o Semiárido para milhares de famílias agricultoras no Sertão pernambucano e região do São Francisco. As famílias, que já estão se beneficiando com as 3.975 cisternas construídas através do programa Pernambuco Mais Produtivo, agora poderão receber em suas comunidades outros dois tipos de tecnologias (implementações) de armazenamento de água e incremento à produção de alimentos. Ao todo, serão construídos 50 tanques de pedra e 20 barreiros lonados, além de 370 abrigos de armazenagem. Dos 19 municípios beneficiados pelas construções de cisternas, quatro já foram selecionados: Terra Nova, Salgueiro, Verdejante e Mirandiba. Uma das pessoas mais animadas é o agricultor e líder comunitário Reginaldo Daniel Damasceno, presidente da Associação do Assentamento Fênix (Sítio Tiririca), em Verdejante: “Na minha propriedade, eu já tenho tarefas de maracujá, sorgo, cana e outras, que só estão desenvolvendo por causa do sistema de gotejamento trazido com o projeto, já que o poço está com pouca água. Agora, nossa expectativa é a construção dos abrigos para armazenar a produção”, comemora Reginaldo, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf) local e vice-presidente do Conselho municipal. “Nesse momento, os sindicatos e lideranças comunitárias estão procurando em suas localidades as áreas mais propícias para receberem essas tecnologias. Após a indicação dos locais, a equipe técnica vai conferir de perto, fotografar e georreferenciar estes pontos para que se iniciem as construções”, destaca o coordenador do projeto, Salomão Jalfim. Ele ainda acrescenta que, com as chuvas que caíram no início do ano na região, praticamente todas as cisternas encheram e não houve reclamações de vazamentos, o que garantiu maior segurança às tecnologias construídas. O programa Pernambuco Mais Produtivo é desenvolvido através da Secretaria de Agricultura Familiar (SEAF) e Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural) do Governo do Estado de Pernambuco, com apoio da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). Nas regiões do Araripe e São Francisco, a Diaconia executa a iniciativa em parceria com a ONG CAATINGA. Conheça um pouco de cada tecnologia: Tanque de Pedra ou caldeirão (foto): tecnologia de uso comunitário construída em áreas rochosas (lajedos). São erguidas paredes na parte mais baixa ou ao redor da área da pedra, que servem como barreira para captação e acúmulo da água de chuva. O volume armazenado depende do tamanho e da profundidade do tanque, e serve para o consumo dos animais, plantações e afazeres domésticos, como a lavagem de roupa. Barreiro Lonado: tanque longo, estreito e fundo escavado no solo, que armazena água por mais tempo, diminuindo a evaporação durante a estiagem. Diferente do barreiro comum, o tipo lonado tem o seu fundo e superfície cobertos por uma lona plástica, com capacidade de armazenar mais de 150 mil litros. Abrigos de Armazenagem: pequenas casas de alvenaria (medindo 5 m x 2,5 m) que servirão para estocagem da produção. Esta demanda surgiu a partir do uso dos calçadões como terreiros de secagem de grãos.

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