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Estiagem afeta 70% dos municípios de PE

Quase 70% dos 185 municípios de Pernambuco estão em situação de emergência por causa da estiagem severa, que já dura mais de quatro anos. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou a relação das cidades no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (24). A situação de emergência é decretada em razão de desastre que incapacita o estado ou o município atingido a responder pelas consequências sozinho e precisa, portanto, de auxílio complementar da União para as ações de socorro e recuperação. Para isso a Secretaria Nacional de Defesa Civil precisa reconhecer a condição. O reconhecimento da situação de emergência permite que o município receba, por exemplo, recursos e equipes federais para minimizar os estragos e atender necessidades básicas da população, além de dispensar licitação para serviços urgentes relacionados ao desastre. Uma das providências mais comuns é a contratação de carros-pipa para distribuição de água em municípios com colapso de abastecimento. Carros-pipa Em relação ao acesso a água, a seca é mais severa no agreste, onde as principais fontes de abastecimento estão quase vazias. Dados da Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa) indicam que dez cidades estão em colapsto completo atualmente, o que significa que não há mais água encanada sendo fornecida. Os municípios que atualmente são abastecidos exclusivamente através de carros-pipa são Águas Belas, Alagoinha, Jataúba, Jucati, Jupi, Pedra, Poção, Santa Cruz da Baixa Verde, Taquaritinga do Norte e Venturosa. Outras 40 cidades estão usando os carros-pipa para reforçar o sistema, aliado a uma política de racionamento. Já a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informa que o número de municípios atendidos por carros-pipa em sua gestão são 50 no agreste e seis no sertão. Para atendê-los, 250 veículos foram disponibilizados para o agreste e 83 para o sertão. *Sumaia Villela – Correspondente da Agência Brasil

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Escritores mirins em ação

A criação de livros elaborados por crianças vem crescendo no Brasil e se tornando importante para imersão do público infantil no universo literário. Embora não haja estatísticas sobre o assunto, o certo é que escritores mirins já não são uma novidade, e alguns deles chegaram até a participar de eventos como a Fliporto onde autografaram suas obras. Marina Cavalcante, de apenas 6 anos, é uma dessas autoras precoces. A entrada na carreira literária foi impulsionada pelo pai, o jornalista Marcelo Cavalcante, com quem lançou o livro Mariana e o passarinho perdido. Tudo começou, segundo Marcelo, quando chamou sua atenção a maneira como a filha brincava com suas bonecas. "Sempre acompanhei as brincadeiras de Marina e via as histórias criadas por ela, que é algo completamente natural como em qualquer criança. Acho muito interessante quando elas criam e imaginam um universo naquele momento", conta Marcelo. O jornalista, que já havia escrito o livro de Pedrinho e a chuteira da sorte, lançado em 2013, baseado na experiência de sua infância, decidiu enveredar numa outra obra, cuja história foi inventada pela filha. "Eu pensei que ela iria criar algo sobre as bonecas, mas ela contou um relato sobre um passarinho que se perdeu. Marina inventou a narrativa, que até não tinha muito sentido, mas eu desenvolvi em cima do texto e assim surgiu o produto final", explica. A obra feita entre Marcelo e Marina surgiu por conta de Pedrinho e a chuteira da sorte. "Quando meu pai criou o livro dele, eu quis fazer o meu também. Foi muito legal fazer um livro com ele", disse a pequena escritora. Segundo ela, novas histórias já estão surgindo para que outras obras sejam lançadas. "Já estou pensando em fazer outros livros. Vai ser quase igualzinho ao outro, no mesmo estilo", completa. Marina e o passarinho perdido foi lançado em 2015 em um evento organizado pelos próprios autores. Além da novidade, houve contação de histórias e brincadeiras relacionadas à literatura para as crianças. Da mídia impressa, o livro agora segue para a versão audiovisual. "Quero pegar a história que eu e minha filha fizemos e transformar em um material digital, para colocar no Youtube e nas redes sociais. Da mesma forma que há o estímulo a leitura com a obra física, há também um encorajamento para as crianças assistirem ao filme", planeja. "Queria já ter lançado, mas tive que fazer a trilha sonora e acabou atrasando esse processo", completa. Quem também se aventurou no mundo das letras foi Válter José Nascimento Lira, de 7 anos. Em 2015, ele lançou O menino que faz histórias, com a intenção de construir uma biblioteca no bairro de Santa Mônica, em Camaragibe, cidade onde mora com os pais. "Um dia quando estávamos na igreja, ele me perguntou o por quê de lá não ter um espaço para a leitura das crianças. Respondi que não tinha por falta de recursos financeiros. Ele decidiu fazer o livro para, com o dinheiro das vendas, ajudar na construção desse espaço. Após a finalização dos textos, mostrei o projeto para alguns parceiros, que resolveram ajudar na montagem e na confecção do projeto gráfico", explica Samuel Lira, pai do pequeno escritor. A JM Consultoria e Pesquisa, empresa pernambucana de prestação de serviços de consultoria empresarial, comprou a ideia e decidiu apoiar financeiramente o livro. Samuel, aliás, ajudou o filho em diversas noites para que as ideias do escritor mirim fossem transformadas em histórias. "Quando eu chegava em casa à noite após o trabalho, ele me chamava para montarmos as histórias", revela. "Falava para ele me ajudar naquele momento, porque amanhã não teria a mesma ideia na cabeça", confirma Válter. Ele ainda não decidiu qual profissão pretende exercer no futuro. Entretanto, duas já aparecem como favoritas. "Eu já estou fazendo outras histórias, mas também gosto de jogar futebol. Então, quero ser jogador ou escritor", completa. Empurãozinho. Apesar de todo crescimento das publicações infanto-juvenis, ainda há poucas obras escritas pelas próprias crianças. Os pais possuem um papel determinante na concessão de liberdade para eles criarem seu universo. “O problema começa na família. Os adultos quando olham o livro de Válter, por exemplo, não sentem tanto interesse. Mas quando as crianças começam a ler, elas ficam paralisadas e extremamente fascinadas porque é o mundo delas ali retratado”, afirma. “Quando ficam sabendo que foi uma outra criança que produziu, elas pedem papel e caneta para produzirem seus textos. Ou seja, resta apenas aquele empurrãozinho para o início”, revela.

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Resultados parecidos, sentimentos diferentes

Empates com gostos completamente diferentes para as equipes pernambucanas na 2° rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, realizada no último final de semana. Enquanto o Santa Cruz, no último sábado (21), ficou no 2 a 2 com o Fluminense, em Volta Redonda, o Sport fez um jogo tecnicamente fraco contra o frágil Botafogo. O empate por 1 a 1, na Ilha do Retiro, escancarou as deficiências técnicas da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira. No Rio de Janeiro, a estrela de Grafite brilhou mais uma vez para ampliar a invencibilidade do Santa Cruz para 16 jogos. Agora, o Tricolor pernambucano está há quase dois meses sem saber o que é derrota. O camisa 23, novamente, foi o nome da equipe coral. Antes do início da competição nacional, o atacante estipulou uma meta de 15 gols. Com os quatro já anotados nas duas primeiras rodadas, faltam 11. Na próxima quarta (26), o líder da competição recebe o Cruzeiro, no Arruda. Pela organização e disciplina tática, o time de Milton Mendes pode ser considerado favorito para o confronto. Na Ilha do Retiro, por outro lado, o ponto conquistado diante do Botafogo não foi bem digerido pela torcida leonina, que chegou a vaiar o time no final da partida. Com um futebol bem abaixo do esperado, o Sport segue dando vexames. O único ponto conquistado em dois jogos, aumenta a pressão em cima do elenco e do treinador Oswaldo de Oliveira que, apesar do pouco tempo no clube, já sofre com críticas da arquibancada. Na próxima rodada, o Leão encara o Internacional, no Beira Rio. Se jogar da maneira que jogou diante do alvinegro carioca, o Rubro-Negro corre o risco de voltar goleado de Porto Alegre.

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Primeiro peão a cair no tabuleiro Temer

Caso siga a mesma lógica dos primeiros dias de governo, Michel Temer deve anunciar em breve a saída do seu ministro de planejamento, o pernambucano Romero Jucá (PMDB-RR). O vazamento de um áudio em que ele conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, caiu como uma bomba no colo do presidente interino. Até então, a fortalecimento da Lava Jato era um discurso unânime entre os novos governistas, inclusive pelo ministro. Mas, a gravação sugere que o impeachment tinha justamente o objetivo de segurar a sangria que as investigações estavam promovendo. E que, segundo Jucá, chegaria em breve aos caciques que estão hoje ao lado de Temer. Juca já era alvo de inquérito na Operação Lava Jato por suposto recebimento de propina. Temer assumiu o desgaste de trazer para dentro do seu ministério vários investigados. Afinal, "investigado não é julgado". No entanto, a gravação revela uma tentativa clara de enfraquecer as investigações, que atingiriam nomes como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do PSDB. O áudio sugere, na verdade, que a mobilização do congresso em derrubar Dilma Rousseff era justamente por conta do avanço das investigações. Pelas ações recentes de Temer, Jucá cairá em breve. Pressionado pelo fim do Ministério da Cultura, Temer voltou atrás. Os sinais de desgaste com a volta da CPMF e com a suspensão do Minha Casa, Minha Vida fizeram os ministros mudarem o discurso. A almejada coalizão, que poderá sustentar o governo Temer até 2018 precisa mais que a base dos partidos. Como chegou ao Palácio sem o voto popular, os primeiros dias do presidente interino indicam que a chiadeira das ruas interfere sim na sua gestão. A coalizão precisa do mínimo de reconhecimento popular. Nessa perspectiva, para não ter a cabeça ameaçada, Jucá deve ser o primeiro peão do tabuleiro deve cair.

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Instituições projetam inflação de 7,04%

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano foi ajustada 7% para 7,04%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,5%. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras. As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, passou de 13% para 12,75% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 11,50% para 11,38% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,83%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%. (Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil)

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Concertos para a Juventude traz Villa-Lobos, Mozart e Brahms

Uma manhã para conhecer e apreciar a vida e obra de grandes compositores. Essa é a proposta do projeto Concertos para a Juventude que chega à sua terceira edição, nesta terça-feira (24). A partir das 10h, no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, jovens estudantes de escolas públicas terão a oportunidade de participar da atividade coordenada pelo maestro Marlos Nobre, acompanhado dos músicos da Orquestra Sinfônica do Recife. A entrada é franca. No programa desta edição, o público vai poder ouvir um clássico da música erudita brasileira, o Prelúdio das Bachiannas Brasileiras nº 4 para orquestra de cordas, de Heitor Villa-Lobos. Em seguida, serão executadas duas composições de autores do post-classicismo: a Sinfonia nº 40, de Wolfgang Amadeus Mozart e, as Variações Sob um Tema de Haydn, de autoria do compositor Brahms. Nesta terceira edição, quase 370 pessoas devem assistir ao concerto, entre professores e alunos. O projeto Concertos para a Juventude tem por finalidade contribuir para a formação musical de jovens do Recife. Com isso, pretende-se desenvolver o senso crítico e também o gosto por outros estilos musicais, como o erudito, a partir de um bate papo descontraído do maestro Marlos Nobre com o público, contando causos interessantes sobre os autores e as composições. Para muitos estudantes é a oportunidade de entrar pela primeira vez num teatro e assistir à apresentação de uma Orquestra Sinfônica. Escolas interessadas em participar do projeto, que acontece sempre na terça-feira que antecede a apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, podem realizar o agendamento através do telefone: 3355.3323. Serviço: Concertos para a Juventude Quando: terça-feira, dia 24 de maio Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio, Recife. Informações: 3355.3323

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Pesquisa: 86% das mulheres sofreram assédio em público

Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid nesta sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema. A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. Formas de assédio Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos. “É quase uma exceção raríssima que uma mulher não tenha sofrido assédio em um espaço público. É muito preocupante. A experiência de medo, de ser assediada, de sofrer xingamento, olhares, serem seguidas, até estupro e assassinato. Os dados são impressionantes se pensarmos que a metade das mulheres diz que foi seguida nas ruas, metade diz que teve o corpo tocado”, diz a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman. Desigualdade de gêneros Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade. “É uma questão de gênero, de entender que na sociedade, qualquer que seja, as mulheres não são consideradas iguais aos homens. A ideia é que a mulher está subordinada no lar, na casa, no trabalho. Dados [da Organização Mundial da Saúde] apontam que uma a cada três mulheres sofre violência doméstica. Para os homens, os corpos e as vidas das mulheres são uma propriedade, está para ser olhada, tocada, estuprada”, disse. Segundo Nadine, é necessário implementar políticas públicas que garantam a segurança da mulher em espaços públicos, com políticas públicas específicas, como a iluminação adequada das ruas e transporte público exclusivo para mulheres. “Quando se pensa que quase todas as mulheres têm a experiência com abusos, não se tem a ideia do assédio. Isso tem um impacto, isso limita de andar na rua com segurança e direitos como educação e trabalho”, diz. Falta repressão A professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB), Suzana Borges, avalia que não há repressão adequada ao assédio à mulher em espaços públicos. “É uma questão social porque, em função de uma posição histórica inferiorizada, a mulher foi objeto de repressão, violência, não só nos espaços públicos, mas privados, dentro da família, em casa, no trabalho”, disse. Suzana Borges diz que há necessidade das mulheres denunciarem as situações de assédio que vivenciam no cotidiano. “Por se tratar de uma questão de gênero, a denúncia é um mecanismo que reforça a proteção”. Assédio por regiões A Região Centro-Oeste é onde as mulheres mais sofreram assédio nas ruas, com 92% de incidência do problema. Em seguida, vêm Norte (88%), Nordeste e Sudeste (86%) e Sul (85%). No levantamento, as mulheres também foram questionadas sobre em quais situações elas sentiram mais medo de serem assediadas. 70% responderam que ao andar pelas ruas; 69%, ao sair ou chegar em casa depois que escurece e 68% no transporte público. Na comparação com outros países, 43% das mulheres ouvidas na Inglaterra e 62% na Tailândia disseram que se sentiam mais inseguras nas ruas de suas cidades, enquanto que, na Índia, o espaço de maior insegurança era o transporte público, apontado por 65% das entrevistadas. Campanha Os dados são publicados no lançamento do Dia Internacional de Cidades Seguras para as Mulheres, uma iniciativa da organização para chamar a atenção para os problemas de assédio e violência enfrentados pelas mulheres nas cidades de todo o mundo. “É bastante preocupante que não haja uma perspectiva de gênero nas cidades, um planejamento que não leve isso em conta, como horários, transportes e abordagem de ensino nas escolas. Isso gera e perpetua uma cultura de violência, normatizada e normalizada, de fazer parte do desenvolvimento masculino assediar mulheres e isso não é questionado. A pesquisa mostra a naturalização da violência como uma prática bastante arraigada. Há a necessidade urgente e setorial de se enfrentar isso”, disse a coordenadora da campanha Cidades Seguras para as Mulheres no Brasil, Glauce Arzua. A campanha Cidades Seguras para as Mulheres foi lançada pela ActionAid no Brasil em 2014. O objetivo é promover uma melhoria da qualidade dos serviços públicos nas cidades para tornar os espaços urbanos mais receptivos a mulheres e meninas. Glauce aponta a educação como aspecto fundamental para que seja possível reverter o quadro de assédio ao redor do mundo. “A abordagem educacional é uma chave para o enfrentamento. Medidas como acontecem no Brasil, de vagões de trem separados, são paliativas, transitórias. Temos que quebrar essa cultura, que passa por campanhas, treinamento dos gestores, sobretudo criar espaços para que o planejamento das cidades tenha essa perspectiva de gênero”, diz. (Agência Brasil)

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Recife recebe o Dia de Alcance Global

Ser a maior campanha evangelística da história. Esse é um dos alvos do Global Outreach Day (G.O.D.). No Brasil, Dia de Alcance Global. O evento acontecerá no próximo dia 28. A campanha tem o apoio de nomes como David Yonggi Cho, Cunningham Loren (JOCUM) e Rick Warren. No Recife, o ponto de encontro da mobilização, de característica interdenominacional, será no Parque Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro, às 8h30. Será realizada uma caminhada de oração, adoração e evangelismo até o Marco Zero. Haverá também apresentações de Flash Mobs, com mais de 100 jovens de igrejas diferentes.   Até agora, mais de 50 igrejas e projetos interdenominacionais confirmaram presença, entre eles, S1 em Cristo, Jocum Recife, Surfistas de Cristo, Rugido do Leão, Saravida, entre outros. A meta dos organizadores é levar mais de 1000 pessoas às ruas do centro do Recife. Para Euclides Roberto, líder do Projeto Somos Um, esta será uma importante oportunidade para fortalecer a unidade entre os cristãos. “Será uma experiência sobrenatural e marcante para todos. Sabemos que o Brasil tem enfrentado várias crises, principalmente no âmbito politico e nós como igreja não podemos ficar indiferentes com tudo isso. Precisamos nos posicionar e sendo feito através da unidade, o resultado será bem maior, pois quando formos um, seremos bem mais fortes.” Mais informações: http://www.godbrasil.com.br/ https://www.facebook.com/GODBrasil https://www.facebook.com/Projetosomos1/  

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Movimentos culturais lançam manifesto pelo retorno do Cine Olinda

Os movimentos #CineRuaPE, #OcupeCineOlinda e Ponto de Cultura Cinema de Animação lançaram um manifesto direcionado às instituições responsáveis pela reforma e gestão do Cine Olinda, cinema centenário do Sítio Histórico, fechado há mais de 50 anos. O manifesto veio a público durante sessão do Cineclube CineRua, promovida ao lado do Cine Olinda, com o objetivo de questionar os descaminhos e reivindicar sua reativação imediata. Durante o evento foram obtidas mais de 350 assinaturas. Agora o mesmo documento está sendo lançado na internet nesta quarta (18), para que possa ser assinado e compartilhado. Link da petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Prefeitura_Municipal_de_Olinda_Iphan_Pela_reabertura_do_Cine_Olinda/?coMiehb Uma vez coletadas as assinaturas, o manifesto será protocolado na Prefeitura Municipal de Olinda, IPHAN, Secretaria Estadual de Cultura e Ministério Público, este último, requisitando uma audiência. MANIFESTO EM DEFESA DO CINE OLINDA Olinda, 5 de maio de 2016 O Cine Olinda é patrimônio histórico, cultural e afetivo, exemplar remanescente da arquitetura de cinemas de rua que existiram por boa parte do século 20 e 21 em diversos países. Em muitas cidades alguns foram preservados, se mantendo em atividade ininterrupta ou reativados, como parte de um movimento mundial de retomada dos cinemas de rua. Na França eles são chamados de cinéma du quartier (cinemas de bairro). Lá, alguns bairros ainda possuem seus cinemas. No Brasil muitos cinemas de rua foram extintos, demolidos ou reutilizados com usos que descaracterizaram totalmente ou quase toda a arquitetura do cinema. A cultura da demolição, que vem de tempos remotos, ainda predomina. A Região Metropolitana do Recife já perdeu inúmeros sobrados, igrejas, arcos, casas e edifícios modernistas e quase uma centena de cinemas de rua. Localizado na entrada da cidade, no bairro do Carmo, o edifício do Cine Olinda é um exemplar da arquitetura Art Déco, típica da fase pré-modernista das décadas de 20 a 40 do século passado. Apresenta planta retangular, simétrica, sala da plateia com tela e palco ao fundo, moldura para a tela com reentrâncias, estruturas da coberta em ferro, hall de entrada e bilheterias, marquises na fachada frontal, prolongando-se pelas laterais, cabine no pavimento superior, em destaque na fachada e janelas altas, podendo funcionar sem ar condicionado por estar localizado à beira-mar de Olinda. Estas mesmas características foram encontradas em outros cinemas de rua do Recife e Olinda, o que aumenta a importância de se preservar esta sala. Acreditamos em cinemas de rua como espaços de cidadania. Eles são modos de pensar e vivenciar as cidades; garantem vida aos centros e bairros; contribuem com a requalificação de espaços urbanos; valorizam a rua, os espaços públicos e de uso público; são pontos de encontro e sociabilidade; oferecem acesso à educação e cultura. Sem eles, uma cidade perde referências e o caráter simbólico no meio urbano. São edifícios que apresentam valores históricos, arquitetônicos, artísticos, contribuem com a preservação da memória urbana e deveriam estar na rota turística das cidades. Pernambuco se tornou um dos principais polos de produção cinematográfica do Brasil, sobretudo em se falando de filmes que partem do respeito à nossa inteligência para construir narrativas críticas sobre o mundo em que vivemos. Estes filmes dificilmente serão vistos em cinemas comerciais, pois salas localizadas em shoppings são unicamente interessadas no lucro fácil e se deixam levar pelo "tsunami" de filmes americanos, um maçante e violento bombardeio cultural. Neste sentido, reivindicamos o Cine Olinda como mais do que uma opção de exibição de filmes num sítio histórico e sim como um cinema público, com o dever de dar espaço a produções independentes do Brasil e do mundo, além de abrigar atividades de formação e aglutinação da produção criativa. Após 51 anos de seu fechamento, 37 anos de sua desapropriação, durante a gestão do prefeito Germano Coelho, e 35 anos de reformas malsucedidas, nos sentimos no dever de cobrar esclarecimentos e um maior compromisso dos gestores públicos responsáveis pela condução das obras e pelo equipamento em si. Tendo isso em vista, solicitamos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Eram e à Prefeitura Municipal de Olinda um esclarecimento público sobre a gestão do equipamento, prestando satisfação sobre a atual situação e que se coloque em discussão estratégias e soluções para que ele seja entregue à população ainda este ano. Solicitamos que esta audiência seja feita nas dependências do Cine Olinda, com participação do Ministério Público, seguida de deliberações sobre formas de ocupação e um plano de reinício das obras. Solicitamos também a criação de um comitê de fiscalização civil para acompanhamento tanto da obra quanto dos trâmites burocráticos para a viabilização da mesma. Assinam: Movimento #CineRuaPE #OcupeCineOlinda Ponto de Cultura Cinema de Animação Associação Brasileira de Documentaristas – ABD/PE Associação Pernambucana de Cineastas - Apeci Associação de Produtores de Cinema do Norte/Nordeste Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta - Sodeca

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Estudo revela espécie fóssil de crocodilo anão mais antigo

“O registro mais antigo de um crocodilo anão”: é o que ressalta a professora de Paleontologia e de Evolução e Dinâmica da Terra do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da UFPE, Juliana Sayão, ao explicar a importância do resultado recente da histologia e análise das células de um fragmento ósseo do Susisuchus. O achado paleontológico, que se encontra no Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), foi estudado no Núcleo de Paleontologia, do Laboratório do CAV, sob a coordenação de Juliana. A professora destaca ainda que se trata da menor espécie de crocodilo registrada até hoje. O estudo impacta diretamente na análise da evolução da linhagem dos crocodilos, servindo assim de referência para pesquisas futuras, como evidencia Sayão. Segundo a pesquisadora, o estudo sana dúvidas que existiam sobre a maturidade do fóssil, o Susisuchus anatoceps, já que “ele tinha as características do osso que somente organismos maduros, que atingiram a maturidade óssea esquelética têm. Então, batemos o martelo que ele era um adulto”. Coordenada pela professora da UFPE, a equipe é composta ainda por professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Regional do Cariri (Urca) e pós-graduandos da UFPE. Eles analisaram fragmentos de um dos três fósseis conhecidos dessa espécie de crocodilo – dois se encontram no Museu de Paleontologia da Urca e o outro está no Museum für Naturkunde, na Alemanha. O Susisuchus anatoceps viveu há aproximadamente 120 milhões de anos, durante o período Cretáceo, na região onde está a Chapada do Araripe, no Estado do Ceará. No local havia um grande lago que cobria essas terras, contendo uma diversa fauna e flora em seu entorno. O Susisuchus fazia parte desta biodiversidade, atuando como um crocodilo que transitava entre as áreas emersas e dentro do lago, explica a professora. A espécie é menor do que os atuais crocodilos anões que são conhecidos, o Paleosuchus e o Osteolaemus, ambos habitam as áreas pantanosas do cerrado e pequenas lagoas na floresta amazônica. O tamanho deles varia entre 1,0 m e 1,5 m de comprimento. Os resultados foram detalhados em um artigo destaque da capa da Revista Plos One, publicação internacional que é referência na área de paleontologia. Entre esses resultados está a conclusão de que o fóssil analisado do crocodilo anão morreu aos 17 anos com 60 cm de comprimento – ele pode, segundo a professora, chegar aos 90 cm de comprimento máximo. Além disso, a pesquisadora explica que a maturidade óssea do Susisuchus chegaria entre 10 e 20 anos de idade, portanto, o espécime analisado estava no final do seu crescimento.

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