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FPS lança cartilha pelo Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Em comemoração ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21/09), a Faculdade Pernambucana de Saúde, através do NAI - Núcleo de Acessibilidade e Inclusão realiza nesta semana a ação “Sentindo na Pele” que simula algumas das dificuldades que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida encontram diante de barreiras arquitetônicas e atitudinais. A ideia é que estudantes e colaboradores aumentem a percepção e consciência de entraves que pessoas com alguma limitação sentem, seja na parte de comunicação ou locomoção física. Para marcar a data, a instituição também disponibilizou uma cartilha que pode ser baixada no site da FPS (www.fps.edu.br/acao-sentindo-na-pele/09/2016), como forma de disseminar cada vez mais o conhecimento e diminuir as diferenças. Na Faculdade Pernambucana de Saúde, existem 12 profissionais com algum tipo de deficiência no corpo administrativo. A coordenadora de Recursos Humanos da FPS, Mônica Andrada, explica que a maioria são deficientes auditivos, e a instituição contratou um intérprete de LIBRAS para facilitar a comunicação. Toda a estrutura física é acessível, com rampas, piso tátil e comunicação em braile. A FPS também promove semestralmente cursos gratuitos de Libras – Língua Brasileira de Sinais tanto para público interno quanto externo além de ofertar o módulo optativo para os estudantes. Essa importância de ampliar a comunicação, além do dia a dia, é fundamental para profissionais na área de saúde. O conhecimento de Libras viabiliza um atendimento inclusivo, pela comunicação correta com o paciente, que passa a ser melhor entendido e diagnosticado. Daí a visão mais ampla da FPS em oferecer esse curso a alunos, tutores e colaboradores. Sala de Recursos Multifuncionais No fim de agosto, a FPS inaugurou um novo espaço dentro do Campus, a Sala Multifuncional. O espaço dispõe de quatro equipamentos de tecnologia assistiva, que facilitam a habilidade da pessoa com deficiência visual para o acesso aos estudos. São eles: Ampliador de caracteres, linha braille, teclado ampliado com fios e digitalizador e leitor automático (scanner de voz). A Sala Multifuncional fica na Biblioteca da FPS disponível para estudantes e colaboradores.

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Mamam sedia mostra de um dos principais prêmios de arte contemporânea

O Prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas encerra a 5ª edição no Recife, cidade natal do galerista que dá o nome à premiação. Os cinco vencedores do prêmio, Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA), terão as obras expostas no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), de 28 de setembro a 27 de novembro, encerrando a etapa itinerante da exposição. A visitação é gratuita. Também estarão expostas nesse mesmo período as obras da homenageada dessa edição, a artista Amelia Toledo. O visitante poderá conhecer ainda o projeto de curadoria vencedor da 5ª edição do prêmio: a mostra “Zona de Perigo”, do goiano Divino Sobral, que tem trabalhos de 12 artistas brasileiros com suas visões sobre criminalidade, violência, segurança e justiça. O Recife, além de ser um dos mais importantes polos brasileiros de cultura e arte contemporânea, é uma das referências da premiação, segundo o curador do prêmio, Marcus Lontra: “Primeiro, o fato de o Marcantonio Vilaça ser natural da cidade. Também é fato que Pernambuco é uma referência e base da atividade artística no Brasil desde o início da pintura brasileira, com Frans Post retratando Olinda e Recife. Desse modo, podemos dizer que a paisagem pernambucana é a base de toda a pintura brasileira”, ressalta. Lontra também destaca a atividade modernista da cidade, com nomes como Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro. “Recife é, definitivamente, um local onde o debate do contemporâneo se dá de maneira intensa”, diz. Pai de Marcantonio Vilaça, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça lembra da importância do filho na divulgação de artistas brasileiros no país e no exterior. Ele lembra as influências que o levaram a ser um grande nome da arte contemporânea brasileira. “Ele foi educado sempre com uma atenção voltada às artes plásticas, seja com artistas ceramistas pernambucanos, seja frequentando galerias de arte. Hoje esse reconhecimento de seu legado é algo que traz um conforto”, afirma. Mamam - o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) foi criado em 24 de julho de 1997, data em que foi concedido o estatuto de Museu à antiga Galeria Metropolitana de Arte Aloisio Magalhães. Seu nome homenageia o artista plástico, designer e ativista cultural pernambucano. Está instalado em um antigo casarão do século XIX e possui sete salas de exposição, biblioteca especializada em arte moderna e contemporânea, reserva técnica, sala de atividades educativas, sala de administração, auditório, café e depósito para acomodação de material museográfico.

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Aprendiz Legal: CIEE oferece 2 mil vagas

As 2 mil vagas abertas pelo CIEE para o programa Aprendiz Legal esta semana, em todo o País, são voltadas a jovens com idade entre 14 e 24 anos que tenham concluído ou estejam cursando o ensino fundamental ou médio. A contratação possibilita o ingresso no mercado de trabalho, com carteira assinada por prazo máximo de dois anos e recebam capacitação teórica na área que vão atuar. Os cursos de capacitação teórica ministrados pelo CIEE são oferecidos em diversas modalidades. Os interessados podem ter mais informações e se candidatar gratuitamente às vagas pelo site www.ciee.org.br. O CIEE também oferece uma série de benefícios adicionais gratuitos aos aprendizes como: lanches, palestras, oficinas, passeios culturais, atividades esportivas, apoio de assistentes sociais que interagem com as famílias dos jovens e com as empresas, entre outros. “Este é um bom momento para o jovem se inserir nesse programa que une a prática realizada dentro das corporações à capacitação teórica na área específica de atuação, ministradas no CIEE, com material didático desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho, nossa parceira no programa. Além de ganhar experiência e conhecimento, o salário recebido o ajudará a custear as despesas escolares e atuar com uma jornada máxima de seis horas por dia”, afirma Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE.

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Um terço dos idosos aposentados ainda trabalha

Além de ver a expectativa de vida aumentar nos últimos anos, um número elevado de brasileiros continua trabalhando mesmo após a aposentadoria. A constatação é de uma pesquisa realizada em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com idosos acima de 60 anos. De acordo com o levantamento, Mais de um terço (33,9%) dos idosos que já estão aposentados continuam exercendo alguma atividade profissional. O destaque fica por conta dos profissionais autônomos (17,0%), trabalhadores informais ou que fazem bicos (10,0%) e profissionais liberais (2,1%). Os que ainda atuam como funcionários da iniciativa privada, contudo, são apenas 1,7% do total de entrevistados. Considerando os aposentados que tem entre 60 e 70 anos, o percentual dos que trabalham sobe para 42,3%. A decisão de seguir trabalhando a esta altura da vida está relacionada, principalmente, à necessidade financeira, embora essa não seja a única razão. A principal justificativa é o complemento da renda, uma vez que a aposentadoria não é o suficiente para pagar as contas (46,9%). Dois em cada dez (23,2%) idosos continuam trabalhando para manter a mente ocupada e 18,7% para se sentirem pessoas mais produtivas na sociedade. Há ainda 9,1% dos idosos que alegaram não ter parado de trabalhar para poder ajudar os familiares financeiramente. IDOSOS QUE TRABALHAM SENTEM SATISFAÇÃO E ORGULHO POR CONTINUAREM ATIVOS O fato de ainda trabalharem mesmo sendo aposentados gera sentimentos positivos em 70,7% dos idosos como satisfação pessoal (38,8%) e orgulho (19,7%). Para os que avaliam o trabalho nessa idade como algo negativo (28,3%), os sentimentos mais compartilhados são o de indignação (9,3%) e cansaço (8,1%). A ampla maioria dos idosos (76,1%) até consegue se satisfazer financeiramente com a renda que possui, mas em 42% dos casos trata-se da "conta certa". Ou seja, o dinheiro serve apenas para cobrir os gastos mais importantes. Em sentido contrário, quase um quarto (23,4%) dos idosos entrevistados admitem que com a renda atual não conseguem atender todas as suas necessidades. Ainda assim, 9 em cada 10 (95,7%) idosos contribuem ativamente para o sustento financeiro da casa, sendo que em mais da metade dos casos (59,7%) eles são os principais responsáveis. De modo geral, a aposentadoria e o recebimento de pensão (74,6%) são a principal fonte de renda dos idosos brasileiros, neste caso incluindo aqueles que estão aposentados ou não. 35% CHEGARAM A APOSENTADORIA SEM TEREM SE PREPARADO Um dado preocupante do estudo e que, em certo modo, explica o fato de tantos idosos ainda se sentirem na necessidade de trabalhar, é 35,1% dessa população acima de 60 anos chegaram a terceira idade sem ter se preparado para a aposentadoria. No caso das mulheres e dos idosos das classes C, D E, o percentual é ainda maior: 39,5% e 41,5%, respetivamente. Seis em cada dez (61,5%) idosos entrevistados fizeram algum tipo de preparo e as principais atitudes foram a contribuição compulsória do INSS pela empresa em que trabalhavam (40,8%) e o pagamento do INSS por conta própria (17,4%). Uma parcela reduzida de apenas 8,4% teve o cuidado de investir na previdência privada. Outros tipos de preparo ainda mencionados, mas com menos intensidade, foram o depósito na poupança (4,5%) e o investimento em imóveis (4,4%) - neste último caso, não se leva em consideração o imóvel em que o entrevistado reside. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “é sempre importante lembrar que a contribuição compulsória para o INSS via empresa não pode ser considerada uma preparação suficiente para atravessar a terceira idade sem grandes dificuldades. Contar somente com a previdência pública é algo bastante temerário e que deve ser evitado”, alerta a economista. A maior parte dos idosos que se prepararam para uma aposentadoria tranquila disse que o fizeram por serem pessoas precavidas (31,6%). Há ainda aqueles que foram intuitivos e tiveram a iniciativa por conta própria, sem contar com a influência de terceiros (15,0%) e os idosos que se prepararam porque viram casos de pessoas próximas que não tiveram o mesmo cuidado e acabaram passando por momentos difíceis neste estágio da vida (12,3%). Quando indagados se o padrão de vida que possuem atualmente é melhor ou pior do que quando eles tinham 40 anos, a população idosa mostra-se dividida, com uma leve vantagem para os mais otimistas. Quatro em cada 10 (39,6%) IDOSOS AVALIAM VIVER MELHOR HOJE DO QUE NO PASSADO, enquanto 32,3% acreditam que a passagem do tempo também trouxe piora nas condições de vida, sentimento presente com mais força entre os idosos que pertencem à classe C (36,1%). De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros impõe uma série de mudanças nos hábitos financeiros. “Com as pessoas vivendo cada vez mais e fazendo planos para novas conquistas, torna-se fundamental estar preparado financeiramente para essa nova fase. Além disto, os tratamentos de saúde são onerosos e costumam aumentar com a terceira idade”, afirma Vignoli. QUATRO EM DEZ IDOSOS NÃO CONTROLAM AS FINANÇAS; 11% DELEGAM A FUNÇÃO A TERCEIROS A pesquisa do SPC Brasil também investigou os hábitos de vida financeira dos idosos brasileiros e descobriu que APENAS 42,7% ADMITEM FAZER UM CONTROLE SISTEMÁTICO DE SUAS FINANÇAS PESSOAIS, adotando métodos como anotações regulares em caderno (33,8%), uso de planilhas (7,9%) ou de aplicativos digitais (1,0%). Os idosos desatentos com o orçamento somam 45,9% do total da amostra, sejam porque usam métodos pouco confiáveis como fazer tudo de cabeça (32,1%) ou simplesmente por não terem qualquer tipo de controle daquilo que é gasto (13,8%). A pesquisa mostra ainda que 11,5% DOS IDOSOS DELEGAM A TERCEIROS A TAREFA DE CUIDAR DAS FINANÇAS. Para quem não controla o fluxo de receitas e despesas, as principais razões são não ver necessidade ou importância nessa tarefa (33,6%), seguido da falta de hábito e de disciplina (14,8%). O desconhecimento é citado por somente 9,1% da amostra de idosos entrevistados. Gastos com alimentação (82,9%), compromissos com serviços de luz (73,6%) e telefonia (47,2%), além de despesas com produtos de higiene (44,0%) e saúde, tais como remédios, exames e médico (41,2%) são os mais frequentes entre os brasileiros que têm acima de 60 anos, de acordo com o levantamento. DIMINUIÇÃO DA RENDA E EMPRÉSTIMO DE NOME FAZ IDOSO ATRASAR CONTAS E FICAR INADIMPLENTE Nos últimos 12 meses, 3 em cada 10 (30,1%) idosos brasileiros deixaram de pagar ou pagaram alguma conta com atraso - principalmente as de luz (13,9%), cartão de crédito (7,5%), telefone (6,9%) e água (6,7%). O índice é semelhante ao percentual de pessoas acima de 60 anos

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Nextel cria 2 mil vagas em PE. Saiba onde

De olho no já reconhecido engajamento dos nordestinos, a Nextel acaba de criar duas mil novas vagas de atendimento ao cliente em Jaboatão dos Guararapes, município do estado de Pernambuco, por meio de uma empresa parceira. Com negociação de R$ 80 milhões, a iniciativa trouxe outras vantagens para a região já que o serviço não é comum no local. Hoje existem apenas duas empresas que prestam serviço de atendimento ao cliente por telefone em Jaboatão dos Guararapes. Os demais estão na cidade de Recife e Olinda. “O município de Jaboatão foi escolhido também por ter oferta de mão de obra abundante e com qualidade diferenciada. A taxa de absenteísmo e turnover, por exemplo, é 50% menor em relação a São Paulo”, afirma diz Jorge Braga, vice-presidente de Operações da Nextel. “Além disso, a cultura nordestina contribui para aumentar o nível de atendimento, porque os funcionários da região são extremamente engajados e corteses”. A pesquisa de satisfação do consumidor da Nextel do mês de julho mostra que, numa escala de 0 a 5, o atendimento em Jaboatão ganhou nota de 4,16 com 80% de respondentes que acionaram o SAC (versus 3,75 em São Paulo). A cidade ainda dispõe de fácil locomoção e acesso, já que possibilita que as instalações tenham proximidade estratégica entre o Porto de Suape, principal polo de desenvolvimento do Estado, e Recife. O processo de implementação, que teve início em 1º de março, se encerrou no final do mês de junho. Os interessados em buscar vagas devem ligar para (81) 3974-7801 ou enviar o currículo para tivitrecifecontrata@tivit.com.br

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Candidatos participam do desafio intermodal

A quinta edição do Desafio Intermodal de Recife, que acontece nesta próxima terça (20), com saída do Marco Zero, no Centro do Recife, a partir das 18h, e chegada na praça de Casa Forte, na frente da Igreja Matriz de Casa Forte, conta com a participação dos candidatos à Prefeitura da capital pernambucana Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL), João Paulo (PT), Priscila Krause (DEM) e Simone Fontana (PSTU). O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, atualmente candidato a reeleição pelo PSB, não aceitou o convite de participação no evento. O Desafio Intermodal, realizado já há cinco anos no Recife, tem o objetivo de reproduzir um percurso comum para os recifenses no horário de pico e assim lançar uma reflexão com base nos dados de tempo de deslocamento, custo financeiro, emissão de poluentes e gasto calórico. O candidato Daniel Coelho fará o percurso a pé, Priscila Krause usará o Uber, Edilson Silva irá pedalar no desafio. A candidata Simone Fontana fará o trajeto de ônibus, enquanto Carlos Augusto irá de carro e João Paulo de táxi.

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Planejamento de longo prazo na pauta municipal

Em 2037 a cidade do Recife completa 500 anos. A data de nascimento da mais antiga das capitais brasileiras está sendo usada para inspirar planejamentos de longo prazo – um contraponto à cultura política brasileira de elaborar planos até a próxima eleição. LEIA MAIS: Propostas para o Centro Histórico Prefeituráveis opinam sobre a mobilidade Candidatos discutem o Rio Capibaribe Ordenamento urbano na pauta dos candidatos Para construir algum trabalho nesse sentido, o candidato Edilson Silva defende que é preciso valorizar o quadro técnico de urbanismo, a participação popular e a transparência dos processos. "Temos como prioridades a melhoria das condições de habitabilidade, a urbanização e o saneamento de áreas de interesse social e a redução do déficit habitacional. Além disso, queremos promover a moradia nos bairros centrais, desenvolver novas centralidades urbanas e estimular o uso misto de edifícios, ampliando as possibilidades de comércio e serviços". Ele sugere como temas a serem combatidos o déficit habitacional de 62 mil famílias. O disciplinamento das atividades econômicas em sintonia com a ocupação do solo são as diretrizes apontadas por Carlos Augusto. "Iremos recuperar a qualidade ambiental dos bairros centrais para que as pessoas possam voltar a morar nestes locais, perto de onde trabalham e estudam. Isto permite uma substancial redução dos chamados "custos de deslocamento", com melhoria da qualidade de vida e implicações na produtividade do trabalho. Além disso, cada bairro possui especificidades que lhe conferem vantagens ou desvantagens em determinados usos. A integração das redes de transporte também contribuem para uma maior sensação de bem-estar". Sobre o planejamento de longo prazo, Priscila Krause defende: "Incorporar a integração do planejamento territorial com a mobilidade, para a elaboração da legislação do uso do espaço urbano, no que se refere ao zoneamento e parâmetros urbanísticos, com ênfase no adensamento de corredores de transporte e centros de bairros, terminais de integração, estações do Metrô e de navegabilidade do Rio Capibaribe". Daniel Coelho destaca a necessidade de criar um plano de crescimento urbano da cidade, um plano diretor que integre a questão da mobilidade, considerando os aspectos sociais, culturais e ambientais de cada região. "A cidade não pode parar seu crescimento urbano, mas tem que fazê-lo de forma a respeitar a sociedade como um todo. É muito importante que o planejamento financeiro, principalmente no início de novas obras, seja feito com a certeza de que aquilo que irá começar será concluído". João Paulo critica a falta de continuidade as obras de gestões anteriores, que em sua opinião é uma regra geral das gestões públicas. "A prefeitura precisa ter políticas de Estado, capazes de sobreviver a sucessivas gestões. Nesse contexto, um importante debate a ser feito é o da descentralização do desenvolvimento da cidade, respeitando a história de cada lugar, levando oportunidades de emprego e renda a várias áreas da cidade. O desenvolvimento econômico de bairros como Casa Amarela, Ibura, Jardim São Paulo e Várzea precisa passar pelo desenvolvimento das pessoas, evitando que se perca tempo desnecessário com deslocamentos a outras áreas". O prefeito Geraldo Julio considera que nos últimos três anos o Recife retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. "Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser". Ele ressalta ainda projetos como o Plano Centro Cidadão e o projeto Parque Capibaribe, e destaca o mapeamento inédito que está sendo realizado pela Secretaria de Saneamento nas áreas críticas da cidade. Confira a íntegra o posicionamento que cada candidato nos enviou por email sobre o tema Planejamento de longo prazo: GERALDO JÚLIO Essa área eu tenho muito prazer de falar, e acredito que pode-se dizer que o Recife, nos últimos três anos, retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. Como tudo que fazemos em nosso governo, mas especialmente nas questões que vai se decidir o futuro da cidade, tudo é realizado com muito diálogo. Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037, quando a cidade completará 500 anos. Esse documento vem sendo produzido em diálogo com o meio acadêmico e com a população. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser. Estamos desenvolvendo também uma série de outros projetos e planos que vão fazer a diferença para qualquer um que tenha a responsabilidade de assumir a Prefeitura do Recife. Toda a área do centro continental da cidade, com os bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Derby e seus entornos estão sendo alvo do Plano Centro Cidadão, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco, e que também abre espaço para participação da população. Um Plano Específico pra toda essa área, que já estava previsto no Plano Diretor do Recife, vai dar a capacidade ao Poder Público de coordenar o desenvolvimento do nosso centro, dentro daquilo que se espera de uma cidade moderna hoje, com espaços urbanos preservados e qualificados, prédios com boa conexão com a malha urbana e uma melhor estrutura de mobilidade. A nossa Secretaria de Saneamento vem fazendo um mapeamento inédito das áreas críticas da cidade, que levanta com um nível de profundidade e detalhamento impressionante a situação daqueles que mais precisam do poder público. Esse projeto foi apresentado na COP-21, em 2015, e foi muito elogiado pela comunidade científica. Outro grande projeto que estamos executando junto à academia e população e que vai cortar quase toda a cidade é o Parque Capibaribe. Com ele, pretendemos reavivar a relação do recifense com nosso rio símbolo e o Parque já começou a sair do papel com a construção do Jardim do Baobá, sua primeira etapa, nas Graças. Essas e outras ações, como o Plano de Drenagem do Recife, a criação da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES)

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Josefina, uma pianista de fina estampa

Inventado há mais de 300 anos, o piano, imortalizado nas mãos de gênios como Mozart, Chopin, Liszt, Rachmaninoff e Beethoven, e tantos outros que marcaram a música para sempre, se impôs ao tempo. Inventado pelo italiano Bartolomeu Cristofori, representou uma evolução do cravo, até então o principal instrumento dos anos 1700. Nascido no século 18, neste século 21, o piano continua a ser um dos principais instrumentos musicais, isolado ou como parte da orquestra, consequência lógica de sua versatilidade, amplamente aplicada na música ocidental. Daí ele ganhou o mundo e inaugurou um tempo em que, nos momentos de lazer, as pessoas se reuniam em saraus para apreciar músicas tocadas por instrumentos clássicos como piano ou violino. Foi uma época em que o piano reinaria absoluto e praticamente em todas as casas haveria um, confirmando a existência da “pianolatria”, como dizia o escritor Mário de Andrade. Na casa de Josefina Aguiar, ainda bem, também havia um. Josefina foi saboroso fruto de uma família de artistas. Maria Aguiar, a mãe, era violinista. O tio, Elias Aguiar, doutor em música e regência. O pai, Antônio Aguiar, convicto apreciador de música erudita, tanto que mantinha em casa um quarteto de música de câmara. Compreende-se que Josefina viesse a ser, como, de fato, foi, uma grande artista. Desde cedo, ela mostrou que teria uma relação de cumplicidade com o instrumento. Tinha apenas 5 anos de idade, quando sua professora de piano notou que havia algo de diferente nas mãos daquela menina. Inexplicavelmente, era como se aquelas mãos tão delicadas fossem elásticas. Então, comunicou aos pais da menina todo o potencial daquela criança, não conseguido, contudo, ser levada a sério. Mãos são só mãos, ora, mãos elásticas... haveria de meditar a família de Josefina. O tempo se encarregou de mostrar que a mestra tinha razão. Para comprovar o que afirmava, a professora preparou a menina para tocar ao piano, de memória, 10 músicas, o que ela fez com maestria, no dia em que completava 6 anos. Mais tarde, com apenas 11 anos de idade, foi a primeira criança solista a tocar com a Orquestra Sinfônica do Recife, regida pelo rigoroso maestro Vicente Fittipaldi. Tinha apenas 11 anos de idade, repita-se. Foi considerada, com razão, um dos raros talentos musicais que despontaram nos anos 1940 em Pernambuco, mas, mesmo assim, tão qualificada, o Recife só a ouviu tocar pela primeira vez no rádio, na Rádio Clube de Pernambuco, quando tocou o adágio da Sonata ao Luar, de Beethoven. Naquele dia a fama lhe sorriu e lhe trouxe um renomado admirador, Valdemar de Oliveira. Não tardou, veio o primeiro recital. Àquela altura, sua fama já rompera as divisas pernambucanas, chamando a atenção do pianista norte-rio-grandense Valdemar de Almeida, que a levou para se apresentar em Natal. Ali ela conheceu o violinista Cussy de Almeida, outro grande talento, com quem veio a formar uma dupla de muito sucesso no Brasil e no exterior. Fez, inclusive, apresentações exitosas na Europa, notadamente no Concurso Internacional de Violino e Piano de Munique, Alemanha. Era, dizia a crônica especializada, o melhor dueto do Brasil. O fato é que em dupla ou individualmente, a pernambucana Josefina Aguiar era uma artista especial. As apresentações solo em todo o Brasil se multiplicavam, tendo se apresentado também na respeitada Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro. Josefina Aguiar, pianista clássica, admiradora da música de Edvard Grieg, o compositor norueguês da Suíte Peer Gynt, defendia com vigor a música erudita. Sua determinação era tão grande, que os amigos a chamavam de A Dama da Resistência e de Leoa do Norte. Nos saraus que eram comuns naquela época, entretanto, não relutava em tocar polcas, pas-de-quatro, valsas, fox-trotes, marcha carnavalesca e um dobrado para piano, gêneros musicais do passado, hoje perdidos na insensibilidade do tempo. Com sua presença nos salões, Josefina Aguiar valorizava os compositores recifenses, como Capiba, Nelson Ferreira, Alfredo Gama, Zuzinha, Misael Domingues e um desconhecido chamado José Capibaribe, que, na verdade, era um pseudônimo de Valdemar de Oliveira, aquele que se fizera seu fã desde a primeira apresentação, na Rádio Clube de Pernambuco, lembra-se? Vale a pena ver o que diziam dela seus contemporâneos. “A terra natal foi egoísta e insensível, incapaz de perceber nela o que a Argentina percebeu em sua Martha Argherit. Uma artista de brilho tão fulgurante, como Josefina, deveria deixar a província para ter uma vivência mais completa do mundo e interagir com um ambiente artístico e cultural mais universal”, advertiu o pianista Edson Bandeira de Mello, seu amigo desde a juventude, professor aposentado do Departamento de Música da UFPE. Para Mauro Maibrada, Josefina, “ao entrar no palco, parecia que uma luz se acendia. Dizia mais: Maibrada, que ela “não lia só a partitura, mas também a alma”. Já para o professor de história da música brasileira, ocidental e canto coral José Amaro dos Santos, Josefina não tocava mecanicamente. “Ela tinha uma musicalidade ímpar. Nas suas mãos, a música transcendia para algo mais do que aquilo que os compositores escreviam.” Por outro lado, o vice-reitor da UFPE, Gilson Edmar, seu amigo, disse que a pianista fazia questão de tocar nas suas posses. “Era uma pessoa humana extraordinária. E, mesmo doente, tocava tão bem, que parecia que a doença ia embora”, asseverou. Josefina, que, de acordo com José Amaro, conhecia como ninguém a história de música pernambucana, era uma entusiasta dos jovens talentos e não hesitava em incentivá-los. “Do mal da indiferença e do egoísmo, ela não padecia”, elogia José Amaro. Era tão grande o amor de Josefina Aguiar pela música que, mesmo doente, ela não deixou de tocar, como que tecendo o fundo musical dos seus últimos anos de vida. Inteligente, culta, bem-humorada, apesar de padecente de câncer e enfisema pulmonar, talvez pressentindo que a indesejada das gentes chegaria poucos dias depois, disse a uma jornalista haver recebido um chamado do céu para tocar harpa e, porque não conhecia o instrumento, não aceitara. Acontece que ela era tão plena de valores, que o Todo-Poderoso mandara pôr no céu um lindo piano,

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70% da RMR descarta resíduos de forma inadequada

Destinação inadequada de resíduos e reciclagem insuficiente marcam resultados da Região Metropolitana de Recife em estudo nacional. Estudo que avaliou a limpeza urbana em 1.700 cidades brasileiras revelou que 70% dos municípios da RMR descartam de forma inadequada os resíduos sólidos. Segundo dados do ISLU (Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana), a maioria das cidades destina esses materiais para lixões. “As graves consequências da destinação de resíduos para lixões são de longo prazo, afetando o meio ambiente como um todo: solos, águas e o ar. Para além disso, o depósito em lixões afeta a saúde pública da comunidade em volta dele, o que é um outro agravante”, afirma Ariovaldo Caodaglio, conselheiro do Selur. Em Recife, a destinação dos resíduos não é um problema. O descarte é feito em aterros sanitários adequados. Os desafios são outros, como as taxas inexistentes de reciclagem. O problema se repete nos demais municípios da região metropolitana, onde a média de reciclagem é de apenas 0,8%; sendo que Olinda, Itapissuma, Cabo de Santo Agostinho também não fazem nenhuma recuperação, assim como a capital. Para comparação, em países como Japão, Canadá e Alemanha esses números podem chegar a 40%. Sustentabilidade financeira A gestão da limpeza urbana é um processo complexo; tanto que costuma ser o 3º ou 4º maior gasto das gestões municipais, segundo dados do STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e das próprias prefeituras. Por isso, um dos critérios analisados pelo ISLU é a sustentabilidade financeira do serviço de limpeza urbana nas cidades avaliadas. Nesse aspecto, cinco das cidades da Região Metropolitana de Recife já estão preparadas e têm arrecadação específica para o serviço: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ipojuca, Itapissuma e Recife. Porém, a arrecadação cobre, em média, apenas 14% do gasto total. A fim de suprir a falta de informações sobre a limpeza urbana das cidades brasileiras e mapear os desafios para o cumprimento das recomendações da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), o ISLU foi desenvolvido em parceria entre o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo) e a PwC. A pesquisa leva quatro aspectos em consideração: · Engajamento do Município (população atendida x população total); · Sustentabilidade Financeira (despesas com a limpeza urbana x despesas totais); · Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado x total coletado); · Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente x população atendida). Impacto nacional O ISLU gerou resultados em 1.721 municípios brasileiros com base nos critérios da PNRS, aprovada em 2010, e criou um termômetro onde aponta os problemas e soluções de cada local, caso a caso, com pontuação de zero a um. Os dados utilizados foram coletados na base de 2014 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). “O objetivo do ISLU não é ser um ranking de cidades limpas x cidades sujas. Os resultados dessa análise servirão de insumo para os gestores públicos e privados de limpeza urbana, assim como associações e a sociedade em geral, a tomarem as medidas necessárias a fim de atender as exigências da PNRS e fomentar um ambiente sustentável e saudável em seus municípios”, afirma o conselheiro do Selur. “Para que um município tenha uma boa pontuação, ele deve apresentar bons resultados no conjunto total de indicadores utilizados. Com isso, o ISLU avalia uma série de informações consolidadas, sem trazer análises tendenciosas para o atendimento de apenas um aspecto da gestão da limpeza urbana”, explica Carlos Rossin, diretor da PwC Brasil e coordenador do estudo.

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Exposição Autos Retratos marca Dia Mundial Sem Carro no Recife

Uma tarde perdida no trânsito caótico do Recife, conhecido por ser um dos piores do mundo, foi o estopim para o arquiteto, urbanista e artista plástico Luiz Rangel perceber que algo estava errado nisso tudo. Daquela situação nasceram os esboços iniciais de "Exílio", o primeiro dos nove quadros feitos por Rangel e que compõem a exposição "Autos Retratos", que chega ao Museu da Cidade do Recife nesta quinta-feira, 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro. "Me senti isolado e confinado naquele engarrafamento. A sensação na hora foi de frustação, mas que logo se transformou em um processo criativo interessante", conta Rangel. A partir dali, brotaram esboços despretensiosos que, aprofundados e com base nas experiências cotidianas no trânsito, se transformaram em quadros abordando a temática da mobilidade e a dependência da sociedade por seus carros. "A reflexão me trouxe um questionamento: precisamos mesmo estar dentro de um veículo?", indaga. O quadro "Destino", por exemplo, segue esta linha. "A ideia surgiu de uma expressão comum: 'fiquei rodando atrás do endereço'. As pessoas sempre querem chegar a algum lugar, mas a sensação da cidade engolida por carros parece sugerir que, no fundo, nunca chegamos a lugar algum", diz. São nove trabalhos em óleo sobre tela, em formato quadrado, com exceção de "Reflexo", em tamanho diferenciado (1m x 2m, retangular), que traz um olhar de futuro dentro da temática principal e aponta para a importância de espaços compartilhados. "A obra mostra o trânsito com o retrovisor de um carro simbolizando o passado, repleto de veículos, e o amanhã com outros partícipes da mobilidade: bicicletas e pedestres em perfeita harmonia", explica Rangel. DEBATE - Com curadoria de Plinio Santos Filho e Daniel Dobbin, "Autos Retratos" não será inaugurada casualmente no dia 22. Nessa data, é celebrado o Dia Mundial sem Carro, reforçando o propósito da exposição: mostrar um retrato provocador da sociedade atual, um "auto retrato", como brinca Luiz Rangel, com uma cidade refém dos veículos, com poucas interações interpessoais e espaço reduzido para pedestres e ciclistas. A abertura da mostra, a oitava da carreira artística de Luiz Rangel, tem início às 19h, com debate com o artista, o curador Plinio Santos e o militante da mobilidade a pé Francisco Cunha, dando seguimento ao vernissage, às 20h. O evento é gratuito e aberto ao público. A mostra fica em cartaz no Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas até 2 de outubro, também com entrada franca. SOBRE O ARTISTA - Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o recifense Luiz Rangel iniciou sua ligação com desenho e pintura na infância, de forma autodidata. Desenvolveu suas aptidões artísticas durante a graduação e a vida profissional, com projetos arquitetônicos feitos à mão - na época em que não se utilizava o computador - e, posteriormente, em curso de pintura no Espaço Vitrúvio, em 2010. Desde então, já participou de sete exposições - no próprio Espaço Vitrúvio, no festival Olinda Arte Em Toda Parte e por duas ocasiões em Frankfurt, na Alemanha: em 2012, com a mostra "Follow me" e, em 2014, "Onze - Abaixo do Equador", ambas na Galeria Eulengasse. Atua também como conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (Cau-PE).

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