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Produção industrial tem queda de 9,8% de janeiro a maio

Depois de dois meses consecutivos de crescimento (1,4% em março e 0,2% em abril), a produção industrial brasileira fechou o mês de maio com expansão zero (0%, em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais). Com o resultado de maio, a produção industrial acumulada nos cinco primeiros meses do ano continuou negativa, fechando o período janeiro-maio com queda de 9,8%. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE. Na série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria encerrou maio deste ano em queda de 7,8%, a 27ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a retração de 6,9% verificada em abril último, na mesma base de comparação. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, fechou maio deste ano com a queda de 9,5% e praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado em março e abril, quando mostrou a perda mais intensa desde os 10,3% de outubro de 2009. Setores pesquisados Apesar do crescimento nulo na produção industrial brasileira de abril para maio deste ano, na série livre de influências sazonais, houve expansão no parque fabril do país, entre um período e outro, em 12 dos 24 ramos analisados, com destaque para o avanço de 4,8% registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias. Segundo o IBGE, outras contribuições positivas sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,6%), de indústrias extrativas (1,4%) e de metalurgia (3,4%). A pesquisa destacou, ainda, os resultados positivos assinalados por outros equipamentos de transporte (9,5%), bebidas (2,2%), celulose, papel e produtos de papel (2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,3%) e produtos de borracha e de material plástico (2%). Em contrapartida, entre os ramos que fecharam maio em queda em relação a abril, o IBGE destacou produtos alimentícios (-7%), e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%). Categorias econômicas Entre as cinco grandes categorias econômicas, o IBGE constatou, entre abril e maio, crescimento em duas, queda em outras duas e resultado nulo (0%) em outra. Os dados indicam que o principal destaque entre as categorias com resultados positivos veio de bens de consumo duráveis (avanço de 5,6% em relação a abril, interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou retração de 13%). Também com expansão na série dessazonalizada, o item bens de capital fechou positivo em 1,5%. Já entre as duas grandes categorias que fecharam negativamente, a maior queda deu-se em setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis, com retração de 1,4%, entre abril e maio, e em bens intermediários (-0,7%). No primeiro caso, foi a segunda retração consecutiva na produção; e no segundo, o segmento de bens intermediários voltou a recuar após crescer 0,5% em abril. Queda acumulada Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil indicam que a queda acumulada de 9,8% nos primeiros cinco meses de 2016, frente a igual período de 2015, tem perfil disseminado, com redução em quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 75,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção. A maior queda foi verificada na atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias: 24,2%. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-18,3%), de metalurgia (-13,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,8%), de produtos de metal (-15,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-12,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%). Já entre as das 26 atividades que ampliaram a produção nos cinco primeiros meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (2,7%). Os demais resultados positivos foram registrados pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%). Nas grandes categorias econômicas, a maior queda ocorreu no setor de bens de consumo duráveis, com retração de 24,7%, seguido de bens de capital, com menos 23%. No caso de bens de consumo duráveis, a maior pressão veio da redução na fabricação de automóveis (-24,4%) e de eletrodomésticos (-27,7%). Três meses sem queda Pela primeira vez desde 2012, a produção industrial brasileira encerra três meses consecutivos sem queda. Em 2012, a produção teve cinco meses consecutivos de expansão – de abril a agosto. Na avaliação do gerente de coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, o cenário dos últimos meses se apresenta melhor do que o de 2015 , embora o setor ainda não sinalize uma “reversão de tendência”. Para ele, “essa sequência positiva e esse período de maior intensidade para a produção industrial não revertem quedas passadas. Mas, embora o resultado seja ainda negativo na taxa acumulada ao longo do ano, o cenário de queda é mais intenso e o aprofundamento da trajetória descendente da produção industrial parece ter ficado para trás. São três meses sem resultados negativos, um cenário diferente do que se viu no ano passado”, disse.

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Temer tem 13% de aprovação

Com pouco mais de um mês de gestão, o governo do presidente interino Michel Temer foi considerado ruim ou péssimo por 39% da população, em junho, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope. O levantamento foi divulgado hoje (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na última pesquisa CNI/Ibope que avaliou o governo de Dilma, em março deste ano, 69% dos entrevistados consideram o governo da petista ruim ou péssimo. O percentual de pessoas que consideram o governo de Michel Temer ótimo ou bom é 13%, contra 10% de Dilma. Já os que avaliam o governo Temer como regular somam 36%. Em março, 19% disseram que o governo de Dilma era regular. A popularidade do presidente interino é maior que a da presidenta afastada Dilma Rousseff, mas também é negativa. Entre os entrevistados, 31% concordam com a maneira Temer de governar e 53% discordam. No caso de Dilma, 82% concordavam com a maneira de ela governar em março de 2016 e 14% aprovavam. Sobre a confiança, 27% confiam no presidente Temer e 66% não confiam. O índice de confiança de Dilma era de 18%; 80% não confiavam na presidenta afastada. Segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a proximidade política entre os dois governos e o pouco tempo em que Michel Temer está no poder reflete na manutenção do percentual de pessoas que consideram o governo atual ótimo ou bom (13%), considerando a margem de erro, em relação à última pesquisa da presidenta Dilma (10%). Em comparação com o governo de Dilma Rousseff, 44% da população consideram que o governo Temer está sendo igual ao da presidenta afastada; 245% consideram pior e 23%, melhor. “É um fator que já se esperava, porque [o PMDB] é um dos principais partidos que estavam na base aliada do governo passado; alguns ministros até participaram do governo passado. Isso pode levar essa impressão na população de que o governo está muito parecido. Quando olhamos pelo lado do ruim ou péssimo, está melhor que antes, mas não significa dizer que está um ótimo governo”, explicou Fonseca. Nordeste A popularidade de Temer, segundo a CNI, é mais baixa na Região Nordeste. Para 44% dos entrevistados nessa região, o governo está sendo ruim ou péssimo; 72% não confiam no presidente em exercício e 63% desaprovam sua maneira de governar. Nas demais regiões, as avaliações são similares. No Nordeste, o governo Temer está sendo pior que o governo Dilma para 38%. Esse percentual cai para 25% entre os entrevitados no Norte e Centro-Oeste, 20% no Sudeste e 19% no Sul. “O Nordeste era onde a presidente Dilma tinha mais força, tinha melhor índice de aprovação, e certamente esse é um fator determinante para que o presidente interino tenha uma desaprovação maior nessa região”, disse Fonseca, ao acrescentar que ainda há uma incerteza na população e um desconhecimento do que realmente esse governo vai fazer e as políticas que vai adotar. Notícias Para 40% do entrevistados, as notícias recentes são mais desfavoráveis ao governo. Na comparação com a pesquisa de março de 2016, o número recuou 36 pontos percentuais. O percentual dos que consideram as notícias mais favoráveis ao governo é de 18%; em março, esse percentual era 10%. Na comparação com março, houve um aumento de 9% para 25% dos que consideram que as notícias não são favoráveis nem desfavoráveis. Para Fonseca, esse é um ponto que chamou a atenção, pois cresceu o número de pessoas que não citaram ou não lembraram ou não quiseram citar notícias específicas sobre o governo (63%). Em março, esse percentual era de 25%. “Houve uma avalanche de notícias sobre corrupção e [Operação] Lava-Jato e, de repente, isso diminuiu um pouco e começam entrar notícias de mudanças de governo. E as pessoas não se atentaram ainda ou não absorveram ainda essas notícias por completo”, disse o gerente executivo da CNI. A pesquisa CNI/Ibope também avalia o governo por área de atuação. Impostos e taxa de juros são as áreas que mais desagradam à população, ao alçancar 77% e 76% de desaprovação, respectivamente. A pesquisa completa está disponível no site da CNI. Temer assumiu o governo em 12 de maio, quando o Senado aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa foi feita entre os dias 24 e 27 de julho com 2.002 pessoas, em 141 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.

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Entrevista: Odete Liber

“A violência contra a mulher é também uma violência política”. Mestre em Teologia pelas Faculdades EST (2003), graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Londrina (2006), bacharel em Direito pela Faculdade Pitágoras (2010) e bacharel em Teologia pela Faculdade Metodista (1998). A diretora conselheira da Diaconia, Odete Liber, acumula formações acadêmicas e experiências profissionais em áreas distintas. Em todas, no entanto, teve sua trajetória inspirada e marcada por uma temática específica: a Justiça de Gênero. Nesta entrevista, a 2ª Tesoureira conta um pouco da sua ligação enquanto profissional, mulher e pastora com as questões de Gênero e faz uma breve avaliação do cenário brasileiro, incluindo a abertura das igrejas evangélicas para o diálogo sobre a temática. Como a temática Gênero chegou até você? A inquietação começou na época faculdade de Teologia, nos idos de 1996/97, quando comecei a ver e ouvir coisas sobre o tema, com disciplinas que trabalhavam o que é violência, o que é ser mulher... Até então, não tinha muita noção sobre o assunto. Anos depois, passei a dar aulas no curso de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB), em Londrina, e, em 2003, veio a proposta de abordar a temática de forma específica. A IPI tinha acabado iniciar a ordenação de mulheres, era algo muito novo. Como eu era a única mulher a dar aula, veio a sugestão: por que você não começa uma disciplina para tratar da questão de mulher? Então, vamos falar religião e gênero, gênero e religião. Foi aí que comecei a me preparar mais para poder trabalhar esta temática. Fui pioneira em uma disciplina específica para tratar do assunto, tanto que os alunos, no início, ficaram relutantes para discutir tema. A turma era formada em sua maioria por homens e eles achavam que não precisavam estudar aquilo. Que mudanças foram mais perceptíveis ao final desse curso? Ele ainda existe? A maior mudança foi de comportamento. Não só dos homens, mas também das mulheres, na forma de se perceberem no ministério pastoral, além do fato de serem mulheres e de construir um jeito seu de realizar seu ministério, não como uma cópia do que sempre existiu, do ministério pastoral do homem. A mulher tem um olhar diferente que deve ser valorizado. E isso não prejudica ninguém, muito menos o ministério. Os homens têm hoje, apesar dos pesares, uma visão bem diferente, ainda com as fragilidades que a gente tem de olhar para o outro, em especial a mulher, mas melhorou. Foram dois anos de ensino, duas turmas. Depois, o tema passou a ser trabalhado de forma transversal em outras disciplinas. E você levou a abordagem de gênero para outros espaços? Depois da IPI, trabalhei mais na área de Educação, sou teóloga, pedagoga, e juntei com o Direito, na parte legal. Fui trabalhar em um instituto socioeducativo e no CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), onde a questão de gênero está muito presente. Ali, é uma porta onde você deve trabalhar a prevenção da violência contra a mulher, contra a criança e o adolescente, contra o idoso... é um espaço em que, na vivência do dia a dia, é possível e se deve trabalhar o empoderamento da mulher. Atualmente, trabalho como professora/tutora EAD/IFES e como assessora de projetos do Serviço Anglicano de Diaconia (SAD), da Igreja Episcopal Anglicana do BrasilI (IEAB), no qual a temática violência contra a mulher e qualquer outra violência é o tema principal. A violência de gênero ainda é um dos principais problemas enfrentados pelas brasileiras. Qual a sua avaliação diante dos altos índices de feminicídios registrados no País? Às vezes, quando olho para esses dados, parece que vivemos um retrocesso, pois os números só aumentam. O Espírito Santo, estado onde moro, sempre aparece em primeiro ou segundo lugar no ranking de violência contra a mulher. Este ano, está em segundo. Acredito que é preciso trabalhar mais na base, trabalhar com os homens a visão de masculinidade, acompanhar aqueles que praticam a violência e na prevenção contra a violência. Instituições públicas e privadas também precisam discutir o assunto, ter momentos para abordá-lo. Vamos falar sobre família? Então, vamos tocar no assunto da violência... porque posso não estar sofrendo violência, mas um amigo, vizinho ou alguém da igreja pode. Então, ali você cria espaços de diálogo e de laços afetivos... e nesses laços afetivos acaba reconhecendo os problemas e encontrando formas de solução. As igrejas, hoje, estão mais abertas ao diálogo sobre gênero? Sou de origem Metodista, mas desde 2009 estou na IEAB. Posso dizer que a Igreja Anglicana tem trabalhado muito esse tema nas igrejas/paróquias, nas dioceses. Nessa caminhada de luta, mesmo que morosamente temos contribuído com alguma coisa. Não só na realização de encontros e colóquios, mas também na capacitação e produção de materiais para que as igrejas locais possam trabalhar o tema nas comunidades. A nossa primeira cartilha, que já teve várias edições, trata sobre violência contra mulher e tem sido usada em outros espaços fora da Igreja. Isso me faz acreditar que estamos no caminho certo nessa luta. De certa forma, é algo pioneiro ter essa visão, a preocupação por parte das igrejas locais de formar lideranças para trabalhar o tema, inclusive levando o diálogo para outros espaços, como os locais de trabalho, instituições publicas e privadas. A Igreja olha para si, mas deve olhar também para fora, para o que está à sua volta. Como ter acesso às publicações da Igreja Anglicana? A cartilha Violência Contra a Mulher pode ser adquirida na Livraria Anglicana, em São Paulo. Outra forma é falar com os reverendos nas catedrais e paróquias mais próximas. Também temos o CD, que contém o mesmo conteúdo na revista, mas é uma forma mais fácil de multiplicação do material. Temos uma nova publicação, que é uma revista com artigos acadêmicos escritos por psicólogos, reverendos e outros autores anglicanos, mas em linguagem bem acessível. Ela abre espaço para outros recortes, tratando, por exemplo, da violência contra as meninas transexuais, da violência que os homossexuais sofrem. A Igreja Anglicana começa, a partir desses

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Murillo La Greca promove o Cinema no Jardim

Neste sábado (02) o Museu Murillo La Greca, no Parnamirim, realiza a segunda edição do projeto Cinema no Jardim. Nesta edição o tema central será Cinema de Mulher sobre Mulher. A exibição dos filmes acontece nos jardins do museu a partir das 19h, com entrada franca. O Museu Murillo La Greca é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife. A iniciativa visa abrir o espaço do equipamento para a arte política cinematográfica, tendo os temas relação com a questão dos Direitos Humanos. Este mês a proposta abriu espaço para que pessoas com produções ligadas ao tema da tarde (curtas, longas, comédias, documentários, biografias, etc.) pudessem também apresentar os seus trabalhos, mediante inscrição prévia. O primeiro filme escolhido foi o documentário MENINAS, de Sandra Werneck. Ele conta a história de Evelin (13 anos) que está grávida de um ex-traficante; de Luana (15 anos) que diz que planejou sua gravidez; de Edilene (14 anos) que espera um filho de Alex, que também engravidou Joice. MENINAS acompanha por um ano o cotidiano dessas jovens. O filme foi produzido pela Cineluz e co-produzido pela Giros Produções e foi lançado em 2005. O segundo filme foi o curta Mulher(es)Pelhos, de Raiza Oliveira, que pretende refletir sobre os enigmas que meninas e mulheres escondem por detrás dos seus reflexos. Mulheres que a sociedade míope, distorce parecendo não enxergar ou enxergando pelo avesso, como elas se vêem? Dentre as inúmeras violências sofridas por mulheres, os casos de abusos físicos/sexuais, se revelam em altos índices em pesquisas e noticiários cotidianos. Como se desprender desses traumas? Conheça a história de várias mulheres, de vários nomes, multiplicadas e refletidas em uma só protagonista. Quem quiser conferir o projeto Cinema no Jardim, basta levar uma canga, ou almofada, tecido, enfim, aquilo que quiser para se acomodar no gramado do jardim e curtir as projeções, além de conferir o bate papo com os autores dos filmes. Informações através do e-mail: Educativommlg@gmail.com ou pelo telefone: 3355-3126. SERVIÇO: Cinema no Jardim #2, com o tema Cinema de Mulher sobre Mulher Quando: Sábado, dia 02 de julho Horário: das 19h às 22h Local: Museu Murillo La Greca, Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim, Recife. Informações: 3355.3126 E-mail: Educativommlg@gmail.com Entrada franca

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Iniciativa privada é responsável por 5% do saneamento no país

A iniciativa privada responde por 5% das cidades brasileiras que recebem serviços de abastecimento de água e captação e tratamento de esgoto, segundo estudo divulgado hoje (30), em São Paulo, pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto (Abcon). São 316 municípios atendidos por concessões plenas, parciais e parcerias público-privada. Segundo a publicação, a maior parte do país (70%) é atendida por companhias públicas estaduais e 25% por prestadoras públicas locais e microrregionais, como autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e organizações sociais. Paulo Roberto de Oliveira, presidente do conselho diretor da Abcon, criticou o baixo investimento no setor, que disse ser insuficiente para atingir a universalização. “Precisaríamos de R$ 300 bilhões, que é um número expressivo, se considerarmos que hoje a gente investe só 10 bilhões por ano”. De acordo com ele, nesse ritmo, a universalização seria alcançada apenas em 2054. “O cenário do setor de saneamento no Brasil é preocupante, para não dizer caótico. Principalmente em algumas regiões do país, Norte e Nordeste, a gente tem uma carência muito grande, principalmente na parte de esgotamento sanitário”, disse. O panorama elaborado pela Abcon aponta que os serviços privados de saneamento estão nas casas de 19% da população urbana e obtêm 6,5% do faturamento total no país. De todo o investimento destinado ao setor, a iniciativa privada respondeu 20% em 2014, índice considerado alto pela associação. O secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Alceu Segamarchi, do Ministério das Cidades, que participou da cerimônia de lançamento da pesquisa, defendeu a ampliação da participação da iniciativa privada nos serviços de saneamento no país. “É impossível que o Brasil consiga, mesmo em 2054, atingir a universalização sem a participação maior da iniciativa privada. Os recursos do governo federal estão exauridos. Estamos falando de saúde, basicamente. A cada ano que a gente deixa de atingir as metas, sustentam-se os índices de mortalidade infantil”, disse o secretário. “Ainda mais na crise atual que as prefeituras passam, com a falta de capacidade de investir, buscar recursos, passando por uma fase de contenção de despesas. Nós da iniciativa privada temos capacidade de gestão, tecnologias modernas, que reduzem custos operacionais e capacidade de buscar recursos. Temos chance de contribuir para o saneamento brasileiro”, ressaltou o presidente do conselho diretor da Abcon. (Agência Brasil)

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Depressão atinge 10% dos desempregados

Estudo que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (30) indica que, em 2013, 10,2% dos brasileiros com 18 anos ou mais que estavam fora do mercado de trabalho (um em cada dez) sofriam de algum tipo de depressão, de um total de 61,8 milhões de pessoas que não trabalhavam, nem procuravam emprego - em um universo de 93 milhões de empregados. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde 2015 – Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho. O levantamento contabilizava, na época, a existência de cerca de 160 milhões de pessoas integrando a População em Idade Ativa (PIA) do país, em um universo de 200,6 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010. Quando se analisa os brasileiros em idade ativa desocupados (5,7 milhões fora do mercado de trabalho, mas procurando emprego) em 2013, o percentual cai para 7,5%. Já entre as pessoas fora do mercado de trabalho (que não trabalhavam, nem procuravam emprego, embora em idade ativa), o total passa a 7,6%, o equivalente a 11,2 milhões. O percentual menor de trabalhadores com depressão foi verificado entre a população ocupada: 6,2%. O levantamento sobre a ocorrência de depressão entre a população em idade ativa abrange o contingente de pessoas com idade acima de 18 anos e indica, ainda, que 12,6% da população fora do mercado tomavam algum tipo de remédio para dormir. As análises foram feitas em convênio com o Ministério da Saúde. Em relação ao sexo, tanto no domínio da população de 18 anos ou mais quanto no da população ocupada desta mesma faixa etária, as mulheres apresentaram percentual de prevalências de diagnóstico de depressão mais elevado: 10,1%. Analisando as pessoas ocupadas de 18 anos ou mais de idade por grupos etários, os dados mostram que o diagnóstico médico de depressão aumentava até o grupo de 40 a 59 anos, observando-se redução da prevalência a partir dessa faixa – entre as pessoas de 40 a 59 anos de idade, 8,2% relataram ter diagnóstico de depressão, enquanto para aquelas de 60 anos ou mais de idade a prevalência foi de 7,4%. Para análise do contingente de pessoas fora do mercado de trabalho com depressão, o IBGE levou em consideração a população com mais de 18 anos de idade, que não exercia qualquer atividade: aposentados, estudantes, pessoas que desistiram temporariamente de procurar emprego em razão de dificuldades momentâneas do mercado ou, ainda, mulheres cujos maridos tinham rendimentos elevados e decidiram se dedicar aos filhos e ao lar. Idade do trabalhador Em entrevista à Agência Brasil, a gerente de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Maria Lúcia Vieira, admitiu que a questão da depressão pode estar ligada diretamente à idade do trabalhador. “O que a gente identificou é que, conforme a idade, cresce o percentual de pessoas que apresentavam algum tipo de depressão”. Para ela, como a população fora da força de trabalho é composta - em sua maior parte - por pessoas com mais idade, essa poderia ser uma justificativa para o percentual mais alto. “Então, tem, sim, uma relação forte com a questão da idade”. A gerente de pesquisas também falou sobre a incidência maior de mulheres entre o contingente de brasileiros com depressão. “Entre as mulheres, o percentual de diagnóstico de depressão chega a ser três vezes maior do que entre os homens. E isso ocorre tanto entre a população desocupada como entre os que estão fora da força de trabalho - o que pode ser um indício de que este percentual pode estar mais relacionado com a questão sexo e idade do que com as condições de trabalho”, explicou. Doenças crônicas Na Pesquisa Nacional de Saúde 2013, o IBGE constatou que a prevalência de três doenças crônicas com maior incidência na população (hipertensão arterial, colesterol alto e dor nas costas) é bem maior entre a população ocupada do que entre os desempregados. Percentualmente, entre as doenças crônicas mais presentes, especialmente entre as pessoas de 65 a 74 anos de idade, se destaca a hipertensão arterial, com 52,7%; seguida por problemas crônicos de coluna ou costas (28,9%); e do colesterol alto (25,5%). O IBGE constatou, ainda, que a prevalência de Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho (movimentos repetidos de qualquer parte do corpo) foi de 2,8% entre as pessoas ocupadas e de 2,6% entre as desocupadas. Na avaliação da gerente de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a maior incidência de doenças crônicas entre a população ocupada pode ter relação direta com a questão do estresse ocupacional. “Embora a gente não tenha investigado as causas da maior incidência, o fato é que a população ocupada tem uma maior incidência dessas principais doenças, especialmente quando a gente fala da hipertensão arterial, do colesterol alto e da dor nas costas”. “Em relação a doenças crônicas, esta maior incidência pode estar relacionada ao mercado de trabalho, porque as faixas de idade entre os dois grupos são bastante parecidas”, disse Lúcia Vieira. Já no universo total de pessoas com 18 anos ou mais de idade fora da força de trabalho a incidência é ainda maior, “o que deve ocorrer devido ao grupo ser composto por gente com idade mais avançada”. Acidente e Violência Outra constatação do estudo divulgado pelo IBGE é a de que, em 2013, 12,4% das 4,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que sofreram acidente de trabalho ficaram com alguma sequela ou incapacidade, o equivalente a 613 mil trabalhadores. Segundo o IBGE, destes 4,9 milhões de acidentados no trabalho, 32,9%, (ou 1,6 milhão) deixaram de realizar atividades habituais. O levantamento constatou, ainda, que 4,5 milhões de pessoas de 18 anos ou mais sofreram algum tipo de acidente de trânsito com lesões corporais, dos quais 32,2% foram no deslocamento para o trabalho (1,4 milhão) e 9,9% trabalhando (445 mil). Já no que diz respeito à agressão e violência, o estudo indica que, em 2013, 4,6 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (3,1%) sofreram algum tipo de agressão ou agressão por desconhecido. Do total, 846 mil foram agredidas em seus locais de trabalho (18,4%). Já as

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Prefeito entrega a 10ª Upinha do Recife

Um atendimento de saúde de qualidade chega agora ao bairro de Campo Grande respondendo a uma demanda histórica da população da área. Na noite desta quarta-feira (29), o prefeito Geraldo Julio inaugurou no local a 10ª Upinha do Recife. É a Upinha Tasso Bezerra - Chié I e II, onde cerca de sete mil pessoas passam a contar agora com mais conforto e o novo padrão diferenciado de saúde adotado na cidade. "A comunidade do Chié era atendida em duas unidades que funcionavam em duas pequenas casas que foram adaptadas. A gente agora aqui está atendendo com duas equipes da saúde da família. São sete mil pessoas que vão ser atendidas. Vai ter dentista também com a parte de saúde bucal. É a décima Upinha que a gente conclui na cidade", explicou o prefeito Geraldo Julio. O gestor municipal também destacou que a nova unidade garante atendimento de saúde de qualidade para a população. "A gente faz as coisas para atender a população do Recife, principalmente a população que mais precisa da ação da prefeitura, mas a gente faz com qualidade, com dignidade. É assim que a gente entende que o povo merece", completou. Na Upinha Tasso Bezerra - Chié I e II, a população tem acesso a consultas médicas, consultas de enfermagem, coletas de exames da atenção básica, citologia oncótica, vacinação, inalação, curativos, distribuição de medicamentos da família, visitas domiciliares, palestras de educação em saúde, consultas e procedimentos odontológicos e pequenas urgências. A unidade conta com duas equipes de saúde da família, duas equipes de saúde bucal - ampliando esse serviço -, além de assistência farmacêutica à população cadastrada. Para a moradora do Chié, Cleide Barbosa, o novo equipamento da Prefeitura do Recife é de grande importância para a comunidade. "Foi uma luta muito grande dessa comunidade, porque as duas unidades que existiam aqui estavam insalubres tanto para os trabalhadores quanto para os usuários sem condições até de acessibilidade. E hoje a gente tem o prédio com acessibilidade, com rampa, com toda a estrutura", comemorou. Há 61 anos morando no Chié, o morador Raimundo Barbosa também elogiou a iniciativa. "Foi uma reivindicação nossa e agora temos um prédio novo, aumentou a quantidade de profissionais e dá uma qualidade melhor a nossa comunidade, que merece muito", afirmou. Marineide Bezerra, filha de Tasso Bezerra, que dá nome à nova Upinha, também esteve presente na inauguração. Seu pai foi uma pessoa que ajudou bastante a comunidade e por isso recebeu a homenagem da Prefeitura do Recife. O secretário municipal de Saúde, Jaílson Correia, destacou que a décima Upinha marca um conceito novo pautado pela qualidade. "Isso é algo muito importante, a dignidade no atendimento, a acessibilidade para que os cadeirantes possam chegar a todos os ambientes da unidade. Os consultórios feitos e projetados para a unidade de saúde para ter toda a garantia da segurança do paciente, do conforto para quem trabalha e é atendido. Aqui inclusive com a expansão de serviços", explicou. A obra foi coordenada pelo Gabinete de Projetos Especiais e contou com recursos próprios da ordem de R$ 3 milhões (em obras e equipamentos). A Upinha Tasso Bezerra - Chié I e II tem 400 metros quadrados de área construída com 02 pavimentos, abrigando setores ambulatorial, administrativo e de apoio técnico e logístico. Na área externa a obra contempla acessibilidade para portadores de necessidades especiais, lixeira/gases, gerador e compressor odontológico. UPINHAS – As Upinhas oferecem horário para as consultas, das 07h às 17h, inaugurando um novo padrão de qualidade para os serviços de atenção primária à saúde. A unidade também oferece horário estendido em um dia da semana, até 19h, permitindo que os pacientes que trabalhem em horário comercial possam ser atendidos. Desta forma é garantida a ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo com o usuário e o primeiro cuidado, em ambiente adequado com Acolhimento e Classificação de Risco (ACR) e vulnerabilidade. Essas Unidades disponibilizam equipe multidisciplinar - médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, agentes comunitários e profissionais da saúde bucal, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e do Núcleo de Apoio em Práticas Integrativas (NAPI). BALANÇO – Com a inauguração da Upinha do Chié I e II, em Campo Grande, a Prefeitura do Recife inaugurou 10 Upinhas, totalizando investimentos da ordem de R$ 30 milhões. A primeira Upinha entregue foi a Upinha Dia Bongi/Novo-Prado, em dezembro de 2013. Depois foram entregues: Dr. Moacyr André Gomes (Casa Amarela), Professor Dr. Hélio Mendonça (Córrego do Jenipapo), Dra. Fernanda Wanderley (Linha do Tiro), ACS Maria Rita da Silva (Córrego do Euclides/Alto José Bonifácio), Upinha Dia Novo Jiquiá (Jiquiá), Upinha Desembargador José Manoel de Freitas da UR-04/UR5 ( Cohab), Dom Hélder (Nova Descoberta) e Upinha Governador Eduardo Campos. Está em construção a Upinha Rio da Prata (Jordão). Há cerca de 30 dias, a cidade recebeu a maior unidade de saúde já construída pela Prefeitura do Recife, o Hospital da Mulher, com investimentos da ordem de R$ 118 milhões. A unidade tem capacidade para realizar 400 partos por mês e um total de 67 mil procedimentos, entre cirurgias, consultas especializadas e exames de alta complexidade.

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RNEST bate recorde de processamento em maio

A Refinaria Abreu e Lima (RNEST) alcançou novo recorde de processamento mensal. A carga média processada em maio foi de 94,8 mil barris de petróleo por dia (bpd), superando em 3,8 mil bpd o recorde anterior, de 91 mil bpd, obtido em março de 2016. Isso corresponde a um volume total de 2,94 milhões de barris de petróleo processados em maio, 117 mil barris acima do volume total de março (2,82 milhões de barris). Estes resultados viabilizaram uma produção de Diesel S-10 de 330,2 mil m3, representando 28,2% da produção total deste derivado pela Petrobras em maio de 2016. As marcas atingidas reafirmam a busca contínua da Petrobras pelo aumento da eficiência operacional de suas refinarias, com excelência na gestão integrada do sistema de abastecimento, contribuindo para a redução das importações de derivados e maior rentabilidade da empresa. O resultado foi alcançado respeitando os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da companhia.

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Metrô apresenta o melhor Índice de Velocidade Efetiva

O que você leva em consideração quando precisa escolher qual meio de transporte utilizará para se deslocar pela cidade? Tempo? Conforto? Preço? Será que alguma vez você já pensou na velocidade efetiva dos meios? Esse conceito, ainda pouco conhecido, foi utilizado pela pesquisadora Jessica de Lima, em dissertação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFPE, para descobrir quais meios de transporte usados por pessoas de diferentes classes sociais que estudam e/ou trabalham no Bairro do Recife são mais ou menos eficientes. Para todos os níveis de rendas estudados, o metrô obteve o melhor desempenho. Já o carro, o pior. De acordo com a pesquisa, intitulada Transporte, velocidade efetiva e inclusão social: um estudo para o Recife, se a relação custo/renda for 1, o trabalhador precisa utilizar toda sua renda para pagar o seu meio de transporte. Se for 0,1, ele gasta 10% da renda. 0,2 corresponde a 20% e assim sucessivamente. Dessa forma, consegue-se estimar quantas horas por dia é preciso trabalhar para pagar pelo deslocamento. A velocidade efetiva, então, varia de acordo com o salário do indivíduo. Isso significa dizer também que as pessoas com renda mais elevada se veem diante de uma maior variedade de opções de meios de transporte. A partir de uma análise socioeconômica dos entrevistados, Jessica de Lima calculou a velocidade efetiva do carro, moto, ônibus, metrô, bicicleta, além do deslocamento feito a pé. TARIFAS | Com uma tarifa baixa (R$1,60) e uma velocidade média de 41km/h, os resultados indicaram que o metrô foi o modo mais efetivo para todas as rendas. A pesquisa aponta também que o metrô seria o mais indicado para receber investimentos do poder público. Em contrapartida, o sistema metroviário do Recife é considerado pequeno, subsidiado a 80% e corre o risco de fechar nos fins de semana. “Do ponto de vista da velocidade efetiva, ele é muito bom. Mas está passando por uma crise substancial. É difícil você defender uma expansão do metrô com esse cenário”, aponta Jessica de Lima. A pesquisa também mostrou que a bicicleta e o transporte a pé variaram entre o segundo e o terceiro lugar em diferentes níveis renda. O ônibus ficou em segundo lugar para os níveis de renda mais elevados e a moto não teve um bom desempenho, já que alternou entre o quinto, quarto e terceiro lugares. O carro, por sua vez, foi considerado o meio de transporte menos efetivo. A velocidade média de 12,5 km/h, os altos custos fixos (R$ 8.707) e variáveis (R$ 1.417) anuais e os elevados níveis de engarrafamento fizeram do automóvel o modal menos eficiente. “Eu sempre achei que era mais fácil convencer as pessoas quando você fala de dinheiro e sobre quanto isso afeta o bolso delas”, explica Jessica de Lima. Um de seus objetivos era justamente incentivar as pessoas a utilizar menos o carro e mais o transporte coletivo e não motorizado. Segundo ela, já existem leis como a Política de Mobilidade Urbana Sustentável, de 2012, que preveem isso. Na prática, contudo, o estímulo a aquisição e uso do automóvel permanece, em nível do governo federal, por meio dos incentivos fiscais a montadoras e reduções de IPI e, em nível municipal, pela priorização de gastos com infraestrutura viária para carros. Para que a população tenha maior e melhor acesso aos meios de transporte efetivos, a pesquisa sugere políticas públicas de inclusão social. Algumas sugestões são investimentos de infraestrutura de transporte público de média e alta capacidade como BRT, VLT, além do metrô, a implementação de mais ciclovias seguras e melhorias nas calçadas da cidade. “A solução técnica existe”, conclui Jessica de Lima. (Da UFPE)

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Um em cada quatro brasileiros é hipertenso

O Ministério da Saúde divulgou que um em cada quatro brasileiros é diagnosticado com hipertensão. Apesar de ser considerado alto, o índice tem se mantido estável, de acordo com dados da pesquisa Vigitel 2015. No ano passado, a doença afetava 24,9% da população, sendo que, em 2014, esse percentual foi de 24,8%. A doença atinge mais as mulheres e o número de casos cresce conforme aumenta a idade da população. A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor índice, com 15,7%. De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em excesso. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia. Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto, que 75% do consumo de sódio no país estão associados à quantidade de sal adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. “Alguns países já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. Precisamos alertar para que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal”, disse. Apesar de o índice de pessoas com hipertensão ter se mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença, passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. “Isso aconteceu em função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e cuidado das próprias pessoas em fazer exercícios físicos. Tudo isso faz parte dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão”, afirmou. Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, que atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade, osteoporose e problemas renais.

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