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Wagner Tiso Trio comanda estreia do Conservatório Pernambucano de Música no FIG 2018

A participação do Conservatório Pernambucano de Música na 28ª edição do FIG começa na quinta-feira (19), levando à Catedral de Santo Antônio o que há de melhor na fusão entre música clássica e popular. A apresentação de abertura ficará a cargo do Wagner Tiso Trio, composto pelo pianista Wagner Tiso, o violoncelista Márcio Malard e violonista e guitarrista Victor Biglione. Os músicos se apresentam a partir das 21h, agregando um teor clássico às consagradas músicas brasileiras do repertório de Tiso. A interação entre o seu piano e o violoncelo de Malard soa animada e envolvente, fruto de uma parceria que começou em 1969. Com a junção de Victor Biglione, as releituras ganham acréscimo com tom de jazz-fusion, em um “caldeirão musical” denso, eclético, onde o jazz conversa animadamente com o clássico e a MPB. “Os músicos que levaremos a Garanhuns são referência para os nossos alunos, que veem neles a amplitude do que é feito no País”, comenta Roseane Hazin, gerente geral do CPM. “O intuito é colocar em evidência o melhor de todos os estilos de música presentes no Conservatório, seja erudita, popular, vocal ou instrumental”. O Festival de Inverno de Garanhuns é uma realização do Governo de Pernambuco (Secult e Fundarpe), em parceria com o Conservatório Pernambucano de Música, a Prefeitura de Garanhuns, o Sesc Pernambuco, Sebrae, Virtuosi e a Cepe Editora. As apresentações seguem até 28 de julho, com entrada franca. Programação CPM no FIG 2018 19/7 (Quinta-feira) 21h – Wagner Tiso Trio Wagner Tiso (Piano) Márcio Malard (Violoncelo) Victor Biglione (Violão/guitarra) 20/7 (Sexta-feira) 16h – Orquestra de Câmara de Pernambuco Solista: Maria Clara Fernandes Regência: José Renato Accioly 21h – SaGRAMA e Hamilton de Holanda 21/7 (Sábado) 16h – Show 10 Anos Sem Caymmi Danilo Caymmi (Voz e flauta) Flávio Mendes (Violão) Itamar Assiere (Piano) Paulo Vicente (Bateria) José Luiz Maia (Baixo) Nilson Raman (Mestre de cerimônias) Participação especial: Carmen Monarcha 21h – Ná Ozzeti, Dante Ozzeti e Patrícia Bastos 22/7 (Domingo) 16h – Orquestra de Câmara de Pernambuco, Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e Grupo Vocal Liberi apresentam o show Musicais Solistas: Gleyce Melo, Monica Muniz, Madson de Paula, Ciel Santos, Marcio Mênner, Catarina Rosa, Bianca Vieira e David Mitchel Regência: José Renato Accioly 21h – Carmen Monarcha (Soprano) Daniel Gonçalves (Piano) 23/7 – Segunda-feira 16h – Badi Assad, Lívia Matos e Claudinho Araújo com o show Volta ao Mundo em 80 Artistas 21h – Mônica Salmaso (voz) e Marco Pereira violão) 27/7 (Sexta-feira) 21h – Pianorquestra com o show Linha do Tempo 28/7 (Sábado) 16h – Francis Hime, Olívia Hime e Orquestra de Câmara de Pernambuco Regência: José Renato Accioly 21h – Lívia Nestrovski (voz) e Fred Ferreira (guitarra) Serviço Conservatório Pernambucano de Música no Festival de Inverno de Garanhuns 2018 – Dias 19, 20, 21, 22, 23, 27 e 28 de julho, na Catedral de Santo Antônio (Garanhuns). Gratuito. Informações: (81) 3183-3411 e www.conservatorio.pe.gov.br.

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Semana Hermilo começa hoje (19)

Começam hoje (19) as celebrações ao autor, encenador, professor, crítico e ensaísta Hermilo Borba Filho, um dos maiores nomes já revelados pela literatura e pelo teatro nordestinos. Até domingo (22), a 16ª Semana Hermilo, promovida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, em parceria com a Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), festeja a obra marcada pelo realismo fantástico com sotaque nordestino inaugurado pelo autor, com lançamento de livro, exposição de fotos e espetáculos teatrais. A programação é uma realização do Centro de Formação e Pesquisa em Artes Cênicas Apolo-Hermilo, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, com atividades abertas ao público e gratuitas. As atividades começam às 9h, com o início da oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes, bonequeiro e criador do Teatro de Mamulengo em Glória do Goitá. A oficina, que tem 15 inscritos, terá quatro dias de duração, com atividades pela manhã e à tarde. À noite, no Teatro Hermilo, será a solenidade de abertura da Semana, a partir das 18h30, com uma apresentação do Cavalo Marinho de Dinda Salu, seguida da abertura da Exposição Teatro Popular do Nordeste, com acervo organizado pelo professor Luiz Reis e cedido por Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, viúva de Hermilo e zelosa guardiã de seu legado. A exposição, que substitui a mostra Hermilo 100 anos, ficará em cartaz até a próxima Semana Hermilo, em 2019. Às 19h30, Luiz Reis, estudioso da obra de Hermilo, lança o livro TPN - Palco e Mundo de Hermilo Borba Filho, escrito por ele e editado pela Cepe. Às 20h, será encenado o espetáculo Sapatos e Vestidos, adaptação de Carlos Carvalho ao conto homônimo de Hermilo. Para contar a história da negra Esmeridiana na luta por vestidos e Sapatos, que se passa, como quase tudo que Hermilo escreveu, na pulsante Palmares do seu imaginário, estarão em cena os atores Flávio Renovatto, Douglas Duan, Fernanda Spinele. A produção é do Coletivo Construtores de Histórias e Produções Paralelas. O espetáculo será gratuito. Após o espetáculo, a programação do primeiro dia de atividades encerra com uma fala do professor Anco Márcio Tenório Vieira. Amanhã, dia 20, a Semana Hermilo segue com a oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes durante todo o dia e apresentação gratuita da peça Sapatos e Vestidos à noite. Às19h, haverá ainda uma leitura de crônicas de Hermilo pelo ator Flávio Renovatto. No sábado (21), terceiro dia de atividades, será realizada, também no Teatro Hermilo, a partir das 19h30, a leitura dramatizada inédita do conto Lindalva, de autoria do profícuo Hermilo, protagonizada por Flávio Renovatto, Ivo Barreto e Dani Travassos, com direção de Eron Villar e produção do Centro Apolo-Hermilo. Após o espetáculo, o professor Marcondes Lima conversará com o público. Derradeiro dia de programação da Semana Hermilo, o domingo (22) começa com a apresentação da produção da oficina do Mestre Zé Lopes, às 16h, seguida da leitura de crônicas de Hermilo pelo ator Flávio Renovatto, às 19h. Às 19h30, será apresentado o espetáculo A Festa de São Sacode na Fazenda do Coronel Pacaru, do Mamulengos Teatro Riso, com o mestre e patrimônio vivo de Pernambuco, José Lopes, numa grande celebração às tradições populares, que sempre foram tão caras a Hermilo, um dos mais nordestinos nomes da literatura do mundo. Em seguida, haverá fala de Carlos Carvalho, diretor do Centro Apolo-Hermilo e da secretária de Cultura do Recife, Leda Alves. Sobre Hermilo Um dos homens de teatro mais atuantes e inventivos do Nordeste, Hermilo Borba Filho, nascido no Engenho Verde, da cidade de Palmares, em 1917, tinha enorme e declarado apreço pela cultura e pelas tradições nordestinas. Autor, encenador, professor, crítico e ensaísta, foi diretor artístico do Teatro do Estudante de Pernambuco e fundador do Teatro Popular do Nordeste, além de ter deixado uma profícua produção literária, de Palmares para sempre. 16ª Semana Hermilo De 19 a 22 de julho, no Teatro Hermilo Borba Filho Dia 19 (Quinta-feira) 9h às 16h – Oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes 18h30 – Banco de Cavalo Marinho de Dinda Salu e Abertura da Exposição Teatro Popular do Nordeste 19h – Lançamento do livro TPN - Palco e Mundo de Hermilo Borba Filho 19h30 - Palestra de Luiz Reis 20h – Encenação do espetáculo Sapatos e Vestidos Dia 20 (Sexta-feira) 9h às 16h – Oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes 19h – Leitura de crônicas de Hermilo pelo ator Flávio Renovatto 20h – Encenação do espetáculo Sapatos e Vestidos Dia 21 (Sábado) 9h às 16h – Oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes 19h – Leitura de crônicas de Hermilo pelo ator Flávio Renovatto 19h30 – LiteraturaXDramatização: Lindalva Dia 22 (Domingo) 16h – Apresentação da produção da Oficina de Mamulengo do Mestre Zé Lopes 19h – Leitura de crônicas de Hermilo pelo ator Flávio Renovatto 19h30 - Espetáculo A Festa de São Sacode na Fazenda do Coronel Pacaru, do Mamulengos Teatro Riso

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CTTU implanta mudança de circulação no bairro da Jaqueira no sábado (21)

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), vai implantar mais uma solução de engenharia de tráfego para melhorar a mobilidade na Zona Norte do Recife. A partir deste sábado (21),  trechos da Rua do Futuro, da Rua Professor Fleming e da Rua Muniz Tavares passarão a ter apenas um sentido de circulação de veículos. A medida visa facilitar o tráfego nas vias adjacentes e diminuir as retenções, registradas principalmente nos horários de pico. Com a intervenção,  o trecho da Rua do Futuro localizado entre a Praça Professor Fleming até a Rua Padre Roma, passará a ter sentido único de circulação em direção à Padre Roma. Dessa forma, o condutor oriundo da Rua do Futuro, com interesse em chegar à Av. Rui Barbosa não poderá acessar a Rua Professor Fleming. Com isso, o movimento deverá ser realizado mais adiante, na alça de acesso à Rua Muniz Tavares, que passa a ser mão única em direção à Praça Professor Fleming. Já os condutores oriundos da Rua Padre Roma, com interesse em acessar à Rua do Futuro, passarão a convergir antecipadamente à direita na Rua Muniz Tavares. A ação ainda levará também disciplinamento de estacionamento à área. Para o condutor oriundo da Rua Padre Roma, a Rua Muniz Tavares terá o estacionamento proibido nos dois lados até a Rua Professor Fleming; além do lado direito na altura da praça; e do lado esquerdo no trecho final até a Avenida Rui Barbosa. Já a Rua Professor Fleming, na altura da praça, passa a ter o estacionamento proibido no lado esquerdo da via Para a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a intervenção vai minimizar as retenções identificadas principalmente na intercessão entre a Rua Professor Fleming e a Rua do Futuro. "A nova circulação irá eliminar os conflitos de movimentos existentes nessa intercessão, uma vez que permite o giro livre em ambos os sentidos, sem que o condutor espere por muito tempo. A medida ainda vai refletir positivamente na mobilidade das vias adjacentes, como Rua Padre Roma e Avenida Rui Barbosa", disse. Para regulamentar a mudança, a CTTU vai realizar a manutenção de toda sinalização vertical e horizontal das vias, incluindo 36 placas de sinalização e faixas de pedestres.  Uma equipe ficará em pontos estratégicos para divulgar a ação através de panfletos a partir da quinta-feira (19). Já a partir do sábado (21), um efetivo de agentes e orientadores de trânsito será destacado para auxiliar os condutores e pedestres durante os primeiros dias da mudança.   Outras mudanças A mudança de circulação e o ordenamento do estacionamento nas vias do bairro Jaqueira fazem parte de um conjunto de ações implantas pela CTTU, que, juntas, refletem positivamente na mobilidade de toda a cidade. A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, através da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife, tem se empenhado para encontrar soluções eficazes e com baixo custo. Desde 2013, já são mais de 100 modificações viárias no Recife.

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Novas indústrias na berlinda

Com a aproximação das eleições, a pesquisa Empresas & Empresários aponta o futuro da nova indústria pernambucana como tema estratégico a ser vencido na próxima gestão estadual. A sobrevivência do setor naval e a consolidação da Refinaria Abreu e Lima e da Hemobrás foram mapeados pelo corpo técnico do estudo como fundamentais para acelerar a retomada da economia pernambucana e o desenvolvimento regional. A E&E é realizada pela TGI e pelo INTG, com patrocínio do Governo de Pernambuco. Com um renascimento veloz, a nova indústria naval brasileira teve em Suape um dos seus polos. Investimentos elevados, grandes contingentes de mão de obra empregada, muitos pedidos e expectativas de consolidação. Esse era o contexto otimista que foi sendo desmontado pouco a pouco nos últimos anos. Os estaleiros passaram a sofrer de forma mais aguda com a recente mudança abrupta na lei de exigência de conteúdo local na produção do setor. Para o economista e sócio da CEDES Ecio Costa, a indústria naval é a que atravessa um período mais problemático entre os players elencados pela pesquisa. “Sem a lei que exigia conteúdo de nacionalização no setor e com a ausência de incentivos, os estaleiros estão fadados a fechar as portas”, sentencia. Atualmente o Atlântico Sul e o Vard Promar empregam juntos em torno de 5 mil trabalhadores. No auge, o setor já empregou em torno de 18 mil pessoas. Além de absorverem muita mão de obra, segundo Ecio, eles são importantes para o setor metalmecânico pernambucano. “Seria fundamental a continuidade dessa indústria, pois demanda muitos serviços, inclusive de novas tecnologias que produzimos no Estado. Sem ela, haverá um sucateamento de todas as empresas que chegaram para fornecer insumos para a fabricação dos navios”. O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) argumenta que a indústria naval brasileira merece a continuidade da política de conteúdo local nacional e tem defendido outros mecanismos de apoio na Câmara Federal. “Essa política ajudou a dinamizar esse segmento que já teve tradição nos anos 70 e 80. Na época, o Brasil foi o maior produtor de navios do mundo. O setor em Pernambuco está sobrevivendo com o Estaleiro Atlântico Sul e Promar com qualidade inquestionável. É preciso mobilizar esforços para mantê-los”, conclama. Ele defende que seja garantido por lei pelo menos 40% de conteúdo nacional. A avaliação do ex-presidente de Suape, Marcos Baptista, é que o setor não teve tempo suficiente para ganhar competitividade frente aos concorrentes internacionais. E, portanto, não se consolidou de forma competitiva ainda. Por isso, ele também apoia a continuidade das políticas de incentivo do Governo Federal. “Os estaleiros pleiteiam um reconhecimento de que a sua atividade depende de um período mais longo para se desenvolver. China e Coreia do Sul têm capacidade e produção bem acima da nossa, mas passaram de 25 a 30 anos com políticas públicas que incentivaram sua indústria”. Fazendo uma comparação com o caso brasileiro, ele aponta que as empresas nacionais tiveram um período em torno de 10 anos para amadurecerem. RNEST Outro gigante que chegou ao Estado na década passada e que teve sua imagem e desempenho manchados com as denúncias da Lava Jato foi a Refinaria Abreu e Lima. A decisão da Petrobrás em trazer o investimento para Suape colocou Pernambuco na cadeia da indústria petroleira. Mas, mesmo após bilhões de investimento, a fábrica segue em obras. A refinaria foi incluída no programa de desinvestimento da Petrobrás, que pretende vender 60% de sua participação acionária. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, “falta ser concluída a unidade de abatimento de emissões (Snox) e demais obras de complementação do trem 1. Além disso, ficará para o investidor e novo parceiro a obra do trem 2 da refinaria”. A Rnest, segundo a assessoria, tem capacidade para refinar 100 mil barris de petróleo por dia. Após a finalização do trem 2, o processamento chegará a 230 mil barris de petróleo por dia. Consolidar a Rnest também é estratégico para setor logístico. “Quando se tem uma refinaria instalada aqui no Estado, há grandes demandas de logística internacional para importar o petróleo ou trazer equipamentos e plataformas. Além disso, há a comercialização interna e revenda para os demais Estados”, afirma Ecio Costa. Ele lembra que a unidade alimenta outras cadeias produtivas, como a petroquímica. Para o prosseguimento das obras, o economista afirma ser fundamental a chegada do investidor internacional. BIOTECNOLOGIA Esquecida do debate político e econômico dos últimos anos, a Hemobrás é apontada pelos especialistas como um dos empreendimentos mais estratégicos para Pernambuco. “A economia do século 21 é a da biotecnologia. Não se fabricará no futuro medicamentos novos a partir de substância químicas. As novas medicações serão a partir de fermentação bacteriana. A Hemobrás é o futuro”, defende o ex-secretário de Saúde de Pernambuco e do Recife, Guilherme Robalinho. No mundo, apenas sete players atuam no segmento de produção de medicamentos hemoderivados a partir do fracionamento do plasma. A continuidade do parque industrial de hemoderivados de Goiana ficou ameaçada durante a recente passagem de Ricardo Barros, no Ministério da Saúde. A pressão política dos parlamentares pernambucanos impediu os planos do ex-ministro de construir outra fábrica no Paraná, que esvaziaria a Hemobrás. A decisão da vinda da empresa para terras pernambucanas, ainda no Governo Fernando Henrique Cardoso, não foi apenas uma decisão política. De acordo com Robalinho, a história do Estado com o setor é antiga. “Pernambuco foi pioneiro em termos de hemocentro. O primeiro do País foi o Hemope. O Estado sempre teve uma liderança importante na criação dos bancos de sangue. Há muito tempo havia dentro do Hemope uma pequena unidade que fabricava albumina humana”. Ele afirma que a escolha por Goiana também foi técnica, porque a cidade tem no entorno três universidades federais (UFPE, UFPB e UFCG). O ex-secretário revela que a proposta dessa fábrica vem de várias gestões, mas encontrou um alinhamento político no final do Governo FHC para a tomada de decisão da vinda do empreendimento para o Estado. A princípio foi criada como Empresa Pernambucana de Hemoderivados. Já com Luís Inácio Lula da Silva

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Para evitar desperdício e ajudar a quem precisa, surgem novas formas de fazer doações

O químico francês Antoine Laurent de Lavoisier afirmou uma vez que “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A frase dita há 224 anos até hoje permanece contundente e reverbera em ações que transformam gestos simples em atitudes positivas para evitar o desperdício. O que seria entulho ou lixo para alguns, vira um produto de primeira necessidade para quem precisa. Com o advento das novas tecnologias, tornou-se ainda mais fácil aderir a esse comportamento. Exemplo disso é o aplicativo Construção Livre, idealizado pelo proprietário do Armazém Etapa Final, localizado no bairro de Casa Amarela, que permite aos usuários doar ou receber restos de peças de material de construção. Quem já enfrentou uma reforma sabe a quantidade de resíduo acumulado após o término da obra – desde tintas, porcelanato, argamassa, cimento, tubos de PVC, britas, tijolos, areia, tomadas, etc – que certamente nunca mais serão reutilizados por quem reformou o imóvel. Por meio do app, o doador e recebedor combinam o melhor local e horário para a entrega do material. “O aplicativo serve para provocar também no usuário que precise do material a vontade de divulgar o que não estiver mais precisando”, conta Sérgio Nascimento, idealizador do projeto. A ideia surgiu em 2017 quando Nascimento estava procurando uma solução para os impactos que o setor de construção civil causa no ecossistema. “Os clientes perguntavam para mim qual destino dar para a sobra do material que comprou no armazém”, recorda-se. Depois de ouvir vários relatos, ele começou a pensar em algo que pudesse ser usado coletivamente, diminuir o desperdício de material de obra e criar uma perspectiva de colaboração entre as pessoas: o resultado foi o aplicativo Construção Livre. Uma ideia que já transformou vidas. Nascimento lembra de uma doação que recebeu de 11 caixas de porcelanato de um casal que estava mudando de residência. Esse material serviu posteriormente para ajudar no piso da casa de uma família que morava em uma situação precária. O usuário pode acessar o aplicativo no celular por meio do sistema Android em qualquer lugar do Brasil instalando pelo serviço do Google Play gratuitamente. Ainda está em elaboração a versão IOS. Em mais de seis meses de funcionamento já foram doados mil itens diferentes e atendidas 500 pessoas. Nascimento pretende agora ampliar ainda mais o projeto para que possa chegar às grandes empresas do ramo de construção e ganhar mais visibilidade. Além de manter esse projeto, o empreendedor dispõe de uma central de reciclagem 24 horas no mesmo lugar onde funciona o Armazém Etapa Final. Lá os catadores de lixo podem recolher o que for mais proveitoso para eles. Comida na mesa Uma das iniciativas mais longevas é o Banco de Alimentos do Sesc de Pernambuco. Criado em 2002, faz parte dos modelos de atuação do Mesa Brasil Sesc – Rede Nacional de Solidariedade e Cidadania, um programa de responsabilidade social que atua para diminuir os efeitos da fome e da desnutrição. O projeto atua como um elo entre quem deseja doar e quem precisa receber a doação de alimentos perecíveis e não perecíveis, como carnes, frios, lácteos, além de produtos de limpeza e higiene, utensílios e até brinquedos. “Só não recebemos bebidas alcoólicas e produtos que estão fora da validade ou com alguma característica que apresente risco à saúde do consumidor”, explica Isolda Braga, gerente do Banco de Alimentos do Sesc Pernambuco. A proposta de criar o projeto no Estado surgiu depois que a Fecomércio Pernambuco apresentou em reunião com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) a experiência bem-sucedida do Banco de Alimentos em Madri, na Espanha. Após aprovada a ideia, o banco já recebeu doações de produtos de 644 empresas e atendeu mais de 124 mil pessoas ligadas a 379 instituições beneficentes em 51 municípios de Pernambuco e dois da Bahia. A gerente conta que as pessoas beneficiadas, em sua maioria, encontram-se em vulnerabilidade social e insegurança alimentar. “São instituições que atendem os cidadãos carentes de alimentos, itens de higiene pessoal, limpeza e roupas”, diz Isolda. Uma das beneficiadas com a ação é o Lar Fabiano de Cristo, localizado no bairro da Várzea, no Recife, que recebe crianças e famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para as empresas que querem participar do projeto, os profissionais do Sesc ficam disponíveis para recolher os produtos no dia, horário e local estabelecidos pelo doador. Podem ajudar indústrias de alimentos, centrais de distribuição, supermercados, armazéns, redes varejistas, associações de produtores rurais, postos de combustíveis, gráficas e empresas de embalagens. A coleta é realizada por 11 veículos, levando os itens para uma das cinco unidades da ação existentes no Estado (Recife, Caruaru, Arcoverde, Garanhuns e Petrolina). Em seguida, esses itens são entregues às entidades filantrópicas que fazem a distribuição entre os cidadãos. Uma das ações que mais tem causado curiosidade no consumidor é a Loja Vazia, espaço situado no piso L1 do Shopping Patteo Olinda, que estimula a doação de roupas, sapatos e acessórios. Os doadores podem colocar as peças doadas nas prateleiras e cabides. “A reação das pessoas é muito engraçada. Elas olham curiosas e ficam se questionando o que é uma Loja Vazia. No segundo momento elas já voltam com a sacola e doam”, conta Cristina Veiga, superintendente do shopping.   A ideia partiu da agência de publicidade paulista Loducca, quando em 2015, após a crise econômica, muitas lojas começaram a fechar e as vendas nos shoppings centers diminuíram. Pela grande quantidade de butiques vagas, eles prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam ocupar esse espaço com a ação. Esse projeto, inclusive, já foi reconhecido internacionalmente como um dos cases mais inovadores do mundo, de acordo com o prêmio Tomorrow Awards. Aos poucos essa iniciativa se espalhou por alguns centros de consumo do Brasil. O Shopping Patteo Olinda aderiu à proposta no momento da inauguração do centro de compras. “Logo nos primeiros dias, o estabelecimento estava totalmente vazio. Fizemos, então, uma mobilização no administrativo do empreendimento e pedimos às pessoas que doassem roupas e sapatos que não servissem mais”, recorda Cristina. Era o gatilho que precisavam para

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Livro sobre a Quadrilha Junina Tradição e o Morro da Conceição será lançado nesta semana

A quadrilha junina Tradição, do Morro da Conceição, é o tema do livro “Quadrilha Junina: Comunicação para o desenvolvimento” que terá lançamento nesta semana no Recife. A publicação, da pesquisadora Giselle Gomes, apresenta essa manifestação cultural como um dos motores para o crescimento da comunidade da zona norte do Recife. Serão duas sessões especiais para o lançamento do título na capital pernambucana: a primeira na próxima sexta (20), às 19h, na praça do Morro da Conceição, e no sábado (21), às 16h, no empório Grão Cheff, Espinheiro. Os dois encontros são abertos ao público. No livro, a pesquisadora busca responder de que forma as culturas populares e as manifestações culturais locais contribuem para o processo de promoção do desenvolvimento local. Ela se ancora na premissa de que as comunidades evidenciam a valorização dos potenciais que emergem delas próprias, e que a mobilização e as parcerias são estratégias para este tipo de desenvolvimento. Por meio da metodologia de pesquisa da observação participante, Giselle revela como os processos de interação e de configuração de repertórios se revelam através das ações, dos sorrisos, dos gestos solidários, das palavras entre as pessoas contagiadas pelo encantamento da Quadrilha Junina Tradição que completa 15 anos de existência em 2019. A autora dá voz a uma comunidade silenciada a partir do modelo hegemônico, que hierarquiza culturas e que estabelece critérios de práticas sociais, que exclui, marginaliza e silencia os contextos populares. Quem mora em Lins, São Paulo, também vai ter a oportunidade de adquirir a obra. Na cidade paulista a sessão de lançamento acontece no dia 4 de agosto, às 19h, na Galeria Serra Azul, no Jardim Ariano. Serviço Lançamento do livro Quadrilha Junina: Comunicação para o desenvolvimento - R$ 40,00 - 128 páginas Onde: Praça do Morro da Conceição Quando: 20 de julho, sexta-feira Horário: 19h Onde: Empório Grão Cheff, rua da Hora, 497 - Espinheiro, Recife Quando: 21 de julho, sábado Horário: 16h

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Cepe dedica três lançamentos ao teatro pernambucano

Teatrólogo, dramaturgo, escritor, crítico literário, jornalista… Hermilo Borba Filho (1917-1976) foi tantos que as comemorações pelo centenário de seu nascimento - completado ano passado - ainda acontecem, um ano depois, para dar conta das homenagens! Uma delas, preparada pela Cepe Editora, é o lançamento de três publicações que se debruçam sobre a vida e a obra do teatrólogo de Palmares. Destaque para o inédito ensaio 'Teatro Popular do Nordeste, o palco e o mundo de Hermilo Borba Filho', de Luís Reis. Também serão reeditados o romance 'Sol das Almas' e o álbum de contos 'Dez Histórias do Nordeste sobre dez desenhos de José Cláudio', ambos escritos por Hermilo, tendo sido a segunda publicação ilustrada pelo artista pernambucano. O evento de lançamento ocorre dia 17 de julho, no Museu do Estado, às 19h. No ensaio de Luís Reis, o leitor conhece a trajetória do Teatro Popular do Nordeste (TPN), que se mistura com a do próprio Hermilo, um de seus fundadores e líderes, assim como do  Movimento de Cultura Popular (MCP), e integrante do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). Para mostrar tudo isso, a obra de Reis traz, a cada início de capítulo, cartas dirigidas a atores e, ao final, fotografias das peças encenadas no palco, além de croquis de figurinos, distribuídos em 232 páginas. É a partir dos registros do teatrólogo, portanto, que Reis baseia sua narrativa sobre o TPN, que estreou em 1958 no palco do democrático Teatro do Parque com a peça A pena e a lei, de Ariano Suassuna. O autor armorial foi o grande parceiro de criação de Borba no TPN, como também a esposa e atriz Leda Alves. “O teatro é mais do que uma arte de comunidade, é uma arte de comunhão”, disse certa vez Hermilo, natural de Palmares, município da Mata Sul de Pernambuco. Com o objetivo de tornar o teatro uma cultura popular no sentido de feita para o povo, o grupo realiza montagens inspiradas em autores ocidentais clássicos como Molière, Gil Vicente, Goldoni, Schiller e Goethe, e também nas encenações dramáticas e espontâneas nordestinas como o bumba meu boi e o mamulengo. A ideia, como diz o autor, é “tentar levar toda essa cultura teatral ao povo, a fim de instruí-lo, de aprimorá-lo como consumidor de arte”. Se nos palcos a proposta do teatrólogo era usar a arte como ferramenta crítica da realidade, na literatura ele se entrega à “liberdade imaginativa encontrada nas fábulas do povo nordestino. Diferentemente de suas encenações, seus contos e seus romances trazem uma extravagante presença do erotismo, da sexualidade”, define Reis. O contraponto do sexo com a religião também é muito presente no romance Sol das Almas (272 páginas), cuja primeira edição foi publicada em 1964. Nesta versão editada pela Cepe, a obra ganha prefácio do escritor Raimundo Carrero, que a define como ‘divina e transcendental’. “Sol das almas se caracteriza, sobretudo, pela força da linguagem, pela densidade psicológica e pela caracterização do personagem”, derrete-se o premiado escritor. Hermilo dá voz ao narrador Jó, um pastor protestante que vive o conflito do ‘pecado da carne’. “(...) sempre tive a certeza de que era um libidinoso. E o que é mais: um hipócrita”, confessa o protagonista ao leitor. Casado com Estela, ele a deseja mas a religião só permite sexo com fins de procriação. Após deparar-se com um livro a descrever atos sexuais, Jó não se conteve. “É a luta eterna entre Deus e o diabo, sendo o coração humano o campo de batalha”, resumiu Carrero.   Arte e Literatura Geralmente é a partir do texto que se cria a  ilustração. No caso de Dez histórias do Nordeste sobre dez desenhos de José Cláudio (60 páginas), essa lógica foi invertida. Nos anos 1970, o já grande amigo de Zé, Hermilo, foi desafiado a escrever contos a partir dos desenhos do artista:  “eu desenho e você ilustra escrevendo”. Assim disse o artista ao escritor, como conta o prefácio da curadora Clarissa Diniz. Publicados pela primeira vez em 1976, os contos de Hermilo não acompanharam as ilustrações de Zé. Como explica o editor da Cepe, Wellington Melo, na apresentação desta nova edição, os tais contos foram anteriormente batizados de Dez histórias da Zona da Mata dentro do livro As Meninas do Sobrado, acrescido de mais 21 contos. “O fato acabou por privar os leitores de um dado importante sobre o conjunto aqui publicado, qual seja, sua gênese a partir do diálogo com os desenhos de José Cláudio”, diz Wellington. A compreensão dos originais agora se faz completa graças à recuperação dos desenhos de José, guardados por Leda Alves durante anos, e depois devolvidos ao artista.  “É na materialidade do texto final que se revela a alquimia, e o gênio de Hermilo se coloca na roda de capoeira com o gênio de José Cláudio”, define Wellington. O álbum ganha edição especial, em formato de pôster, com os desenhos ao lado dos contos.   Mais homenagens Ainda dentro da comemorações do centenário de Hermilo, acontece no dia 18 de julho, no Arquivo Público, uma exposição das crônicas originais publicadas pelo escritor nas páginas de opinião do jornal Diário de Pernambuco, com apoio da Cepe Editora. De 19 a 22 de julho, o Teatro Hermilo Borba Filho contará com programação dedicada ao teatrólogo. Por lá estarão também os livros lançados pela Cepe. E em Palmares, de 24 a 29 do mesmo mês, uma programação de exibição de filmes e palestras ocupará a Fundação da Casa da Cultura Hermilo Borba Filho. Aliás, essa é a primeira fundação de cultura criada no Interior do Estado, em 1983.   Serviço Lançamento dos livros Teatro Popular do Nordeste (TPN), o palco e o mundo de Hermilo Borba Filho (Luís Reis), Sol das Almas (Hermilo Borba Filho), e Dez Histórias do Nordeste sobre dez desenhos de José Cláudio (Hermilo Borba Filho e José Cláudio) Quando: 17 de julho, às 19h Onde: Museu do Estado (Avenida Rui Barbosa, 960, Graças)   Preços: TPN - R$ 50 (livro impresso)/ R$ 20 (E-Book) Sol das Almas - R$

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Inovação para o passageiro

O contraste entre os milhares de carros no engarrafamento e os deslocamentos simples e eficientes dos pedestres ganhou o nome de “Paradoxo” na criação do arquiteto e artista plástico Luiz Rangel (quadro ao lado). Para sair dessa encruzilhada em que as grandes cidades entraram com o crescimento do transporte individual, a tecnologia tem sido uma aliada importante. Inovações são testadas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais dos veículos motorizados. Outras, ancoradas em ferramentas digitais, auxiliam a rotina dos passageiros ao usar o serviço dos coletivos. Uma verdadeira corrida − empresarial e cidadã − em busca de melhor qualidade de vida urbana. Algumas inovações são mais visíveis na cidade, como o sistema de bicicletas compartilhadas ou o BRT. A oferta de serviços de compartilhamentos de carros, como o Uber, afeta não apenas os taxistas. Mas tem também incentivado parte dos motoristas a deixarem em casa seus veículos, um fenômeno que gera menor necessidade de vagas de estacionamentos. Outras novidades, porém, são mais discretas. Estão embarcadas dentro dos ônibus ou beneficiam os passageiros nos terminais ou mesmo por meio de celulares. As empresas de ônibus pernambucanas têm feito investimentos para acompanhar as novidades tecnológicas do setor. Hoje, a “menina dos olhos” dos grupos empresariais que atuam com transporte é a telemetria, de acordo com Gustavo Van Der Linden, diretor de engenharia e responsável pela gestão ambiental da Caxangá e Metropolitana. Trata-se de uma tecnologia de monitoramento e medição de várias informações em tempo real sobre os veículos para os motoristas e para as empresas de forma online. “A telemetria reduz bastante o consumo de combustível, pois auxilia os motoristas a dirigirem de forma mais eficiente. Chegamos a reduzir em 7%, em uma das linhas de teste. É uma economia que cobre os custos do investimento”, afirma Gustavo. Além dessa diminuição, que já traz uma grande vantagem para o meio ambiente, com a redução de poluentes, a tecnologia tem conseguido outros ganhos no trânsito, como a diminuição de acidentes e de custos operacionais com a manutenção. De acordo com Marcelo Bandeira, assessor executivo das empresas Pedrosa, Transcol e São Judas Tadeu, o grupo começou a usar a telemetria em agosto do ano passado. A gestão online da frota permite mapear eventos que ocorrem nos veículos, como freadas e acelerações bruscas, realização de curvas acentuadas ou mesmo problemas mecânicos. “Associada a essa tecnologia, temos um programa de condução ecológica, que atua no pilar da capacitação dos motoristas. Eles acompanham diariamente, por meio de um aplicativo, o resultado do consumo de combustível de suas viagens”, afirma. Para estimular que seus funcionários motoristas se engajem na redução do consumo, as empresas trabalham com programas de bonificação por desempenho. Aqueles que alcançam as metas, geram saldos que se transformam em premiação em dinheiro. Outras medidas que foram embarcadas no sistema de ônibus são relativas à bilhetagem eletrônica, que reduz a circulação de dinheiro nos coletivos, e a biometria facial, que registra a imagem dos usuários. Esta última tem como objetivo combater a evasão de passagens e a fraude no uso dos cartões do VEM. Uma mudança aparentemente simples nos coletivos, a troca das rodas dos veículos, também tem promovido melhorias. “Estamos substituindo as fabricadas com aço por alumínio forjado. Elas apresentam metade do peso da convencional e têm uma resistência cinco vezes maior”, afirma Marcelo Bandeira. Características que, segundo o empresário, traz dois benefícios imediatos: a diminuição de consumo de combustível, devido à redução direta do peso e a queda em até 25ºC da temperatura do cubo de roda. “Isso aumenta a vida útil dos pneus, já que o maior índice de avarias é provocado pelo calor”. O uso de GPS na administração das frotas de ônibus é outra novidade a favor dos usuários. “Esse sistema de rastreamento nos auxilia no controle da pontualidade e regularidade das linhas de ônibus”, afirma Gustavo. Com as informações desse sistema, é possível evitar que vários coletivos passem num mesmo horário nas paradas ou em intervalos de tempo muito grandes. Com os congestionamentos nas metrópoles, esse é um problema de difícil administração das empresas. INFORMAÇÃO De Pernambuco nasceu há quatro anos a tecnologia do CittaMobi. O aplicativo de apoio aos passageiros de ônibus está presente em 73 cidades e 11 Estados brasileiros. Só na Região Metropolitana do Recife ele é acessado mais de 3,4 milhões de vezes por mês. “Para os usuários do transporte público, a principal vantagem é ter um único app com diversas funcionalidades extremamente úteis no seu dia a dia: previsão de chegada dos ônibus em tempo real, canal para receber vagas de emprego geolocalizadas, compra de crédito para o bilhete eletrônico, e até possibilidade de informar sobre alagamentos e deslizamentos”, afirma o gerente de produtos, Fernando Matsumoto. Além dos benefícios para os usuários, a tecnologia permite também que os órgãos gestores do transporte aumentem o seu relacionamento com os cidadãos. “O app pode atuar como meio de comunicação de duas mãos: a prefeitura pode falar com o cidadão, e vice-versa, por meio de pesquisas e alertas de calamidade”. O universitário Renan Silva, que mora no bairro da Boa Vista e estuda na Universidade Federal Rural de Pernambuco, usa diariamente o CittaMobi. “Consigo otimizar o tempo de espera. Vejo também em qual parada virá a opção de ônibus que atenda o meu trajeto mais rápido”. Ele revela que ao saber que o transporte vai demorar um pouco mais, ele usa o tempo para resolver alguma questão no caminho, como pagar uma conta ou fazer uma compra rápida. Uma das novidades do setor é o monitoramento por meio de câmeras nos ônibus, estações e alguns corredores. Essa tecnologia atinge um dos principais receios da população no transporte público, que é a segurança. De acordo com o diretor institucional da MobiBrasil, Djalma Dutra, hoje todas as estações e veículos do BRT são monitoradas por câmaras e está em curso uma parceria com a Secretaria de Defesa Social para disponibilizar essas imagens. “Eles terão a oportunidade de acompanhar o que acontece no sistema de forma online. E com

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Medicina disruptiva

O futuro da medicina foi o tema da primeira edição do CAM FPS, que aconteceu no teatro do RioMar em junho. O evento contou com palestrantes de referência nacional e locais que falaram para um público de profissionais e universitários da área de saúde e de outras áreas. Os novos softwares usados no auxílio dos tratamentos e as inovações científicas, que estão mudando os diagnósticos e os procedimentos terapêuticos pelo mundo, foram alguns dos conteúdos destacados. Promovido pela Faculdade Pernambucana de Saúde, Algomais, Mova e pela rádio CBN Recife, o workshop faz parte do projeto Cidades Algomais, que tem como objetivo discutir e compartilhar exemplos positivos e experiências transformadoras nos centros urbanos. As mudanças na saúde humana ao longo da história e a preocupação com o sedentarismo na atualidade foram a ênfase da palestra de João Guilherme Alves, pediatra e diretor de ensino do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira). Na sequência, o geneticista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Diogo Soares, abordou as tendências da medicina, ressaltando principalmente o tratamento personalizado para os pacientes. A plataforma Watson, que utiliza inteligência artificial, foi apresentada pelo chefe de saúde da multinacional IBM e IBM Watson Health, Miguel Aguiar Netto. Além de palestras, a programação do CAM FPS promoveu também um painel com três startups que estão desenvolvendo produtos e serviços no segmento da saúde. Com mediação do coordenador acadêmico da FPS e presidente do Imip, Gilliatt Falbo, o público conheceu experiências inovadoras made in Pernambuco. Foram os destaques dessa mesa a Neurobots (que desenvolve um exoesqueleto controlado pelo cérebro e usado na reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral), a Pickcells (que desenvolveu uma plataforma que permite o diagnóstico automatizado, mais rápido e preciso de doenças infecciosas) e a NeuroUP (que criou uma plataforma de biofeedback no tratamento de dor de cabeça crônica). As empresas foram representadas respectivamente por Júlio Dantas, Paulo Melo e Ubirakitan Maciel. Os conteúdos das palestras irão compor a pauta da próxima edição do suplemento Algomais Saúde, que circulará no mês de agosto. “Esse evento faz parte de uma estratégia de inovação traçada, há bastante tempo, pelo Imip e FPS”, afirmou Carlos Figueira, diretor acadêmico da Faculdade Pernambucana de Saúde. Na abertura, ele anunciou a instalação, em breve, de três novos centros ancorados pela instituição de ensino: um de inovação, um de simulação e outro de eventos. O workshop foi mais uma realização do CAM Cidades Algomais, cujo objetivo, segundo a diretora de inovação da Revista Algomais, Mariana de Melo, é inspirar. “A gente acredita que isso gera atitude nas pessoas. Nosso desejo é que empresários, estudantes, gestores públicos e cidadãos em geral consigam atuar na sua realidade e melhorar a experiência urbana como um todo”, afirma Mariana que também é coordenadora do CAM. Ela informa que, além da saúde e tecnologia que foi o tema do CAM FPS, o projeto discutirá economia, mobilidade, transporte, entre outros assuntos. O projeto Cidades Algomais consiste na realização de uma série de eventos de conteúdo, que tem a proposta de debater inovações e questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O primeiro CAM aconteceu em Caruaru, em 2017, tratando sobre urbanismo e gestão pública. Em breve a Revista Algomais vai anunciar as datas dos próximos eventos. Para mais informações, acesse o site: www.cidadesalgomais.com

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Bruno Vilela celebra 20 anos de carreira com a exposição Hermes na Amparo 60

No próximo dia 26 de julho, às 19h, o artista Bruno Vilela inaugura a exposição Hermes, na Galeria Amparo 60. A mostra marca tanto os 20 anos de carreira do artista, que está há quatro sem expor no Recife, quanto os 20 anos da galeria, fundada em 1998, cuja primeira sede foi a casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpentes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título a obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com os deuses. A última obra da exposição é um altar numa mesquita. Um grande desenho de 200x150 cm feito de carvão e tinta acrílica. Uma escada de madeira entalhada leva a um altar. Dentro dele uma luz brilha. É O Profeta. O espírito do grande mestre presente. As diversas influências de liturgias, iconografias, mitos e deuses presentes nessa exposição, de católicos a muçulmanos têm como objetivo mostrar como o pensamento hermético formou todas as religiões e o misticismo do mundo.   Serviço

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