Entre o mar e o sertão, a força transformadora das imagens que unem as narrativas destas duas paisagens. O realismo mágico invade nova exposição que entrou em cartaz no Centro Cultural Cais do Sertão, na Sala São Francisco. A mostra “O Sertão Virou Mar” corresponde à série de fotomontagens e pinturas com fotografias e videoinstalações idealizadas pelo artista visual e fotógrafo potiguar Sérgio Azol e curadas pelo jornalista e crítico de arte Marcus de Lontra Costa. O evento é destinado ao público em geral e ficará à disposição de quinta a domingo, das 10h às 16h.
“Estamos muito felizes em receber a primeira exposição do ano no Cais, e ainda mais por ela se relacionar com o Sertão, esta região que é tão bem representada no acervo do museu, que inspira todo o projeto e concepção do equipamento. A Secretaria de Turismo e a Empetur têm buscado, nesta retomada das atividades turísticas, promover iniciativas de qualidade, oferecendo toda a segurança para os visitantes, então convido a todos que venham visitar a mostra, venham conhecer o acervo do Cais, porque é uma experiência valiosa”, salienta o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.
O “Sertão Virou Mar”, que fica em cartaz no Cais até o dia 19 de março, traz 53 imagens e une elementos dramáticos que aludem à metáfora utópica para a criação de um sertão que é o contraponto da sua realidade. As fotografias produzidas nos sertões do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia apresentam fragmentos do real que se impregnam de múltiplos significados plurais e transformados pelo apelo que se faz à imaginação coletiva. A rudeza, a aspereza se complementam à abundância do mar nos ambientes fotografados, que se transformam num mundo repleto de novas realidades.
“Procuro ajudar o observador a embarcar numa jornada para o sublime. O mar é uma metáfora utópica para a criação de um sertão que é o contraponto da sua realidade. As fotografias produzidas apresentam fragmentos do real que se impregnam de múltiplos significados e sentimentos, se tornam plurais, transformadas pela provocação que se faz à imaginação. Caatinga, seca, a rudeza e a aspereza dos ambientes registrados são transformados em novas realidades, aquelas que, em nosso inconsciente, as chuvas poderiam revelar: abundância, esperança, fertilidade. O mar é água, é a força transformadora do sertão; nos convoca à construção de uma possível existência”, pontua Azol.
Para conferir a exposição, o visitante deverá apresentar na entrada o passaporte vacinal e seguir os protocolos sanitários estabelecidos pelo Governo de Pernambuco, como uso de máscara facial, higienização das mãos com álcool em gel e manter o distanciamento social no espaço. O acesso é feito pela entrada principal do centro cultural.
Serviço:
Mostra “O Sertão Virou Mar” .
Data: 19 de janeiro a 19 de março,
Local: Cais do Sertão (Armazen 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n – Recife, PE, 50030-150)
Horário: Quinta a domingo, das 10h às 16h
Ingresso para a entrada no museu: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)