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Porco não é tão feio quanto se pinta

Desde os tempos bíblicos, a carne de porco tem sido amaldiçoada pelas escrituras de várias religiões. Judeus e muçulmanos são proibidos de tê-la no cardápio e até a nossa sabedoria popular costuma identificá-la como um alimento “remoso” para a saúde. Mas, recentemente, surgiram várias notícias exaltando as qualidades dessa proteína como benéficas para a saúde. Afinal de contas, carne suína faz bem ou mal ao organismo? “Ela é uma das opções consideradas de proteína animal mais versáteis e saudáveis, sendo uma grande aliada na construção dos tecidos, músculos e estrutura corporal. Possui também uma boa variedade de vitaminas”, desmistifica a nutricionista Débora Wagner. “É uma excelente fonte de ferro, com baixíssimo teor de sódio, menor inclusive do que o da carne vermelha e o de frango, o que faz com que eu possa indicar aos pacientes que têm restrição no consumo desse mineral, como os hipertensos, pessoas com doença cardiovascular ou renal crônica”. Débora ressalta ainda que a carne suína tem a maior quantidade de potássio por 100 gramas, ou seja, é muito importante também na construção muscular e na saúde do coração. “Ela tem o perfil muito adequado para os doentes cardiovasculares, o que é interessante e controverso no pensamento de que carne de porco não deve ser consumida por quem tem problemas com colesterol”, esclareceu a especialista. . . Esse pensamento, segundo Lígia Barros, professora de nutrição da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) existe no Brasil desde tempos remotos e está muito relacionado à religiosidade. “Há uma parte da bíblia que menciona a carne de porco. Os judeus não consomem esse tipo de proteína, então acabamos absorvendo muitas dessas práticas ao longo de nossa formação”, relaciona. Existe também outro fator cultural. No passado, os porcos eram criados em pocilgas, ambientes sujos e de condições precárias, (isso propiciava a contaminação por Taenia solium, verme conhecido como solitária). Ainda hoje permanece essa noção de que eles vivem dessa forma. “Mas atualmente, os porcos são criados em cativeiro, com alimentação adequada (uma ração específica para os animais), por isso, não oferecem nenhum tipo de risco a quem come”, esclarece. . . Mas é preciso evitar os exageros. As recomendações do seu consumo são as mesmas para outras carnes. “É preferível que se consuma os cortes mais magros”, indicou Lígia. “Mesmo o frango, considerado um alimento pouco calórico, possui algumas partes, como a coxa, que são um pouco mais gordurosas”, comparou. Os cortes mais indicados são, justamente, aqueles em que, facilmente, se consegue eliminar as partes mais gordurosas. “A gordura não sendo entremeada com as fibras musculares do porco temos condição de tirá-la e fazer com que esse preparo tenha sabor e ao mesmo tempo seja indicado para a maioria das pessoas, principalmente o lombo, o pernil e a bisteca”, recomendou Débora. Porém, os embutidos e produtos de base suína que sejam processados ou acrescidos de substâncias de conservação, de cura e que sejam artificialmente produzidos não são indicados pela nutricionista. Tanto o bacon (barriga) ou o presunto de Parma (perna traseira) podem ser verdadeiros vilões se forem produzidos de forma artificial, utilizando substâncias tóxicas ao organismo, como nitrito e nitrato. “O Parma produzido de acordo com as tradições de origem, de forma artesanal, sem a adição desses agentes, não seria algo a ser evitado”, defendeu. Mas ela ressalvou que devem ser consumidos em quantidades moderadas. Recentemente, retomou-se uma antiga discussão sobre o uso da banha de porco como gordura para cozinhar os alimentos. Há quem defenda que seja mais saudável do que óleos vegetais ou manteiga. Lígia, porém, é comedida sobre o assunto. “Ela possui muita gordura saturada como todas as carnes, por isso, tem o seu potencial positivo, mas, para fritar alimentos, não é indicada, porque toda fritura é prejudicial”, alerta a nutricionista. O ideal é utilizá-la para refogar, porque não submete a banha a um aquecimento tão alto por um tempo tão longo. Lígia é adepta de uma visão na nutrição que defende que a restrição alimentar causa mais prejuízo do que a liberação de certos alimentos na dieta, uma discussão que vem sendo travada na literatura científica. “Procuro sempre levar em consideração as memórias alimentares de quem me procura, vai muito de acordo com aquilo que o paciente traz. Se ele faz uso de carne de porco de maneira que não comprometa a saúde dele, eu não vejo porque restringir”, salientou. Para quem, por algum motivo, ainda estiver desconfiado dos benefícios da carne suína, a nutricionista Débora Wagner relata sua experiência pessoal com a proteína. “Eu sou adepta do consumo da carne de porco e faço questão dessa ingestão frequente para minha família, muito por ser versátil, que atende a diversos tipos de receita. Eu consigo ter um corte extremamente magro e adequado a todo tipo de gente da minha casa, da minha filha de 2 anos até a minha mãe de 65”. *Por Yuri Euzébio

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Música estimula a malhação

“Sem música, a vida não teria sentido” já disse uma vez o célebre filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O fato é que é difícil imaginar a vida sem a combinação de melodias e ritmos para acompanhar nossos momentos. Sons musicais têm influência até na hora de praticarmos atividades físicas melhorando o desempenho nos exercícios. É o que garantem pesquisas e especialistas na área. Segundo o personal trainer Fábio Campos, sons musicais podem aumentar a sensação de bem-estar, criando a impressão de que o tempo passou mais rápido, reduzem a percepção de intensidade do exercício, promovendo maior resistência física. “Existem alguns estudos que comprovam que a música faz com que o corpo libere endorfina e dopamina, hormônios que provocam a sensação de prazer. Isso associado à atividade física potencializa a performance da pessoa que está se exercitando”, assegura Fábio. “Além, é claro, do fator estimulante. O simples fato de baixar uma nova playlist que irá acompanhar o treino já é um motivador para a prática do exercício físico”, esclarece. . . Gleidson Cunha também é personal e ratifica as vantagens da música no desempenho durante a malhação. “Estudos mostram que ela influencia no melhor controle da frequência cardíaca, na resistência e potência muscular, na percepção de esforço do exercício e pode até alterar padrões negativos de humor”, informa Gleidson. “Particularmente, acho que a música é o combustível da atividade física. O estímulo sonoro deixa a prática mais leve e prazerosa, podendo também aumentar a concentração e a intensidade do aluno”. Na verdade, vários estudos que estão sendo feitos no mundo, segundo Leopoldo Barbosa, psicólogo e professor da FPS (FAculdade Pernambucana de Saúde), trabalham com essa possibilidade, sinalizando o quanto a música pode melhorar a concentração e a velocidade de atletas. “Qualquer um que fizer uma busca rápida na internet sobre os jogos olímpicos, por exemplo, vai perceber que é muito comum os atletas entrarem, antes da sua atividade, com fones de ouvido. É uma forma que eles têm de manter a concentração e o foco”, salientou o psicólogo. Mesmo em casa, nas atividades domésticas do cotidiano, como na preparação das refeições ou na limpeza, a música surge como um estímulo importante e uma forte aliada contra a monotonia das tarefas de casa. Para os que se entediam em fazer sempre as mesmas seções de exercícios rotineiramente, os sons musicais têm a capacidade de tornar a atividade menos entediante. “O exercício se torna menos monótono, a música concentra e envolve as pessoas naquela atividade. Em locais públicos, existe também o fator desinibidor”, ressalta o personal trainer Raphael Arnaut Brinco. . Raphael, porém, também destaca alguns fatores negativos. “Às vezes pode atrapalhar, porque o aluno dá mais atenção à música do que ao exercício propriamente dito”, ressalva Raphael, acrescentando que a altura do som também é prejudicial. “Toda academia que eu frequento tem briga, uns pedindo para diminuir o som, outros pedindo para aumentar. Como o público é muito heterogêneo sempre tem esse embate”, desabafa Raphael. SEM "BATE ESTACA" Um problema solucionado na Unic, academia especializada curiosamente num público específico: pessoas que não gostam de academia. Pode parecer contraditório, mas a segmentação da clientela deu certo. “São pessoas com 35 a 40 anos que só querem se cuidar. Por isso, não trabalhamos com música eletrônica, damos preferência à MPB (música popular brasileira). Nós escolhemos um meio termo, ponderado, agradável ao ouvido e motivador”, explica Patrícia Santos, coordenadora técnica e personal trainer da casa. A playlist muda de acordo com o tipo de atividade realizada. “Nas salas de musculação, bike, bike indoor e aula coletiva, usamos um estilo musical mais agitado. Já nas aulas de dança, a preocupação é com o aluno se sentir inserido na atividade, então usamos músicas mais atuais, que estejam bombando no momento”, detalha Patrícia. Camila de Andrade, veterinária, optou por malhar na Unic justamente pela proposta de trilha sonora diferente que a casa oferece. "Eu gosto muito de música, então aqui é um lugar em que eu consigo ficar, tranquilamente, sem os meus fones de ouvido", assegurou. "É bem diferente a proposta, e eu acho bem legal mesmo", garantiu. Já o dentista Rogério Aguiar, embora não abra mão de escutar uma boa canção acompanhando sua prática física, é adepto do fone de ouvido pela facilidade em selecionar as canções. “Hoje em dia é muito mais prático e simples de selecionar o que eu quero ouvir, então ouço o que estou a fim e no volume que a música pede” argumenta. "O meu desempenho depende muito da música que estou ouvindo, funciona como o meu energético. Não teria a mesma energia se treinasse no silêncio”, compara. *Por Yuri Euzébio (redacao@algomais.com)

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Qualidade de vida em debate

Quais os pilares para ter qualidade de vida? Essa pergunta provocadora norteou a 5ª edição do projeto Cidades Algomais, no CAM Bem-Estar, que aconteceu no Teatro Riomar, com realização da Revista Algomais e da CBN Recife. Os palestrantes abordaram temas como alimentação, atividade física, equilíbrio emocional e estética. Com patrocínio do Tulasi Mercado Orgânico, o evento conta com o apoio do Carrefour, Boris Berenstein, Hotéis Pernambuco, Shopping RioMar e Casafora. “O propósito do CAM Bem-Estar é mostrar como uma boa saúde está relacionada a uma série de pilares. Não é apenas fazer atividade física ou ter uma boa alimentação que vai garantir uma vida com saúde e bem-estar. É preciso, ao mesmo tempo, cuidar do corpo, do modo como lidamos com o estresse e a ansiedade, ter uma boa autoestima e saber envelhecer bem. Acho que nesta edição do evento conseguimos mostrar, que, para se ter uma boa saúde, é preciso ter equilíbrio e entender que o nosso corpo é uma ‘máquina’ complexa em pleno funcionamento”, afirmou a coordenadora do Cidades Algomais, Mariana de Melo. A alimentação saudável, com uma proposta orgânica e agroecológica, foi o tema da palestra de Renata Nascimento, do Tulasi. Na ocasião ela apresentou ao público uma discussão sobre o consumo sintrópico e a longevidade. “Sintropia vem dos sistemas agroflorestais, que é a agricultura imitando a forma da floresta se comportar. Agrofloresta não é só uma forma de plantar, mas uma filosofia de vida”, explica Renata Nascimento. O conceito é inspirado no trabalho desenvolvido pelo suíço Ernst Götsch. A sua fazenda, em Piraí do Norte, na Bahia, está em uma área que era improdutiva e, após décadas de trabalho agroflorestal, voltou a receber rios e hoje tem uma grande biodiversidade. “Quando a gente desmata uma área e faz dela pasto, ou monocultura, damos um passo atrás em relação à qualidade ambiental”, afirmou Renata Nascimento. O time de especialistas do evento contou com a nutricionista Andréa Santa Rosa, que abordou como reduzir a ansiedade com a alimentação e as mudanças de hábitos, e o educador físico Antônio Arruda, que tratou sobre a importância dos exercícios físicos para a prevenção de doenças. O psicanalista Paulo Fernando Pereira falou ainda sobre a busca pela felicidade e o perfil ansioso da sociedade atual. Já a dermatologista Gleyce Fortaleza debateu sobre a desmistificação da saúde e da beleza com o avanço da idade. Um dos destaques do CAM Bem-Estar pelo segundo ano é o projeto CAM 60 Dias. Desde agosto, quatro participantes tiveram como objetivo melhorar a qualidade de vida por meio da mudança na alimentação, realização de atividades físicas, cuidado com o equilíbrio emocional e com a estética. Eles contram com o apoio da equipe multidisciplinar composta por Débora Wagner, nutricionista, Karina Passos, dermatologista, Raíssa Lyra, endocrinologista, Tássia Queiroz, psicóloga, Rayane Arruda e Ingrid Silva, personal trainers. Durante o evento, dois meses após o início do desafio Ana Cristina Xavier, Mariana Barros, Rivaldo Neto e Thiago Araújo, contaram ao público presente suas experiências, com os resultados dos índices corpóreos e os avanços na qualidade da saúde. “No CAM 60 Dias pudemos ver na prática o propósito do evento, mostrando que para se ter uma boa saúde é preciso cuidar de pilares interconectados: atividade física, alimentação, equilíbrio emocional e estética e autoestima. Para os quatro participantes do projeto, os resultados do CAM 60 dias foram a representação do que esperamos ser uma vida com mais bem-estar e a preparação para um envelhecimento mais saudável”, analisa Mariana. Confira a cobertura completa do evento nosso site: mais.pe/cambemestar.

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Cientistas aliam nanotecnologia e produtos naturais para combater pragas agrícolas

Maria Fernanda Ziegler, de Paris – O Brasil é uma das grandes potências agrícolas do mundo e também um dos líderes no uso de agrotóxicos. Se por um lado os defensivos permitem controlar pragas e aumentar a produtividade, por outro, contaminam a água, o solo e os alimentos, afetando indiretamente a saúde humana. Em busca de alternativas mais sustentáveis, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Sorocaba têm apostado na combinação de nanotecnologia e produtos naturais. O tema foi abordado por Leonardo Fraceto, coordenador do Laboratório de Nanotecnologia Ambiental da Unesp, em palestra apresentada na FAPESP Week France. “Existe uma demanda crescente por alimentos em todo o mundo e a nanotecnologia permite criar metodologias para aumentar a produção agrícola. Não me refiro a um aumento na área plantada e sim na eficiência produtiva”, disse Fraceto. Como explicou o pesquisador, o objetivo do grupo é pesquisar diferentes sistemas para encapsular agentes de controle de pragas, como agrotóxicos sintéticos ou inseticidas e repelentes de origem botânica. “Outra linha de pesquisa propõe o uso de agentes biológicos, como fungos e bactérias, encapsulados em micropartículas”, disse. No âmbito de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP, o grupo da Unesp estuda os mecanismos de ação e a toxicidade das metodologias desenvolvidas. De acordo com Fraceto, o uso de nanopartículas possibilita a entrega do composto ativo diretamente no local em que está a praga a ser combatida, reduzindo a quantidade de pesticida aplicada na lavoura, a toxicidade para a planta e, consequentemente, a contaminação ambiental. “A praga, por outro lado, recebe uma carga mais concentrada do ativo, o que permite diminuir o número de aplicações”, disse. O grupo desenvolveu, por exemplo, um sistema para encapsulamento da atrazina, um dos herbicidas mais vendidos no Brasil e já banido na União Europeia pela alta toxicidade. “Nos testes em laboratório, a formulação em nanopartículas poliméricas foi mais eficiente para o controle de pragas do que a convencional. Conseguimos reduzir a dosagem necessária de 3 quilos para 300 gramas por hectare. Nosso próximo passo será avaliar a formulação em estudos de campo”, disse o pesquisador. Em outro trabalho, publicado na revista Pest Management Science, os cientistas misturaram três diferentes compostos botânicos – geraniol (encontrado no gerânio, no limão e na citronela, por exemplo), eugenol (presente no óleo de cravo) e cinamaldeído (do óleo de canela) – em nanocápsulas poliméricas feitas de zeína, uma proteína do milho. “Somos uma equipe multidisciplinar e buscamos soluções satisfatórias tanto do ponto de vista ecológico como econômico. Elencamos algumas substâncias que julgamos interessantes para o manejo de pragas como a lagarta Helicoverpa [praga da soja], a lagarta-do-cartucho [do milho] e o ácaro-rajado [que ataca frutas, grãos e outras culturas], por exemplo”, disse. O simpósio FAPESP Week France foi realizado entre os dias 21 e 27 de novembro, graças a uma parceria entre a FAPESP e as universidades de Lyon e de Paris, ambas da França. Leia outras notícias sobre o evento em www.fapesp.br/week2019/france. Por Agência FAPESP

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Polo itinerante contempla bairros e distritos de Garanhuns na Magia do Natal

O encanto da Magia do Natal está sendo disseminado nos bairros e distritos de Garanhuns, com o polo artístico Natal Itinerante. Promovido pela Secretaria de Cultura, a ação tem o intuito de descentralizar a festa e incentivar os garanhuenses a conferirem o evento natalino. Os bairros Cohab III, Magano, Várzea, Boa Vista e Várzea já receberam apresentações artísticas com peças teatrais, folguedos populares e shows. Hoje (26), a partir das 18h, o bairro Liberdade recebe o teatro musical ‘A Importância do Natal’, formado por estudantes da Escola São Cristóvão; o Grupo Harmônico de Flautas e Violinos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Boa Vista; do Reisado Raio de Luz e o musical ‘Natal Nordestino’, da Escola Henrique Dias. A Vila do Quartel e os bairros Indiano, Brasília, Cohab II e Parque Fênix/Cohab I também receberão intervenções culturais. Nos distritos, as apresentações serão realizadas sempre às às quartas-feiras, às 17h30min. O distrito de São Pedro será o primeiro a receber apresentações, amanhã (27), seguido por Iratama (04/12) e Miracica (11/12). A Magia do Natal também chega a comunidade quilombola Estivas, na quarta-feira (18), com apresentações da Companhia Fisa D'Arte, com o espetáculo ‘João e Maria e um sonho de Natal’; do Grupo de Violões do Cras e da Orquestra Manoel Rabelo. A Magia do Natal abrilhanta Garanhuns até o dia 06 de janeiro, com apresentações artísticas até o dia 31 de dezembro. O evento é uma realização da Prefeitura de Garanhuns e recebe o patrocínio das empresas Bradesco, Tools Net, Farmácias FTB, Casa das Balas, Mano Imóveis, Ferreira Costa, Uniodonto, Café Ouro Verde e Chocolate Sete Colinas. A programação completa está disponível no site da Prefeitura (garanhuns.pe.gov.br), nas páginas oficiais da Magia do Natal (Instagram: @amagiadonataldegaranhuns; Facebook: /AMagiadoNatalGaranhuns) e nas páginas da Prefeitura de Garanhuns (Instagram: @prefgaranhuns; Facebook: /PrefeituradeGaranhuns).

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Como as esponjas e os fungos ajudam cientistas da USP a descobrirem novos medicamentos

Desde a antiguidade, substâncias encontradas nas plantas são utilizadas como fonte de tratamento contra uma série de sintomas e doenças. Porém, no começo do século XX, após a descoberta da penicilina (primeiro antibiótico da história) a partir de fungos, os olhares da comunidade científica começaram a se voltar para outros ambientes. Um deles, ainda inexplorado até hoje, é o fundo do mar, que reserva uma biodiversidade misteriosa. Com a criação de cursos de mergulho autônomo depois da Segunda Guerra Mundial, mergulhadores começaram a reportar casos de intoxicação e queimaduras ao tocarem em determinados animais, fatos que chamaram a atenção principalmente de bioquímicos, que passaram estudar o potencial das substâncias causadoras de tais efeitos. Mesmo após décadas de pesquisas, o meio aquático ainda segue desconhecido. Até por isso, ele nos permite vislumbrar diversas descobertas que poderiam ser feitas em caso de aumento no número estudos. Quem sabe não encontraríamos um novo composto eficaz contra alguma doença, por exemplo? É justamente com essa motivação que atuam os pesquisadores do Grupo de Química Orgânica de Sistemas Biológicos, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. “Nós estudamos organismos do mar, como esponjas, moluscos, fungos, briozoários e demais invertebrados em busca de substâncias interessantes para o desenvolvimento de fármacos”, explica Roberto Berlinck, professor do IQSC e coordenador do Grupo, fundado em 2000. Mas, afinal, com tantos animais disponíveis no oceano para serem estudados, por que escolher organismos invertebrados? “Os animais que têm pouca mobilidade, ou fixos no substrato marinho, estão mais suscetíveis a ataques de predadores, competição por espaço e infecções por microrganismos patogênicos. Eles tiveram que desenvolver mecanismos de defesa eficazes, como os espinhos, que seriam uma defesa física, e os venenos, vistos como uma proteção química. Por isso, eles são tão atraentes de serem estudados”, explica o docente. O trabalho é complexo e envolve uma série de etapas. Por meio de mergulhos, coletas e análises detalhadas em laboratório, os cientistas investigam a bioatividade de substâncias extraídas dos animais para testá-las em células doentes. Claro que para realizar todas essas tarefas, é preciso vencer o desafio geográfico. Apesar da grande logística necessária para que o grupo do interior de São Paulo se desloque para o litoral, isso não diminui o empenho dos pesquisadores: “A distância nunca atrapalhou, mas é óbvio que é preciso ter disposição para ir ao mar, coletar, montar uma equipe e traçar a melhor estratégia”, diz o professor, que mergulha desde 1994 para fazer coletas. Entre os destinos visitados pelo docente estão Fernando de Noronha (PE), São Sebastião (SP), Baía de Todos os Santos (BA) e Cabo Frio (RJ). Mesmo com tanta dedicação, a missão não seria possível não fosse a ajuda de diversos colaboradores. Ao todo, são dezenas de pesquisadores, entre professores e alunos, espalhados pelo Brasil que colaboram com os estudos da USP. Brecando células cancerígenas – Um dos trabalhos em andamento no Grupo do IQSC é o da pós-doutoranda Camila Crnkovic. Em sua pesquisa, ela estuda a produção das fomactinas, substâncias obtidas a partir do fungo Biatriospora sp., encontrado dentro da esponja marinha Dragmacidon reticulatum, no litoral de São Sebastião (SP). Entre outras funções, as fomactinas possuem ação anticâncer, inibindo o crescimento de células cancerígenas depois de tratamentos por quimioterapia ou radioterapia. Utilizando técnicas computacionais, Camila descobriu que o fungo estudado produz muito mais dessas substâncias do que se imaginava, sendo considerado uma verdadeira fábrica de fomactinas. “O trabalho agora é isolar e identificar todas essas moléculas para determinar quais são as mais promissoras”, afirma a cientista. Testes em laboratório com alguns desses compostos mostraram resultados positivos em células doentes. Formada em Farmácia, Camila sempre carregou o interesse em atuar nessa área de pesquisa: “O apelo de procurar novos medicamentos é muito motivante para mim. Quando você começa a estudar a química de produtos naturais, tem muita coisa diferente, cada organismo produz um tipo de substância, cada classe de molécula tem uma atividade biológica diferente que pode virar um fármaco. Tudo fica mais atraente por toda essa diversidade”, diz a pós-doutoranda, que realiza sua pesquisa em parceria com Leandro Oliveira, mestrando do IQSC e o mais novo integrante do grupo de pesquisa. Apesar do pouco tempo de casa, o jovem, que veio da cidade de Cássia, do sul do Estado de Minas Gerais, já se sente respaldado pela equipe: “Embora tudo ainda seja novo para mim, a experiência está sendo incrível. A pesquisa no IQSC é muito bem estruturada e o grupo totalmente acolhedor’, afirma. Moléculas promissoras no combate ao câncer também foram localizadas em esponjas coletadas na foz do Rio Amazonas, bioma descrito em 2016. Em meio à diversidade local, elas chamaram a atenção por serem abundantes, despertando em Vítor Feire, doutorando do IQSC, o interesse em estudá-las. Ele analisou um conjunto de moléculas extraídas da esponja Dictyonella e descobriu que as substâncias foram capazes de inibir in vitro a atividade de um complexo enzimático chamado de proteassoma, ação que fez com que elas adquirissem atividade anticâncer. Os resultados obtidos com o trabalho geraram o artigo científico publicado na Revista Journal of Natural Products . Mesmo com resultados promissores, o pesquisador segue estudando novas esponjas encontradas no Rio Amazonas a procura de compostos cada vez mais eficientes. Formado em Química Ambiental pela UNESP, Vítor diz que se interessou pela área para descobrir como podemos utilizar organismos da natureza a nosso favor. “Aqui no laboratório, temos a possibilidade de estudar organismos nunca antes explorados”, revela o jovem, que se sente gratificado em atuar nesse ramo da ciência: “Além de fazer o que eu gosto, estou mirando lá na frente para conseguir um remédio que poderá ser utilizado em algum tratamento, isso é muito recompensador”. Como encontrar a molécula ideal? Diante das centenas de milhares de substâncias produzidas pelos animais aquáticos, identificar moléculas promissoras não está entre as missões mais fáceis. Segundo o professor Berlinck, a cada 10 mil novas substâncias descobertas, apenas uma chega efetivamente ao mercado. “É um processo longo, que envolve muitos recursos, tanto financeiro como de pessoal. É um esforço humano

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73% dos brasileiros pensam frequentemente sobre sua saúde mental

O Brasil é o terceiro país que mais pensa sobre saúde mental, aponta a pesquisa Global Advisor “World Mental Health Day 2019” da Ipsos. Sete em cada dez brasileiros (73%) disseram que pensam sobre o seu próprio bem-estar mental com muita frequência. O resultado só é menor do que o da Colômbia (76%) e se iguala ao do México (73%). A Rússia (25%) é o país em que as pessoas estão menos preocupadas com a saúde mental. “O brasileiro mostra em nosso estudo uma preocupação maior que a esperada com sua saúde mental, em relação ao restante do mundo” afirma Fabrizio Rodrigues Maciel, Head de Healthcare na Ipsos. Já o bem-estar físico preocupa 75% dos brasileiros. O resultado coloca o Brasil como o 10º país que mais pensa sobre a questão. Colômbia (87%), México (86%) e África do Sul (85%) são os que mais se preocupam com a saúde física. O Brasil também é o segundo que menos concorda com a afirmação "doença mental é uma doença como qualquer outra", com 44% de concordância, à frente apenas do Japão com 41%. A Grã-Bretanha é o país que mais concorda com essa afirmação (76%). 69% dos entrevistados brasileiros acreditam que as saúdes mental e física são igualmente importantes, mas não enxergam que haja a mesma atenção do sistema de saúde para ambas. Para 36% dos brasileiros, o sistema prioriza a saúde física, outros 34% acham que a atenção é a mesma para os dois e apenas 13% acreditam que a prioridade é a saúde mental. “Existe consciência de que a saúde no Brasil é negligenciada pelas autoridades, e quando questionamos separadamente sobre saúde física e mental, fica evidenciado que a segunda está longe de ser prioridade para as instituições brasileiras, segundo a população” Entre os brasileiros, 71% concordam que é preciso ter uma atitude mais tolerante a respeito de pessoas com doenças mentais na nossa sociedade. O índice coincide com o de brasileiros que concordam que ver um profissional de saúde mental é um sinal de força. No entanto, com 20% das respostas em concordância, o Brasil é o quarto entre os países que mais acreditam que a maioria dos adultos diagnosticados com alguma doença mental pode melhorar com o tempo, sem ajuda médica. O índice é o mesmo para os que acreditam na afirmação quando o diagnóstico é para crianças. Segundo o estudo, 13% dos brasileiros concordam com a afirmação "o aumento dos gastos com serviços de saúde mental é um desperdício de dinheiro", o que coloca o país em quarto do ranking, atrás apenas de Índia (27%), Arábia Saudita (25%) e China (21%) e empatado com a Malásia.

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Dezembro Laranja alerta sobre câncer de pele nesse final de ano

O final de ano é marcado por altas temperaturas no litoral pernambucano, confraternizações na praia é uma excelente opção para quem busca relaxar e entrar em contato com a natureza. Porém, é importante lembrar que a exposição solar é um fator de risco para o câncer de pele, que atinge cerca de 200 milhões de brasileiros por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em função disso, desde 2014 acontece o Dezembro Laranja, campanha que busca alertar acerca dos riscos associados a doença. “No caso dos brasileiros, o problema torna-se mais grave porque boa parte da população ainda não tem o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol” explica Rosana Chagas, dermatologista da Real Derma. Os responsáveis pelas queimaduras do sol são os raios UVB, já aos raios UVA são atribuídos os sinais de envelhecimento das células presentes na epiderme. Ambos aumentam o risco do câncer de pele, dessa maneira, na hora de comprar o protetor solar é importante saber que o FPS (fator de proteção solar) está ligado à proteção contra os raios UVB e a proteção contra os raios UVA é um terço do FPS rotulado. Por isso, é indicado o uso de protetor solar com FPS mínimo de 30. “Muita gente não sabe passar a quantidade correta de protetor solar, recomendamos que o paciente use o equivalente a uma colher de sopa cheia em todo corpo, reaplicando a cada duas horas ou depois que entrar em contato com água”, explica Rosana Chagas. Existem também outras medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h), utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo. Além disso, os danos causados pelo sol são cumulativos, ou seja, com o passar da idade, maior a possibilidade de ocorrerem manchas e tumores malignos, o cuidado também precisa ser redobrado para quem já possui histórico da doença na família “Existem dois tipos de câncer de pele, o “melanoma”, com origem nas células produtoras de melanina e o “não melanoma”, responsável por 30% de todos os casos registrados no Brasil” ressalta Rosana, ela também explica a importância de visitar o dermatologista no caso de suspeita da doença, já que o diagnóstico precoce pode ter até 90% de chance de cura. Uma lesão indicativa de câncer tem algumas características, sendo elas: Aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente; Pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; Mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento. Ao perceber qualquer um desses sintomas, procure um médico especialista para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

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Games são usados em tratamentos de saúde

Quem já teve de fazer sessões de fisioterapia para reabilitar alguma parte do corpo sabe o quanto o tratamento é eficaz, porém entediante. Para a alegria dos pacientes, fisioterapeutas têm recorrido aos games e os resultados têm sido muito bons. Psicólogos também constatam as vantagens de tratar casos de transtornos como o déficit de atenção transformando seus pacientes em gamers. Para quem pensa que tal novidade não é coisa séria, saiba que os jogos viraram objeto de estudos científicos de instituições renomadas que passaram a desenvolver games para usos na área de saúde. Um interessante movimento que tem integrado acadêmicos desse setor aos estudiosos da área de tecnologia. A fisioterapeuta Adelany Santos, da clínica Savita, já constata na prática os benefícios dos jogos. Ela confessa que um grande desafio da sua profissão é tornar as sessões de reabilitação mais atraentes, porque são cansativas, repetitivas e monótonas e muitos interrompem a terapia antes de concluí-la. “Usamos o videogame como uma ferramenta para o paciente aderir ao tratamento de forma mais prazerosa”, justifica. . . Nessa diversão, Adelany utiliza o console Xbox integrado a um dispositivo conhecido como Kinect, que não depende de acessório periférico, como mouse, teclado ou controle ligado a fio. Ele capta todos os movimentos do usuário por meio de um sensor. Dessa forma, ele fica com as mãos livres, o que lhe dá mais mobilidade. Quando uma pessoa joga um videogame de voleibol, por exemplo, o avatar (no caso, a animação de jogador de vôlei do jogo) realiza os mesmos movimentos do usuário. Assim, em vez de jogar sentado, o paciente joga em pé, simulando a movimentação dos jogadores numa partida. Essa “jogada terapêutica” tem sido efetiva em indivíduos que sofreram sequela neurológica, ou que estejam em recuperação no pós-operatório ou até mesmo um idoso. “Pessoas mais velhas vão perdendo suas capacidades ao longo da vida e precisam de reabilitação para restaurar algumas funções do cotidiano, como trocar de roupa, tomar banho sozinho, se deslocar”, explica Adelany. O game é escolhido pelo fisioterapeuta de modo a simular a atividade que o paciente necessita. . . O resultado dessa “brincadeira”? “Por ser mais lúdico, o videogame aumenta a adesão do paciente ao tratamento”, assegura Adelany. Mas não é só isso. Como a realidade virtual é um sistema imersivo e interativo, ela permite que a entrada e a saída de informações no cérebro sejam facilitadas. Isso possibilita uma recuperação melhor. “É como um processo de aprendizado, em que são estimuladas as células do sistema nervoso para que o paciente reaprenda um ato motor”, esclarece a profissional. Outro aspecto interessante é que na reabilitação tradicional é comum o paciente não realizar corretamente os exercícios com receio de sentir dor. “Mas ao jogar, graças à interação lúdica, ele se distrai com o game, se expondo gradativamente ao movimento, perdendo o medo. Por isso, acaba se recuperando mais rápido", relata a fisioterapeuta. Para os idosos o game trabalha o equilíbrio, estimula a coordenação motora e o próprio movimento. Com o passar do anos, muitas pessoas diminuem sua necessidade de mover-se porque a vida social se retrai, param de trabalhar e ficam mais tempo em casa. “O objetivo da fisioterapia é estimular o movimento desses pacientes, só que com o game acaba sendo de uma forma divertida”, afirma Adelany. Que o diga a arquiteta Rosa Bonfim, de 72 anos. Ela tem osteoporose em alto grau e sofreu fratura espontânea em três vértebras, além de apresentar um problema sério de coluna. “Também sou cardiopata, tenho uma prótese na válvula mitral”. Seu médico a aconselhou a não fazer exercícios que forçassem muito suas costas, mas com a ressalva de que não ficasse completamente parada. A atividade com videogame foi a solução. “Faço há dois anos. Tenho mais equilíbrio, sinto até mais segurança e é também divertido”, comemora Rosa. Apesar dos problemas de saúde, a arquiteta move-se com destreza, usando pés, mãos, braços e cabeça ao jogar games nos quais simula ser jogadora de vôlei, de ping-pong, uma artilheira de futebol e até goleira. As sessões de fisioterapia têm sido tão prazerosas que ela não teme mais realizar movimentos que antes lhe pareciam imposíveis de executar. “Nem na imaginação eu me vejo pulando com os dois pés, mas, jogando, eu consigo pular”, alegra-se Rosa, que tem uma vida ativa, trabalha e caminha sozinha de casa até a clínica para se exercitar. O futuro dos games na saúde é muito promissor, segundo Adelany. “Cada vez mais, universidades estudam essa ferramenta e algumas a usam como desenvolvimento de pesquisa”, aponta. Em Pernambuco isso é realidade. As vantagens dos games na recuperação dos pacientes, estimulou a professora de Engenharia Biomédica Alana Elza Gama a desenvolver, por meio do projeto Ikapp, no Voxar Labs, laboratório do Centro de Informática da UFPE, uma tecnologia que permite criar jogos de uma forma personalizada. Um dos games, por exemplo, usa o recurso da realidade aumentada, isto é, reproduz no computador o ambiente onde a pessoa está e inclui alguns elementos virtuais de animação. No caso, uma bola e uma cesta de basquete. O desafio é fazer um movimento para erguer o braço, simulando pegar a bola e colocá-la na cesta. “Se o paciente só levanta o braço a 20 graus, eu adapto a partida para esse alcance. Se ele conseguiu atingir a meta, elevo a localização da cesta”, explica Alana. À medida em que o movimento é feito, o paciente recebe um feedback se está se exercitando da forma correta e, ao término da sessão de fisioterapia, o sistema oferece um relatório com o percentual de acertos e erros da atividade feita. Um estudo comprovou a eficácia da tecnologia. “Entre os pacientes que faziam a reabilitação com jogo, a quantidade de movimentos dobrou. O número de exercícios corretos melhorou muito, a média foi de 93% e, sem o game, 60%”, compara Alana. A tecnologia permite ainda ao paciente se exercitar em casa, sem perigo de treinar de forma errada e se machucar, já que o sistema oferece o feedback. Benefício que aumenta a

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Osteoporose custa R$ 1,2 bilhão ao Brasil

A osteoporose é uma doença de evolução silenciosa, raramente apresenta sintoma antes que aconteça a sua consequência mais grave: a fratura. Atinge principalmente idosos e mulheres na menopausa, sendo também o uso de corticoides, tabagismo, sedentarismo, baixa ingesta de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, história de fraturas na família, alcoolismo crônico, diabete mellitus e baixo peso fatores de risco para a doença. Caracteriza-se por baixa massa óssea e desorganização na microarquitetura do osso, aumento da sua fragilidade e consequente aumento do risco de fraturas. É a principal causa de fratura após os 50 anos de idade. Só no Brasil, estima-se uma prevalência de pelo menos 10 milhões de pessoas com osteoporose, segundo a Abrasso (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo) e, segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation), 1 a cada 3 mulheres e 1 a cada 5 homens sofrerão uma fratura osteoporótica durante a vida. A importância das fraturas se relaciona às complicações e ao alto custo associado, e o tipo de fratura influencia a sobrevida. A fratura vertebral é a manifestação mais comum e está associada à perda da altura, dorsalgia/lombalgia, deformidades e até comprometimento da função pulmonar devido à modificação da caixa torácica. A fratura do fêmur é a de maior gravidade, com elevada morbimortalidade: sobrevida de 80% do esperado para a idade após 5 anos e mortalidade de até 20% no primeiro ano após a fratura. Cerca de 1/3 dos sobreviventes fica impossibilitado de deambulação de forma independente, com redução importante da qualidade de vida e da autonomia. Mesmo assim, a maioria dos pacientes com fratura não recebe o diagnóstico de osteoporose, nem muito menos o tratamento para prevenir nova fratura. Segundo dados do recente estudo “The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia and Argentina” publicado na Journal of Medical Economics, o custo anual de hospitalização por fraturas osteoporóticas é de R$ 19,8 bilhões, maior que o custo de infarto (R$ 16,7 bilhões), derrames (R$ 11,7 bilhões) e câncer de mama (R$ 1,9 bilhão). No Brasil, a osteoporose custa R$ 1,2 bilhão anualmente, sendo que mais da metade (61%) se associa à perda da produtividade. As despesas com hospitalização e os custos cirúrgicos, altíssimos, na casa de centenas de milhões. Esses números excedem em muito os dos cuidados na sua prevenção, visto que o custo com medicação corresponde a R$ 31,9 milhões e, com diagnóstico, R$ 45,2 milhões. Com o aumento da longevidade, esses números se tornarão ainda mais alarmantes. Precisamos modificar essa realidade e adotar medidas de prevenção, diagnóstico precoce (através da densitometria óssea) e instituição de tratamentos adequados, amplamente disponíveis no SUS por meio dos ambulatórios especializados. *Por Renata Menezes, reumatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia 

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